terça-feira, 1 de outubro de 2024

ESTÓRIAS DE SEU LUNGA

 

                                           


                                                                  ESTÓRIAS DE SEU LUNGA
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ESTÓRIAS DE SEU LUNGA
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DR IDERVAL REGINALDO TENÓRIO , nascido em1954, JUAZEIRO DO NORTE -CEARÁ.
Médico em Salvador, Formado pela FAMED em 1982, Universidade Federal da bahia..

                                            Homem 'mais ignorante do mundo', seu Lunga ganhará estátua ...

                ESTÓRIAS DE SEU LUNGA

Lunga é um primo que tenho em Juazeiro do norte, sul do Ceará.  O seu nome verdadeiro é JOAQUIM RODRIGUES DOS SANTOS TENÓRIO, não sabe dizer porque perdeu o TENÓRIO,  é um comerciante  de sucatas.

Homem educado, inteligente, perspicaz e que não gosta de perguntas bestas ou perguntas sem lógica, não é por brutalidade. sua, inclusive é   muito simpático.

Muitas estórias  são atribuídas ao mestre Lunga devido o seu sucesso, muitas não tem cabimento, vejam a do papel higiênico se tem lógica ou cronologia, naquela época não se conhecia no cariri este utilitário. Acredito que Lunga deveria documentar  e exigir direitos sobre a exploração do seu nome.

 Nesta matéria cinco casos. 1-A Sopa, 2-A coçada da cabeça, 3-A cabeça de porco, 4-A abertura da loja e 5-O papel higiênico.

 

                                           A SOPA

Outro dia Carmelita, sua esposa, no horário do jantar, pergunta lá da cozinha em voz alta. O mestre  já se encontrava sentado na longa mesa:

 “Lunga estou levando a sopa, levo no prato ou na tigela?”

Diante da inusitada pergunta e sem lógica para o menestrel este responde na bucha:

“ Bota no chão e traz com um rodo diabo, que pergunta.”

 

 

                               A COÇADA DE CABEÇA

Lunga sai de sua loja na rua Santa Luzia  e vai até o mercado Municipal comprar cigarro de fumo Arapiraca na loja do seu irmão Lô. Ao chegarquem está no balcão é a sua cunhada.

Chega, compra três ou quatro pacotes de  cigarros e despreocupadamente coça a cabeça sem retirar o seu belo chapéu de massa, a sua cunhada, sabendo das suas inusitadas tiradas, de imediato indaga:

“Oxente cumpadi Lunga, o cumpadi num tira o chapéu pra coçar a cabeça não?”

O mestre de chofre devolve a sua resposta.

“Cumadi, a senhora tira a calça pra coçar a bunda?”

 

 

                               A CABEÇA DE PORCO

Meu pai um homem, preocupado com a família, nos fins de semana matava um animal e distribuía com os vizinhos e parentes partes do suíno. 

Num fim de semana, prolongado, mandou matar um porco de seus 150 kilogramas.  Além de sua parte de direito, meu pai presenteou o Lunga com a bela cabeça para o mesmo fazer um saboroso cozido.

 Lunga passa a corda de croá na cabeça do bicho, dá um arrochado nó, coloca  a correia  nos quatros dedos da mão direita, passando pela palma da grande mão, e sai às pressas para Carmelita preparar o almoço. Ao passar na frente da casa de uma vizinha, a mesma pergunta:.

"Seu lunga esta cabeça é para o senhor comer.?"

Lunga olha para a inocente madame, joga a cabeça do porco no chão  e exclama a dizer:

"Não minha senhora, não minha senhora, é pra criar, cuuuuchi, cuuuuuchi, cuuuuchi, anda bicho".

 

               

  A  ABERTURA DA LOJA

6:30 da manhã, segunda-feira. Lunga chega pela manhã na sua loja, encosta a sua bicicleta, freio contra pedal, na calçada da loja, pega um feixe de  meio quilo de chaves pendurado na cintura, abre meia dúzia de cadeados e quando está elevando o grande portão de aço de enrolar,  na altura de 1,0 metro, um sujeito passa e pergunta em alta voz:

"Abrindo a loja seu Lunga?"

 E mais uma vez o mestre Lunga num tom mais alto responde:

     "Não fie da peste, tô fechando."

Baixa o portão, monta na bcicleta  e volta pra casa. Meia hora depois, pois não é tolo, volta e  abre a sua loja de sucatas..

                     

 

                                O PAPEL HIGIÊNICO

No Cariri, vomo em tiodas as cidades do inteiro do Brasil, era comum os donos de mercearias criarem um tipo de venda a prazo que eram quitadas nos sábados, dia que saia o pagamento do peão, cada cliente  possuia uma caderneta para anotar a dívida. 

Refere que Lunga, ainda criança, foi chamado às pressas  pelo seu genitor  que fosse na bodega de seu ZEZÉ comprar papel higiênico e que fosse num pé e voltasse noutro, feito uma bala, devido o desarranjo intestinal agudo que o velho apresentou. 

Lunga mais do que depressa corre até a bodega, pede o um pacote de papel  e volta correndo. Seu ZEZÈ, do balcão, com um lapis preso na orelha e uma caderneta na mão, pergunta aos gritos ao apressado garoto:

 

              "Lunga, é pra botar na caderneta?"

 Lunga  que é um lunga desde pequeno, do alto dos seus 08 anos, dá uma paradinha, eleva a cabeça e responde num tom alto e agudo: 

         "Não seu Zezé, é pra pai limpar  a bunda". 

       Vejam se tem cabimento, agora tenho que publicar,  faz parte do anedotário popular do meu primo LUNGA.

 

                                       Iderval Reginaldo Tenório