Amigos do Juazeiro do Norte e do Colégio Salesiano.
Quem tem lembranças desta vestimenta, quais os alunos Salesiano que participaram e guardaram a roupa que compunha a vestimenta dos cantores mirins ?
Esta vestimenta usei dos 12 aos 14 anos de idade, nos Canarinhos do Cariri.
Viajávamos pelo Ceará como agregadores de amizades entre os municípios e das comunidades.
Tínhamos contatos com professores, prefeitos e autoridades diversas. Uma vez almoçamos na casa do Bispo do Crato, depois participamos da Santa Missa na Catedral, isto era frequente.
Milagres, Barbalha, Crato, Assaré, Barros, Missão Velha, Araripe, Iguatu, Fortaleza e outros municípios que me falha a memória.
Fomos a Fortaleza numa bela viagem de trem e lá fizemos varias escolas e até cantamos na TV Ceará. Foi nesta viagem que conhecemos o AÇÚDE DO GOVERNO, o Oceano Atlântico , conhecido pela belo texto de José de Alencar :
“Verdes mares bravios de minha terra natal, onde canta a jandaia nas frondes da carnaúba;
Verdes mares, que brilhais como líquida esmeralda aos raios do sol nascente, perlongando as alvas praias ensombradas de coqueiros;
Serenai, verdes mares, e alisai docemente a vaga impetuosa, para que o barco aventureiro manso resvale à flor das águas”
José de Alencar
Hoje cantado pelo grande Ednardo, nosso contemporâneo que muito bem canta o nosso querido e forte Ceará.
“Faz muito tempo / Que eu não vejo/ O verde daquele mar quebrar/ Nas longarinas da ponte velha / Que ainda não caiu. Faz muito tempo/Que eu não vejo/ O branco da espuma espirrar/ Naquelas pedras com a sua eterna / Briga com o mar.”
Uma a uma, coisas vão sumindo/ Uma a uma, se desmilinguindo / Só eu e a ponte velha teimam resistindo.
E a nova jangada de vela/ Pintada de verde e encarnado/ Só meu mote não muda a moda não muda nada...
E o mar engolindo lindo, Antiga praia de Iracema/ E os olhos verdes da menina / Lendo o meu mais novo poema e a lua viu desconfiada a noiva do sol com mais um supermercado/ Era uma vez meu castelo Entre mangueiras E jasmins florados.
E o mar engolindo lindo/ E o mal engolindo rindo. Beira-mar, beira-mar. Êeee, maninha, Arma aquela rende branca Que eu tô chegando agora..."
Ednardo em Longarinas
No trem entre Juazeiro e Fortaleza João Luiz, Cícero Fidelis e outros ícone entoaram esta canção que sai da minha mente:
“Lá vai o trem, levando o meu bem.
O trem vai fazendo a curva e ela o lenço acenando,
Ai ai ai meu bem, eu vou acabar chorando, eu vou acabar chorando”
Paramos em Baturité-Ce, a Terra do melhor café do Brasil, ficamos hospedados no próprio Colégio Salesiano, pois era um colégio de internos e os alunos estavam de férias. Nesta escola tinha até panificadora, fizemos várias apresentações e depois seguimos para a Capital.Uma viagem inesquecível.
O grande líder dos cantores era o hoje cirurgião Vascular e angiologista em Salvador, o grande Dr e Professor Cícero Fidelis Lopes , antigamente chamado de "Cicim de Seu Toin da Farmácia". Isto é o nosso Juazeiro do Norte, a Capital da Fé, terra do Padim Ciço.
Chegamos em Fortaleza ao amanhecer e lá iniciamos a vida de artistas mirins do Colégio Salesiano.
Na Televisão cantamos,
Era Um Garoto Que Como Eu Amava os Beatles e os Rolling Stones
enganchamos no: RATÁ RATÁ TÁ TÁ . .e o Padre Osvaldo sabiamente foi abaixando a voz, abaixando, abaixando, abaixando magistralmente até silenciar todo o coral , só nós sabíamos que ainda tinha Música para cantar, foi um espetáculo.
"Os garotos do Cariri fizeram bonito" foi o que se ouvia depois da apresentação.
Era Um Garoto Que Como Eu Amava os Beatles e os Rolling Stones
Amava os Beatles E os Rolling Stones..
Girava o mundo Sempre a cantar As coisas lindas
Da América...
Não era belo Mas mesmo assim
Havia mil garotas afim Cantava Help
And Ticket To Ride Oh Lady Jane, Yesterday...
Cantava viva, à liberdade Mas uma carta sem esperar
Da sua guitarra, o separou Fora chamado na América...
Stop! Com Rolling Stones Stop! Com Beatles songs
Mandado foi ao Vietnã Lutar com vietcongs...
Ratá-tá tá tá...
Tatá-rá tá tá...
Ratá-tá tá tá...
Tatá-rá tá tá...
Nem toca a sua Guitarra e sim
Um instrumento Que sempre dá
A mesma nota Ra-tá-tá-tá...
Não tem amigos Nem vê garotas
Só gente morta Caindo ao chão
Ao seu país Não voltará
Pois está morto No Vietnã...
Stop! Com Rolling Stones Stop! Com Beatles songs
No peito um coração não há Mas duas medalhas sim....
Ratá-tá tá tá...
Tatá-rá tá tá...
Ratá-tá tá tá...
Tatá-rá tá tá...
Ratá-tá tá tá...
Tatá-rá tá tá...
Ratá-tá tá tá...
Ra-tá-tá tá-tá ...
Ra-tá-tá tá-tá ...
Composição: Brancato Júnior
Um abraços para todos.
Salvador, 29 de Agosto de 2021
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