Todos os seres humanos já foram e outros continuam sendo criança , como é bom ser criança de vez em quando.
Seja uma criança , desfrute da natureza e das dádivas da vida.
O uso da caneta é uma incógnita
Compartilhem esta mensagem para todos.
Faça uma viagem no seu cavalo de cabo de vassoura, faça um passeio na sua fazenda constituida vértebras de bois e de maracujás. Conte o seu dinheiro constituido de carteiras de cigarros, brinque de macaca( amarelinha), jogue aquele classico com bola de meia velha, use o seu patinete feito de rolamentos usados, brinque com uma tora de madeira ou um pequeno saco cheio de pano, cordas ou de areia como se fosse uma boneca, bastava pintar a boca , o nariz e os olhos.
Faça da sua cadeira ou de uma caixa , de madeira ou papelão, um carro, um trator ou uma moto , adote a boca como seu motor e faça qualquer tipo de som, corra, acelere, freie com precisão, enfim, seja criança.
Iderval Reginaldo Tenório
Oh ! que saudades que eu tenho Da aurora da minha vida, Da minha infância querida Que os anos não trazem mais ! Que amor, que sonhos, que flores...
Oh ! que saudades que eu tenho Da aurora da ...
Casimiro de Abreu- MORREU COM 21 ANOS DE IDADE
Oh ! que saudades que eu tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!
(...)
Oh ! dias de minha infância!
Oh ! meu céu de primavera!
Que doce a vida não era
Nessa risonha manhã!
Em vez de mágoas de agora,
Eu tinha nessas delícias
De minha mãe as carícias
E beijos de minha irmã!
Livre filho das montanhas,
Eu ia bem satisfeito,
De camisa aberta ao peito,
– Pés descalços, braços nus –
Correndo pelas campinas
À roda das cachoeiras,
Atrás das asas ligeiras
Das borboletas azuis!
Naqueles tempos ditosos
Ia colher as pitangas,
Trepava a tirar as mangas,
Brincava à beira do mar;
Rezava às Ave-Marias,
Achava o céu sempre lindo,
Adormecia sorrindo,
E despertava a cantar!
Oh ! que saudades que eu tenho
Da aurora da minha vida
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
– Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!
Casimiro de Abreu- MORREU COM 21 ANOS DE IDADE
Casimiro de Abreu (1839-1860) foi um poeta brasileiro, autor da obra Meus Oito Anos, um dos poemas mais populares da literatura brasileira que se destacou na Segunda Geração do Romantismo.
Em 1853 foi para Lisboa. Foi nesse período que escreveu a maior parte dos poemas de seu único livro "Primaveras". É patrono da cadeira n.º 6 da Academia Brasileira de Letras.
Casimiro José Marques de Abreu nasceu na Barra de São João, Estado do Rio de Janeiro, no dia 4 de janeiro de 1839. Era filho do rico comerciante português, José Joaquim Marques de Abreu e da brasileira Luíza Joaquina das Neves.
Casimiro passou sua infância na fazenda da Prata, no atual município de Silva Jardim, de onde saiu com nove anos para estudar Humanidades no Colégio Frese em Nova Friburgo.
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