terça-feira, 20 de outubro de 2020

Faleceu essa madrugada o médico Carlos Antonio Melgaço Valadares em Belo Horizonte

Faleceu essa madrugada o médico Carlos Antonio Melgaço Valadares em Belo Horizonte vítima de complicações de uma cirurgia cardíaca tinha 75 anos foi membro do CREMEB sindimed
Lamentável
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20 DE OUTUBRO DE 2020

             MELGAÇO VALADARES RECEBENDO O TITULO DE CIDADÃO BAIANO .

Faleceu essa madrugada o médico Carlos Antonio Melgaço Valadares em Belo Horizonte vítima de complicações de uma cirurgia cardíaca tinha 75 anos foi membro do CREMEB sindimed
Lamentável .


                                                       

19 de set. de 2013 — 

O médico e militante político Carlos Antônio Melgaço Valadares recebeu o título de cidadão baiano em sessão especial realizada na manhã de sexta-feira no plenário da Assembleia Legislativa da Bahia. O local ficou lotado de autoridades, familiares, amigos e anônimos, que prestigiaram a homenagem idealizada pelos comunistas Álvaro Gomes, Fabrício Falcão e Kelly Magalhães.
Os trabalhos já começaram sob o signo da aclamação, quando o presidente da sessão, o deputado Fabrício Falcão, designou Álvaro Gomes para recepcionar o homenageado. A comitiva foi recebida de pé e por um aplauso entusiasmado. Do discurso de Álvaro Gomes veio a explicação para a emoção: comunista de carteirinha que mantém intactos seus princípios, Carlos Valadares é um grande defensor da saúde pública, do comunismo e da luta por uma sociedade justa e igualitária.

LUTA

No pronunciamento de Álvaro Gomes, ele citou o nascimento do homenageado, 1946, e o espírito de luta. “Sempre se valeu de sua experiência pessoal para incentivar os velhos e novos comunistas, ressaltando a importância para a continuidade da luta”, servindo de exemplo como ser humano.  “A biografia revela que Valadares, além de ser um profissional competente, sempre contribuiu para a luta em prol dos trabalhadores encabeçada pelo PC do B. Foi uma das pessoas mais perseguidas no regime militar, sendo preso, torturado, perdeu o amor de sua vida em função de sequelas da tortura, mas nada disso abalou sua convicção política e seu empenho na luta por um país e, principalmente, por uma Bahia melhores”. Com a ditadura de 1964, Valadares passou para a clandestinidade e foi exilado.
Fabrício Falcão fez questão de deixar claro que aquela homenagem era da Assembleia, por iniciativa da bancada do PC do B. “Uma figura do caráter de Valadares enche essa casa de orgulho. E esta homenagem foi aprovada por unanimidade pelos deputados. Infelizmente não são todos que colocam sua luta pelo coletivo, contrário de Valadares que sempre faz o que pode para melhorar a vida do outro”.

AGRADECIMENTO

Em seu discurso de agradecimento, Valadares lembrou do momento ditatorial, citando, nome por nome, todos os que ajudaram na militância política. “Não escolhi a clandestinidade, ser preso, torturado, o exílio. Minha escolha, como a de milhões de jovens, foi resistir ao arbítrio, à violação do sistema constitucional rompido pelos militares golpistas, contra a repressão, lutar pela liberdade, democracia e justiça social”, disse, afirmando que o momento ditatorial não deve ser esquecido e que precisa estar na memória coletiva de um povo para que não se permita que aconteça ditadura e tortura.
Como serviços prestados à Bahia, Álvaro citou que Valadares foi o primeiro secretário do Meio Ambiente e Defesa Civil de Salvador, integrou a diretoria da Associação Bahiana de Medicina, atua permanentemente em defesa da saúde pública e do SUS e foi um dos responsáveis pela implantação do Cesat, órgão de referência em Saúde do Trabalhador na Bahia. Atualmente é responsável pela pasta de formação da Escola Loreta Valadares na Bahia.
“Não nasci baiano. Pouco a pouco vocês me fizeram baiano, com sua carinhosa acolhida, braços abertos, as músicas de Caymmi, da tropicália, dos protestos, da sanha libertária, de sua resistência e história. Percorri ruas, becos e cantos de Salvador, em campanhas eleitorais, nas suas lutas”, declarou emocionado o homenageado.

PRESTÍGIO

Entre os presentes, estavam a deputada federal baiana Alice Portugal (PC do B); Joviniano Neto (coordenador do Grupo Tortura Nunca Mais); Diva Santana (membro do Grupo Tortura Nunca Mais); a senadora baiana Lídice da Mata (PSB); a vereadora de Salvador Aladilce Souza (PC do B); o secretário de Trabalho, Emprego, Renda e Esporte, Nilton Vasconcelos (representando o governador); o secretário de Planejamento José Sérgio Gabrielli; Péricles de Souza (dirigente nacional do PC do B);, Gislene Valadares (coordenadora de saúde mental do Hospital das Clínicas de MG); Jorge Cerqueira (diretor do Cremeb) e Higino Valadares.

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