segunda-feira, 14 de setembro de 2020

O menino que gostava de ARROZ COM OVO

                                                                                    Arroz com ovo frito fica em 30º lugar em ranking que elege melhores comidas  da América do Sul

ARROZ COM OVO

Era manhã de um domingo no ano de 1994, televisão passando a fórmula 1, Airton Sena na cabeça.
Hora do almoço.
O meu caçula , à época com 04 anos de idade ,  só queria comer arroz com ovos mexidos e a mãe como sempre servindo, um dia eu botei o dedo na questão.

___Não vai comer arroz com ovo hoje não, você só come arroz com ovo todos os dias e isso não nutre, vai aumentar o seu colesterol e você vai ficar doente, você vai comer é arroz, feijão e carne que tem proteína e ferro, tem muita sustança.

O menino foi categórico:

____ Eu só quero arroz com ovos mexidos e pronto

Deixei o mesmo sentado na mesa ,.

____Só sairá quando mudar de opinião e comer feijão, carne e arroz .

Passado trinta minutos, carros correndo, sol a pino, calor escaldante, sentei na sala , peguei o jornal e fiz que estava lendo, mas de olho na mesa e no moleque.

Ele saiu sorrateiramente, pegou no meu queixo lateralmente , colocando olho com olho e disse essas palavras.

___Se você fosse meu filho e se você fosse pequenininho eu deixava você comer tudo que você gosta.

Parti para a mesa e mandei fritar mais dois
ovos e complementamos o saboroso almoço.

Pai é pai e filho é filho, hoje é um grande médico pronto a servir a nação.

Iderval Reginaldo Tenório

Asa Branca + Prenda Minha Yamandu Costa & Dominguinhos ...

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Músicas: ASA BRANCA (Luiz Gonzaga) e PRENDA MINHA (Folclore do Rio Grande do Sul). Show de ...
4 de ago. de 2016 - Vídeo enviado por Collin Divina
Yamandu Costa - Asa Branca / Prenda Minha. 15,793 views15K views. • Oct 27, 2010. 67 0. Share Save ...
27 de out. de 2010 - Vídeo enviado por Andreas Misund Berntsen


 

 

domingo, 13 de setembro de 2020

João Pernambuco- UM DOS MAIORES MÚSICOS DO BRASIL.

 

 

                           João Pernambuco

João Pernambuco

João Teixeira Guimarães, mais conhecido como João Pernambuco (Jatobá (atual Petrolândia), 2 de novembro de 1883Rio de Janeiro, 16 de outubro de 1947), foi um músico, compositor e violonista brasileiro.[1]

 

Filho de Teresa Vieira[2][3] e do português Manuel Teixeira Guimarães, com o falecimento do pai em 1891 a mãe casou-se novamente, transferindo-se com a família para o Recife. Começou a tocar viola na infância, por influência dos cantadores e violeiros locais.

Aprendeu a tocar violão com cantadores sertanejos como Bem-te-vi, Mandapolão, Manuel Cabeceira, o cego Sinfrônio, Fabião das Queimadas e Cirino Guajurema.[4]

Em 1902, mudou-se para o Rio de Janeiro, passando a residir com sua irmã e empregando-se numa fundição. Seis anos depois passou a trabalhar como servente na prefeitura do Rio, mudando-se para uma pensão no centro da cidade. No Rio travou contato com violonistas populares, ao mesmo tempo em que trabalhava como ferreiro, em jornadas de até dezesseis horas diárias. Para os seus amigos e admiradores, em número sempre crescente, contava e cantava coisas de sua terra, daí o apelido de João Pernambuco.

Já em 1908, era considerado um dos bambas do Choro, ao lado de nomes como Quincas Laranjeiras, Ernani Figueiredo, Zé do Cavaquinho e Satyro Bilhar.

Compunha músicas de inspiração nordestina, baseadas em cantigas folclóricas. É o caso do hino Luar do Sertão, composto em 1911, seu maior sucesso, não creditado pelo parceiro letrista Catulo da Paixão Cearense, que ficou como o único autor. Pixinguinha certificou em sua entrevista no Museu da Imagem e do Som que ele ouviu João Pernambuco tocá-la antes de Catulo colocar a letra. João e Catulo apresentavam-se juntos em reuniões da classe alta carioca.

Paralelamente ao Choro, desenvolvia seu trabalho nas canções regionais através de composições suas e de violeiros e cantadores nordestinos. João Pernambuco também cantava e cantava bem. Nas cordas, além do violão, que manejava com maestria e no qual desenvolveu uma técnica peculiar, era hábil na viola. Compôs mais de cem músicas entre choros, valsas, jongos, maxixes, emboladas, toadas, cocos, prelúdios e estudos.

Em 1916, montou a Troupe Sertaneja, com que se apresentou em São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre.

Participou dos Turunas Pernambucanos e dos Oito Batutas, entre 1919 e 1922, ao lado de Pixinguinha, que mais tarde alcançaria fama ao excursionar pela Europa.

Amigos desde 1912, Donga, Pixinguinha (este com quatorze anos) e João moravam numa república na rua do Riachuelo 268. Era de lá que saia nos carnavais o Grupo Caxangá e foi também nesta época que produziram Sabia, Os Três Companheiros e Estou Voltando. Estiveram juntos de 1914 até 1919 no Caxangá e de 1919 até 1922 nos Oito Batutas, que nesta fase era um conjunto predominantemente sertanejo.

De 1928 até 1935, João Pernambuco morou no casarão da Av. Mem de Sá, 81, onde funcionava uma república que abrigava, em sua maioria, músicos e jogadores de futebol. Lá João organizava animadas e concorridas rodas de choro que contavam com a participação de Donga, Pixinguinha, Patrício Teixeira, Rogério Guimarães e, ocasionalmente, Villa-Lobos. Foi também neste lugar que João conheceu, por intermédio de seu amigo Levino, um então jovem e promissor violonista chamado Dilermando Reis.

A santíssima trindade dos precursores do violão brasileiro é constituída por Quincas Laranjeiras, João Pernambuco e Levino Albano da Conceição e a obra violonística de João era de tal densidade e profundidade que a ela assim Villa-Lobos se manifestou:

"…Bach não se envergonharia em assinar os estudos de João Pernambuco como sendo seus…".

O renomado musicólogo Mozart de Araújo não fez por menos:

"João Pernambuco está para o violão assim como Ernesto Nazareth está para o Piano".

O exímio violonista Maurício Carrilho certa vez escreveu o seguinte sobre João Pernambuco e sua música:

"Dificilmente se encontra um violonista brasileiro, seja ele músico erudito ou popular, que não tenha em seu repertório alguma música do João."

Junto com a música de Heitor Villa-Lobos, a obra de João Pernambuco tornou-se "a mais legítima expressão do jeito brasileiro de tocar o violão", acrescentou Maurício.

Principais sucessos

  • Cabocla di Caxangá (com Catulo da P. Cearense)
  • Dengoso
  • Estou voltando (com Pixinguinha e Donga)
  • Estrada do sertão (com Hermínio Bello de Carvalho)
  • Graúna
  • Interrogando
  • Luar do sertão (com Catulo da Paixão Cearense)
  • Rosa carioca
  • Sons de carrilhões
  • Valsa em lá[5]

Discografia

  • Mimoso (1926) Odeon 78
  • Lágrimas (1926) Odeon 78
  • Magoado (Com Nelson Alves) (1926) Odeon 78
  • Sons de carrilhão (Com Nelson Alves) (1926) Odeon 78
  • Pó de mico/Suspiro apaixonado (1930) Columbia 78
  • Sonho de magia/Magoado (1930) Columbia 78
  • Rosa carioca/Rebuliço (1930) Columbia 78
  • Interrogando/Recordando (1930) Columbia 78
  • Sentindo/Dengoso (1930) Columbia 78[6]

 

 



























Roque Ricciardi, Paraguassu

 

 PARAGUASSU, GRANDE CANTOR BRASILEIRO , O MAIOR VENDEDOR DE DISCO EM 1930

.Paraguassu - Ouvir todas as 14 músicas

Lamentos - Paraguassu - LETRAS.MUS.BR

Roque Ricciardi, Paraguassu (São Paulo, São Paulo, 1894 - São Paulo, São Paulo, 1976). Cantor, compositor, violonista. Filho primogênito dos imigrantes italianos Ana e José Ricciardi, Paraguassu nasce no Bairro do Belém, um dos redutos da comunidade italiana em São Paulo. Em 1906, com a morte do pai, muda-se para o Brás, e tem aulas de violão com Antonio Russo. Participa de serestas pelas ruas da cidade, cantando músicas sentimentais ao som de flauta, violão e cavaquinho.

Aos 14 anos, começa a tocar violão e a cantar modinhas brasileiras no Café Parisien, na esquina da Rua Piratininga. Na mesma época, a convite do palhaço Eduardo das Neves, apresenta-se no Circo Spinelli, instalado na Rua Piratininga. Com o cantor Caramuru (Belchior Silveira) e os violonistas Canhoto (Américo Jacomino) e Luís Miranda, organiza um quarteto para tocar em salas de cinema. Com o epíteto "o italianinho do Brás", é um dos seresteiros mais requisitados do bairro.

Inicia sua carreira fonográfica em 1912, registrando pelo selo Phoenix, da Casa Edson, composições suas e de terceiros, cujas matrizes se perdem. Até 1927, grava pela Odeon dezenas de fonogramas, todos com seu nome verdadeiro, Roque Ricciardi. Mas é por meio do rádio que ganha destaque no meio musical. Em 1924, é um dos primeiros artistas contratados pela Rádio Educadora Paulista, e adota o pseudônimo brasileiro Paraguassu a fim de se desvencilhar da imagem de italiano.

Em 1929, é contratado pela gravadora Columbia. Entre seus maiores sucessos na gravadora destacam-se o cateretê Triste Caboclo (1929), as modinhas Casinha Pequenina (1929) e Casa Branca da Serra, de Guimarães Passos e Miguel Emídio Pestana, as marchas Quebra Quebra, Gabiroba (1930), de Plínio de Brito, gravada com Jararaca, Ratinho e Januário de Oliveira, Azulão (1930), de Hekel Tavares e Luiz Peixoto, a seresta Luar do Sertão (1936), de Catulo da Paixão Cearense e João Pernambuco, e a toada Tristeza do Jeca (1936), de Angelino de Oliveira. Também na Columbia, participa em 1930 da série de discos Turma Caipira Cornélio Pires, gravando toadas e outros gêneros caipiras com o pseudônimo "Maracajá e Seus Bandeirantes". Com José Sampaio e Pilé (violões), Carrara, Veríssimo e Atílio Guarani (flautas), Fernando Chaves (bandolim) e Garoto (banjo), forma ainda o Paraguassu e Seu Grupo Verde e Amarelo, que realiza pela Columbia diversas gravações.

Nos anos 1930, transfere-se para a Rádio Cruzeiro do Sul, mais tarde Piratininga, da qual se torna diretor artístico.  Ali, num programa de calouros, lança o cantor Adoniran Barbosa. Trabalha ainda na Rádio Tupi.

Paraguassu participa dos primeiros filmes sonoros realizados no Brasil. Em Bem-Te-Vi (1927), curta-metragem de Luiz de Barros feito em vitaphone (sistema que sincroniza o filme com discos), interpreta o samba-embolada homônimo de sua autoria. Seguem-se os filmes Acabaram-se os Otários (1929), recheado de músicas brasileiras; Coisas Nossas (1931), com Jararaca e Ratinho; Campeão de Futebol (1931), com Otília Amorim; e Fazendo Fita (1935), com Alzirinha Camargo, Alvarenga e Ranchinho, Alberto Marino e outros.

No Carnaval de 1935, seus sambas Vagabundo e Saberei Me Vingar ficam em 1º e 2º lugares no concurso da Prefeitura de São Paulo. No fim dos anos 1930, com a crescente hegemonia do Rio de Janeiro no meio fonográfico brasileiro, sua atuação se restringe às rádios paulistas. Seu último sucesso fonográfico é a modinha Perdão Emilia, gravada em 1945. Já aposentado, lança os LPs Máguas de um Trovador1 (Columbia, 1958), com 11 composições suas, e Paraguassu (Continental, 1975), coletâneas de seus maiores sucessos, e Canção de Amor (Fermata, 1969), com acompanhamento de Carlinhos Mafasoli e Seu Regional. Em 1959, recebe o tributo Paraguassu na Voz de Albertinho Fortuna, pela Continental. Ao todo, escreve mais de 2 mil composições, além de três métodos para violão.

Análise

Tendo desenvolvido toda sua carreira musical na cidade de São Paulo, Paraguassu é um dos raros cantores paulistanos do início do século XX que não se transferem para o Rio de Janeiro, graças ao sucesso que obtém entre o público: ainda nos anos 1920, chega a receber mais de 300 cartas de fãs por semana na Rádio Educadora Paulista. Tamanho reconhecimento contrasta com as dificuldades enfrentadas no início da carreira, quando não conseguia sobreviver apenas da música, exercendo paralelamente ofícios como os de tipógrafo e seleiro - realidade igualmente vivida por muitos músicos brasileiros de sua geração, como Canhoto (que foi pintor), Vicente Celestino (sapateiro), Nelson Gonçalves (garçom) e Adoniran Barbosa (que, entre outras atividades, exerce a de mascate, encanador e garagista). Apresentando-se em bares e cafés, a única remuneração que o jovem Roque Ricciardi recebe é o sanduíche oferecido pelo dono do estabelecimento e a coleta feita entre os clientes. Tal situação só se altera a partir dos anos 1920 e, principalmente, nos anos 1930, com a profissionalização do meio musical paulistano, impulsionada pelo rádio e pela fonografia.

É explorando o rentável filão do repertório sentimental que Paraguassu alavanca sua carreira. Conta-se que suas primeiras interpretações de sucesso, as modinhas Mágoas (de A. Passos) e Morrer de Amor (de sua autoria), ambas gravadas em 1925 pela Odeon, são responsáveis, respectivamente, por cinco suicídios e um homicídio passional seguido de suicídio.2

No fim dos anos 1920, valendo-se da moda sertaneja que desde a década anterior vinha pondo em evidência gêneros como a embolada, a chula e o coco, Paraguassu passa a explorar também canções nortistas.3 Ainda assim, não abandona a temática sentimental, que é a tônica de sua obra. Sua composição Bem-Te-Vi, por ele interpretada no filme homônimo, de Luiz de Barros, une elementos dos dois repertórios. Gravada pela Columbia em 1929, chega a vender mais de mil cópias por dia. Formalmente, trata-se de uma embolada, gênero caracterizado pela sobreposição de trovas rimadas e independentes, geralmente com versos de dicção complicada. Do ponto de vista temático, porém, a composição explora assuntos típicos da canção sentimental, como o amor e a traição: "Bem-te-vi bem-te-vi / Não me venhas espiar / Diga lá pro meu amor / Que eu não quero me casar / Eu esta noite tive um sonho atrevido / Eu sonhei tava na rede a forma do teu vestido / Todo amor que se possa querer bem / Se não quer levar rabicho, nunca deve amar ninguém". O caráter sentimental da letra é reforçado pela interpretação lenta e queixosa, o que atribui uma aura triste e nostálgica à embolada - gênero mais comumente conhecido pelo caráter cômico ou satírico.

É no repertório identificado como "caipira", porém, que Paraguassu deixa sua principal marca. Sem abandonar a temática sentimental, ele interpreta e compõe canções que fazem referência ao universo rural paulista, explorando imagens como a do violeiro, do luar, da paisagem bucólica do campo, tudo isso reforçado pelo sotaque acaipirado de suas interpretações, que procuram relacionar tais imagens ao olhar e aos sentimentos do próprio caipira. Gravada por Paraguassu em 1933, a seresta Violeiro do Luá, composta em parceria com Assunção Fleury, associa o ruído das águas de um córrego ao choro do violeiro - e, por extensão, à experiência da saudade ("brasileiríssima", segundo o próprio Paraguassu4): "Às veiz di noite / Adisfarçando as minhas mágoa / Vô beirando o corgo d'água / Qui travessa o meu poma // (...) Noites inteira / Sem sinti o passá das hora / Fico ouvindo a água qui chora / Abraçadinha c'o luá // E tenho inveja desse amô / Tão paixonado / Qui me faiz lembrá o passado / Quando eu tinha arguém pra amá". Com sua lânguida voz de barítono, quase sem vibrato, ele imprime um tom melodramático à interpretação, sem com isso comprometer a simplicidade dos versos, enfatizada pelo arranjo singelo de instrumentação despojada (violões, bandolim e banjo). Ao mesmo tempo, reforça a associação - que já vinha sendo feita pela literatura regionalista, pelo teatro musicado e pela música popular em geral - entre o universo rural e um passado idealizado ("Quando eu tinha arguém pra amá").

Outro elemento temático recorrente no repertório de Paraguassu é a oposição rural/urbano, contrapondo a inocência e as virtudes do campo ao artificialismo da cidade. É o que se nota, por exemplo, nos cateretês Triste Caboclo, de sua autoria ("Vou deixar a cidade / Vou-me embora pro sertão / Lá ficou minha choça / Que guardo recordação"), e Racha-Pé, de Fernando Magalhães ("Eu da cidade / Vou vivê lá no sertão / Lá não tem tanta vaidade / Tudo é justo, tudo é bão / Vou no samba do sertão / Que alegra meu coração"). Em certa medida, essa visão idílica do campo (genericamente identificado como "sertão") ecoa a atitude, generalizada em todo o país, de valorização das tradições rurais, vistas como expressão autêntica da alma do povo. Por outro lado, também diz respeito a processos que são específicos da cidade de São Paulo, tais como o sentimento de desenraizamento das populações interioranas que migram para a capital, encontrando nas referências caipiras da música divulgada em 78 rotações um alento diante do acelerado processo de urbanização e modernização. Daí a referência constante, nesse repertório, ao sentimento da saudade, nostalgia de um tempo idílico perdido no passado e da vida no interior, mais natural e sincera do que na cidade.

Nota

1. No selo e na capa do disco de 1958 está grafado Máguas de um Trovador.

2. CAMPOS Jr., Celso de. Adoniran: uma biografia. São Paulo: Globo, 2004. p. 25-26.

3. No início do século XX, o termo "nortista" refere-se à região brasileira que hoje é denominada Nordeste.

4. PARAGUASSU (Roque Ricciardi). Depoimento ao MIS/RJ.

 

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