quinta-feira, 28 de novembro de 2024

O CONSUMO DO OVO E A SAÚDE. É UM ÓTIMO ALIMENTO

 









             
                                                                             




                                                         A RIQUEZA DO OVO
O CONSUMO DO OVO FAZ BEM, SEJA UM CONSUMIDOR DE OVOS E VIVA MELHOR, PRINCIPALMENTE NA PRIMEIRA  REFEIÇÃO.
O CONSUMO DE OVO MELHORA A SUA SAÚDE. 
 Iderval Reginaldo Tenório

O ovo é conhecido como um alimento rico em proteínas e de baixo valor calórico. Por isso, deve fazer parte do cardápio das pessoas de todas as idades. Ele é considerado pela Organização Mundial da Saúde – OMS – como um alimento de proteína padrão de consumo de fácil digestão. Além disso, é fonte de vitaminas do Complexo B, (a mais importante é a B12) e possui vitaminas lipossolúveis e minerais que enriquecem qualquer tipo de refeição. 
 
A maior discussão em torno do ovo é se a quantidade de colesterol pode prejudicar a saúde. Porém, análises mostram que a quantidade ingerida do bom colesterol, presente no ovo, em nada interfere neste processo.
 
As pesquisas estabelecem resultados consistentes. Um estudo realizado em 2007 com 9.500 pessoas, reportado no “Medical Science Monitor, demonstrou que o consumo de um ou mais ovos por dia, não aumentou o risco de doenças do coração ou infarto entre adultos saudáveis, e que o consumo de ovos pode estar relacionado com a redução da pressão sangüínea. Os pesquisadores concluíram que a recomendação genérica para limitar o consumo do ovo pode estar distorcida, particularmente quando as contribuições nutricionais do ovo são consideradas.

Acessando o site da OVOS BRASIL, estão disponíveis mais informações sobre este tema. A entidade, constituída como uma OSCIP - Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) – tem como missão expandir os conhecimentos sobre ovo como fonte nutricional e seus benefícios especiais para a saúde. Hoje não existe recomendação para limitar o consumo de ovos para as pessoas, de modo geral. 
 
A população tem reservas por informações incompletas do passado sobre o colesterol presente em determinados alimentos. Porém, hoje já é conhecido que o consumo de gorduras saturadas é pior para aumentar o mau colesterol sanguíneo que o colesterol da dieta, presente nos alimentos. 
 
De acordo com especialistas, (fonte: Site aeb.org.br), o ovo contém quantidades muito baixas de gorduras saturadas (1,5g das 5,5g de gorduras insaturadas).
 
Muitos brasileiros ainda evitam ovos, por medo do colesterol, apesar dos resultados das pesquisas, nos últimos 30 anos, nunca terem comprovado a relação entre o consumo de ovo às doenças cardíacas. 
 
O consumo de ovo diariamente não aumenta o risco de doenças do coração.

Como resultado deste mito, muitos brasileiros estão se privando dos benefícios proporcionados pelos nutrientes especiais do ovo. Não somente décadas de pesquisa demonstraram, não haver associação do consumo do ovo com doenças cardíacas, mas ovos são excelente fonte de colina, substância importante para quebrar a homocysteina, um aminoácido do sangue associado com o aumento do risco de doenças do coração. 
 
Níveis saudáveis de colesterol reduzem o risco de doenças do coração. 
 
O colesterol é produzido naturalmente por todos os animais e humanos. O nosso corpo necessita do colesterol para sintetizar os hormônios, vitamina D e para manter as células saudáveis. 
 
O fígado produz a maior parte do nosso colesterol. O colesterol da dieta, encontrado nos alimentos frango, frutos do mar, ovos e derivados do leite tem pouca interferência no colesterol sanguíneo para a maioria das pessoas.

Um adulto normal pode comer um ovo por dia sem aumentar o risco de doenças do coração? Pesquisas demonstraram que não existe correlação entre a dieta com ovos e o desenvolvimento de doenças coronarianas em indivíduos normais. 
 
O colesterol que ingerimos em nossa dieta tem menos impacto no nível de colesterol do sangue que a gordura saturada que consumimos, (fonte: Hu et al. Journal of the American Medical Association 1999; 281:1387-94). 
 
Se há uma preocupação com os níveis sanguíneos de colesterol, os passos mais importantes são:
 
1- Procure manter um peso saudável;
 2- Mantenha atividade física freqüente; 
3- Siga o padrão de alimentação reduzindo as gorduras saturadas e gorduras trans. 
 
A)Se há ingestão de uma dieta balanceada, não é necessário cortar o consumo de ovos ou camarões, a menos que seu médico ou nutricionista faça esta recomendação. 
 
B)Se for aconselhado que mude sua dieta para reduzir o colesterol sanguíneo, o mais importante a fazer é cortar as gorduras saturadas (queijos, manteiga, gordura das carnes, embutidos, cremes de leite etc). 
 
É aconselhável aumentar a quantidade de frutas, verduras e fibras na dieta. 
 
Dietas com gorduras insaturadas, na verdade, podem reduzir o mau colesterol sanguíneo. Tente substituir alimentos que contém gorduras saturadas por alimentos que possuem gorduras insaturadas (azeite de oliva, abacate, nozes e sementes, óleos vegetais).
 
 As gorduras trans - encontradas em recheio de biscoitos, bolos, massas, algumas margarinas e alimentos que tem gorduras hidrogenadas – aliadas às gorduras saturadas aumentam os níveis de mau colesterol no sangue (LDL). 
 
A cada mês, o site da OVOS BRASIL http://www.ovosbrasil.com.br/ disponibiliza para a população uma receita diferente utilizando ovos como principal ingrediente.

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10 de janeiro de 2010

quarta-feira, 27 de novembro de 2024

O DOMÍNIO DO HOMEM SOBRE A MULHER

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O DOMÍNIO DO HOMEM SOBRE A MULHER

As relações de gênero, raça/etnia, classes e as suas conexões formam um nó e que juntos constituem o alicerce do domínio do homem sobre a mulher. Nó dificil de ser disfeito apesar de  frouxo, exatamente para proprocionar a flexibilidade da situação.  

Estas três propriedade se entralaçam, se embricam e fortalecem-se segundo a Heleieth Saffioti, acrescenta ainda:   

"Reforçado pelo  sistema Patriarcal".

O sistema Patriarcal interfere diretamente nas relações sociais da sociedade, uma vez que domina o setor econômico e o gênero por dupla propriedade:  A exploração de classe e a dominação de genero, induzido e aplicado por centenas de anos, principalmente aqui no Brasil, desde o tempo da colônia. 

Durante séculos, os   meninos eram forjados para serem homem no falar, andar, nas brincadeiras, nas atitudes, para seren chefes e substituírem os pais como as cuminheiras da família, enquanto as mulheres para serem donas de casa, cuidar dos filhos e servirem ao homem. Este era um sistema de dominação, de subserviência e de anulação total como cidadã. Exemplos fidedignos são os coronéis do gado,  do café e da Cana-de-açúcar.

A Heleieth Saffioti, socióloga marxista, professora, estudiosa da violência de gênero e militante feminista brasileira, é uma das teóricas do campo do feminismo que vai na contramão dessa tendência, pois ao mesmo tempo que absorve o conceito de gênero, insiste na utilidade do patriarcado para análise das relações entre homens e mulheres.

"O patriarcado deve ser situado historicamente e pensado como uma forma específica de relações de gênero dentro de um sistema", segundo a autora. 

"Na base do julgamento do conceito como histórico reside a negação da historicidade  do fato social. Isto equivale a afirmar que por trás desta crítica esconde-se a presunção de que todas as sociedades do passado mais próximo e do momento atual comportaram-se/comportam-se a subordinação das mulheres aos homens "(SAFFIOTI, 2015,
p. 111).


Para Saffioti (2015) o conceito de gênero não explicita necessariamente a desigualdade entre homens e mulheres, assim como o patriarcado da forma como foi cunhado, não pressupõe uma relação de exploração. Para a autora estas duas dimensões constituem faces de um mesmo processo de dominação-exploração ou exploração-dominação. Isso porque para Saffioti a dimensão econômica do patriarcado não repousa apenas na desigualdade salarial, ocupacional e na marginalização dos importantes papéis econômicos e políticos, mas inclui o controle da sexualidade e a capacidade reprodutiva das mulheres. Por isso, o abandono do uso do patriarcado é inconcebível e Saffioti argumenta da seguinte forma:


Por que se manter o nome patriarcado?  "Sistematizando e sintetizando o acima exposto, porque: 

1) Não se trata de uma relação privada, mas civil; 

2) Dá direitos sexuais aos homens sobre as mulheres, praticamente sem restrição. 

3) Configura um tipo hierárquico de relação, que invade todos os espaços da sociedade; 

4) Tem uma base material; 

5) Corporifica-se; 

6) Representa uma estrutura de poder baseada tanto na ideologia quanto na violência" (SAFFIOTI, 2015, p. 60). 

 

Heleieth Iara Bongiovani Saffioti

                          (Ibirá, 4 de janeiro de 1934 - 13 de dezembro de 2010)

Nasceu no dia quatro de janeiro de 1934 em uma família humilde em Ibirá, na região de São José do Rio Preto, interior de São Paulo. Sua mãe era costureira e seu pai marceneiro. Sua família morava na zona rural, onde à época não havia acesso à escola, fato que a fez, desde cedo, morar longe de seus pais para que pudesse estudar. Primeiramente foi alfabetizada em casa por suas tias professoras até ingressar na escola. Heleieth Saffioti morou com diversos familiares até concluir seus estudos na tradicional Escola Caetano de Campos, em São Paulo, onde se formou normalista.

            No ano de 1956 ingressou no curso de Ciências Sociais na Universidade de São Paulo (USP) e se casou com o químico Waldemar Saffioti, de quem herdou o sobrenome. Em decorrência do trabalho de Waldemar, assim que se casou foi morar nos Estados Unidos. Na sua volta ao Brasil, um ano depois, retornou ao curso de Ciências Sociais e se formou no ano de 1960. Dois anos depois de sua formatura, Heleieth Saffioti mudou-se para a cidade de Araraquara, no interior do Estado de São Paulo, para acompanhar Waldemar na formação do curso superior de Química, que mais tarde iria se transformar na Universidade Estadual Paulista. Na mesma cidade também se consolidava a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, lugar em que Heleieth Saffioti atuou por 21 anos, tendo começado a lecionar em 1962, a convite de Luis Pereira. Do seu casamento com Waldemar teve um filho, que veio a óbito precocemente, aos 17 anos de idade..

 

ESCUTEM E VEJAM A LETRA. 

ESTA MÚSICA É DE ONTEM E DE HOJE. 

SERÁ DO AMANHÃ?. 

 Iderval Reginaldo Tenório

Martinho da Vila - Mulheres

Martinho da Vila - Mulheres. 2.7M views · 4 years ago ...more. Moacir Simpatia. 427K. Subscribe. 27K. Share. Save.
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O DOMÍNIO DO HOMEM SOBRE A MULHER

 

O DOMÍNIO DO HOMEM SOBRE A MULHER

 


 O DOMÍNIO DO HOMEM SOBRE A MULHER

As relações de gênero, raça/etnia, classes e as suas conexões formam um nó e que juntos constituem o alicerce do domínio do homem sobre a mulher. Nó dificil de ser disfeito apesar de  frouxo, exatamente para proprocionar a flexibilidade da situação.  

Estas três propriedade se entralaçam, se embricam e fortalecem-se segundo a Heleieth Saffioti, acrescenta ainda:   

"Reforçado pelo  sistema Patriarcal".

O sistema Patriarcal interfere diretamente nas relações sociais da sociedade, uma vez que domina o setor econômico e o gênero por dupla propriedade:  A exploração de classe e a dominação de genero, induzido e aplicado por centenas de anos, principalmente aqui no Brasil, desde o tempo da colônia. 

Durante séculos, os   meninos eram forjados para serem homem no falar, andar, nas brincadeiras, nas atitudes, para seren chefes e substituírem os pais como as cuminheiras da família, enquanto as mulheres para serem donas de casa, cuidar dos filhos e servirem ao homem. Este era um sistema de dominação, de subserviência e de anulação total como cidadã. Exemplos fidedignos são os coronéis do gado,  do café e da Cana-de-açúcar.

A Heleieth Saffioti, socióloga marxista, professora, estudiosa da violência de gênero e militante feminista brasileira, é uma das teóricas do campo do feminismo que vai na contramão dessa tendência, pois ao mesmo tempo que absorve o conceito de gênero, insiste na utilidade do patriarcado para análise das relações entre homens e mulheres.

"O patriarcado deve ser situado historicamente e pensado como uma forma específica de relações de gênero dentro de um sistema", segundo a autora. 

"Na base do julgamento do conceito como histórico reside a negação da historicidade  do fato social. Isto equivale a afirmar que por trás desta crítica esconde-se a presunção de que todas as sociedades do passado mais próximo e do momento atual comportaram-se/comportam-se a subordinação das mulheres aos homens "(SAFFIOTI, 2015,
p. 111).


Para Saffioti (2015) o conceito de gênero não explicita necessariamente a desigualdade entre homens e mulheres, assim como o patriarcado da forma como foi cunhado, não pressupõe uma relação de exploração. Para a autora estas duas dimensões constituem faces de um mesmo processo de dominação-exploração ou exploração-dominação. Isso porque para Saffioti a dimensão econômica do patriarcado não repousa apenas na desigualdade salarial, ocupacional e na marginalização dos importantes papéis econômicos e políticos, mas inclui o controle da sexualidade e a capacidade reprodutiva das mulheres. Por isso, o abandono do uso do patriarcado é inconcebível e Saffioti argumenta da seguinte forma:


Por que se manter o nome patriarcado?  "Sistematizando e sintetizando o acima exposto, porque: 

1) Não se trata de uma relação privada, mas civil; 

2) Dá direitos sexuais aos homens sobre as mulheres, praticamente sem restrição. 

3) Configura um tipo hierárquico de relação, que invade todos os espaços da sociedade; 

4) Tem uma base material; 

5) Corporifica-se; 

6) Representa uma estrutura de poder baseada tanto na ideologia quanto na violência" (SAFFIOTI, 2015, p. 60). 

 

Heleieth Iara Bongiovani Saffioti

                          (Ibirá, 4 de janeiro de 1934 - 13 de dezembro de 2010)

Nasceu no dia quatro de janeiro de 1934 em uma família humilde em Ibirá, na região de São José do Rio Preto, interior de São Paulo. Sua mãe era costureira e seu pai marceneiro. Sua família morava na zona rural, onde à época não havia acesso à escola, fato que a fez, desde cedo, morar longe de seus pais para que pudesse estudar. Primeiramente foi alfabetizada em casa por suas tias professoras até ingressar na escola. Heleieth Saffioti morou com diversos familiares até concluir seus estudos na tradicional Escola Caetano de Campos, em São Paulo, onde se formou normalista.

            No ano de 1956 ingressou no curso de Ciências Sociais na Universidade de São Paulo (USP) e se casou com o químico Waldemar Saffioti, de quem herdou o sobrenome. Em decorrência do trabalho de Waldemar, assim que se casou foi morar nos Estados Unidos. Na sua volta ao Brasil, um ano depois, retornou ao curso de Ciências Sociais e se formou no ano de 1960. Dois anos depois de sua formatura, Heleieth Saffioti mudou-se para a cidade de Araraquara, no interior do Estado de São Paulo, para acompanhar Waldemar na formação do curso superior de Química, que mais tarde iria se transformar na Universidade Estadual Paulista. Na mesma cidade também se consolidava a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, lugar em que Heleieth Saffioti atuou por 21 anos, tendo começado a lecionar em 1962, a convite de Luis Pereira. Do seu casamento com Waldemar teve um filho, que veio a óbito precocemente, aos 17 anos de idade..

 

ESCUTEM E VEJAM A LETRA. 

ESTA MÚSICA É DE ONTEM E DE HOJE. 

SERÁ DO AMANHÃ?. 

 Iderval Reginaldo Tenório

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Já tive mulheres de todas as cores

O DOMÍNIO DO HOMEM SOBRE A MULHER

 


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As relações de gênero, raça/etnia, classes e as suas conexões formam um nó e que juntos constituem o alicerce do domínio do homem sobre a mulher. Nó dificil de ser disfeito apesar de  frouxo, exatamente para proprocionar a flexibilidade da situação.  

Estas três propriedade se entralaçam, se embricam e fortalecem-se segundo a Heleieth Saffioti, acrescenta ainda:   

"Reforçado pelo  sistema Patriarcal".

O sistema Patriarcal interfere diretamente nas relações sociais da sociedade, uma vez que domina o setor econômico e o gênero por dupla propriedade:  A exploração de classe e a dominação de genero, induzido e aplicado por centenas de anos, principalmente aqui no Brasil, desde o tempo da colônia. 

Durante séculos, os   meninos eram forjados para serem homem no falar, andar, nas brincadeiras, nas atitudes, para seren chefes e substituírem os pais como as cuminheiras da família, enquanto as mulheres para serem donas de casa, cuidar dos filhos e servirem ao homem. Este era um sistema de dominação, de subserviência e de anulação total como cidadã. Exemplos fidedignos são os coronéis do gado,  do café e da Cana-de-açúcar.

A Heleieth Saffioti, socióloga marxista, professora, estudiosa da violência de gênero e militante feminista brasileira, é uma das teóricas do campo do feminismo que vai na contramão dessa tendência, pois ao mesmo tempo que absorve o conceito de gênero, insiste na utilidade do patriarcado para análise das relações entre homens e mulheres.

"O patriarcado deve ser situado historicamente e pensado como uma forma específica de relações de gênero dentro de um sistema", segundo a autora. 

"Na base do julgamento do conceito como histórico reside a negação da historicidade  do fato social. Isto equivale a afirmar que por trás desta crítica esconde-se a presunção de que todas as sociedades do passado mais próximo e do momento atual comportaram-se/comportam-se a subordinação das mulheres aos homens "(SAFFIOTI, 2015,
p. 111).


Para Saffioti (2015) o conceito de gênero não explicita necessariamente a desigualdade entre homens e mulheres, assim como o patriarcado da forma como foi cunhado, não pressupõe uma relação de exploração. Para a autora estas duas dimensões constituem faces de um mesmo processo de dominação-exploração ou exploração-dominação. Isso porque para Saffioti a dimensão econômica do patriarcado não repousa apenas na desigualdade salarial, ocupacional e na marginalização dos importantes papéis econômicos e políticos, mas inclui o controle da sexualidade e a capacidade reprodutiva das mulheres. Por isso, o abandono do uso do patriarcado é inconcebível e Saffioti argumenta da seguinte forma:


Por que se manter o nome patriarcado?  "Sistematizando e sintetizando o acima exposto, porque: 

1) Não se trata de uma relação privada, mas civil; 

2) Dá direitos sexuais aos homens sobre as mulheres, praticamente sem restrição. 

3) Configura um tipo hierárquico de relação, que invade todos os espaços da sociedade; 

4) Tem uma base material; 

5) Corporifica-se; 

6) Representa uma estrutura de poder baseada tanto na ideologia quanto na violência" (SAFFIOTI, 2015, p. 60). 

 

Heleieth Iara Bongiovani Saffioti

                          (Ibirá, 4 de janeiro de 1934 - 13 de dezembro de 2010)

Nasceu no dia quatro de janeiro de 1934 em uma família humilde em Ibirá, na região de São José do Rio Preto, interior de São Paulo. Sua mãe era costureira e seu pai marceneiro. Sua família morava na zona rural, onde à época não havia acesso à escola, fato que a fez, desde cedo, morar longe de seus pais para que pudesse estudar. Primeiramente foi alfabetizada em casa por suas tias professoras até ingressar na escola. Heleieth Saffioti morou com diversos familiares até concluir seus estudos na tradicional Escola Caetano de Campos, em São Paulo, onde se formou normalista.

            No ano de 1956 ingressou no curso de Ciências Sociais na Universidade de São Paulo (USP) e se casou com o químico Waldemar Saffioti, de quem herdou o sobrenome. Em decorrência do trabalho de Waldemar, assim que se casou foi morar nos Estados Unidos. Na sua volta ao Brasil, um ano depois, retornou ao curso de Ciências Sociais e se formou no ano de 1960. Dois anos depois de sua formatura, Heleieth Saffioti mudou-se para a cidade de Araraquara, no interior do Estado de São Paulo, para acompanhar Waldemar na formação do curso superior de Química, que mais tarde iria se transformar na Universidade Estadual Paulista. Na mesma cidade também se consolidava a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, lugar em que Heleieth Saffioti atuou por 21 anos, tendo começado a lecionar em 1962, a convite de Luis Pereira. Do seu casamento com Waldemar teve um filho, que veio a óbito precocemente, aos 17 anos de idade..

 

ESCUTEM E VEJAM A LETRA. 

ESTA MÚSICA É DE ONTEM E DE HOJE. 

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