O SOL TRAZ PARA O ZEZINHO AS QUEIXAS DAS ABELHAS E DAS FLORESTAS
O MENINO
Zezinho,7 anos de idade, mora no campo e ainda não frequenta as escolas do imaginário humano. Sonha com este dia, porém é PhD na linguagem dos seus maiores amigos: a terra, a chuva, o sol, a lua, a noite, o dia, a água, os ventos, as plantas, os animais domésticos, os silvestres, os pássaros, os insetos e até os répteis.
O menino fala a linguagem da natureza. É poliglota, etólogo, ambientalista, sociólogo, ecologista, biólogo, agricultor, pecuarista e outras da sua imaginação, só não sabe as leituras desenvolvidas pelo imaginário humano. Ensinamentos constituídos de demandas seletivas, excludentes e que estudam os fenômenos materiais e filosóficos, e ao mesmo tempo provêem os mecanismos da estratificação da sociedade. É uma Educação de cabal importância para o homem ascender na escala sociocultural, e não continuar no limbo ou na base da pirâmide social criada pelos humanos. O Zezinho tem sede do saber e olha para o futuro da humanidade.
Diz
a neurociência, que na primeira infância, a linguagem oficial é a que
prega o amor, a verdade, a pureza, o respeito, a compaixão, o compartilhamento, a sinceridade e a inteligência.
Com o passar dos tempos, o homem
vai remodelando pilar por pilar, pedra por pedra, para que, com as agruras
sofridas, construir os
templos do artificialismo da vida, obedecendo os princípios pétreos da
linguagem da primeira infância; porém, muitos, na sua trajetória ,
sofrem avarias morais, danificam a personalidade, entram num mundo
obscuro e sedimentam diversos desvios de comportamento.
AS FLORESTAS
As Florestas, constituídas de diversos tipos de vidas, tanto animal como vegetal, dizem que estão sendo destruídas. Nas nações desenvolvidas, notadamente na Europa, praticamente não existem mais, os humanos daquela região, em 500 anos, acabaram com as suas reservas e quase todos os recursos naturais.
Das matas nativas restam poucas. Na Europa as matas são artificiais, monoculturas, frutos do reflorestamento por lei, geralmente coníferas.
Alegam que este povos, para tornarem-se desenvolvidos, tiveram que danificar todo o ecossistema, consumindo os recursos minerais, vegetais e animais.
Hoje,
estes povos gastam fortunas para o plantio de milhões de árvores, porém
sem
a diversidade das florestas originais, no intuito de recompesar os
crimes cometidos contra a natureza. O mais estranho, é que todo o
planeta chama este ato de civilização desenvolvida, porém, para a
natureza um
verdadeiro contrassenso, um absurdo, um crime socioambiental. Não
satisfeitos, estão invadindo e tomando os recursos naturais das nações
periférica das Américas, África, Ásia, Oceania e Oriente em busca de
matérias primas para o fabrico de tudo que consomem, tanto
minerais, vegetais e animais, destruíndo todos os biomas e eliminado vidas humanas e não humanas.
Queixam-se as Florestas, que as suas árvores estão sendo derrubadas para a fabricação de móveis, papeis, para fazer fogo, pastos, agricultura e para a construção civil.
Grandes
áreas são reservadas para a construção de cidades, exploração dos
minerais e tudo que o homem necessita. Os homens desenvolvidos
estão devastando as
florestas em todo o planeta. Primeiro acabaram as deles e agora estão
invandido as nações subdesenvilvidas, danificando o ecossistema. A
velocidade de destruição é maior do que a de recuperação, estes danos
trarão
grandes mudanças na natureza.
O Sol trouxe graves reclamações da própria terra.
Relata que os seus morros, chapadas, montanhas, serrados e as planícies, por possuírem pedras preciosas, águas subterrâneas, terra raras e combustíveis fósseis, estão sendo dilapidadas. Jogam explosivos, destroem as suas entranhas, abrem os seus corpos em busca destas riquezas; estas atitudes fulminam muitos tipos de vida e o meio ambiente. Contaminam as águas dos rios, mares, lagos, os aquíferos e o lençol freático, os homens são impiedosos.
AS ABELHAS
O Líder trouxe queixas de quase todos os grupos, muitas inacreditáveis, veja as queixas das abelhas .
As abelhas falaram que os humanos roubam o mel que produzem, o mel que alimenta a sua rainha e toda a colméia, deveriam deixar parte para os produtores. Lembram que uma abelha vive pouco, de 40 a 60 dias, que cada uma produz em média de 2 a 4 gramas de mel durante toda a sua existência, faz 40 vôos por dia, visita de 10 a 12 flores por minutos e pousa em até 40mil flores por dia. Poliniza todas as plantas visitadas, afasta-se até 2 mil metros da colméia e orienta-se pelos raios solares. A vida de uma abelha é dura, não se reproduz, não tem descisão própria, apenas trabalha, é uma verdadeira operária.
Refere que os humanos chegam e roubam os alimentos da sua família. Indagam para si, por que não se contentam com o trabalho gratuito de polinizar as flores? serviço este responsável pela geração dos frutos. Ratifica que esta tarefa já seria de bom tamanho, já seria suficiente, já seria uma nobre e impagável atitude, porém os homens querem mais, querem tudo, até o própolis e a cera, injustamente, confiscam.
Além de furtarem o mel, matam muitas abelhas, envenenam e intoxicam outras com fumaças. Promovem verdadeiros incêndios ao redor da colméia e acabam com a vida de outros insetos. Os homens são perversos com os outros animais, só pensam neles, consideram que o mundo foi feito só para eles e tudo que existe foi feito para lhes servir. O humanismo é a razão principal dos humanos, tudo e todos só para eles.
Iderval Reginaldo Tenório