Joilson Cruz da Silva e Iderval Reginaldo Tenório
Doutor em Geografia - 2016 (UNESP). Mestre em Geografia - 2003 (UFBA).
Especialista em Metodologia do Ensino em Geografia - 1998 (UEFS) e em
Turismo e Meio Ambiente - 1996 (FACTUR). Graduado - Licenciatura Plena -
em Geografia - 1988 (UCSAL). Professor do IFBA - Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia e da UNEB - Universidade
Estadual da Bahia. Possuindo experiência na área de Geografia, com
ênfase em Geografia Urbana e Regional
O presente estudo tem a finalidade de analisar o espaço urbano de Salvador-Bahia, que se apresenta com uma estrutura urbana extremamente desigual, tendo em vista a precariedade do atendimento às demandas em infraestrutura nos bairros periféricos da cidade, formados, em grande parte, por uma população pobre. A deficiente atenção do poder público a esses locais amplia as desigualdades socioespaciais entre os bairros, e consequentemente, as dificuldades cotidianas enfrentadas pelos moradores de áreas periféricas, como ocorre nos bairros da Liberdade, do São Caetano e do Uruguai, identificados como locais abandonados. Então, emerge a questão: Que motivos levariam a tamanho descaso e desigualdade
Minhas palavras sobre um Livro
O LIVRO E A CIDADANIA
Fala-se que o livro é um produto, e
caro, sendo inclusive o álibi para o grande desinteresse pelo
hábito da leitura. Nunca aceitei esta pífia explicação, complemento, como
produto é muito caro, como não é um mero produto, o seu valor é incomensurável.
Indago:__ Qual é a média de preço de um
abnegado livro, o produto, uma vez que o valor do seu conteúdo é
incalculável?
Quanto se paga por uma pizza para duas pessoas, uma
corrida de táxi para o trabalho, escola ou aeroporto?
Qual o preço de um almoço, num fast-food, um ingresso para o show de um artista mediano, porque de uma grande estrela, não precisa nem perguntar. Qual o valor de um corte de cabelo, outros serviços e dos produtos vendidos nos salões beleza?
Deixo o interlocutor a imaginar. Faço a seguinte observação, quando o livro é impresso em papel menos nobre e brochuras mais simples cai o seu valor, custa menos do que uma refeição simples ou uma cachorro quente.
Fico indignado, inclusive com alguns letrados e escritores, que contaminados pelo desânimo, pela falta de apoio, descaso dos gestores e da comunidade cultural passam a acreditar que o livro é um produto, e é caro.
Utilizo o seguinte argumento para o convencimento do valor de um compêndio literário. Informo que, se um livro fosse comprado para fazer fogo, enrolar sabão ou pregos numa feira livre, seria um produto caro, pois existe papel mais barato, porém, o livro possuidor de uma identidade, um responsável intelectual, um pai e criador, é um elemento que tem vida , alma, personalidade, caráter e ética.
Quando se adquire uma obra literária, esta obra não tem um valor pecuniário, o preço na prateleira é simbólico, uma vez que, naquela celulose existe muitos anos de pesquisas e de estudos, como também a participação de diversas cabeças, mãos, noites em claro, quilômetros de andanças, incalculáveis doses de emoção e muita vida.
Termino falando que, do ponto de vista literário, o
livro não é um mero produto, é a alma do autor, é a sua vida, é um
filho, é um ser vivo e que nunca morrerá. Viverá em eterna
hibernação e despertará todas as vezes que for aberto para leitura. Nascerá com cada leitor, fará parte da sua vida, será incorporado e com
ela se confundirá.
O livro é uma importante propriedade da humanidade, não é um
simples produto, é vida, é pretérito, presente e futuro .
O valor pago por cada volume é simbólico, comemorativo e o passaporte para o nascimento de mais uma obra, é o incentivo aos magos e abnegados escritores.
Ao visitar um grande Centro Comercial, vivência-se que, o valor de uma xícara de café, de uma água mineral e de duas bolas de sorvetes equivale ao valor simbólico de um livro.
As palavras, principalmente quando escritas, são alimentos mor do intelecto humano, são combustíveis para o cérebro, como é o pão o energético do corpo.
Alimentar o cérebro, é propiciar a eternidade
para todas as civilizações.
Iderval Reginaldo Tenório
À Reflexão:
O livro merecia ser visto com outra visão, deveria ser subsídiado de acordo com o grupo que fosse servir.
Livros infantis, literaturas necessárias à formação do jovem, livros indispensáveis no forjamento do cidadão mereceriam cuidados especiais. Deveriam ser incentivados e barateados para os que deles precisam.
O livro é como a vida, não tem preço, o livro é como o sol, não escolhe os seus beneficiados, é um ser universal, é um reverberante de cidadania.
O livro, como a água, é o diluidor universal, é um ser indispensável, é o melhor presente que um jovem deveria receber.
Vá de ônibus, dispense o táxi e lá, adquira um livro .
Boa leitura.
Iderval Reginaldo Tenório