domingo, 11 de setembro de 2016

VEJAM COMO A ELITE TEÓRICA PROCURA INIBIR O CIDADÃO COMUM.50 erros de português que você não pode mais cometer


                                                                      
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Esta Matéria tem o intuito de informar como deve ser escrito o nosso belo Português e ao mesmo tempo mostra como inibir o cidadão comum que não teve a chance de mergulhar nos meandros de uma  Língua tão complexa, sem necessidade. 
A Língua por ser um dos meios de comunicação deveria ser menos complexa , não deveria possuir tantas pinguelas
Acho que falar e escrever  bem e correto o Clássico Português, é o sonho de todos os brasileiros ,agora inibir o cidadão com regras minuciosas é uma afronta, muitos não falam e nem escrevem  com vergonha , principalmente os adolescentes nas escola.
Um conselho de um mortal que não sabe Português e jamais será inibido.
FALEM E ESCREVAM, NÃO TENHAM VERGONHA, INFORMO QUE PARA OS GRANDES ESCRITORES EXISTE UM CORRETOR, UM REDATOR, UM COPIDESQUE, UM REVISOR, NINGUÉM SABE CEM POR CENTO O PORTUGUÊS.
Agora saber o máximo que for possível é a regra, estudem e estudem, mesmo assim haverão muitas dúvidas, a língua é viva, agora erros grosseiros não serão admissíveis para os que se dizem letrados, para os que se acham letrado. 
Iderval ReginaldoTenório 
É APENAS UMA OPINIÃO.

 
50 erros de português que você não pode mais cometer
Guia prático para não queimar mais o filme em provas, e-mails, redes sociais e vida profissional
por UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA Conteúdo de responsabilidade do anunciante
29/08/2016 10:50 / Atualizado 30/08/2016 10:40

Um bom português funciona como um cartão de visitas pessoal e profissional - Fotolia
Como qualquer outra disciplina, o português pode ser fácil para uns e difícil para outros. Além disso, a língua é viva, se altera com o passar dos anos, recebe influências do meio e, claro, conta com um amplo conjunto de regras que inegavelmente podem confundir.

— É certo dizer que o tempo presente, o grau de escolaridade e a classe social impactam em como produzo meu texto. Mas também é fato que o domínio da língua é diretamente proporcional ao volume de leitura. A dica é ler jornais, livros de bons autores e não ter vergonha de procurar o significado de uma palavra que não conhece —, recomenda o professor Caco Penna, do CPV Educacional.

Segundo Caco, as mudanças dos últimos anos no Enem resultaram em provas mais focadas no caráter sociolinguístico do que propriamente na gramática. Mesmo assim, essas são questões ainda relevantes na redação e muito presentes nos vestibulares. Indo muito além dos testes, vale lembrar que em toda a vida você vai lidar com as artimanhas do português. Nada mais queima o filme do que falar errado em uma entrevista de emprego ou enviar um e-mail profissional cheio de deslizes, por exemplo.

Para evitar essas derrapadas, listamos as 50 dúvidas gramaticais que mais costumam gerar erros. A lista foi elaborada com ajuda dos professores Simone Motta, coordenadora de Português do Grupo Etapa, Eduardo Calbucci, supervisor de Português do Anglo, e do próprio Caco. 


50 DÚVIDAS DO PORTUGUÊS ESCLARECIDAS
1. Por que/Porque
Para começar, uma confusão que acompanha gerações:
Usa-se "por que" para perguntas, mesmo que implícitas. Exemplos: "Por que ela ainda não chegou?" e "Ele não sabe por que está aqui".
Usa-se "porque" para respostas. Se consegue substituir por "pois", essa é a forma correta: "Não foi trabalhar porque estava doente".


2. Por quê/Porquê
No final de uma frase, seguido de pontuação (exclamação, interrogação, reticências), o correto é "por quê", como em: "Estou chateado. Sabe por quê?".
Já o "porquê" tem exatamente o mesmo sentido de motivo ou razão, por exemplo: "Não sabia o porquê de tanta pressa".
3. De segunda a sexta (certo)/De segunda à sexta (errado)
Outro elemento de confusão frequente, a crase pode ser explicada como a junção de duas letras em uma só: a preposição "a" e o artigo feminino "a". Então, se você tenta ler uma sentença com "a a" e não faz sentido, provavelmente não há crase. Logo, o correto é "de segunda a sexta".
4. A prazo (certo)/À prazo (errado)
Como no caso anterior, a leitura com "a" duplicado não faz sentido. Além disso, não se aplica a crase antes de substantivos masculinos, como é o caso de "prazo".
5. A você (certo)/À você (errado)
Não há crase antes de pronomes pessoais (eu, você, ele, ela, nós, vocês, eles, elas).
6. Das 9h às 18h (certo)/Das 9h as 18h (errado)
No caso de horas expressas, há crase quando a preposição "de" aparece combinada com artigo (de + as), mesmo que implícito como em "horário da prova: 8h às 11h". Sendo assim, o correto é "das 9h às 18h".
7. Mal/Mau
"Mal" é substantivo quando precedido de artigo, como em "o mal do mundo", e advérbio quando acompanha verbo ou adjetivo. Resumidamente, é o contrário de "bem".
"Mau" é adjetivo quando vem antes de substantivos, com os quais concorda. É o oposto de "bom".
8. Mas/Mais
"Mas" é conjunção adversativa e tem o mesmo valor de "porém", "contudo" ou "entretanto".
"Mais" é advérbio de intensidade ou conjunção aditiva, indicando adição ou acréscimo. É também o oposto de "menos".
9. Haver/A ver
"A confusão entre as expressões se dá porque a pronúncia é a mesma", explica o professor Eduardo Calbucci. "Haver" é verbo e significa "existir". "Ter a ver" é "ter ligação".
10. Traz/Trás/Atrás
Segundo a professora Simone Motta, é bem comum se deparar com trocas de letra entre as palavras - erroneamente 'tras' e 'atráz' - por conta da sonoridade semelhante entre elas. Apesar disso, é fácil diferenciar: "traz" vem do verbo "trazer" (com Z, portanto); "trás" e "atrás" são advérbios e indicam posição ("ficará para trás", "atrás da porta").
11. Haja/Aja
Novamente a semelhança sonora induzindo ao erro. Para esclarecer: "haja" é conjugação do verbo "haver", de existir. "Aja" vem do verbo "agir": "Aja com cuidado".
12. Interveio (certo)/Interviu (errado)
Esse é um verbo que se conjuga como "vir", de que é derivado, sendo "interveio" a forma correta: "A polícia interveio na briga".
13. Vêm/Têm
Os verbos "ter" e "vir" devem ser acentuados quando estiverem na 3ª pessoa do plural: "Eles sempre vêm de táxi, porque eles não têm carro".
14. Em vez de/Ao invés de
Para indicar apenas uma coisa no lugar de outra, usa-se "em vez de". Para mostrar opostos, vá de "ao invés de", como no exemplo: "Ao invés de ser o primeiro, ele foi o último".
15. Onde/Aonde
"Onde" é o lugar em que alguém ou alguma coisa está. "Aonde" está relacionado a movimento. Por isso, quem vai, vai "a" algum lugar: "vai aonde".





16. Demais/De mais
Na maior parte dos casos, emprega-se o advérbio "demais", que significa excessivamente, muito. Já a locução "de mais" é comparável à expressão "a mais", como em "nem sal de mais, nem de menos". "De mais" também é associada a estranheza: "Não vejo nada de mais naquilo".
17. Em princípio/A princípio
"Em princípio" assemelha-se a "em tese". "A princípio" é como "no início".
18. Uso do hífen
O prefixo terminado por vogal é separado por hífen se a palavra seguinte começar com a mesma vogal ou H. Caso contrário, sem hífen. Exemplos: autoescola, micro-ondas, semianalfabeto, autoestima.
19. Tachar/Taxar
"Tachar" significa "denominar, chamar de, considerar". Já "taxar" é impor uma taxa ou imposto. Portanto, contextos diferentes.
20. Através de/Por meio de
Expressões com significados distintos. "Através de" expressa a ideia de atravessar, indica um movimento físico. "Por meio de" é semelhante a "por intermédio de" e se relaciona a "instrumento para a realização de algo". Portanto, ao começar um e-mail, por exemplo, o correto é "Venho por meio deste", e não "Venho através deste".
21. Vírgula entre sentenças
Quando as duas frases possuírem sujeitos diferentes, usa-se a vírgula antes da conjunção "e".
Errado: A mãe demorou para chegar e o filho ficou desesperado.
Certo: A mãe demorou para chegar, e o filho ficou desesperado.
22. Eu/Mim
O pronome reto "eu" é utilizado apenas na posição de sujeito do verbo. Nas demais situações, usa-se o pronome oblíquo "mim".
Errado: Não há mais nada entre eu e você.
Certo: Não há mais nada entre mim e você.
23. Haver/Fazer
Ambos os verbos, quando indicam passagem de tempo, não ganham plural: "Não conversávamos havia três anos" e " Faz três anos que não nos vemos".
24. Haver/Existir
No sentido de "existir", o verbo "haver" não vai para o plural. O verbo "existir" pluraliza normalmente: "Na reunião, existiam cerca de 60 pessoas".
Errado: Na reunião, haviam cerca de 60 pessoas.
Certo: Na reunião, havia cerca de 60 pessoas.
25. Assistir ao/Assistir o
Quando usado no sentido de "ver", o verbo "assistir" rege a preposição "a": "Assistiu ao programa". Já no sentido de "ajudar" ou "prestar auxílio", o verbo vem sem a preposição: "O técnico assistiu o cliente durante a instalação do equipamento".
26. Afim/A fim de
"Afim" pode ser adjetivo ou substantivo e, nos dois casos, é associado a "parecido", "similar" e "semelhante". "A fim de" é locução prepositiva e está ligada à ideia de intenção ou finalidade, como em "aceitei ir à festa a fim de conhecê-lo melhor".
27. Obrigado/Obrigada
Essa regra é muito simples. Homens dizem "obrigado". Mulheres dizem "obrigada". Pronto!
28. Bem-vindo (certo)/Benvindo (errado)
O Novo Acordo Ortográfico não alterou a escrita da palavra "bem-vindo". Apesar de novas regras gramaticais em relação ao uso do hífen, ela continua como antes.
29. Beneficente (certo)/Beneficiente (errado)
A forma correta é "beneficente". "Beneficiente" não existe na Língua Portuguesa.
30. Menos (certo)/Menas (errado)
Apesar de memes como "miga, seja menas", a palavra "menas" não existe na nossa gramática. Escolha sempre "menos" em suas redações e e-mails formais.
31. Deixa eu escrever/Deixa-me escrever
Quando os verbos "deixar", "fazer", "ver" e "mandar" vêm seguidos de infinitivo, usam-se os pronomes oblíquos no padrão culto da língua: "Deixa-me escrever". Aqui, porém, um adendo. "Esse tipo de construção com pronomes retos ('deixa eu estudar', 'deixa ele estudar') está se tornando cada vez mais comum, fundamentalmente na linguagem oral", destaca o professor Eduardo Calbucci, em uma ressalva de que o certo e o errado podem não ser absolutos se levarmos em consideração a evolução da língua.
32. Seguem anexos os documentos (certo)/Seguem os documentos em anexo (errado)
Expressões bem comuns em e-mails. Se funciona como adjetivo, indicando que algo está ligado, a palavra "anexo" não exige o uso de "em" e deve concordar em gênero e número com o substantivo a que se refere - no caso, "documentos". De outra forma, se o interlocutor quer dizer o modo pelo qual algo está sendo enviado, é preferível dizer "no anexo" em vez de "em anexo".
33. Proibida a entrada (certo)/Proibido a entrada (errada)
O sujeito da oração é "a entrada", feminino e acompanhado de artigo, por isso "proibido" concorda com "entrada": "Proibida a entrada".
34. Vamos nos ver amanhã? (certo)/ Vamos se ver amanhã? (errado)
O sujeito do verbo "vamos" é de primeira pessoa do plural (nós), por isso a forma correta é "vamos nos ver".
35. Senão/Se não
A escolha depende bastante do que você quer expressar. "Senão" é "caso contrário" ou "a não ser". "Se não" mostra uma condição, como em "se não sabe como fazer, não faça".
36. Dia a dia/Frente a frente/Cara a cara
Nenhuma das expressões tem acento no "a". O acento grave não deve ser utilizado em termos com palavras repetidas.
37. Meio-dia e meia (certo)/ Meio-dia e meio (errado)
Quando a palavra "hora", aqui implícita, é fracionada, sempre utiliza-se "meia" - portanto, "meio-dia e meia". "Meia" é numeral fracionário e deve concordar em gênero com a unidade fracionada. Outra coisa: "meio-dia" permanece com hífen, mesmo após o Novo Acordo Ortográfico.
38. Eminente/Iminente
Formas parecidíssimas, significados diferentes e grande chance de confusão. Para memorizar: "eminente" está relacionado a qualidade, excelência, como em "é um profissional eminente"; já "iminente" indica que "vai acontecer em breve".
39. Descrição/Discrição
Mais um caso de grafia e pronúncia semelhantes e significados distintos. "Descrição" está relacionada ao ato de detalhar algo, reunir características. Entre seus sinônimos, dependendo do contexto, estão palavras como "exposição" e "apresentação". Já "discrição" é a qualidade de alguém ou algo discreto, que não chama muita atenção.
40. Sessão/Seção
A forma com S, "sessão", é o intervalo de tempo em que alguma coisa acontece, por isso sessão de cinema, sessão fotográfica, sessão da tarde... Já "seção" é como divisão, uma parte de um todo, daí seção eleitoral, seção feminina e seção do jornal, por exemplo.
41. Admitem-se vendedores (certo)/ Admite-se vendedores (errado)
No exemplo, o verbo "admitir" é transitivo direto. Como tal, não exige preposição entre ele e o objeto da frase e concorda em número com o sujeito. Portanto, o correto é dizer "admitem-se vendedores".
42. Precisa-se de vendedores (certo)/ Precisam-se de vendedores (errado)
Já nesse exemplo, a maneira correta é "precisa-se de vendedores". Quem precisa, precisa "de" algo, daí a necessidade da preposição. Como verbo transitivo indireto, portanto, "precisar" permanece no singular.
43. Supor/Transpor
Os verbos derivados do verbo "pôr" serão conjugados como o verbo primitivo.
Errado: Se você supor que o seu plano dará certo, nós poderemos executá-lo.
Certo: Se você supuser que o seu plano dará certo, nós poderemos executá-lo.
44. Manter/Conter
Os verbos derivados do verbo "ter" serão conjugados como o verbo primitivo.
Errado: Se você manter a rotina de treinos, alcançará excelentes resultados.
Certo: Se você mantiver a rotina de treinos, alcançará excelentes resultados.
45. Tinha chego/Tinha chegado
Existem alguns verbos, chamados de abundantes, que admitem duas formas de particípio passado, entre eles "aceitar" (aceitado e aceito), "imprimir" (imprimido e impresso) e "eleger" (elegido e eleito). "Por analogia, obtêm-se formas como 'chego', ainda não acolhidas pela norma culta", explica o professor Eduardo Calbucci. Ou seja, vá de "tinha chegado".
46. Na minha opinião (certo)/ Na minha opinião pessoal (errado)
"Na minha opinião pessoal" é um pleonasmo, ou seja, a repetição desnecessária de uma informação, uma redundância: sua opinião já é pessoal. Por isso, diz-se apenas "na minha opinião".
47. Anos atrás (certo)/ Há anos atrás (errado)
"Há anos atrás" também é um pleonasmo, pois o verbo "há", nesse sentido, já indica passagem do tempo. Diga apenas "há anos" ou "anos atrás".
48. De encontro a/Ao encontro de
Aqui temos praticamente opostos em termos de sentido. "De encontro a" expressa conflito, como em "sua opinião foi de encontro ao que ele acreditava". Já "ao encontro de" expressa satisfação, "estar de acordo com", ir "em direção a": "Uma lei que vem ao encontro dos menos favorecidos".
49. Por hora/Por ora
As duas expressões existem, mas dependem do contexto. "Por hora" está relacionada a um intervalo de 60 minutos: "Pedala 20 km por hora". "Por ora" significa, simplesmente, "por enquanto".
50. Ratificar/Retificar
Verbos com sentidos bem diferentes: "ratificar" é confirmar; "retificar" é corrigir.Leia mais sobre esse assunto 

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18 de abr de 2011 - Vídeo enviado por CARLOS ALBERTO MOREIRA SARAIVA
UMA MÚSICA DE LUIS GONZAGA TENDO COMO FUNDO ALGUMAS FOTOS SUAS E DA CIDADE DE ...

ABC do Sertão - YouTube

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23 de mar de 2012 - Vídeo enviado por apfrezende G
Música ABC do Sertão com Luiz Gonzaga. ... Volta pra Curtir (Ao Vivo) 1972 - Luiz Gonzaga - Completo ...

Luiz Gonzaga - ABC do Sertão - YouTube

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18 de abr de 2013 - Vídeo enviado por Era Uma Vez o Forró
Luiz Gonzaga - ABC do Sertão. Era Uma Vez o Forró ... Volta pra Curtir (Ao Vivo) 1972 - Luiz Gonzaga

sábado, 10 de setembro de 2016

Regulamentação da prostituição confronta prostitutas e feministas radicais


Regulamentação da prostituição confronta prostitutas e feministas radicais

Projeto de lei enfrenta o Congresso mais conservador da história do Brasil e a oposição de um grupo de mulheres à legalização das casas de prostituição

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Mulheres se prostituem em uma boate no centro do Rio de Janeiro.
A chegada da Olimpíada no Rio esquentou o debate sobre a prostituição e abriu um embate entre prostitutas, acadêmicos e feministas. Em discussão está a  regulamentação da profissão em um país onde prostituir-se é legal e reconhecido desde 2002 pelo Ministério do Trabalho. 

Mas onde os milhares de bordéis, boates e clubes espalhados pelo Brasil configuram crime de rufianismo (exploração de sexual de terceiros ou terceiras visando lucro) castigado com até quatro anos de prisão.

A Rede Brasileira de Prostitutas e a Central Única de Trabalhadoras e Trabalhadores Sexuais abriram a discussão para acelerar a aprovação de um projeto de lei que abre uma janela à regulamentação do ofício. 

É o Gabriela Leite – em homenagem à principal ativista dos direitos das prostitutas – que em cinco artigos propõe algumas normas para regulamentar uma das profissões mais estigmatizadas do mundo.

O projeto de lei contempla uma modificação do Código Penal onde prostituição e exploração sexual aparecem quase necessariamente associadas. O texto especifica que só deve ser considerada exploração sexual a coação para se prostituir ou a prostituição exercida por menores de 18 anos – o que já é crime –, o não pagamento por serviços sexuais e a apropriação de mais do 50% por parte de terceiros do serviço sexual. O projeto também legaliza as casas de prostituição sempre que nelas não se exerça exploração sexual e contempla a aposentadoria dos trabalhadores sexuais após 25 anos.

O projeto, que data de 2003, foi resgatado em 2012 pelo deputado do PSOL Jean Wyllys e foi discutido com as prostitutas. Tem poucas chances de ser aprovado no Congresso mais conservador da história do Brasil, mas militantes feministas, que reivindicam que o debate sobre a prostituição pertence a todas as mulheres, iniciaram sua própria batalha contra o texto por considerá-lo a “legalização da cafetinagem”.

“A regulamentação legitima a mercantilização do corpo feminino. O projeto se atém a tirar da ilegalidade as casas de prostituição e os exploradores, e coloca o Brasil como polo de exploração sexual de mulheres. O projeto é fraco e o discurso é de cafetinagem, não da mulher explorada”, lamenta Maria Gabriela Saldanha, escritora, militante feminista e férrea detratora do projeto de lei.

 “Não há um país onde a regulamentação tenha dado certo. Nós precisamos nos ater a políticas públicas para acolher mulheres que desejam sair ou para evitar que entrem na prostituição”, completa Saldanha. “Seria mais honesto fazer um grande debate público e pensar nessas políticas públicas”, complementa.

Wyllys critica essa visão. Para ele, um  setor do feminismo acabou se alinhando às bancadas mais conservadoras do Congresso.

 O deputado defende que a proibição atual dos bordéis não impede que continuem funcionando, “da mesma maneira que a criminalização da maconha não impede que ela continue sendo vendida”, e afirma que nas casas de prostituição, “que funcionam porque pagam propina às autoridades”, as prostitutas e os garotos de programa não têm nenhum direito, “ficam desprotegidos e submetidos a todo tipo de abusos, além de não ter nenhuma fiscalização”.
Camerim de uma casa de prostituição carioca.
Os cinco artigos do Gabriela Leite são objetivamente insuficientes para regulamentar uma profissão tão complexa como a prostituição – para se ter uma ideia o projeto de lei que regulamentou o trabalho doméstico consta de 46 artigos –, mas para seus defensores é um primeiro passo para enquadrar o negócio dentro da lei.

 “Trata-se de regulamentar algo que já existe, acabar com a extorsão policial, entre outras coisas. Com a lei vai se abrir uma janela para novos vínculos trabalhistas dos trabalhadores sexuais com os clubes, vai empoderar as prostitutas”, 
 defende Indianara Siqueira, transexual, prostituta e militante.

Tatiane Satin, de 21 anos, foi prostituta e tornou-se uma das vozes contra qualquer regulamentação do ofício. Criada no Movimento Sem Terra, catadora de lixo, e que tinha como rotina procurar comida em lixões para sobreviver, começou a se prostituir aos 17 anos. Ela perdeu a conta de quantos homens tocaram seu corpo, diz, mas toda vez se sentiu estuprada. Sua experiência, relata ela, foi um pesadelo e critica a “romantização” do ofício.

 “Para mim a prostituição é estupro pago. Em quatro anos nunca conheci uma mulher com uma história feliz na prostituição. O PL da cafetinagem não dá direito nenhum, e transforma os cafetões em grandes empresários”, disse durante um debate celebrado no Rio um mês atrás.

O debate, que atingiu altos níveis de confronto nas redes sociais, pode ser em vão se for aprovada a reforma do Código Penal que tramita no Senado. Entre as mudanças propostas em mais de 400 páginas que abrangem de crimes eleitorais a crimes de trânsito está a possibilidade de encaixar a prostituição em mais um vazio legal. Se aprovado como está agora, o novo Código não regulamenta a profissão, mas descriminalizaria o rufianismo e as casas de prostituição.

Enquanto os projetos travam nas mesas de deputados e senadores, diante da ausência de legislação – como já aconteceu com o casamento homossexual ou o aborto em casos de anencefalia –, o poder Judiciário acaba ditando as regras. Os tribunais já reconheceram em 2013 o vínculo empregatício entre uma prostituta e um clube de Piracicaba, em São Paulo, e obrigaram o estabelecimento a indenizar com 100.000 reais o filho da mulher, vítima de um acidente de trabalho. A prostituta ficou tetraplégica após uma queda enquanto trabalhava e morreu aos 25 de idade, no decorrer do processo. Em um outro exemplo, este ano o próprio Supremo Tribunal reconheceu a proteção jurídica das prostitutas e a possibilidade de elas cobrarem nos tribunais dívidas derivadas dos seus serviços.

Em outros países, as vozes dividem-se entre os abolicionistas – que considera as prostitutas vítimas sem liberdade de escolha – e os regulamentaristas – para as quais o trabalho sexual é uma atividade que pode ser exercida livremente e deve ser legalizada. Na Suécia, por exemplo, quem paga para ter relações sexuais é um delinquente, um modelo que inspirou outros países como a França, Islândia, Canadá, Cingapura, África do Sul, Coreia do Sul e Irlanda do Norte. Na Holanda, Dinamarca e na Alemanha, por outro lado, as profissionais do sexo pagam impostos e obtêm contrapartidas sociais.