domingo, 11 de dezembro de 2022

Preguem a paz e o respeito, não preguem a discórdia .

 

 

O Ódio que Você Semeia' Faz Comentário Social Acompanhado de Boa Narrativa  e Personagens Envolventes – Tangerina Mecânica

 

Quem mais prega o Ódio???

As agressões são  iguais  . 

Ora o grupo do Lula  e ora o grupo do Presidente são agressivos e pregam o ódio, nenhum prega a paz,  perderam a razão. .

Não se enxerga diferença entre os extremistas, todos são odientos e estão sendo prejudicados, é uma verdadeira doença.

 


Amigos que já chegaram aos 65, nós só temos de 05 a 30 anos de existência  aqui na terra com os amigos e familiares. 

A vida deve ser vivida com alegria ,  o ódio encurta a vida . Vivam com alegria e tranquilidade, cuidado com a distribuição do  ódio e aleivosias   para todos os lados por motivos simples  transformados em torpes sem uma análise criteriosa, cuidado com os rompantes emocionais .

 O ódio é um dos fatores de morte súbita,  preguem a paz.  A raiva  é perigosa para a saúde.

O Coração da pessoa que prega o ódio fica vulnerável. Não vale a pena vociferar  e achar que é o mais sabido do mundo e o dono da verdade.

Cuidado amigos,  o cortisol   ao ser destilado durante  o silêncio da noite provoca reações  e muitas vezes o coração não suporta.  Os vasos se contraem, entram em espamos, se colabam, o coração acelera   e sem a oxigenação adequada  a morte súbita tem sido a regra.   

A sua família necessita de todos. Para os amigos que ficam  restam apenas a saudade e o lamento .  Estes sentimentos são passageiros, logo logo se esvaem   e o indivíduo entra  no esquecimento,  não sejam presas fáceis .

Lembrem-se  que ,  enquanto mais dezenas de anos tem um cidadão, mais frágil fica o seu coração e o seu cérebro.  Eles não aguentam a elevação silenciosa da pressão  , a bradicardia, a taquicardia e as arritmias  na solidão da noite, as consequências são terríveis, são devastadoras.  Tudo isto pode acontecer no silêncio da noite.

O ódio está em ambos os extremos  pilíticos, cada um mais odiento do que o outro. 

Não caiam nestas armadilhas, as consequências pessoais muitas vezes nunca cicatrizam.  

A vida é curta e não merece ser abreviada  mais ainda . 

Quantos amigos  já se foram? Lembrem-se: a saudade  é por pouco tempo .  O mundo continua e o stress desnecessário fica  a rondar muitos leitos madrugadas adentro.

                 Cuidado com o CORTISOL.

                 Lembrem-se das Endorfinas.

A endorfina é um neuro-hormônio,  uma substância natural  produzida pela glândula hipófise presente no cérebro, nos momentos de alegrias e de bem estar. 

Ela inibe a irritação e o estresse, contribuindo para a sensação de satisfação e de felicidade.

                  Iderval Reginaldo Tenório

 

A História da Música A TRISTE PARTIDA- do PATATIVA DO ASSARÉ e LUIZ GONZAGA

 A Triste Partida – Patativa do Assaré | Poesias Preferidas

 
PATATIVA DO ASSARÉ – Crônicas Cariocas
 
LUIZ GONZAGA - A TRISTE PARTIDA - YouTube
A TRISTE PARTIDA
Do poeta Patativa do Assaré, o Cearense do Século
e do Imortal Luiz Lua Gonzaga , O Pernambucano do Século

LUIZ GONZAGA O MAIOR ARTISTA BRASILEIRO DE TODOS OS TEMPOS. 

A  História
 da Música 
A TRISTE PARTIDA
Patativa do Assaré e Luiz Gonzaga

Brasil 1964  Ditadura Militar.
 
Nesta época passava o Brasil por um entrave político do maior quilate, saia da Presidência da República o Juscelino Kubitschek  em janeiro de 1961,  Jânio Quadros assumia no dia 31 de janeiro 1961, renunciando   no dia 25 de agosto de 1961, governou por sete meses .
 
Em agosto de 1961 assumia o Presidente da Câmara , o Dep. Federal por São Paulo  Ranieri Mazzilli interinamente por 14 dias , uma vez que o vice João Belchior Marques Goulart  encontrava-se na China a convite do governo chinês, ao chegar assumiu dia 08 de setembro 1961 e governou até  01 de abril de 1964 .
 
Jango foi deposto pelo golpe militar articulado pelo alto comando.   Voltou à presidência  o Deputado Federal Ranieri Mazzilli do dia 02 de abril de 1964  até o dia 15 de abril, por 13 dias,  quando em definitivo  o General  cearense   Humberto de Alencar  Castelo Branco sentou na cadeira até 15 de  março de 1967.  
 
O país  fervia com os comandos das forças armadas  e o início de uma ditadura militar, foi um período dificil , duro e que trouxe muitas feridas que jamais serão cicatrizadas.

No sertão do Ceará, terra de grandes poetas, se ouvia uma música muito penosa, porém realista.  Era cantada por duplas de violeiros, cantadores e repentistas nas feiras livres  das cidades do sertão cearense . Uma verdadeira ladainha de sofrimento,  música arrastada, uma cantilena.  Documentava o desrespeito com o povo, a fome, o êxodo rural e a procura do pão  nas terras do Sul, principalmente São Paulo e Paraná. 

Era eu menino, nas terras do Padre Cicero,  quando muitos parentes, romeiros  e trabalhadores da minha Serra do Araripe e do Cariri  iam para Juazeiro do Norte e de lá para o Sul do país nas carrocerias de caminhões sem o mínimo conforto, caminhões Pau de Arara,  o intento era escapar da seca. Famílias inteiras , como as asas brancas, partiam em busca de dias melhores.

O  poeta Patativa do Assaré , um agricultor auto didata, num dia de muito trabalho e suor,  debaixo do sol causticante da Serra de Santana,  documentou na sua mente o que realmente acontecia à  época e   inteligentemente  batizou  de  A TRISTE PARTIDA. 
 
A músca   com os seus MEU DEUS , MEU DEUS, os seus  AI, AI, AI ,  os meses do ano, setembro, outubro , novembro e dezembro..., o sol, o vento,   a peste, a fome, o natá, seu berço, seu lá, os gemidos, as águas dos óios,  a cigarra,  o carro de boi, o caminhão, o patrão, a boneca, a roseira,  a menina, a seca, o mês de março, as pedras de sá, a barra, o escravo, o sul, as caras estranhas, o norte, a ausência de cidadania, o desprezo, a lama, o paú,  o choro, o milagre, a saudade, o cachorro, meu gato, meu mimi, meu pé de fulô,  a poeira , o meu Ceará, São José, o burro, o cavalo, o galo, a poeira, a saudade, a morte,  Sum Palo, o feliz fazendeiro , a vida e o êxodo rural. O poeta  mostrou  o BRASIL esquecido, o BRASIL invisível. 

O Rei do Baião, Luiz Gonzaga,  já meio triste com a sua carreira em 1964,  numa de suas viagens pelo Sertão ouviu, gostou e perguntou quem era o autor.  Os violeiros disseram : 
 
"É de um agricultor de Assaré, um rapaz muito simples que vive da lavoura, o Antonio Gonçalves, o Patativa do Assaré."
 
 O Rei Luiz , já famoso,  tomou o endereço e foi até Assaré. Uma pequena cidade na micro região Sul do Ceará, chegando lá se identificou, o Patativa se emocionou e disse: 


"Luiz Gonzaga,  o Rei do Baião,  na minha casa? O que se assucede?"

Luiz Disse :
 
"Sim senhor , o Rei do Baião, Luiz Gonzaga na sua casa."

Patativa revidou:
 
"E o que quer o senhor, este monstro importante,  na minha casa?"

Luiz disse:
 
"Venho pedir permissão para gravar esta sua música, A Triste Partida,  no meu próximo disco e também botar o meu nome como um dos  autores."

O Patativa deu um pulo da moléstia e irritado falou:
 
"Como é  mesmo seu Luiz? gravar e dizer que a poesia é sua?  qualquê, qualquê seu Luiz, qualquer coisa, isso  jamais , a poesia seu Luiz  é como  um filho, só possui um pai e o pai sou eu,  não vai gravar."

Seu Luiz rebate:
 
"Homem,  esta música eu tenho que gravar,  é a música mais bonita que já vi na minha  vida e eu tenho que gravar, conta a vida dos nossos irmãos nordestinos, conta a minha e a sua história, é um documentário."

Patativa do Assaré completa
 
"Só grava se for assim e se colocar o meu nome. Tem mais seu Luiz , eu não quero nenhum tostão do senhor, sei que vai fazer sucesso."

Este foi o histórico diálogo.

Depois de muitos acertos , gargalhadas e   selado as pazes, o Luiz disse ao  Patativa que a música era muito bonita , porém não poderia gravar seca e sacudida, ao pé da letra, era muita ofensa ao sul,  tinha que modificar algumas coisas, foi quando o Patativa se irritou ainda mais, fechou a cara e ficou turrão.
 
 O Luiz tomou uma cachaça, um café com o roceiro,  sentou-se no pátio, fez uma pequena modificação e assim se justificou ao mestre Patativa diplomaticamente . O rei não era rei à toa, o Luiz Gonzaga era um visionário, nasceu para ser o que foi e continuará sendo   a maior expresssão da música brasileira. LUIZ GONZAGA ,  O IMORTAL. 
 
Assim o Rei se pronunciou ao gigante  e também imortal Patativa do Assaré, o Antonio Gonçalves da Silva  ( Nascido em Assaré, 5 de março de 1909 — Falecido em  Assaré, 8 de julho de 2002):

"Patativa me diga uma coisa , quando o mestre  fala na estrofe 10,  no último verso  rimado , só se aplica ao seu Ceará ou se aplica a todos os nordestinos que vão escapar em São Paulo?  Se aplica ao Pernambucano, ao Baiano, ao Paraibano, ao Potiguar, ao homem do Piauí , do Maranhão e de outros recantos secos do Brasil? ou é só para o Ceará? Só para o sofredor cearense?"

O Patativa reforça que pode ser para qualquer  nordestino que deixa a sua terra, pode ser usado para todos os  que saem de sua terra natal e vão escapar no Sul.  

Então Luiz , com a sua educação e sabedoria diz ao poeta:
 
"Então Poeta, em vez de gravar como o mestre criou, eu vou fazer a seguinte modificação , veja se o mestre concorda.

O rei modificou o último verso da décima estrofe que dizia:
............................
Aquele nortista
Partido de pena
De longe acena
Adeus meu  CEARÁ
e modificou para

.............................. 
Aquele nortista
Partido de pena
De longe acena
ADEUS MEU lugar.

Antes do Patativa fumar o segundo cigarro de palha  o Luiz disse:
 
"Tem mais poeta , nos últimos versos da   última estrofe , o poeta diz que o nortista vai ser escravo no sul e vai sofrer.  O poeta não acha que ele sofre mais aqui do que  lá? pelo menos lá   ele come,  trabalha e terá um fio de esperança, enquanto aqui ele sofre, não come e morrerá no abandono. Então ele sofre cá e sofre lá,  mais cá do que lá, então eu queria fazer esta simples modificação  ".   
 
Assim o poeta Patativa escreveu no original:


"  Faz pena o nortista
Tão forte e  tão bravo
Viver como escravo
Nas Terras do Sul."
 
"Eu queria fazer esta pequena modificação, porque se não fizer, eu , você e o retirante , nós todos juntos   estaremos fazendo uma injustiça com o Sul e sendo muito ingrato. Poeta Patativa , a  gratidão é uma das virtudes do homem, principalmente  com os  Estados de São Paulo e do Paraná  que nos acolhem muito bem, acredito que não receberão bem a música e será um fiasco."


O Luiz , o Rei do Baião, apresentou a seguinte modificação, modificou de "Nas Terras do Sul"   para "no norte e no sul"
 
 
Faz pena o nortista
Tão forte E  tão bravo
Viver como escravo
No norte e no sul

No fim do encontro, choro e abraços,  o Patativa disse ao Rei:
 
"Seu Luiz , pode colocar o seu nome, estas modificações deram vida e alma ao poema e à música, era isso que eu queria falar."
 
 Assim foi selado uma parceria de respeito- A Triste Partida de Patativa do Assaré e Luiz Gonzaga.


A Triste Partida foi imortalizada pelo Rei e muitos outros ícones. 
 
Considerada pelo próprio Luiz Gonzaga do Nascimento  a sua mais importante música sem se esquecer da ASA BRANCA.

Durante muitos anos chovia de direitos autorais alguns trocados na conta do Antonio Gonçalves, o  mestre Patativa do Assaré, que pessoalmente me disse , que  foi o Raimundo Fagner quem mais lhe enviou recursos para a sua subsistência financeira sem  esquecer  que o Rei Luiz também mandava.


            E assim falou o PATATIVA
 
"o Fagner é um grande homem"
Patativa do Assaré.


Iderval Reginaldo Tenório

Livros do Patativa da Editorta Vozes- 
1- Cante Lá que eu canto cá. 
2-Espinho e Fulô
e outros 
PESQUISEM - PATATIVA DO ASSARÉ.


A TRISTE PARTIDA - PATATIVA DO ASSARÉ - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=r-8rsqTJi-0
25 de jun de 2009 - Vídeo enviado por senhorincrivel
Um retrato da alma nordestina. Música de Luiz Gonzaga e Poema de Patativa do Assaré.

Luiz Gonzaga -- A Triste Partida - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=Yu0bvuK8s_k
13 de dez de 2012 - Vídeo enviado por Ellis Stoffel
2012 - 100 anos O Rei do Baião, cantou a vida e o sofrimento do Nordestino, ficando imortalizado na ...

ZEZINHO-O VELHO, A PENITENCIARIA E A COLÔNIA AGRÍCOLA.

 

ZEZINHO-O VELHO, A PENITENCIARIA E A COLÔNIA AGRÍCOLA.

                                                                  

Cartoon Bardeava Avô De Chapéu Com Cascas De Ouvido Com Pau Na Mão  Ilustração do Vetor - Ilustração de pessoa, antigo: 165197740

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Cartoon old farmer Stock Photo by ©illustrator_hft 116821544

O VELHO, A PENITENCIARIA

 E 

A COLÔNIA AGRÍCOLA.


Ao  visitar uma penitenciaria,   colônia agrícola, e ao  dialogar com os moradores, Zezinho  ficou impressionado com  um velho detento.

Defronte a um velho de barba branca e cabelos longos, voz arrastada, pouca leitura , pele encolhida e  olhar perdido, sem direção,   o Zezinho se abobalhou.

Após cordial diálogo o velho de  
boca banguela  ,  mãos grossas e unhas escuras olhou para o mundo e mirou o infinito, viajou no tempo e pousou na realidade da vida . 

Cavador nas mãos, bornal cheio de grampos , martelo e  pé de cabra para esticar arames.  Cheio de solidão   olhou para o sol  protegendo os olhos com uma das mãos,  devido   a claridade, e com um molambo puído enxugou a  ressecada tez. 

Esboçando caretas com os desidratados músculos da face e   a  rouca  voz, quase gutural,   balbuciou  algumas palavras.


"Di qui adianta viver num mundo como esse? di qui adianta?! O mundo pra mim num tem sentido, vivo cá há 30 anos, num tenho mué, pai, mãe, fios e nem amigos. A vida é  drumir, acordar, comer, descomer , cavar buracos e insticar arame, num tem sentido. Drumo, acordo, como, descomo, cavo buracos e dispois, dispois vou insticar arame, num tem sentido."

Parou de balbuciar , olhou para cima,  sol a pino. Coçou a cabeça, colocou o seu chapéu de palha, pôs o cordão por debaixo do queixo , arregaçou as mangas do grosso brim, aberta até o umbigo , falou resmungando para si e para o além,  quase a murmurar, num tem sentido esta vida. O Zezinho  ficou boquiaberto  e desnorteado.

"Q
ui dureza!, ave Maria ! Qui sóle quente , já comí, já descomi, já cavei  buracos e agora seu môço vou insticar arame."


E com o tom da voz cada vez mais baixo foi balbuciando, abaixando a voz  e se afastando em busca de realizar a sua tarefa.

"Vou insticar arame , vou insticar arame . Inté mais, inté."

Saiu à procura de arames farpados soltos , de estacas carcomidas pelos cupins   e de mourões prestes a caír.

Indiferente e claudicante sumiu beirando a cerca, puxa aqui , puxa ali, uma martelada acolá, um grampo que cai, um grampo que se perde, um resmungo, uma cusparada, uma estaca frouxa, mole,  quase caindo e lá se vai o velho cheio de desilusão acostumado com a vida recebida e agora em consumo.


Come, evacua, cava buracos , estica arame, olha para o sol, enxuga a testa, bota a mão no bornal, dá uma martelada, assoa o nariz, estica a coluna com as mãos nos quartos , coça as nádegas e continua a deambulação.

É a sua rotina , é o cotidiano , é a vida, é o seu pequeno mundo. Olhou bem nos olhos do Zezinho e falou:  

 "  Muitos são os tipos de prisões nesta vida seu môço.   Vou esticar arame".

 

 
Salvador, 21 de abril de 1998

Iderval Reginaldo Tenório

 

Escutem de Dorival Caymmi com Nana Caymmi e Maria Bethânia 

João Valentão - DVD Brasileirinho Maria Bethânia - YouTube

Musica de Dorival Caymmi do DVD Brasileirinho de Maria Bethânia. Me sigam no Twitter @signodear.
YouTube · Marcos Augusto · 26 de abr. de 2009

 

sábado, 10 de dezembro de 2022

Cabo Tenório-Rosil Cavalcanti na voz do Jackson do Pandeiro

O Rosil faz uma homenagem a um cabo pernambucano, por sinal chamado Tenório . Grande Rosil, grande Jackson, grande Tenório  grande Nordeste. Sucesso em todo o Brasil.

Iderval Reginaldo Tenório

Rosil Cavalcanti

Rosil de Assis Cavalcanti (Macaparana, 20 de dezembro de 1915Campina Grande, 10 de julho de 1968) foi um ator, compositor e radialista brasileiro.

Cursou o primário e ginásio na cidade de Recife. Em 1936 entrou para o 22º Batalhão de Caçadores da 7º Região Militar na cidade de Aracaju, em Sergipe. Em 1937, licenciou-se do Batalhão de Caçadores e passou a trabalhar no Fomento Agrícola de Sergipe. Durante essa época, atuou como jogador de futebol, tornando-se tricampeão sergipano pelo Cotinguiba Sport Clube. Em 1941 foi trabalhar na Secretaria de Agricultura da Paraíba, na cidade de João Pessoa.

Desembarcou em Campina Grande no ano de 1943, acatando transferência como servidor público. Aqui desempenhou as atividades de compositor e apresentador de programas de rádio e TV, adotando o codinome de "Zé Lagoa", atuando nas Rádios Borborema, Caturité e TV Borborema.

Do auditório da Rádio Borborema, que localizava-se na Rua Cardoso Vieira, o Programa era transmitido ao vivo. Foi realizado concurso de sanfoneiro, de dançarino, de beleza, de teatro, etc.

Compôs cerca de 130 músicas, sendo algumas de memoráveis parcerias com Jackson do Pandeiro e Luiz Gonzaga, falando em parcerias, junto a Raymundo Asfora, compôs o hino extra-oficial de Campina Grande "Tropeiros da Borborema", entre suas músicas mais famosas estão "Sebastiana", "Na Base da Chinela" e "Quadro Negro".

Foi autor de todos os gêneros da música regional nordestina, como baião, xote, e côco. Pessoalmente não se achava detentor de "voz" para cantar e, portanto, nunca gravou nenhuma das suas canções.

Em 1968, no início da tarde, Rosil se sentiu mal quando descansava sob a sombra do Umbuzeiro e da Quixabeira. Em vez da música introdutória na voz vibrante de seu parceiro Café, se ouviu uma fúnebre anunciando o falecimento do poeta da caatinga, dos cariris, do Nordeste. O Nordeste parou. Campina Grande assistiu a mais profunda comoção que a atingira. Desaparecera subitamente sua síntese poética, suas alegrias e suas tristezas.

 

Músicas

  • A festa do milho - Luiz Gonzaga (1963)
  • Amigo velho - Luiz Gonzaga (1963)
  • Aquarela nordestina - Marinês (1958)
  • Cabo Tenório - Jackson do Pandeiro (1954)
  • Coco do Norte - Jackson do Pandeiro (1955)
  • Coco social - Jackson do Pandeiro (1954)
  • Coisas do Norte - Marinês (1963)
  • Cumpadre João - Jackson do Pandeiro (1958)
  • Faz força, Zé, Luiz Gonzaga (1963)
  • Forró do Zé Lagoa - Genival Lacerda (1962)
  • Forró na gafieira - Jackson do Pandeiro (1959)
  • Meu Cariri, com Dilu Melo - Ademilde Fonseca (1951)
  • Moxotó, com José Gomes - Jackson do Pandeiro (1958)
  • Na base da chinela, com Jackson do Pandeiro (1962)
  • Ô véio macho - Luiz Gonzaga (1962)
  • Os cabelos de Maria, com Jackson do Pandeiro (1960)
  • Saudade de Campina Grande - Marinês (1958)
  • Sebastiana - Jackson do Pandeiro (1953)
  • Tropeiros da Borborema - Luiz Gonzaga (1980)