quinta-feira, 1 de outubro de 2020

Nem se despediu de mim-Coral e Maestro Carlos Veiga

Um capítulo sobre as parcerias do Rei Luiz Gonzaga do Nascimento 

Neste diapasão Publicarei uma bela música do João Silva com o Coral do Maestro Carlos Veiga.  

 

                                           NEM SE DESPEDIU DE MIM

                                                                      do Mestre João Silva.

 

Quando jovem na minha Juazeiro do Norte, no Sul do Ceará,   nos meados de 1970/ 1972 , era comum me deparar com o Rei do Baião Luiz Gonzaga do Nascimento e com o Patativa do Assaré, não sabia o quanto seria importante para a minha trajetória de vida aqueles encontros , não compreendia o valor destas duas lendas do nosso Nordeste, estava Eu com 16 anos de idade. Pasmem o leitor ,   depois fui bater de frente, em  frente e fiquei cara a cara com o maior fenômeno da Música Nordestina - O João Leocádio da Silva, o monstro  Mestre João Silva, o mais cantado compositor do Rei Luiz Gonzaga , aquele que cantou até o seu ultimo show em 1989, Nem se despediu de mim e viva meu Padim, conheçam este pernambucano de Fé.

 Naquela época vivia entre Juazeiro do Norte, Crato, Exu, Bodocó e a minha Serra do Araripe, onde nasci, exatamente no reduto destes dois monstros da cultura brasileira, que mesmo sendo  estes monstros perambulavam pelas plagas do Cariri e da Chapada do Araripe. 

Fui e sou um privilegiado, nasci na velha chapada, estudei em Juazeiro do Norte, a terra do Padre Cícero, no colégio Salesiano , migrei para Salvador onde estudei na Escola de Medicina, UFBA,  fundada por D.João VI em 1808, fui e sou um privilegiado, voltando ao assunto titular, Luiz e os seus parceiros

 

Muitos foram os seus parceiros, seis  tiveram grandes destaques 

1-Humberto  Cavalcanti Teixeira  (Iguatu, 5 de janeiro de 1915 — Rio de Janeiro, 3 de outubro de 1979)  cearense  do Iguatu, um advogado que  virou deputado Federal , porém por sua cultura invejável  juntou-se ao Rei no Rio de Janeiro , apoiados pelos estudantes cearenses que moravam numa republica  sob a tutela do Fortalezense  Armando Falcão, os  dois inventaram  o Baião.

É do Humberto  ASA BRANCA- ADEUS MARIA FULÔ, ASSUM PRETO, BAIÃO, BAIÃO DE DOIS, CARIRI, DEZESSETE LEGUAS E MEIA, DONA DOS TEUS OLHOS, FOGO PAGÔ  e outros sucessos, foi  o Humberto que em 1945 explodiu com o Rei do  Baião.

 

2-O segundo foi o médico José de Sousa Dantas Filho, ZÉ DANTAS  (Carnaiba, 27 de fevereiro de 1921 -Rio de Janeiro , 11 de março de 1962)  Pernambucano de Carnaiba, autor de "Forró de Mané Vito","Acauã", "Vem morena", "A volta da asa branca", "Forró de ´Mané Vito", Samarica parteira” e outra dezena de sucessos.

O Zé Dantas mesmo com a sua intelectualidade nunca deixou o seu sertão, do Rio de Janeiro onde exerceu a ginecologia foi sublime na Volta da Asa Branca quando das chegadas das chuvas , trazendo de volta o sertanejo ao seu torrão tal qual a Asa Branca , foi  primordial em Samarica Parteira, ao relatar o nascimento de mais um barrigudinho  nos confins das terras secas, dois clássicos do velho Luiz

 

3-O terceiro foi  o João  Leocádio da  Silva, O Mestre João Silva  (Arcoverde-Pernambuco, 16 de agosto de 1935— Recife-Pernambuco, 6 de dezembro de 2013), este é pernambucano de Arcoverde , foi o homem que  conseguiu jogar o Rei na mídia de 1970 até o ano da sua morte , 1989, homem simples de uma sabedoria e expertise musical fora do comum, foi com este compositor que o Luiz vendeu 6 milhões de cópias de LPs e Cds e o jogou no mundo universitário, no mundo jovem,  com músicas alegres e dançantes , provavelmente o mais importante compositor  para o Rei nos últimos  20 anos, recuperando toda a sua economia e cartaz.

  Enquanto o Humberto e o Zé o  imortalizaram com as músicas históricas  que documentavam o sofrimento  e o êxodo do nordestino, o  mestre João Silva  com as suas cantigas alegres, dançantes e com letras modernas  conseguiu que o Rei alavancasse  o seu reinado em todo o Brasil e em todos os níveis sociais , pois além de compositor foi parceiro de palco, de estradas, de férias, de intrigas, de  compromissos, de segredos  e de convivência diária, era carne e osso, unha e carne como se diz aqui na minha terra , o mestre João Silva era tudo para o seu parceiro, sabia de tudo e era o interlocutor  com dona Helena, era quem contava para a esposa do Rei os segredos dos grandes Shows e das suas andanças.

    As suas músicas  incendiaram e incendeiam o Brasil todos os anos de janeiro a dezembro,  independente da epoca, o mestre  João é atualíssimo . Quem  nunca cantou, dançou, canta ou dança   "Danado de Bom", "Nem se despediu de mim", "Forró  de Ouricuri", " Pagode  Russo", "Arcoverde  meu amor"  " De fiá pavi”  “Viva meu Padim” “ Pra não morrer de tristeza” “Forro tá é Aqui” “ Chililique” “Toque Safoneiro” “Uma pra mim, Uma Pra tu” “Capim Mimoso” “ Meu Araripe” "RODOVIA  ASA BRANCA" e mais de 160 outros sucessos. 

Noutra postagem falarei mais do Mestre João Silva, mostrarei  que  mais  de uma centena de artistas vivem das suas músicas ao cantar o Rei Luiz Gonzaga , do Raymundo Fagner à Núbia Lafayete.

 

4-José Marcolino Alves, Zé Marcolino, Sumé, 28 de junho de 1930 — Carnaíba, 20 de setembro de 1987- Paraibano  de Sumé,  é  autor de centenas de músicas , Cacimba Nova, Numa Sala De Reboco, Cantiga do Vem-Vem, Fogo sem Fuzil,Quero Chá,  Cacimba Nova, Numa Sala De Reboco, Cantiga do Vem-Vem, Fogo sem Fuzil,Quero Chá, Sertão de aço, Serrote Agudo, Pássaro Carão, Matuto Aperriado, A Dança de Nicodemos, No Piancó, Pedido a São João, Caboclo Nordestino, De Olho no Candeeiro Boca de Caieira Eu e Meu Fole, Projeto Asa Branca, Bota Severina Pra Moer Obrigado meu Deus . 

Quem nuca dançou a Sala de |Reboco, Quero Chá, Pássoro Carão, Cacimba nova e todos os sucessos do Marcolino, foi um monstro consagrado, veio para  Rio de janeiro fazer morada, porém não aguentou o vai e vem dos carros, dos trens e dos bondes, pediu liçença a seu Luiz e como a Asa Branca voltou para a sua terra quando escreveu  PROJETO ASA BRANCA . 

Veja que o Humberto compôs  ASA BRANCA, o Zé  Dantas compôs   A VOLTA VDA ASA BRANCA, o  mestre João Silva a ESTRADA ASA BRANCA , que liga o |Crato ao Exu, o o Zé Marcolino fechou o ciclo com  PROJETO ASA BRANCA  , foi este projeto que o Marcos Maciel levou a água para a nossa  sofrida Serrinha do Araripe.

5-Onildo Almeida,  Onildo Almeida (Caruaru, Pe, 13 de agosto de 1928) hoje com  92 anos de idade, autor de sucessos como A Feira de Caruaru, ABC do Amor, Amor pra Te Dar, Assim Nasceu o Xaxado, Carne de Sol, É Amor é Saudade, E Tará Rá Rá, Gírias do Norte, História de Lampião, Lamento, Marinheiro,Matuto, Meu Beija Flor, Minha Açucena, Morena Bela, No Dia dos Namorados Saudade de Você, Se a Polícia Chegar, Se Casamento Fosse Bom, Sem Você. Siriri, Sirirá.  Siu Siu Siu, Tá com Raiva de Mim,Vitalino.  Este é um intelectual, radialista , vem de uma família  abonada de Caruaru, virou homem de negócio, publicitário, dono de Rádio, de Lojas e grande Radialista do país.


6-O sexto ,  o Antônio Gonçalves da Silva, mais conhecido como Patativa do Assaré (Assaré ,CE 05 de março de 1909 — Assaré, 08de julho de 2002), POETA, CANTOR, COMPOSITOR, IMPROVISADOR E  REPENTISTA) . 

 É de sua lavra a segunda mais importante música do Luiz Gonzaga “ A TRISTE PARTIDA”.   Nela o Patativa conta o êxodo rural e a revoada do Nordestino para o Sul para não morrer de fome, este fato contarei noutro capítulo, veja que todos falam do pássaro  Asa Branca, o símbolo do Nordestino, eu sou uma ASA BRANCA escapando na Bahia.

Muitos foram os parceiros do Rei, agora o  maior destaque deste mortal é para o mestre João Silva , este conseguiu convencer o Luiz Gonzaga a voltar aos palcos e reconquistar o seu trono na década de 70  ,  nesta época o baião  foi abandonado e deu lugar à joven guarda, Caetano, Gil, Fagner, Geraldo Azevedo, Alceu Valença , Ramalho, Belchior, Ednardo, Gonzaguinhas e outros  ,    com ele  foi também o seu astro maior, o Rei Luiz, que fincou morada na Chapada do Araripe.    O mestre João Silva magistralmente conseguiu soerguer o homem  do Exu, o afilhado do Padre Cícero Romão Batista , o  filho de dona Santana e do velho Januário dos oito baixos ,  depois contarei este episódio com mais detalhes. 

 

Este ano foi realizado mais um Festival João Silva, o FESTIVAL DANADO DE BOM .

 Aos poucos vou divulgar alguns vídeos deste mega evento do qual participei por ser um mero e reles conhecedor das coisas do Nordeste, hoje publicarei do mestre João Silva com o Coral e Maestro Carlos Veiga -Nem se despediu de mim.

 Noutros capítulos contarei mais sobre a parceria   Luiz e o mestre  João Silva, o autor do samba apracatado "Pra não Morrer de Tristeza".

Abraços 

Iderval Reginaldo Tenório

Faleceu hoje em Salvador o Professor Antonio dos Santos Barata aos 93 anos- Grande Médico da bahia .

 

 

Dr. Antonio dos Santos Barata , Ginecologista e Obstetra em Salvador |  CatalogoMed

                  DR. ANTONIO DOS SANTOS  BARATA CREMEB- 183

 

Faleceu hoje em Salvador um dos ícones e um dos mais atuantes médicos da Bahia, o Professor Antonio dos Santos Barata, Ginecologista , professor, diretor de diversos hospitais,  UM DOS QUAIS O HOSPITAL CENTRAL ROBERTO SANTOS,  vai  e deixa um grande legado para todos nós médicos desta terra. Mesmo aos 85 anos era um dos mais exigentes médicos da Bahia  e fazia questão de comparecer ao CREMEB para cobrar ações  positiva da casa, sempre saia convicto e confiante nos seus diretores  e os seus conselheiros , era um verdadeiro cidadão.

Professor de GINECO.OBSTETRA operando na maternidade CLIMÉRIO OLIVEIRA, foi  por muito tempo chefe do serviço de GINECO.OBSTETRÍCIA DO H. ANA NERY na época do INAMPS. 

Conselheiro do CREMEB  de  1968 a 1973 -   1973 a 1978    - 1983 a 1988-    1988 a 1993, na Gestão 1968 a 1973 -   foi  Diretor Tesoureiro .

Faleceu hoje aos 93 anos de idade, O SEU CREMEB 183

Dr Antonio Barata foi o meu Diretor no HCRS quando era Residente de Cirurgia Geral  e Plantonista de Cirurgia  Geral  na Emergência  daquela  inesquecível Casa.

Dr Antonio Barata,  um marco e uma lenda atuante da nossa Medicina, estamos todos de luto.

Uma das filhas, a Dra Denise Barata, grande Ginecologista,   seguiu  e segue o seu pai com as mesmas características:  ética, humildade, benevolência , beneficência  e muita sabedoria .

Iderval Reinaldo Tenório





 *Nota de falecimento*


_Família informa o falecimento de Antônio dos Santos Barata, aos 93 anos_



É com grande pesar que a Família Barata informa o falecimento de seu mais precioso ascendente, Antônio dos Santos Barata, aos 93 anos, na tarde desta quinta-feira, 1° de outubro.  


Seu sepultamento será nesta sexta-feira, 2 de outubro, às 11h, no Jardim da Saudade, em Salvador(BA). Em função das restrições de limite de participantes imposta por regras advindas da pandemia, sugerimos que os interessados enviem condolências pelo e-mail antoniodossantosbarata@gmail.com que será lido pela sua esposa e filhos. 


Médico obstetra, professor e acadêmico devotado; esposo querido: pai dedicado; avô afetuoso; bisavô carinhoso, Dr. Barata deixará imensas saudades. 


Sua esposa, filhos, netos e bisnetos lamentam a sua partida e desejam que ele descanse em paz.

Entrevista com a ex senadora e ex candidata à presidência, Heloísa Helena

terça-feira, 29 de setembro de 2020

O Brasí me chamô, por Rolando Boldrin


Nhô Bento, José Bento de Oliveira, é outra figura que não fica muito atrás. Um poeta popular, um tanto o quanto esquecido. Nasceu no litoral paulista no início do século XX. Mudou-se para a capital ainda jovem, tornando-se poeta de linguagem cabocla. Sua poesia reflete a figura do caipira. É ainda mais brejeiro, caboclo e matuto. Pelo que eu sei, ele escreveu apenas um livro, “Rosário de Capiá” em 1946, reunindo 58 de suas poesias (o prefácio era de Monteiro Lobato).”

Já no site www.artcanal.com.br/.../plaquetas.htm encontrei o seguinte:

Nhô Bento é José Bento de Oliveira, autodidata e repentista nascido em São Sebastião, SP, em 1902, e falecido em São Paulo, capital, em 1968

“Um Itabunense que deixou saudades” – Memórias sobre Dr. João Falcão Torres

 

“Um Itabunense que deixou saudades” – Memórias sobre Dr. João Falcão Torres

29 de setembro de 2020

*Texto da autoria de João Sergio, Luciano, Eduardo e Fernando, filhos do Dr. João Torres. 

“Faria 100 anos no próximo 20 de setembro. Nasceu em Itabuna, Estado da Bahia. Filho de José Fontes Torres e Petrina Falcão Fontes Torres. Faleceu em maio de 2005, ano em que completaria 85 anos de idade. Estamos falando de JOÃO FALCÃO FONTES TORRES.

Da sua vida, colecionamos alguns fatos dignos de registro para as novas gerações. Dos cinco irmãos, sendo um homem e quatro mulheres, todos já falecidos, foi o único que seguiu a Medicina.

Em tenra idade, partiu de vapor de Itabuna para Salvador para ser interno do Colégio Antônio Vieira (este na época situado no local do antigo Colégio Sete de Setembro, na Rua Coqueiros da Piedade. Freguesia de São Pedro), no qual, já adolescente, foi redator do Jornal “O Vieirense” em 1938, assim como aluno laureado no mesmo ano.

Aprovado no vestibular da Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia em 1941 com média 72 (3º lugar), veio a se formar em 14 de dezembro de 1946.

Durante a sua vida profissional, exerceu a medicina com denodo e extrema dedicação, se tornando cirurgião do Serviço Cirúrgico do Dr. Aristides Novis Filho da Provedoria da Santa Casa da Misericórdia da Bahia, tendo ocupado diversos cargos em vida pública escorreita que percorreu sem rastros de conduta.

Em destaque, cumpre acentuar a sua eleição como Presidente do Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia em 1958 e logo depois para primeiro Presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (CREMEB), cargo que foi reconduzido por sucessivas indicações dos seus ilustres pares, vindo a findar a sua passagem por tal entidade em outubro de 1968, após 10 longos anos de intensa atividade diária em prol da Medicina baiana.

Por força de Decreto Presidencial de 03 de janeiro de 1967, foi condecorado com a Ordem do Mérito Médico, honraria criada em 1950 e concedida a profissionais que prestaram serviços notáveis na área médica ao Brasil.

Em 17 de dezembro de 1969, foi agraciado pelo CREMEB com “Citação Elogiosa” e em 18 de março de 1998 com o diploma Honorífico pela excepcional dedicação na instalação do Conselho Regional no Estado da Bahia e pelos relevantes serviços prestados à instituição.

Já no plano estadual, foi João Torres laureado com a “Ordem de Mérito da Bahia”, no grau de Comendador pelo Governador Roberto Santos (Decreto Estadual de 09 de março de 1979).

Na Secretaria de Saúde do Estado do Bahia (SESAB) transitou na assessoria direta de diversos Secretários que por lá passaram, tendo sido Diretor Geral do Hospital Roberto Santos por 3 vezes e participado diretamente da Comissão de instalação do Hospital Geral do Estado que veio a substituir o antigo Hospital Getúlio Vargas, situado no bairro do Canela desta Capital.

Em 18 de outubro de 1995, na titularidade do Secretário de Saúde José Maria de Magalhães Netto, foi homenageado pela SESAB com a inauguração do Auditório João Falcão Fontes Torres, sito na própria entidade localizada no Centro Administrativo da Bahia.

Tendo se casado em 10 de setembro de 1955 com Neuza Gondim de Araujo depois Neuza Araujo Fontes Torres, grande companheira dele, tiveram 04 filhos, João Sérgio, Luciano, Eduardo e Fernando e 03 netos, Manuela, Luiza e Daniel.

Por tudo quando dele conhecemos e pela experiência de termos convivido com ele como filhos, poderíamos sintetizar o caráter de nosso pai João Torres numa única frase: Cultivou enquanto viveu a simplicidade, a bondade e a solicitude.

Pela sua trajetória de vida e pelo legado de serviço à comunidade, tenha certeza, João Torres, do dever cumprido e que seus filhos e netos hão de seguir seus exemplos de simplicidade, humildade, fidelidade e tantas outras virtudes que você soube praticar nos seus quase 85 anos de vida.

Chapada do Araripe

 

Chapada do Araripe

Chapada do Araripe


Vista da Chapada do Araripe a partir do seu sopé no Crato, no Ceará




Comitê Consultivo da Chapada do Araripe - Patrimônio da Humanidade é  empossado nesta quinta (19) - Verso - Diário do Nordeste

                                            CHAPADA DO ARARIPE Crato -CE Foto:... - Caminhos da Chapada do Araripe |  Facebook
Paredão da Chapada do Araripe - Crato... - Caminhos da Chapada do Araripe |  Facebook



As belezas e encantos da Chapada do Araripe - Ministério do Turismo





Mapa hipsométrico da chapada

A Chapada do Araripe é um acidente geográfico e sítio paleontológico localizado na divisa dos estados do Ceará, Pernambuco e Piauí, no Brasil.[2] A chapada abriga uma floresta nacional (1946), uma área de proteção ambiental (1997) e um geoparque (2006).[3]

Etimologia

"Araripe" deriva do tupi antigo ararype, que significa "no rio das araras" (arara, arara + 'y, rio + pe, em).[4]

Características

Existem dois tipos principais de solo: latossolo e sedimentar. O primeiro, oriundo do período cretáceo, é rico em fósseis. Uma equipe do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro já pesquisou o sítio paleontológico e descobriu diversas espécies de dinossauros, tais como Santanaraptor placidus, Angaturama limai, Irritator e Mirischia asymmetrica. Já a bacia sedimentar se caracteriza por formar aquíferos, existindo várias fontes de água espalhadas por toda a área da chapada.

A fauna local é composta por diversas espécies de répteis, insetos e mamíferos. Já foram catalogadas 290 espécies de aves presentes no livro.[5] Destaca-se o soldadinho-do-araripe, ave que corre risco de extinção e que é encontrada somente na região da floresta do Araripe.

A vegetação predominante é de cerradão. Existem faixas de transição que apresentam traços de mata atlântica, cerrado e caatinga

Interferência antrópica

Muitas cidades ocupam áreas da chapada, provocando forte impacto no ambiente. Parte considerável da mata original foi desmatada ou destruída por queimadas. O forte potencial econômico da chapada é bastante explorado por indústrias que, muitas vezes, não tomam o cuidado de zelar pelo desenvolvimento sustentável. As principais riquezas exploradas são as minas de gesso e calcário, além do extrativismo vegetal, que explora principalmente piqui, carnaúba, mandioca e frutas.