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A SOLIDÃO DAS PESSOAS DESSAS CAPITAIS
S
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olidão. Sentir-se só. Afinal,
quem é que nunca se sentiu assim? Solitude. Estar em contato consigo mesmo. Afinal,
quem é que nunca quis estar assim? A grafia é parecida tão certo como a
dissemelhança entre as circunstâncias que levam aos dois estados. Decerto,
ambos os termos confundem a quem enxerga apenas com os olhos. Contudo, é
factível compreendê-los em sua essência.
A solidão surge por um vazio nos
recônditos da alma; pela desconexão com o mundo ao redor; pela sensação de ser
incompreendido pelos demais; pela ausência de relações que talvez lhe
aprouvessem e alguns outros coeficientes motivadores. Quando fala-se de
solitude, porém, aquele que observa de fora tem a falsa impressão de que a
pessoa não está nada bem, num estado de sofrimento; de resignação da
convivência com seus pares. O estado de solitude está além do seu significado. É
um estado de espírito, de paz, de plena convivência consigo mesmo. Em não
havendo a necessidade de estar com outras pessoas como preenchimento de vazio,
não há solidão. Mas mesmo uma pessoa extrovertida pode sentir-se só vez por
outra. Há esses contrapontos a serem observados.
O imediatismo e os ruídos da vida
moderna obscurecem nossos pensamentos e nos distraem, levando-nos cativos à tv
como plano de fundo, à navegação demasiada na internet que adentra à madrugada
e aos anseios de cada dia dentro do exíguo espaço de tempo que temos para nós
mesmos dentro da rotina. Mas não é sempre assim. O ser humano sente a
necessidade de amar e, mais ainda, ser amado. Mas porque às vezes despendem
todas as suas energias em querer estar com alguém ou se distrair de si? Do que
nós temos medo? Porque é assustador nos fazermos questionamentos? O que tememos
em estar a sós com nossos pensamentos?
Se permitir alguns momentos na
nossa própria companhia é uma ótima maneira de meditar, relaxar em contato com
a natureza, numa biblioteca, numa exposição de artes e em outros lugares
inspiradores. Métodos simples como esses de reduzir as ansiedades e o estresse
do quotidiano fazem bem ao corpo e nos dão paz interior. Que não procuremos a
todo momento meios de dissimular o silêncio só porque estamos como que em
condição de isolamento, mas não sendo o caso. Que viajemos ao nosso âmago mais
vezes sem medo de parecer egoístas e rasos à quem só enxerga a nossa superfície,
sem medo de nos fazermos as grandes perguntas que não calam e
sem medo de enfrentar os fantasmas que nos assombram.
O renascimento de um novo eu
começa quando esquadrinhamos as profundezas da nossa consciência. Estar só, sem
aproximar-se do abismo do isolamento total, pode nos fazer maiores e mais
fortes. Daí emergem as grandes transformações, dos nossos períodos mais
silenciosos.
Marcus Alves – 21/11/2019
Marcus Vinicius Alves é um jovem acadêmico, futuro Psicólogo.
É
um jovem lutador, estudioso das facetas da vida e um intelectual nato,
escreve desde os 8 anos de idade, hoje com 22 me enviou esta pérola
literária que achei pertinente compartilhar com todos os leitores que
tiver acesso ao texto
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