quarta-feira, 27 de março de 2024

OS PORQUÊS DA MARGINALIDADE NO BRASIL

 


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Eduardo Matos on X: "Todos governadores do Rio de Janeiro. Todos alvos de  operações policiais. Cinco deles já foram presos. O atual foi alvo de  operação hoje. Alguém me explica o que
Rio já teve 5 ex-governadores presos; saiba quem são - Politica - Estado de  Minas

 

 

Pergunta: quais os motivos de tanta marginalidade e desonestidade no Brasil?. 

Farei algumas perguntas  a quem  pergunta.

1-Quem eram os seus maiores heróis e ídolos na  sua juventude? 

Seus pais, seus professores, os artistas ou os políticos? 

2-Existiam os indutores para o uso de drogas  de todos os tipos, como os artistas midiáticos? ou  você escutava os pais, os avós,  os professores e os irmãos mais velhos?

3.a-O corpo tinha mais valor do que o cérebro? notadamente as nádegas e as mamas?

4-Existiam tantos idólatras e apoiadores a políticos desonestos e enganadores?

5-Sabendo que determinados políticos  são  desonestos, será que seriam apoiandos pelos  idólatras, como nos dias atuais?

6-Será que você  se conformaria  em assistir todos os dias este mar de roubos e ainda aumentar a idolatria? 

7-O que deixa também a populção  em pavorosa é a Audiência de Custódia. O sujeito rouba, mente, trafica, bate em nulher, pratica atos preconceituosos,  desvia o erário público, estupra, vende drogas e a audiência de CUSTÓDIA o solta. 

São estes os exemplos que muitos sedimentam e repetem, fundamentam-se na  impunidade da raia alta  e por entender que o crime compensa e recompensa, adotam como as suas rotinas.  

Vejam que paradoxo:

A)Políticos desonestos roubam, são perdoados, soltos, não devolvem o que roubou e se canditam depois.

B) Ministros soltam marginais, mesmo sabendo que comandam gangues e a distribuição de todos os tipos de drogas, além de promover mortes diariamente em todo o país. 

C)  Ministros  perdoam dívidas bilionárias dos empresários corruptos.

D)Artistas utilizam todos os tipos de drogas e  fazem vídeos ovacinando as drogas para os jovens.

 E)Filhos matam pais e depois se candidatam a cargos políticos. 

F)Políticos nomeiam sem concursos os filhos, esposa e pais para cargos administrativo, vitalício,  com salários acima de 40 mil reais, olhe o que fizeram todos os governadores da última eleição e a popuoaçoa nada faz. 


G)Políticos que perdem eleições são nomeados nos Conselhos de adminstração das Estatais e dos Tribunais de contas do país e ninguém diz nada.

Estas são as aulas que os jovens aprendem na vida.

 

E) Políticos e artistas  utilizam as verbas do ministerio da cultura para patrocinar ONGS E SHOWS mentirosos, locupletam-se e tem idólatras que apoiam.

D)Existia esta avalanche de moças comuns  nuas, sexo explícitos,  cantores e cantoras praticamente nuas para fazer sucesso com músicas apelativas para o sexo?

F)Pergunto: Ainda existem revistas como Playboy e outras mostrando mulheres nuas, geralmente artistas de cinema, televisão, cantoras ou da pornografia?   ou as moças e os rapazes  ocuparam estes espaços para ganhar a vida? 

A pergunta:

 Como pode haver  tantos  marginais no Brasil? 

As respostas:

Deve-se entender os porquês e mais de 90% vêm do polítcos e das elites, todos apoiados pelos idólatras.

Foco principal é a desigualdade social, os de cima ensinando aos de baixo como eles se comportam e como compram o perdão, porém os de baixo não têm a mesma cobertura e proteção.

Os de cima riem e  gozam dos pobres,  os de baixo choram. Os familiaraes sofrem e ficam sem argumentos.

Os marginais completam:  

"ELES QUE SÃO DE CIMA FAZEM, PERGUNTO EU: PORQUE NÃO PODEMOS FAZER TAMBÉM?

ESQUECEM QUE NÃO TÊM COMO SE DEFENDER. 

Este é o Brasil da desigualdade.

A corrupção é o alimento que nutre os de cima e auemnta  de fome os de baixo.

Iderval Reguinaldo Tenório


terça-feira, 26 de março de 2024

A PRINCESA QUE ENCANTOU O BENÉRCIO

 


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A PRINCESA QUE ENCANTOU O  BENÉRCIO

Nos meados dos anos 70,  aos 25 anos de idade, Benércio escuta o toque da campainha, "plim-plim",  veste a camisa, de mangas curtas, destrava o pega ladrão, de aço inoxidável, dá duas voltas na chave e ao abrir a porta depara-se com a mais linda e bela princesa de todos  o universo. Meia altura, 16 anos, pele fina e rosada,  olhos verdes ou talvez  azuis, olhar penetrante,  cabelos loiros, alguns lisos outros encaracolados, finos, soltos aos ventos,  braços longos, mãos aveludadas, cintura fina, pernas torneadas, pés sedosos, vestido creme salpicado com gravuras de finas  flores silvestres, com uma voz sonora e maviosa  indaga:
 
__ É o Benércio?

Sem voz, estatelado de emoção  e totalmente destreinado, o Benércio  bota a mão direita no alisar de mogno e  responde.

__Sim, sou o Benércio.

Um sorriso contagiante invade o ambiente, um abraço  emocionante e duradouro energiza os dois jovens. Com  o coração pululante quase a  sair pela boca, o  Benércio se abaixa, pega a bolsa sacola da visitante e gaguejando, sem ser gago,  oferece uma água, corre para a cozinha e lhe prepara um desjejum.  Uma banana, meia maçã, suco de laranja,  uma xícara de café com leite, duas fatias de queijo entre duas fatias de pão dos quadrados. Neste dia Benércio não dormiu, neste dia foi apenas de sonhos, sonhos e muitos sonhos.

O tempo passou,  a princesa virou rainha, foi desposada pelo   Janjão e o Benércio sempre a sonhar, sempre a alimentar um fio de esperança, aqui e acolá um olhar, um encontro e um diálogo. 

Um dia o  carro da princesa saiu dos trilhos e o Benércio foi premiado, porém, tarde, o Benércio não era mais o mesmo apesar de continuar a sonhar.

A Rainha voa alto, é dona das suas narinas, continua linda, solene e altiva, o Benércio continua a sonhar.  

O tempo não volta,  o Benércio sabe e sonha, é um sonhador, apenas um sonhador. A antes e bela princesa, hoje uma estonteante rainha e sabe  dos sonhos do Benércio, apenas sabe.

A Princesa era sangue do sangue do parceiro de republica do Benércio, era quase sua irmã.

Iderval Reginaldo Tenório


Salvador, 24 de dezembro de 2006
Iderval ReginaldoTenório



  1. Carinhoso (Pixinguinha/Braguinha)

    • 9 anos atrás
    • 1.479.222 visualizações
    Paulinho da Viola e Marisa Monte.
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segunda-feira, 25 de março de 2024

Desenvolvimento infantil: o que observar até os 5 anos?


 

 UMA MATÉRIA DE SUMA IMPORTANCIA PARA TODOS OS HUMANOS DO MUNDO, VEJAM SE ESTOU FALANDO A VERDADE.

Desenvolvimento infantil: o que observar até os 5 anos?

Afinal de contas, o que são marcos do desenvolvimento infantil?

São comportamentos e atitudes que crianças de cada faixa etária devem manifestar. Funcionam como referências para identificar seu avanço e crescimento.

Esses marcos foram elaborados e periodicamente revistos pelo CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças), que é uma agência do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos.

É comum que esses marcos não ocorram exatamente nos períodos indicados, porque isso depende do desenvolvimento individual da criança.

Conhecê-los, no entanto, é importante, pois atrasos significativos podem indicar problemas. Além de observar atentamente os marcos do desenvolvimento infantil, é primordial fazer o acompanhamento com um pediatra.

Isso por que existem linhas de direção, que orientam a respeito do “esperado” em cada fase. No entanto, vale lembrar, cada criança é única e tem um tempo diferente de desenvolvimento. Prematuros, por exemplo, podem demorar muito mais para atingir esses marcos.

Dito isso, conheça abaixo os marcos na vida das crianças, do momento em que nascem até completarem cinco anos. E saiba o que esperar de cada uma dessas etapas.

NOS PRIMEIROS 6 MESES

DESENVOLVIMENTO MOTOR

  • Com 1 mês, consegue levantar a cabeça;
  • Com 2 meses mantém a cabeça erguida por períodos curtos;
  • Com 3 meses consegue segurar firmemente a cabeça, leva a mão à boca, sugar os dedos e consegue segurar objetos com firmeza por períodos curtos;
  • Aos 4 meses, junta as mãos e bate nos brinquedos e já consegue segurar os objetos e esticar-se para tentar pegá-los; apoia o peso da perna e consegue se virar deitado;
  • Com 5 meses leva objetos à boca e senta com apoio;
  • Aos 6 meses rola nas duas direções deitado.

MANTER A CABEÇA E VIRAR

Uma das primeiras conquistas do bebê é conseguir segurar a cabeça firmemente. Depois que consegue fazer isso, ele passa a fortalecer os músculos para se preparar para as próximas etapas.

Se aos 3 meses você notar o pequeno fazendo uma espécie de flexão, levantando a cabeça e os ombros, e usando os braços como apoio, não se assuste, isso é ele treinando para mais tarde conseguir se virar. Conseguir virar é uma etapa importante da locomoção, mas nem todo bebê passa por ela. Alguns vão pular essa fase, e ir direto para o engatinhar ou andar. O marco de conseguir se virar sozinho acontece, geralmente, entre o 5° e 6° mês.

Quando se preocupar?

O mais importante na hora de avaliar se há alguma coisa errada no desenvolvimento motor, é verificar se o bebê tenta se locomover. Caso contrário, se ele não tenta virar em nenhuma direção, e não demonstra interesse em se mover, é importante consultar um especialista para fazer uma avaliação mais precisa.

AUDIÇÃO

A audição do bebê se desenvolve muito rápido e está completamente formada ao final do primeiro mês. Aos 3 meses, o lobo temporal – responsável pelo gerenciamento da memória – do pequeno fica mais receptivo e ativo, e com isso a audição, a linguagem e o olfato passam a se aprimorar ainda mais.

Nessa fase, o bebê já segue os sons que ouve. Vale lembrar que a audição é uma importante etapa para o desenvolvimento da fala, por isso é essencial ficar de olho ao que é esperado e quando você deve se preocupar.

O bebê até os 6 meses deve ser capaz de:

  • Reagir ao som com 1 mês;
  • Sorrir “socialmente” com 2 meses;
  • Virar a cabeça na direção dos barulhos com 3 meses;
  • Virar na direção de barulhos novos com 5 meses;
  • Virar na direção de sons e vozes com 6 meses.

Quando se preocupar?

Caso o bebê não reaja aos sons, nessa fase, ou não se assuste, por exemplo, com barulhos altos ou repentinos, é importante conversar com um especialista. Se existirem casos de problema auditivo na família é necessário informar ao médico e ficar atento às alterações.

Bebês prematuros podem ter mais problemas auditivos que os que nascem a termo.

VISÃO

A visão do bebê, ao nascer, é um pouco embaçada. Não à toa, os recém-nascidos apresentam um leve estrabismo, o que é normal. Embora enxergue desde o nascimento, conseguindo distinguir formas, luzes e movimentos, a visão do pequeno estará bem aperfeiçoada, parecendo com a de um adulto, entre 6 e 8 meses de vida.

O fato do bebê ser um pouco estrábico quando nasce acontece por que ele não consegue focalizar os dois olhos ao mesmo tempo, o que só vai acontecer aos 2 meses. A visão é essencial também para o desenvolvimento da coordenação motora.

Até os 6 meses, o bebê deve:

  • Olhar fixamente para os rostos com 1 mês (nessa fase ele só enxerga objetos muito próximos, entre 20 e 30 centímetros);
  • Seguir objetos com o olhar aos 2 meses;
  • Reconhecer o cheiro e voz das pessoas mais próximas aos 3 meses;
  • Perceber mais claramente a diferença de tonalidade das cores, entre 2 e 4 meses;
  • Saber quando algo está longe ou perto, aos 4 meses;
  • Enxergar objetos pequenos aos 5 meses.

Quando se preocupar?

Caso o bebê não consiga fixar o olhar ou seguir um objeto com os dois olhos aos 3 ou 4 meses, vale uma consulta com um especialista.

Aqueles que continuam estrábicos aos 5 meses também devem passar por uma avaliação. Assim como ocorre com a audição, bebês prematuros também podem apresentar mais facilmente problemas visuais, como miopia e estrabismo.

INTERAÇÃO/COMPREENSÃO

Recém-nascidos tendem a passar a maior parte do tempo dormindo, e isso é normal e essencial para eles, nesse inicio. No entanto, quando estão acordados eles estão sempre observando tudo o que acontece à sua volta. Conforme o sistema neurológico fica mais aperfeiçoado, os bebês vão captando ainda mais coisas.

Nesse começo, eles entendem as coisas muito mais pelos sentidos, também por isso é importante receberem afeto, atenção e cuidado. Isso só ajuda ainda mais no pleno desenvolvimento deles.

Espera-se que até os 6 meses, os bebês consigam:

  • Desenvolver choros diferentes para cada necessidade com 2 meses;
  • Agitar-se com brincadeiras e músicas aos 3 meses;
  • Darem o primeiro sorriso de verdade entre os 2 e 3 meses.

FALA

A fala, evidentemente, demora um pouco para se desenvolver, pois é extremamente complexa, e envolve, como mencionado, uma audição saudável, interação, entre outras coisas.

No entanto, bebês se comunicam o tempo todo pelo choro. Essa é a forma de linguagem deles, e deve ser entendida como tal. Um bebê que chora está solicitando algo, e deve sempre ser ouvido.

Para o desenvolvimento da linguagem, a criança primeiro aprende as regras da linguagem e como funciona a comunicação, para depois começar a falar.

Até os 6 meses, ela deve ser capaz de:

  • Fazer sons como “agu” e “arru” aos 2 meses;
  • Dar gargalhadas e gritos aos 3 meses;
  • Responder aos sons que ouve aos 4 meses;
  • Tentar imitar os sons que ouve aos 6 meses.

ENTRE 7 E 12 MESES

DESENVOLVIMENTO MOTOR

  • Com 7 meses o bebê senta sem apoio e tenta se arrastar,
  • Aos 8 meses transfere objetos de uma mão para outra, engatinha, aponta e atira objetos no chão;
  • Com 9 meses já fica de pé segurando em algo, usa movimentos de pinça para pegar objetos pequenos e bate objetos uns contra os outros;
  • Aos 10 meses anda segurando nos objetos e mostra o que quer com gestos,
  • Fica de pé sozinho por alguns segundos aos 11 meses,
  • Fica de pé por mais tempo aos 12 meses.

SENTAR

Antes de conseguir sentar como “gente grande”, o bebê vai precisar de muito apoio, literalmente. Do contrário, vai tombar para o lado sempre.

Sentar não é tão fácil quanto parece, e envolve o bebê descobrir que para manter o equilíbrio, quando sentado, deve conseguir fazer algumas coisas, como inclinar-se um pouco para frente e apoiar os braços.

Esse importante marco vem depois, evidentemente, que ele consegue segurar bem a cabeça e ocorre quase ao mesmo tempo que o marco de se virar sozinho, e isso acontece por volta dos 8 meses.

Quando se preocupar?

Se o bebê não consegue sustentar a cabeça com 6 meses e não demonstra esforço para fazer apoio com os braços, é importante procurar um médico. Mas vale lembrar que cada criança tem seu tempo, e o essencial é que ela esteja avançando nas etapas, ainda que lentamente.

ENGATINHAR

Nem todo bebê engatinha, alguns preferem pular de fase e andar direto, e outras engatinham de um modo todo peculiar.

Quando os músculos ficam mais fortes, e o bebê já consegue sentar sem apoio, ficando de quatro, sem cair no chão, tudo está preparado para que ele consiga engatinhar, o que ocorre, entre 6 e 10 meses. Até 1 ano de idade, o bebê já domina completamente essa forma de locomoção.

Quando se preocupar?

Consulte um especialista, caso o bebê chegue a 1 ano, sem interesse em se locomover, de nenhuma forma. Caso ele não tente fazer movimentos sincronizados com os braços e pernas para tentar sair lugar, peça ao médico para avaliar o caso.

FALA

Entre 7 e 12 meses, o bebê já é capaz de fazer as seguintes coisas:

  • Imitar sons da fala aos 7 meses;
  • Falar “papa” e “mama”, mas sem especificar aos 8 meses,
  • Fazer combinação de sílabas para produzir sons aos 9 meses;
  • Entender o significado de “não” aos 10 meses,
  • Aos 11 meses é capaz de dizer “papa” e “mama” para a pessoa certa;
  • Com 12 meses diz mais palavras e faz sons parecidos com palavras.

INTERAÇÃO/COMPREENSÃO

  • Por volta dos 7 meses pode começar a sentir medo de estranhos;
  • Consegue reconhecer a própria imagem aos 9 meses;
  • Dá tchau aos 10 meses;
  • Aos 11 meses participa de brincadeiras e imita os outros;
  • Entende as instruções simples aos 11 meses;
  • Entende e cumpre instruções simples aos 12 meses;
  • Começa a “testar” os pais.

ENTRE 1 E 2 ANOS

ANDAR

Quando nasce, o bebê tem um reflexo primitivo, que some aos 12 meses. Se colocado em pé, segurando-o pelos braços, ele vai fazer um movimento, como se fosse querer andar. Isso é normal e esperado, chama-se “Reflexo da Marcha”.

A partir do momento que o bebê consegue sentar sem apoio, engatinhar com bastante destreza, ele passa a perceber que pode segurar nos móveis, por exemplo, para ficar de pé. Isso ocorre, normalmente, por volta dos 10 meses.

Daí em diante é só questão de confiança e equilíbrio para ele começar a dar os primeiros passos, o que acontece, geralmente, entre os 9 e os 12 meses.

A maior parte deles vai andar bem com 1 ano e 3 meses, mas outros podem demorar um pouco mais. Os primeiros passos costumam ser na ponta dos pés e com os pés voltados para fora, o que costuma resultar em um andar bastante peculiar, por sinal.

Quando se preocupar?

Caso o bebê não ande com 1 ano e 3 meses, avalie se ele está avançando e tentando se locomover. Algumas crianças demoram mais a andar, e podem só fazer isso depois de 1 ano e 5 meses. O importante é que tenha interesse em se locomover e evolua, ainda que lentamente.

FALAR

Como visto anteriormente, o processo da fala começa com o bebê descobrindo que consegue fazer sons com a boca, com a língua, com os dentes. Essa descoberta leva então a uma série de vocalizações, que depois vão parecer palavras, e posteriormente vão tornar-se palavras reais.

Entre 1 ano e meio e 2, a maioria das crianças já consegue falar cerca de 200 palavras. O mais importante, desde que o bebê nasce, é conversar muito com ele, justamente para ele ter bastante contato com a linguagem e assimilar como funciona.

Entre 1 e 2 anos, a criança já consegue formar frases curtas, com duas ou três palavras.

Quando se preocupar?

Bebês que param de balbuciar com 6 meses podem ter problemas de audição. Se nessa fase, o pequeno não fizer nenhum som ou reagir a eles, é importante consultar um especialista. Mais para frente, por volta de 1 ano e 3 meses, crianças que não falam nenhuma palavra compreensível também devem ser avaliadas.

COMPREENSÃO/INTERAÇÃO

Nessa fase, o pequeno vai deixando de ser bebê para se tornar uma criança. Por isso muita coisa muda, entre o 1° e o 2° ano de vida.

Ele já reage bastante, por exemplo, se brigarem com ele, ou o elogiarem. Por meio da construção de frases curtas, a criança vai se comunicando com mais eficiência e descobrindo conceitos, que antes não fariam o menor sentido, como ação e reação, o que são formas geométricas, como montar um quebra cabeças.

Nessa fase a criança também reconhece o próprio nome e partes do corpo, presta atenção em histórias pequenas e já tem senso de humor.

​ENTRE 2 E 3 ANOS

COORDENAÇÃO MOTORA

Nessa etapa, a criança já tem bastante domínio da coordenação motora, embora episódios de quedas e tropeços ainda sejam frequentes. Entre 2 e 3 anos, ela já consegue fazer coisas, como:

  • Tirar os sapatos;
  • Chutar a bola sem perder o equilíbrio;
  • Dançar;
  • Vontade de mexer em tudo que encontra pela frente.

COMPREENSÃO/INTERAÇÃO

Praticamente todos os pais devem concordar: entre 2 e 3 anos, aquele bebê gracioso que os fazia derreter-se a cada coisa nova que faziam, some e dá lugar a uma criança que testa a autoridade e os limites o tempo todo.

Nessa fase entra em cena também um certo comportamento autoritário, uma necessidade muito grande de impor as próprias vontades. Isso acontece por que a criança está se descobrindo como indivíduo, amadurecendo, percebendo que é uma pessoa diferente e separada dos pais, literalmente.

No entanto, essa etapa também é cheia de coisas positivas, pois é nessa fase que a criança compreende, de fato, os elementos que compõem os relacionamentos. Tudo que você proporcionou em termos de afeto ela “devolverá” agora, reproduzindo, muitas vezes, a forma como foi tratada. Daí a importância de lidar com as crianças com bastante atenção, cuidado, e amor. Elas retribuirão, pode acreditar.

FALA

Já com uma linguagem mais “refinada”, a criança nessa fase, já faz as seguintes coisas:

  • Cumpri ordens, quando solicitada;
  • Chama os mais próximos, como os familiares, pelo nome;
  • Fala de si mesma na terceira pessoa;
  • Aumenta a quantidade de frases faladas e aprende a usar o plural;
  • Começa a perguntar coisas, como “cadê?”, “o quê?” e “onde?”.

ENTRE 3 A 4 ANOS

DESENVOLVIMENTO MOTOR

Sabe tirar as próprias roupas;

Já consegue pedalar;

Segura o lápis na posição correta e gosta de desenhar.

FALA

Nessa etapa, a criança já tem um vocabulário mais extenso, conseguindo construir frases com até 6 palavras, além de começar a assimilar as regras gramaticais mais simples. Entre 3 e 4 anos, ela já lembra e conta historinhas.

Quando se preocupar?

Se nessa fase, a criança continuar comendo consoantes, substituindo sílabas ou gaguejando, de modo persistente, converse com um especialista para uma avaliação mais detalhada. Vale lembrar também que não devemos dizer para a criança que é “errado” o jeito que ela está falando, mas sim falar da forma certa, para que ela assimile naturalmente.

COMPREENSÃO/INTERAÇÃO

Entre 3 e 4 anos, a criança já entende coisas mais complexas, como, por exemplo, a rotina. Além disso, já está bem mais sociável e gostar de brincar com outras crianças. Tem interesse nos sentimentos alheios e entende conceitos, como igual e diferente, tamanho e cor.

Quando se preocupar?

Caso a criança não consiga entender ordens simples ou fazer ações, como abrir uma caixa, relate isso a um especialista.

ENTRE 4 E 5 ANOS

DESENVOLVIMENTO MOTOR

Nessa etapa, a criança já consegue:

Usar tesoura;

Pegar talheres com mais destreza;

Segurar a bola com as duas mãos quando está em movimento.

FALA

Entre 4 e 5 anos, a criança já fala bem muitas palavras, gosta de contar e inventar histórias. Já consegue também identificar algumas letras e números.

COMPREENSÃO/INTERAÇÃO

A criança nessa idade já é mais independente, e gosta de tomar as próprias decisões. Sempre que possível, dê autonomia para ela, respeitando o que ela consegue fazer. Além disso, por ela estar mais sociável, é importante ter contato com outras crianças, o que costuma ser fácil, tendo em vista que, nessa fase, a criança, geralmente, já está na escola.

A PARTIR DOS 5 ANOS

Depois dos 5 anos, a criança já começa a ser preparada para o ensino regular. Por isso é essencial acompanhar, desde o começo, o desempenho escolar dela.

Nessa fase, distúrbios auditivos ou de visão, podem ser diagnosticados mais facilmente – e tratados com mais eficiência. Dislexia e problemas de cognição podem ser verificados durante o andamento escolar nos anos posteriores.

Vale lembrar que o acompanhamento da vida escolar da criança deve ser feito sempre, do primário ao ensino médio, não esqueça disso!

FALE ABERTAMENTE COM O PEDIATRA E PROCURE AJUDA ESPECIALIZADA

Qualquer alteração ou dúvida a respeito do desenvolvimento da criança, devem relatadas ao pediatra, sem medo de parecer ignorante ou demasiado apreensivo com o desenvolvimento do próprio filho.

Lembre-se: não existe certo e errado no quesito dúvidas. O errado, talvez seja, não perguntar.

                                           CRÉDITO DA MATÉRIA


 

sexta-feira, 22 de março de 2024

Preconceito linguístico- Fale o seu Português com o seu sotaque e sem inibição.

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                       Preconceito linguístico

As línguas da Mama África mescladas com as dos autóctones  do Brasil, os Índios, e infiltrada por diversas línguas invasoras(Inglês, Francês, Italiano, Espanhol, Português, Asiáticas e Orientais) forjaram o Português Brasileiro.  

Iderval Reginaldo Tenório

O Português é uma língua  em contínua  formação. Sofre diariamente influências  de línguas da Europa, EUA, Oriente, África, Ásia,  Japão e de dialetos regionais como o   Brasiliense, Caipira, Carioca, Gaúcho, Mineiro, Nordestino, Nortistas, Paulistano e o Sertanejo.

Na atualidade,  mais de 20% das novas palavras vêm dos  EUA, a língua forte das transações econômicas em todo o mundo, a língua do império contemporâneo. Como vírus, chegam   embutidas nos produtos, propagandas, cinema, livros, jornais, programas televisivos universais, viagens e  outras forçadas pelo poderio hegemônico. 

Nos dias atuais, a  juventude brasileira, os profissionais de todas as áreas e a população em geral    são bombardeadas pelos meios de comunicação com novas palavras, sem tradução,  e que    automaticamente são incorporadas à língua  pátria. Lembrem-se de  onlaine, apigreide, estandebai, chequim, delei, checaute, booque, fastefude, baipasse, uaifai, uatzape, email e outras.   

Como o português brasileiro tem  pouca importância  mundial no comércio,  indústria, música, literatura,   turismo, história da humanidade  e não é de uma nação de peso, sofre preconceitos em todo o globo terrestre e  dentro do seu próprio povo. 

Afirma-se   que a alma de uma nação é o seu idioma e  foi embasado nesta propriedade, que Portugal matou a língua nativa brasileira quando invadiu as terras de Vera Cruz em 1500, deixando-a sem alma e sem identificação. 

No século XVI eram mais de 800 línguas nativas, destacavam-se  o  Guarani Kaiowá, Xavante, Yanomami, Guajajara,  Terena,  Tukano, Kayapó,  Tupinambá e o Tupi-guaranI. No final do século XVIII, por volta de 1775, de uma só canetada, o Marquês de Pombal proibiu  o uso de todas estas línguas nativas, as africanas   e as embarcadas  pelos  estrangeiros, sendo oficializada o Português de Portugal. Esta  medida culminou com o batismo linguístico da nação chamada Brasil. Uma Pátria sem língua e evidentimente sem alma, tendo que renascer das cinzas  como um milagre e em 1850 quase todas as línguas autóctones praticamente estavam em desuso.

O genocídio aos habitantes da terra, pejorativamente chamados de  INDÍGENAS, o genocídio aos seus idiomas, costumes e cultura juntos à transferência de  riquezas minerais, vegetais e animais para a Europa, foi o suficiente para emplacar  anos de atrasos à nação em nome da civilização colonialista.  Isto  gerou,  alimentou  e alimenta  até os dias de hoje,  preconceitos aos nativos e aos africanos,  traficados por três séculos, ambos os povos  tratados  como coisas.   

Para os Europeus colonizadores, os negros e os nativos não tinham alma e não eram considerados humanos. Nos Estados Unidos da América do Norte  eram considerados   caças, inclusive  pelos poderes públicos até 1900, onde  foram dizimados mais de 20 milhões de nativos em 100 anos de invasão inglesa, não foi diferente aqui no Brasil com a invasão portuguesa e a criação dos bandeirantes, comercializando e dizimando milhões de índigenas.

No Brasil  um verdadeiro continente, o português sofre preconceitos  de classes sociais, nível educacional, etnias, posicionamento político, gêneros   e  do regionalismo.

Na sociedade brasileira, o idioma  foi fatiado em diversos segmentos:  o culto que é o oficial, regido por leis, criado e praticado pelos intelectuais, pelos  letrados, filólogos e os gramáticos  que ocupam o culme da pirâmide linguística,  tornando  uma língua excludente para os  que ocupam a base da pirâmide social, possuidora de no máximo 800 palavas para a comunicação. 

O objetivo é  sedimentar nas mãos das elites o poder da dominação e da  inibição para as demais classes sociais. Pregam que o certo e o correto é o praticado por esta casta, que se autodenomina de classe  superior, o errado e  rasteiro, o praticado pelas  demais classes sociais, principalmente nos rincões do país e nas regiões esquecidas. Quando na verdade não existe o Português errado, a língua é uma só e depende do  nível sócial, econômico, cultural e de qual região pertence o cidadão 

É primordial entender, que o português tem uma coluna, o de consumno diário, aquele que constitue o DNA  da língua, o popular, o praticado em toda a nação e que todos compreedem, é o Português Universal e o elo entre todas as classes sociais.

O português culto e clássico, como um veículo moderno com os seus assessórios, direção hidráulica, portas elétricas, marcha automática, controles,  ar condicionado, celulares, wifi,  orientação por satélites ou  câmeras são privilégios de poucos e às vezes  supérfluor, o importante é viver sem atropelar a coluna central, respeitar o regionalismo, mastigar o feijão  com arroz, as misturas protéicas e  gordurosas   sem se esquecer que nos documentos oficiais, é o Português oficial, o português culto  o utilizado. O português falado está na alma de cada cidadão e vem das suas raízes, das suas entranhas e ancestralidades.

A  Língua é patrimônio da sociedade, isto é,  do povo em todos os níveis sociais e em todos os recantos do país. Não deve ser uma ferramenta de inibição aos que não  praticam a língua  culta, a língua daqueles que ocupam  o ângulo superior da pirâmide sócio cultural, econômica e literária, uma vez que, mesmo os mais cultos,  estudados e que leem com frequência,  muitas vezes são ignorantes  no repertório jurídico, da matemática, da química, da física  e  da  medicina.

Fale e pratique a sua língua sem preconceitos ou inibição, contudo continue aprendendo a lingua culta da mesma maneira que se aprende a andar, nadar, dirigir e como se aprende uma profissão. Somos eternos aprendizes, todos os dias se aprende algo novo. Gratidão às escolas, aos professores, aos filólogos, aos  gramáticos, aos historiadores, aos analfabetos, aos regionalistas   e à natureza, eternos orientadores.

Estudante, viva sem quaisquer  tipos de preconceitos,  não se iniba na escola, pergunte e participe das oficinas de aprendizados. O seu português está sendo forjado e não deve sofrer avarias nesta fase da vida. Aprenda com os cultos, os   letrados e os não letrados, porém não se enclausure no aprendizado do imaginário dos intelectuais. Não anule as suas origens, mescle todos os modos da língua e os utilizem nos momentos adequados, a depender dos interlocutores.

Tenha orgulho dos seus pais, de sua região, de todos os da sua convivência  na   infância e até dos animais não humanos  do seu arrebol, isso é cultura.

                          Iderval Reginaldo Tenório

Preconceito linguístico

Autor: Marcos Bagno,

Instituição: Universidade de Brasília-UnB,

O termo preconceito designa uma atitude prévia que assumimos diante de uma pessoa (ou de um grupo social), antes de interagirmos com ela ou de conhecê-la, uma atitude que, embora individual, reflete as ideias que circulam na sociedade e na cultura em que vivemos. Assim como uma pessoa pode sofrer preconceito por ser mulher, pobre, negra, indígena, homossexual, nordestina, deficiente física, estrangeira etc., também pode receber avaliações negativas por causa da língua que fala ou do modo como fala sua língua.

O preconceito linguístico resulta da comparação indevida entre o modelo idealizado de língua que se apresenta nas gramáticas normativas e nos dicionários e os modos de falar reais das pessoas que vivem na sociedade, modos de falar que são muitos e bem diferentes entre si. Essa língua idealizada se inspira na literatura consagrada, nas opções subjetivas dos próprios gramáticos e dicionaristas, nas regras da gramática latina (que serviu durante séculos como modelo para a produção das gramáticas das línguas modernas) etc. No caso brasileiro, essa língua idealizada tem um componente a mais: o português europeu do século XIX. Tudo isso torna simplesmente impossível que alguém escreva e, principalmente, fale segundo essas regras normativas, porque elas descrevem e, sobretudo, prescrevem uma língua artificial, ultrapassada, que não reflete os usos reais de nenhuma comunidade atual falante de português, nem no Brasil, nem em Portugal, nem em qualquer outro lugar do mundo onde a língua é falada.

Mas a principal fonte de preconceito linguístico, no Brasil, está na comparação que as pessoas da classe média urbana das regiões mais desenvolvidas fazem entre seu modo de falar e o modo de falar dos indivíduos de outras classes sociais e das outras regiões. Esse preconceito se vale de dois rótulos: o “errado” e o “feio” que, mesmo sem nenhum fundamento real, já se solidificaram como estereótipos. Quando analisado de perto, o preconceito linguístico deixa claro que o que está em jogo não é a língua, pois o modo de falar é apenas um pretexto para discriminar um indivíduo ou um grupo social por suas características socioculturais e socioeconômicas: gênero, raça, classe social, grau de instrução, nível de renda etc.

A instituição escolar tem sido há séculos a principal agência de manutenção e difusão do preconceito linguístico e de outras formas de discriminação. Uma formação docente adequada, com base nos avanços das ciências da linguagem e com vistas à criação de uma sociedade democrática e igualitária, é um passo importante na crítica e na desconstrução desse círculo vicioso

sábado, 16 de março de 2024

CULTURA . MULHERES SÁFICAS-O que é ser sáfica?

 

                                Safo de Lesbo

Por Bruna Liu, redação Marie Claire — São Paulo


A palavra "sáfica" tem suas raízes na poesia e na cultura grega antiga. Ela está associada à poetisa Safo, uma figura enigmática que viveu na Ilha de Lesbos lá pelos idos de 600 a.C. Safo é conhecida por seus poemas que exploravam temas como o amor entre mulheres, sociedade e gênero.

Identidade sáfica: como uma poeta nascida há 2 mil anos virou referência nos estudos de gênero

Termo passou a ser usado para definir a atração entre mulheres de forma mais ampla, em homenagem a Safo

Bolívar Torres

 26/06/2021

 

RIO — “Sei que alguém no futuro também se lembrará de nós”, escrevia a poeta grega Safo, há mais de dois mil anos. Ela não estava errada. Cada vez mais estudada e publicada, a suposta primeira mulher a cantar o amor lésbico garantiu seu lugar nas mentes contemporâneas. Está presente em nossa cultura, nossos afetos e até em nosso vocabulário. Responsável por manter discípulas na Ilha de Lesbos, na Grécia Antiga, a poeta, nascida entre 630a.C. e 604a.C., virou trending topics nas redes sociais e continua guiando uma nova geração a entender melhor seus próprios sentimentos. Suas jovens leitoras encontram nos versos questionamentos atuais, como a força do desejo, a identidade sexual e a reflexão sobre o feminino.

Por seus serviços prestados, Safo ganhou uma bandeira, que costuma circular na internet juntamente com textos sobre a autora: duas listras rosas entre uma listra branca com uma violeta no meio (referência à suposta cor de seu cabelo). E também inspirou um adjetivo muito em voga, “sáfico”. Trata-se de um termo guarda-chuva cunhado para englobar todas as mulheres que tenham atração, exclusiva ou não, por outras mulheres. A tiktoker Rachel Marie, do perfil lesbiansnowwhite, recebeu tantas perguntas sobre a palavra que gravou um vídeo para explicá-la aos seus mais de cem mil seguidores. “Lésbicas, bissexuais, assexuais, panssexuais, e garotas de diversos outros rótulos podem se identificar como sáficas”, orientou ela.

— O termo é amplo porque não se tem certeza de que a própria Safo era uma mulher lésbica — diz a escritora e cineasta Paula Chiodo, 32 anos, que participa da recém-lançada coletânea “Antes que eu esqueça” (Quintal Edições), com textos de mulheres lésbicas, bi e sáficas. — Ela falava sobre comunidade, sobre mulheres que se auxiliam e amadurecem juntas, não necessariamente de forma carnal. Quando Safo escreve que o “futuro lembrará de nós”, o que ela quer dizer, para mim, é que no futuro todas as mulheres serão sáficas. Elas criarão vínculos fortes entre elas e não serão mais rivais.O Globo

 

sexta-feira, 15 de março de 2024

DISSE RUI COSTA- o GOVERBADOR TEM QUE "pisar no calcanhar" e "fungar no cangote

 

Nota de Repúdio às declarações de Rui Costa

Foto: Fernanda Vilas Boas/Metropress

Em recente entrevista à Rádio Metrópole segunda-feira (11/03), o Ministro da Casa Civil, Rui Costa, expressou uma visão anacrônica sobre o funcionalismo público, destacando uma suposta "tendência à inércia", ressaltando que, em sua visão, o presidente, governadores e prefeitos precisam "pisar no calcanhar" e "fungar no cangote" dos servidores(as) para serem mais eficientes.

Tais declarações reacenderam discussões sobre sua postura em relação aos servidores públicos, um tema crítico desde sua gestão como Governador da Bahia, marcada por contradições em torno de políticas salariais e de direitos dos trabalhadores.

Historicamente, Rui Costa tem atacado o funcionalismo público, com iniciativas que, envoltas pelo discurso neoliberal da “modernização”, se revelam como práticas de arrocho salarial e retirada de direitos. Seu mandato no governo estadual foi marcado pela reforma previdenciária e administrativa, contraditoriamente contrário ao que defendia na Câmara Federal o seu partido político, o Partido dos Trabalhadores (PT). É vergonhoso que um Ministro de Estado da Bahia, filiado ao PT, tenha uma visão míope, estereotipada e desrespeitosa, que apenas contribui para a desqualificação do serviço público brasileiro.

É preciso destacar que Rui Costa, com suas políticas nefastas, autoritárias e antidemocráticas, ocasionou uma defasagem salarial de aproximadamente 54%, em virtude da não recomposição das perdas inflacionárias dos anos de 2015 a 2022; instituiu mudanças no sistema de previdência, com quatro reformas visando sempre alterar as regras ampliando o tempo e a alíquota de contribuição e modificando os cálculos de aposentadoria; provocou o sucateamento do Plano de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos da Bahia (Planserv) reduzindo o repasse do Estado de 5% para 2%. Os reflexos de tais ações têm prejudicado a vida de 270 mil servidores estaduais civis e militares, ativos, aposentados e pensionistas do governo baiano

quinta-feira, 14 de março de 2024

Uma pagina da poesia nordestina de Zé Praxedes. DOUTOR INTÉ OUTRO DIA


14 de Março, Dia Nacional da Poesia

 

Doutor, inté outro dia. Zé Praxedes. Poesia

DOUTOR INTÉ OUTRO DIA
Zé Praxedes

Doutor inté outro dia
basta você precisar
um criado às suas ordens
na Serra do Jatobá

Pros almoço tem galinha
tem quaiada pro jantar
água cheirosa de tanque
pra vosmecê se banhar

Leite quente ao pé da vaca
quando o dia amanhecer
café torrado no caco
de quando invez pra você

Aguardente potiguar
caso goste de beber
capim mimoso verdinho
pra seu cavalo comer

Pra vosmecê fazer lanche
mel de abelha com farinha
tem da fonte milagrosa
água fria na quartinha

Pra vosmecê se deitar
uma rede bem arvinha
leve tombém sua muié
proque lá só tem a minha

 

JOSÉ PRAXEDES BARRETO (1916 - 1983), nasceu a 15 de novembro na fazenda ‘Espinheiro’, município de Currais Novos, atualmente Cerro Corá (RN). Filho de Francisco Praxedes Barreto e Maria Segunda Barreto. Aos sete anos de idade foi matriculado na Escola do povoado Recanto, do mesmo município, onde sua família passou a residir. Com 16 anos foi internado no Colégio Pedro II, hoje Ruy Barbosa, na capital do estado. 

Durante as férias ele retornava à Recanto, onde se dedicava, de corpo e alma, a vida do campo. Nas vaquejadas era alvo da admiração e orgulho dos vaqueiros; contava em versos a vida do homem sertanejo.


Casou-se com Hilda Pinheiro, em 1941, e geraram José Praxedes Filho. Em 1950, como quase todo nordestino fazia à época, tomou um ITA, navio, juntamente com a mulher e o filho, e desembarcou no Rio de Janeiro. No ano de 1960 publicou o livro “O Sertão é Assim”; posteriormente, em 1970, foi publicado “Meu Siridó”, que teve uma 2ª edição em 1979, pela editora Clima.


Um dos seus trabalhos, mais importantes foi o livro “Luiz Gonzaga e Outras Poesias”, que é a primeira biografia sobre o Rei do Baião, inclusive, toda escrita em versos matutos, com o prefácio de Luís da Câmara Cascudo, editado em São Paulo no ano de 1952.