sexta-feira, 20 de novembro de 2020

Zenzile Miriam Makeba (Joanesburgo, 4 de março de 1932

 



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Zenzile Miriam Makeba (Joanesburgo, 4 de março de 1932Castel Volturno, 10 de novembro de 2008) foi uma cantora sul-africana também conhecida como "Mama Africa" e grande ativista pelos direitos humanos e contra o apartheid na sua terra natal.
Miriam Makeba era uma mulher que lutava muito pela vida, começou a carreira em grupos vocais nos anos 50 interpretando uma mistura de blues americanos . No fim da década, apesar de vender bastante discos no país, recebia muito pouco pelas gravações e nem um cêntimo de royalties, o que lhe despertou a vontade de emigrar para os Estados Unidos a fim de poder viver profissionalmente como cantora.

O seu momento decisivo aconteceu em 1960, quando participou no documentário antiapartheid Come Back, Africa, a cuja apresentação compareceu, no Festival de Veneza daquele ano. A recepção que teve na Europa e as condições que enfrentava na África do Sul fizeram com que Miriam resolvesse não regressar ao país, o que causou a anulação do seu passaporte sul-africano.

Foi então para Londres, onde se encontrou com o cantor e ator negro norte-americano Harry Belafonte, no auge do sucesso e prestígio e que seria o responsável pela entrada de Miriam no mercado americano. Através de Belafonte, também um grande ativista pelos direitos civis nos Estados Unidos, Miriam gravou vários discos de grande popularidade naquele país. A sua canção Pata Pata tornou-se um enorme sucesso mundial. Em 1966, os dois ganharam o Prêmio Grammy na categoria de música folk, pelo disco An Evening with Belafonte/Makeba.[1] Nessa época também trabalhou com o brasileiro Sivuca.

Em 1963, depois de um testemunho veemente sobre as condições dos negros na África do Sul, perante o Comitê das Nações Unidas contra o Apartheid, os seus discos foram banidos do país pelo governo racista; o seu direito de regresso ao país e a sua nacionalidade sul-africana foram cassados, tornando-se apátrida.
Os problemas nos Estados Unidos começaram em 1968, quando se casou com o ativista político Stokely Carmichael, um dos idealizadores do chamado Black Power e porta-voz dos Panteras Negras, levando ao cancelamento dos seus contratos de gravação e das suas digressões artísticas. Por este motivo, o casal mudou-se para a Guiné, onde se tornaram amigos do presidente Ahmed Sékou Touré. Nos anos 80, Makeba chegou a servir como delegada da Guiné junto da ONU, que lhe atribuiu o Prêmio da Paz Dag Hammarskjöld. Separada de Carmichael em 1973, continuou a vender discos e a fazer espetáculos em África, América do Sul e Europa.

Em 1975, participou nas cerimónias da independência de Moçambique, onde lançou a canção "A Luta Continua" (slogan de vários movimentos de libertação nas antigas colónias portuguesas).
A morte da sua filha única em 1985 levou-a a mudar-se para a Bélgica, onde se estabeleceu. Dois anos depois, voltaria triunfalmente ao mercado norte-americano, participando no disco de Paul Simon Graceland e na digressão que se lhe seguiu.
Com o fim do apartheid e a revogação das respectivas leis, Miriam Makeba regressou finalmente à sua pátria em 1990, a pedido do presidente Nelson Mandela, que a recebeu pessoalmente à chegada. Na África do Sul, participou em dois filmes de sucesso sobre a época do apartheid e do levantamento do Soweto, ocorrido em 1976.

Agraciada em 2001 com a Medalha de Ouro da Paz Otto Hahn, outorgada pela Associação da Alemanha nas Nações Unidas "por relevantes serviços pela paz e pelo entendimento mundial", Miriam continuou a fazer espectáculos em todo mundo e anunciou uma digressão de despedida, com dezoito meses de duração.
Em 9 de novembro de 2008, apresentou-se num concerto a favor de Roberto Saviano, em Castel Volturno (Itália). No palco, sofreu um ataque cardíaco e morreu no hospital na madrugada do dia 10 de novembro

Miriam Makeba - Malaika (Live at AVO Session (Basel) Switzerland - 2006)

Miriam Makeba Official Channel
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CONVERSA ENTRE TRÊS CRIANÇAS- O MUNDO AINDA TEM SOLUÇÃO, PRECISAMENETE O BRASIL.

 

 

 Três crianças | Vetor Grátis

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Minha homenagem ao dia da CONSCIÊNCIA HUMANA

TODOS OS DIAS  DE TODOS OS ANOS 

CONVERSA ENTRE TRÊS CRIANÇAS


“Eu tenho dez, ela tem sete  e o senhor quantos anos tem? ”


"Mais de sessenta, mas estou desenvolvendo um remédio para começar a usar  na próxima segunda feira, com este remédio em vez de ganhar, eu vou  perder um ano todos os  anos  até chegar  aos trinta, nesta época deixarei de tomar, ficarei eternamente com trinta anos". 


A mais veçlha   botou a mão no rosto, de soslaio olhou para sua mãe, para a sua prima   e caiu no riso, riu que as lágrimas derramaram-se pela fina e delicada face, provavelmente pensou só para si:  
 
“ Esse menino deve ser doido, parece que não tem juízo”

 Todos os   oito olhos presentes marejaram , enxugados as lágrimas  perguntou em voz baixa desconfiada:
 
 ” E pode?  é possível?   Eu nunca soube disso” , a menina é muito esperta e atenta, não tive palavras para continuar , o item  em pauta foi vencido, ninguém tocou mais  no assunto, para não virar querela fora arquivado.

Falei que conheci uma criança com seis anos de idade  anos atrás, hoje uma moça bonita e  já feita,  sonha  em ser cirurgiã, quer operar as pessoas , diz que vai ser médica   muito  humana, expliquei que , quem tem determinação e foco  conseguirá realizar os seus sonhos, tudo é questão de tempo , esforço e escolaridade.

Perguntei se gostam de estudar e se acordam cedo,  a de  10 anos respondeu primeiro :
 
 ” Acordo cedo ,  as vezes tenho um pouquinho de preguiça, mas acordo para ir para a escola” , a mais nova foi logo complementando “ Eu não tenho nenhuma preguiça ,  acordo logo, na nossa casa sou a primeira  a levantar”.


Disse para as duas, aliás,  para as três que quando criança , de 1960 a 1964, os anos da revolução militar, eu estudava no Grupo Municipal Padre Cícero que fica defronte a minha  casa no  interior do Ceará, bastava atravessar uma pracinha   já estava na escola.  Todo mundo era conhecido , não existia tanto on perigo de hoje, eu ia só,  com os meus irmãos ou os colegas ,  era uma boa escola municipal, quase todos que moravam no bairro  estudavam  nesta escola, hoje é patrimônio histórico do Estado e do Brasil, foi tombado, é uma Escola  eternizada.  

Todas as vezes que vou à minha cidade, visito  o grupo e sento na mesma carteira que estudei, pode não ser a mesma, mas é a do mesmo lugar, a que fica na frente do birô da professora, naquele tempo a carteira da professora era chamada de birô, de bureau em Francês.

Afirmei para as três,  que só a escola salvará os pobres, elas logo rebateram:
 
 “ Nós sabemos doutor, nós sabemos e gostamos muito de estudar”


Indaguei se gostavam de certos alimentos  como frutas, sucos, pão, queijos, doces e biscoitos, ambas disseram em uníssono que gostavam de quase tudo, a menor foi dizendo  :
 
 ” Eu não gosto de Nescau , de toddy e nem de queijo do interior, amo chocolate e  biscoitos de chocolates”, a maior completou: 
 
” Eu gosto de tudo, só não gosto de comer rabada, toucinho, mocotó e outras gorduras” , a menor deu continuidade: “ eu gosto muito de feijão”
 
 Neste momento  uma pausa e todos ficaram olhando um para o outro, emendei, "feijão puro ou feijão com carne fresca, carne de sertão e calabresas?" Ela  deu um pequeno soluço de aprovação e disse  :  “ Com  tudo isso dentro , o feijão fica bem melhor, fica mais saboroso” , neste momento uma grande risada, aliás uma salva de gargalhadas, foi um momento de descontração. 

Perguntei  com quantos anos iam se casar, a mais nova brincando disse:  ” Com cem anos e o noivo com trinta”,  "com quantos? “ com cem” ,   recuperou o momento e pausadamente contando nos dedos respondeu  : ” eu vou me casar com vinte e sete anos e o noivo com trinta”.  Fiz a mesma pergunta para a outra:"e você ?"  “ com trinta anos” não perguntei a idade do noivo.

A surpresa é que trouxeram para o velho amigo,  a mais linda e espontânea xícara do mundo, uma bela caneca branca de louça ,   que de um lado tem o retrato da minha caricatura, presente de um grande publicitário baiano,  do seu lado direito uma mensagem que logo entendi que o mundo ainda tem jeito e do lado esquerdo os nossos retratos, Eu e as duas futuras profissionais  do bem que muito orgulho darão ao Brasil.

O abraço foi longo, muito longo, foi aconchegante, porém apesar de longo, pareceu curto, muito curto, havia chegado o momento da despedida e elas se foram em busca de conhecimentos  para as suas casas. Veio na minha mente criança,  que se diz adulta, o mundo ainda tem solução.

Vamos salvar a nossa juventude, vamos exigir isonomia no ensino fundamental para todos , vamos exercer a cidadania , vamos salvar o Brasil e dizer não a  todos os que abandonaram o Brasil do amanhã, a todos que esqueceram de educar a juventude brasileira de baixa renda.

 Olhem para os dias de  hoje , vejam que dez anos atrás muitos destes marginais  que assolam a nação   tinham de oito a dez anos, hoje são homens formados sem nenhuma noção de cidadania, faltou-lhes escola, faltou-lhes ética, faltou-lhes família, faltou-lhes respeito e sobrou-lhes o endeusamento do consumismo perpetrado pelos gestores dos últimos vinte anos, azeitado nos últimos quatorze . 

Vamos salvar a nossa juventude, vamos salvar o Brasil, conversem com as crianças, escutem os mais jovens, eles só pensam no bem, o mal é gravado nas suas mentes pelos adultos, vamos incentivar o ensino fundamental sem amarras, sem restrições e com muito respeito para  as crianças  que serão os homens do amanhã, não vamos endeusar os condutores da nação  , vamos abolir os currais do amanhã, as nossas crianças não são bois.   

 Eu acredito na ESCOLA.


Iderval Reginaldo Tenório

Belchior - Populus - YouTube

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Enjoy the videos and music you love, upload original content, and share it all with friends, family, and the world ...
2 de out. de 2010 · Vídeo enviado por Alfredo Pessoa
Populos meu cão o escravo indiferente que trabalha e por presente tem migalhas sobre o chão populus ...
16 de abr. de 2008
Provided to YouTube by WM Brazil Populus · Belchior Coração selvagem (1977) ℗ 1977 Warner Music ...
22 de mar. de 2018 · Vídeo enviado por Belchior - Topic

 

A RAÇA UMA HUMANA É UMA SÓ- VIVA O HOMEM CONSCIENTE.

Iderval Reginaldo Tenório
EU, IDERVAL REGINALDO TENÓRIO, COMO
1955: Negra Rosa Parks se recusa a ceder lugar a um branco nos EUA



No dia 1º de dezembro de 1955, Rosa Parks se negou a ceder a um branco o seu assento num ônibus. O ato foi um marco no movimento antirracista nos Estados Unidos.

  Rosa Parks, com Martin Luther King em segundo plano, em Montgomery, Alabama, em 1955
....


A RAÇA UMA HUMANA É UMA SÓ- VIVA O HOMEM CONSCIENTE.


Rosa Parks, com Martin Luther King em segundo plano, em Montgomery, Alabama, em 1955



Em Montgomery, capital do Alabama, as primeiras filas dos ônibus eram, por lei, reservadas para passageiros brancos. Atrás vinham os assentos nos quais os negros podiam sentar-se. No dia 1° de dezembro de 1955, Rosa Parks tomou um desses ônibus a caminho do trabalho para casa e sentou-se num dos lugares situados ao meio do ônibus. Quando o motorista – branco – exigiu que ela e outros três negros se levantassem para dar lugar a brancos que haviam entrado no ônibus, Parks se negou a cumprir a ordem. Ela continuou sentada e, por isso, foi detida e levada para a prisão. 

O protesto silencioso de Rosa Parks propagou-se rapidamente. O Conselho Político Feminino organizou, a partir daí, um boicote de ônibus urbanos, como medida de protesto contra a discriminação racial no país. Martin Luther King Jr. foi um dos que apoiaram a ação. O ativista e músico Harry Belafonte lembra-se como sua vida mudou após o dia em que King o chamou por telefone para pedir apoio à ação da mulher que ficou conhecida como a "mãe dos movimentos pelos direitos civis" nos EUA.  
Iderval Reginaldo Tenório
Não deixem de ouvir a musica 
Asa Branca .
 Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira
(MUSICA HOJE COM TREZENTOS ANOS , MUITO BEM REFORMULADA PELOS DOIS GÊNIOS BRASILEIROS.)

Asa Branca Prenda Minha Yamandu Costa & Dominguinhos - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=tnYKPjrQF98
29 de dez de 2014 - Vídeo enviado por PureSpiritMusic
Relaxing music, meditation, massage, yoga, relaxation, calmness, concentration, meditation, sound therapy ...

Eduardo Costa - Dominguinhos Asa Branca - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=DFxInDFxGwo
25 de jun de 2016 - Vídeo enviado por Eduardo Costa Oficial
Dominguinhos tocando Asa Branca no Programa Eduardo Costa Grandes Momentos na Rede Vida . Resultado de imagem para a negra que desafiou um branco nos eua
Rosa Parks, com Martin Luther King em segundo plano, em Montgomery, Alabama, em 1955
Foto: Wikimedia

quinta-feira, 19 de novembro de 2020

UMA NEGRA QUE NOS ORGULHA -Conheça a história de Maria Felipa, importante personagem na Independência da Bahia

 Livro dos Heróis da Pátria" ganha três mulheres, uma negra - Notícias sobre  variedades - Guia Giro - Giro Marília Notícias - "Livro dos Heróis da  Pátria" ganha três mulheres, uma negra

 

 

Você Conhece? Maria Felipa, a mulher escravizada que ajudou o Brasil na sua  independência - YouTube
 

Conheça a história de Maria Felipa, importante personagem na Independência da Bahia

 

TEXTO: 

Ubiratan Castro de Araújo* | FOTO: Divulgação Casa de Maria Felipa | Adaptação web: David Pereira

Conheça a história de Maria Felipa \ FOTO: 
 
Divulgação/Casa de Maria Felipa

Descendentes de africanos sudaneses, Maria Felipa nasceu em Itaparica e fez história por sua grande coragem nos combates travados contra os portugueses. Conta-se que a baiana, praticante da capoeira, era extremamente atraente e de porte físico de chamar a atenção. Muito querida na ilha, ganhava a vida vendendo marisco. Sua participação na luta pela independência da Bahia foi bastante ativa, não se limitando a discursos inflamados, suas armas, no entanto, foram a inteligência, a coragem e a solidariedade.

 

Maria Felipa atuou na guerra como enfermeira e como uma eficiente informante, mas ganhou fama no episódio em que liderou um grupo de 40 outras corajosas mulheres contra soldados portugueses. Segundo historiadores, elas avistaram a esquadra de 42 embarcações lusitanas ancoradas nas imediações da Ilha de Itaparica aguardando a ordem para invadir Salvador e reprimir as ações pela independência baiana.

 

Algumas dessas guerreiras baianas, então, se aproximaram dos dois vigias da esquadra – Araújo Mendes e Guimarães das Uvas – e dotadas de encantos, os seduziram. Certos de que teriam alguns momentos de prazer, eles as levaram para um local mais distante e baixaram a guarda. Já nus, foram surpreendidos com uma surra de galhos de cansanção (planta que provoca uma grande sensação de queimadura ao tocar a pele). Logo após renderem os guardas, o grupo de mulheres lideradas por Maria Felipa ateou fogo em todas as embarcações portuguesas, o que enfraqueceu consideravelmente as tropas e as pretensões portuguesas de invadir Itaparica.


*Ubiratan Castro de Araújo Araujo é escritor, membro da Academia de Letras da Bahia, Doutor em História pela Sorbonne – Paris VI, Professor Adjunto da Universidade Federal da Bahia e Diretor Geral da Fundação Pedro Calmon, unidade da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia.

 

Maria Felipa de Oliveira (Ilha de Itaparica, data incerta — 4 de julho de 1873) foi uma mulher marisqueira, pescadora e trabalhadora braçal. Teria participado da luta da Independência da Bahia.[1][2]

Sobre a personagem, há uma narrativa ficcional por vezes vista como fato histórico. Diz a lenda que Maria Felipa liderou um grupo para lutar contra os soldados portugueses: com o apoio de homens da cidade, queimou inúmeras embarcações portuguesas, diminuindo o poderio colonizador no decorrer da batalha, e depois, enfrentou os portugueses usando folhas de cansanção, uma folha típica da região, que em contato com a pele dá a sensação de queimação; e toda a ação resultou em uma queda no número de soldados da tropa portuguesa. A história foi criada pelo escritor baiano Ubaldo Osório Pimentel, avô do romancista João Ubaldo Ribeiro, e permanece ainda hoje no imaginário popular.

 

 

Dona Ivone Lara Cd Completo Bodas de Ouro JrBelo - YouTube

Dona Ivone Lara Cd Completo Bodas de Ouro JrBelo. 10,385 views10K views ... Dona Ivone Lara ...
8 de jan. de 2015 · Vídeo enviado por JrBelo Três


 

A história de Maria Felipa

 

 

A história de Maria Felipa

Redatoroutubro 28, 20164 min
https://revistaraca.com.br/wp-content/uploads/2016/10/A_histria_de_Maria_Felipa.jpg

Conheça a história de Maria Felipa, importante personagem na Independência da Bahia

 

TEXTO: Ubiratan Castro de Araújo* | FOTO: Divulgação Casa de Maria Felipa | Adaptação web: David Pereira

Conheça a história de Maria Felipa \ FOTO: Divulgação/Casa de Maria Felipa

Descendentes de africanos sudaneses, Maria Felipa nasceu em Itaparica e fez história por sua grande coragem nos combates travados contra os portugueses. Conta-se que a baiana, praticante da capoeira, era extremamente atraente e de porte físico de chamar a atenção. Muito querida na ilha, ganhava a vida vendendo marisco. Sua participação na luta pela independência da Bahia foi bastante ativa, não se limitando a discursos inflamados, suas armas, no entanto, foram a inteligência, a coragem e a solidariedade.

 

Maria Felipa atuou na guerra como enfermeira e como uma eficiente informante, mas ganhou fama no episódio em que liderou um grupo de 40 outras corajosas mulheres contra soldados portugueses. Segundo historiadores, elas avistaram a esquadra de 42 embarcações lusitanas ancoradas nas imediações da Ilha de Itaparica aguardando a ordem para invadir Salvador e reprimir as ações pela independência baiana.

 

Algumas dessas guerreiras baianas, então, se aproximaram dos dois vigias da esquadra – Araújo Mendes e Guimarães das Uvas – e dotadas de encantos, os seduziram. Certos de que teriam alguns momentos de prazer, eles as levaram para um local mais distante e baixaram a guarda. Já nus, foram surpreendidos com uma surra de galhos de cansanção (planta que provoca uma grande sensação de queimadura ao tocar a pele). Logo após renderem os guardas, o grupo de mulheres lideradas por Maria Felipa ateou fogo em todas as embarcações portuguesas, o que enfraqueceu consideravelmente as tropas e as pretensões portuguesas de invadir Itaparica.


*Ubiratan Castro de Araújo Araujo é escritor, membro da Academia de Letras da Bahia, Doutor em História pela Sorbonne – Paris VI, Professor Adjunto da Universidade Federal da Bahia e Diretor Geral da Fundação Pedro Calmon, unidade da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia.

 

João Cláudio Moreno - Romaria em Juazeiro do Norte

Ele é o nosso maior humorista. Nascido em Piripiri, em 06 de maio de 1967, João Cláudio (que tornou-se João Cláudio Moreno depois de passar um vexame ao ser confundido com o também humorista João Cleber em entrevista em rádio no Rio de Janeiro) é uma pessoa carismática, verdadeira e que já conquistou o coração de todo o Piauí e tem fãs espalhados por todo o Brasil. Abaixo, você tem a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre o humorista e vereador de Teresina.

 

O João é o maior interprete do Luiz Gonzaga , assistam em Juazeiro do Norte um dos seus maiores espetáculo.

 

Ouvindo o João Claudio, sente-se que o mundo ainda tem solução, é um  monstro.

Vejam o Show.


Iderval Reginaldo Tenório

Viva o  PIAUI


quarta-feira, 18 de novembro de 2020

Fósseis do Cariri comercializados por 100 mil euros

 

 

Fósseis do Cariri comercializados por 100 mil euros são apreendidos na Alemanha e voltarão ao Ceará

Operação foi feita por meio de cooperação internacional e ainda precisa de processos para conclusão e devolução do material

Foto mostra fósseis
Legenda: Análise foi feita por especialistas da Urca
Foto: Acervo Urca

Um conjunto de 60 fósseis originários da Chapada do Araripe, na região do Cariri, deve ser devolvido ao local de origem após o material ter sido apreendido na Alemanha, pela policia local, nesta segunda-feira (16). Os exemplares, como um pterossauro e insetos, eram oferecidos ilegalmente em um site de leilões por 100 mil euros - cerca de 630 mil reais. A operação foi solicitada pelo Ministério Público Federal (MPF) de Juazeiro do Norte.

Além do pterossauro e dos insetos, estavam disponíveis um raia e aracnídeos, todos levados do Ceará. O processo de investigação identificou a pessoa responsável pela venda do material pertencente à União brasileira, como determina a Constituição. As vendas eram feitas por meio de site hospedado na Holanda.

A Universidade Regional do Cariri (Urca) fez análise do material e atestou a origem dos exemplares. O grupo indica que os animais viveram no Cariri cearense há mais de 120 milhões de anos.

“Ao observar as placas de calcário em que os insetos detalhados aqui, estão preservados, é clara a identificação da pedra Cariri, variando de tonalidade acinzentada a creme e amarelada, com pequenos fragmentos de algas e por vezes, dendritos de manganês, configurando a característica típica desta rocha da Formação Crato e fartamente explorada nos municípios de Santana do Cariri e Nova Olinda, ambas no Estado do Ceará”, detalha o laudo técnico.

O trabalho de apreensão foi feito em parceria com o Ministério Público de Kariserslautern, na Alemanha, pela Secretaria de Cooperação Internacional da Procuradoria-Geral da República (SCI/PGR), para a apreensão preventiva do material.

Como aconteceu a operação

Dois biólogos reportaram a situação para o Ministério Público Federal após acesso ao site de leilões de fósseis. Os especialistas verificam no anúncio que o material era de origem brasileira. O procurador Rafael Rayol ficou responsável pelo caso e solicitou a cooperação das autoridades alemãs. “Os sites foram retirados do ar, mas, antes disso, conseguimos preservar todas as provas e formalizamos o pedido de repatriação do material, que tem grande valor científico para o Brasil”, explicou.

A Urca fez análise do material para detalhar o material e confirmar a origem cearense à pedido do MPF. Os especialistas indicaram as características de todos os animais encontrados na operação em laudo técnico. “A solicitação referente a data em que estas peças teriam sido extraídas é incerta, mas se sabe que a exploração do calcário Laminado de Nova Olinda-CE (Pedra Cariri, de onde a maioria dos fósseis deste processo são provenientes), só se iniciou comercialmente na década de 80”, afirmam.

Com a constatação, o responsável pelo site de leilões alemão foi identificado e a apreensão preventiva do material foi solicitada pelas autoridades brasileiras. Também foi feito pedido de cooperação internacional dirigido à Alemanha para conclusão da investigação e devolução de todos os fósseis brasileiros.