terça-feira, 29 de setembro de 2020

O Brasí me chamô, por Rolando Boldrin


Nhô Bento, José Bento de Oliveira, é outra figura que não fica muito atrás. Um poeta popular, um tanto o quanto esquecido. Nasceu no litoral paulista no início do século XX. Mudou-se para a capital ainda jovem, tornando-se poeta de linguagem cabocla. Sua poesia reflete a figura do caipira. É ainda mais brejeiro, caboclo e matuto. Pelo que eu sei, ele escreveu apenas um livro, “Rosário de Capiá” em 1946, reunindo 58 de suas poesias (o prefácio era de Monteiro Lobato).”

Já no site www.artcanal.com.br/.../plaquetas.htm encontrei o seguinte:

Nhô Bento é José Bento de Oliveira, autodidata e repentista nascido em São Sebastião, SP, em 1902, e falecido em São Paulo, capital, em 1968

“Um Itabunense que deixou saudades” – Memórias sobre Dr. João Falcão Torres

 

“Um Itabunense que deixou saudades” – Memórias sobre Dr. João Falcão Torres

29 de setembro de 2020

*Texto da autoria de João Sergio, Luciano, Eduardo e Fernando, filhos do Dr. João Torres. 

“Faria 100 anos no próximo 20 de setembro. Nasceu em Itabuna, Estado da Bahia. Filho de José Fontes Torres e Petrina Falcão Fontes Torres. Faleceu em maio de 2005, ano em que completaria 85 anos de idade. Estamos falando de JOÃO FALCÃO FONTES TORRES.

Da sua vida, colecionamos alguns fatos dignos de registro para as novas gerações. Dos cinco irmãos, sendo um homem e quatro mulheres, todos já falecidos, foi o único que seguiu a Medicina.

Em tenra idade, partiu de vapor de Itabuna para Salvador para ser interno do Colégio Antônio Vieira (este na época situado no local do antigo Colégio Sete de Setembro, na Rua Coqueiros da Piedade. Freguesia de São Pedro), no qual, já adolescente, foi redator do Jornal “O Vieirense” em 1938, assim como aluno laureado no mesmo ano.

Aprovado no vestibular da Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia em 1941 com média 72 (3º lugar), veio a se formar em 14 de dezembro de 1946.

Durante a sua vida profissional, exerceu a medicina com denodo e extrema dedicação, se tornando cirurgião do Serviço Cirúrgico do Dr. Aristides Novis Filho da Provedoria da Santa Casa da Misericórdia da Bahia, tendo ocupado diversos cargos em vida pública escorreita que percorreu sem rastros de conduta.

Em destaque, cumpre acentuar a sua eleição como Presidente do Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia em 1958 e logo depois para primeiro Presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (CREMEB), cargo que foi reconduzido por sucessivas indicações dos seus ilustres pares, vindo a findar a sua passagem por tal entidade em outubro de 1968, após 10 longos anos de intensa atividade diária em prol da Medicina baiana.

Por força de Decreto Presidencial de 03 de janeiro de 1967, foi condecorado com a Ordem do Mérito Médico, honraria criada em 1950 e concedida a profissionais que prestaram serviços notáveis na área médica ao Brasil.

Em 17 de dezembro de 1969, foi agraciado pelo CREMEB com “Citação Elogiosa” e em 18 de março de 1998 com o diploma Honorífico pela excepcional dedicação na instalação do Conselho Regional no Estado da Bahia e pelos relevantes serviços prestados à instituição.

Já no plano estadual, foi João Torres laureado com a “Ordem de Mérito da Bahia”, no grau de Comendador pelo Governador Roberto Santos (Decreto Estadual de 09 de março de 1979).

Na Secretaria de Saúde do Estado do Bahia (SESAB) transitou na assessoria direta de diversos Secretários que por lá passaram, tendo sido Diretor Geral do Hospital Roberto Santos por 3 vezes e participado diretamente da Comissão de instalação do Hospital Geral do Estado que veio a substituir o antigo Hospital Getúlio Vargas, situado no bairro do Canela desta Capital.

Em 18 de outubro de 1995, na titularidade do Secretário de Saúde José Maria de Magalhães Netto, foi homenageado pela SESAB com a inauguração do Auditório João Falcão Fontes Torres, sito na própria entidade localizada no Centro Administrativo da Bahia.

Tendo se casado em 10 de setembro de 1955 com Neuza Gondim de Araujo depois Neuza Araujo Fontes Torres, grande companheira dele, tiveram 04 filhos, João Sérgio, Luciano, Eduardo e Fernando e 03 netos, Manuela, Luiza e Daniel.

Por tudo quando dele conhecemos e pela experiência de termos convivido com ele como filhos, poderíamos sintetizar o caráter de nosso pai João Torres numa única frase: Cultivou enquanto viveu a simplicidade, a bondade e a solicitude.

Pela sua trajetória de vida e pelo legado de serviço à comunidade, tenha certeza, João Torres, do dever cumprido e que seus filhos e netos hão de seguir seus exemplos de simplicidade, humildade, fidelidade e tantas outras virtudes que você soube praticar nos seus quase 85 anos de vida.

Chapada do Araripe

 

Chapada do Araripe

Chapada do Araripe


Vista da Chapada do Araripe a partir do seu sopé no Crato, no Ceará




Comitê Consultivo da Chapada do Araripe - Patrimônio da Humanidade é  empossado nesta quinta (19) - Verso - Diário do Nordeste

                                            CHAPADA DO ARARIPE Crato -CE Foto:... - Caminhos da Chapada do Araripe |  Facebook
Paredão da Chapada do Araripe - Crato... - Caminhos da Chapada do Araripe |  Facebook



As belezas e encantos da Chapada do Araripe - Ministério do Turismo





Mapa hipsométrico da chapada

A Chapada do Araripe é um acidente geográfico e sítio paleontológico localizado na divisa dos estados do Ceará, Pernambuco e Piauí, no Brasil.[2] A chapada abriga uma floresta nacional (1946), uma área de proteção ambiental (1997) e um geoparque (2006).[3]

Etimologia

"Araripe" deriva do tupi antigo ararype, que significa "no rio das araras" (arara, arara + 'y, rio + pe, em).[4]

Características

Existem dois tipos principais de solo: latossolo e sedimentar. O primeiro, oriundo do período cretáceo, é rico em fósseis. Uma equipe do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro já pesquisou o sítio paleontológico e descobriu diversas espécies de dinossauros, tais como Santanaraptor placidus, Angaturama limai, Irritator e Mirischia asymmetrica. Já a bacia sedimentar se caracteriza por formar aquíferos, existindo várias fontes de água espalhadas por toda a área da chapada.

A fauna local é composta por diversas espécies de répteis, insetos e mamíferos. Já foram catalogadas 290 espécies de aves presentes no livro.[5] Destaca-se o soldadinho-do-araripe, ave que corre risco de extinção e que é encontrada somente na região da floresta do Araripe.

A vegetação predominante é de cerradão. Existem faixas de transição que apresentam traços de mata atlântica, cerrado e caatinga

Interferência antrópica

Muitas cidades ocupam áreas da chapada, provocando forte impacto no ambiente. Parte considerável da mata original foi desmatada ou destruída por queimadas. O forte potencial econômico da chapada é bastante explorado por indústrias que, muitas vezes, não tomam o cuidado de zelar pelo desenvolvimento sustentável. As principais riquezas exploradas são as minas de gesso e calcário, além do extrativismo vegetal, que explora principalmente piqui, carnaúba, mandioca e frutas.

 

A Faculdade de Medicina da Bahia da UFBA (FMB-UFBA)

 

                                                                       

                  Faculdade de Medicina da Bahia da Universidade Federal da Bahia –  Wikipédia, a enciclopédia livre

                                                        
              Faculdade de Medicina da Bahia |

                                               
               Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia - FMB, Rua Reitor  Miguel Calmon, s/n - Vale

                   O NOVO PREDIO DA  FACULDADE DE MEDICINA  NO VALE DO CANELA

  JÁ NOS ANOS 70

                                     

A Faculdade de Medicina da Bahia da UFBA (FMB-UFBA) é uma unidade acadêmica da Universidade Federal da Bahia. Trata-se da escola de medicina mais antiga do Brasil, instituída em 18 de fevereiro de 1808 por influência do médico pernambucano Correia Picanço, nove meses antes da fundação da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Sua criação deu-se logo após a chegada de Dom João VI ao país (quando da transferência da corte portuguesa), sob o nome de Escola de Cirurgia da Bahia.[1][2]

As instalações da nova Faculdade de Medicina da Bahia, constituída em 1946 a partir da incorporação de Unidades de Ensino Superiores já existentes à Universidade do estado,[3] estão localizadas na Praça XV de Novembro (mais conhecida como Largo do Terreiro de Jesus), em Salvador.

O museu da Faculdade, no Terreiro de Jesus, possuía as cabeças do cangaceiro Lampião e sua esposa Maria Bonita, trazidas para pesquisas, após suas mortes em campanhas da policia, no sertão.[4]

Por essa faculdade passaram diversos nomes da ciência brasileira (como Nina Rodrigues, Juliano Moreira, Pirajá da Silva, João Targino) e foi de suma importância em diversos momentos históricos do Brasil, possuindo, até hoje, destaque no cenário científico e cultural baiano e brasileiro. Toda a história do curso está catalogada no acervo do Memorial da Medicina Brasileira, o mais importante documentário do ensino médico do Brasil.

Dentre os locais administrados sob sua responsabilidade, estão o Hospital Universitário Professor Edgard Santos e a Maternidade Climério de Oliveira.[5]

Histórico

A transferência do trono português para o Brasil, em 1808, foi um dos acontecimentos mais destacados da história colonial brasileira. O pouco tempo que D. João VI e a família real permaneceram na Bahia, um mês e dois dias, foi o suficiente para que se registrassem alguns fatos de relevância nacional.

Após abrir os portos do Brasil às nações amigas de Portugal, D. João VI assinou, em 18 de fevereiro de 1808, o documento que mandou criar a Escola de Cirurgia da Bahia, no antigo Hospital Real Militar da Cidade do Salvador, que ocupava o prédio do Colégio dos Jesuítas, construído em 1553, no Terreiro de Jesus.

Em 1º de abril de 1813 a Escola se transformou em Academia Médico-Cirúgica. Em 03 de outubro de 1832 ganhou o nome de Faculdade de Medicina, que guarda até hoje.

Situada entre igrejas, conventos e casarões coloniais, o Brasil viu nascer sua ciência médica, conheceu grandes nomes - professores, cientistas e alunos - e concentrou uma grande parte de seu interesse na atuação profissional, social e política dos doutores da Faculdade.

Muitas, entre milhares de testes e estudos realizados, deram início às pesquisas tropicalistas, médico-legais, psiquiátricas e antropológicas, determinando a expansão da cultura médica nacional e procedimentos avançados no tratamento de doenças típicas do país.

Vultos como Manuel Vitorino, Afrânio Peixoto, Nina Rodrigues, Oscar Freire, Alfredo Brito, Juliano Moreira, Martagão Gesteira, Prado Valadares, Pirajá da Silva e Gonçalo Muniz, projetaram nacional e internacionalmente Faculdade pelas suas atuações de ensino e pesquisa. Também, tendo estado a Bahia, sempre em destaque na política nacional, não poderia deixar a liderança, justificada pela profunda formação humanística dos mestres e sua influência na comunidade.Assim, os salões da faculdade serviram de palco para acirradas discussões, agitados debates e até mesmo lutas armadas, que marcaram decisivamente os rumos tomados pelo contexto social e político nacional - como na Guerra do Paraguai, na Guerra de Canudos e na Segunda Guerra Mundial.

Todo o precioso acervo histórico da Faculdade, de sua fundação até os dias de hoje, foi recolhido e catalogado pela Universidade Federal da Bahia para compor o extraordinário acervo do Memorial da Medicina da Faculdade de Medicina da Bahia, organizado no Reitorado Macedo Costa.

Desde 2 de março de 2004, foi iniciado o processo de transferência da Faculdade de Medicina da Bahia (FMB) para a sede antes ocupada exclusivamente pelo Memorial. Portanto, na atualidade, a sede no Terreiro de Jesus voltou a abrigar a diretoria e a secretaria geral da FMB, bem como os programas de extensão.

Ocupando os 9 salões da antiga Escola, o Memorial é o mais importante documentário do ensino médico do Brasil. Mais de 5.300.000 páginas de documentos incluindo teses, pedidos de matrículas, pesquisas e experiências de gerações de cientistas vêm se juntar ao notável patrimônio onde se destacam livros raros dos séculos XIV ao XIX - inclusive a raríssima coleção completa da Flora Brasiliensis, de Martius -, alguns em latim, outros versando sobre alquimia, a pinacoteca com mais de 200 retratos de mestres pintados por famosos artistas baianos - a maior da Bahia -, e o suntuoso mobiliário que está principalmente no Salão Nobre e na Congregação.

Em 11 de Novembro de 2003, a Congregação aprovou o retorno ao antigo nome da Faculdade, como adotado pela Reforma da Regência Trina de 1832: Faculdade de Medicina da Bahia. Essa proposta foi aprovada por aclamação pelo Conselho Universitário (CONSUNI) da Universidade Federal da Bahia (UFBA) em 19 de março de 2008 (Portaria), e a partir de então a sigla da Faculdade de Medicina da Bahia/Universidade Federal da Bahia é FMB-UFBA.