sábado, 1 de outubro de 2022

 

Voto de Cabresto. Contarei dois episódios, dois  causos para ilustrar.

Iderval Reginaldo Tenório

O voto de capiau, o voto do analfabeto e o voto de cabresto

"A ignorância, porque se generaliza, adquire o direito de governar? — argumentou o ministro da Justiça, Lafayette Rodrigues Pereira, em 1879. — Se há no Império oito décimos de analfabetos, direi que eles devem ser governados pelos dois décimos que sabem ler e escrever.

O projeto que deu origem à Lei Saraiva foi redigido pelo jovem advogado e deputado geral Ruy Barbosa (BA).

Ruy dizia que escravos, mendigos e analfabetos não deveriam votar porque careciam de ilustração e patriotismo e não sabiam identificar o bem comum — diz Walter Costa Porto, ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral e autor de A Mentirosa Urna.

Entre 1881 e 1985, todas as tentativas de acabar com a exclusão dos iletrados naufragaram. A proposta feita por Castello Branco em 1964 era cautelosa. Para vencer a resistência, liberava o voto do analfabeto só nas eleições."

Fonte : Jornal do Senado

2 comentários:

Ari Donato disse...

Verdade, meu nobre amigo! Se o voto não traz a justificativa política da representatividade, e segue a cantilena ocasional dos políticos, será, ainda que de origem letrada, um voto de cabresto!

Anônimo disse...

Não podemos aceitar o retrocesso este tempo não pode voltar !!! Somos livres para escolher e pesquisar o melhor representante para nossa Bahia e nosso Brasi!!¡