quinta-feira, 19 de maio de 2016

A RESPOSTA DO JECA AO GRANDE RUY BARBOSA. DE CATULO DA PAIXÃO CEARESNE

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HISTÓRIA DAS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS DO BRASIL 1910 
Em 1910 o senador RUY BARBOSA , grande baiano,  lançou a sua candidatura à  Presidência da Republica e foi derrotado pelo seu opositor , o gaúcho de SÃO GABRIEL ,  marechal  HERMES RODRIGUES DA FONSECA, filho de um alagoano , o marechal HERMES ERNESTO DA FONSECA.

Em plena campanha,  em 1909,  no púlpito do senado,  num discurso inflamado sobre o voto do analfabeto, o RUY  falou que o roceiro, o homem do campo  vivia no ócio, com a mão debaixo do queixo e o seu voto não tinha o mesmo peso do homem alfabetizado, era um voto de cabresto .

 O voto do capiau era o voto do -patrão, do coronel do café com  leite e da cana de açúcar, era o voto do medo e da subserviência .  
CATULO DA PAIXÃO CEARENSE,seu amigo do peito , vendo o seu candidato numa atitude politicamente incorreta,   enviou uma carta ao grande senador, intitulada :

"A RESPOSTA DO JECA" .

 Não deu outra ,  na abertura das urnas, o RUY  perdeu a eleição para o HERMES DA FONSECA.

O CATULO travestido  de um verdadeiro capiau , assim se pronunciou diante do AGUIA DE HAIA

A RESPOSTA  DO JECA.


Seu dotô, venho dos brêdo,
Só pra mode arrespondê
Toda aquela fardunçage
Qui vancê foi inscrevê!
Num teje vancê jurgano
Qui eu SEJE argum cangussú!
Num sô não, Seu Conseiêro.
Sô norte, sô violêro
e vivo naquelas mata,
como veve um sanhaçu!
Vassucê já mi cunhece:
Eu sô o Jeca Tatu!
 

Cum tôda essa má piáge,
Vassucê, Seu Senadô,
Nunca, um dia, se alembrô,
Qui, lá naquelas parage,
A gente morre de fome
E de sêde, sin sinhô!
Vassuncê só abre o bico,
Pra cantá, como um cancão,
Quano qué fazê seu ninho,
Nos gáio duma inleição!
 .
 
Priguiçôso? Madracêro?
Não sinhô, Seu Conseiêro!
É pruquê vancê nun sabe
 
O qui seja um boiadêro
Criá cum tanto cuidado,
Cum amô e aligria,
Umas cabeça de gado...
E, dipôis, a impidimia
In mêno de quato dia!...
Levá  tudo, como  diabo,

É pruquê vancê nun sabe
O trabáio disgraçado
Qui um home tem, Seu Dotô,
Pra incoivará um roçado...
E quano o ôro do mío
Vai ficano inbunecado,
Pra intoce, nois  coiê,
O mío morre de sêde,
Pulo só isturricado,
E FICA ASSIM SEQUINHO,
Sequinho, QUINEM vancê!
 
É pruquê vancê nun sabe
O quanto é duro, um pai sofrê,
Veno seu fio crescendo,
Dizeno sempre:
Papai, vem mi insiná o ABC!
 
Si eu subesse, meu sinhô,
Inscrevê, lê e contá,
Intonce, sim, eu havéra
Di sabê como assuntá!
Tarvêis vancê nun dexasse
O sertanejo morrendo,
Mais pió qui um animá!
 
Eu trabáio o ano intero,
Somente quando Deus qué!
Eu vivo, no meu roçado,
Mi isfarfando, como um burro,
Pra sustentá oito fio,
Minha mãe, minha muié!
 

Minha muié tá morrendo,
Só pru farta de mezinha!
E pru farta de um dotô!


Minha fia, qui é bunita,
Bunita, como uma frô,
Seu Dotô, nun sabe lê!
 
E o Juquinha, qui inda tá
Cherano mêmo a cuêro,
E já puntêia uma viola...
Si entrasse  pruma iscola,
Sabia mais que vancê!

 !

Vassuncê é um Senadô,
É um Conseiêro, é um Dotô,
É mais do qui um Imperadô,
É o mais grande cirdadão,
Mais, porém, eu lhi agaranto,
Qui nada disso siría,
Naquelas terras bravia,
DO MEU QUERIDO Sertão.
 

Eu sei que sô um animá,
Eu nem sei mêmo o que eu sô.
Mais, porém, eu lhe agaranto
Qui o qui vancê já falô,
E o qui ainda tem de falá,
O qui ainda tem de inscrevê,
Todo, todo o seu sabê,
E toda a sua saranha...
Não vale uma palavrinha,
Daquelas coisa bunita,
Qui Jesuis, numa tardinha,
Disse, inriba da montanha!...

Catulo da Paixão Cearense



STF suspende lei que autoriza produção e uso da "pílula do câncer"


Para o ministro Marco Aurélio Mello, é temerária, e potencialmente danosa, a liberação genérica do medicamento sem os estudos clínicos, em razão da ausência
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Para Fachin, a liminar deveria ser concedida, exceto para os casos de pacientes terminais
O Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu nesta quinta, 19, de forma liminar, a lei que permite a fabricação, distribuição e o uso da fosfoetanolamina sintética, conhecida como “pílula do câncer”. Por 6 votos a 4, a Corte máxima do País acatou pedido da Associação Médica Brasileira (AMB) para suspender os efeitos da lei aprovada pelo Congresso no final de março e sancionada pela presidente afastada da República Dilma Rousseff em 14 de abril.

A maioria dos ministros acompanhou voto do relator do caso, ministro Marco Aurélio Mello, que entendeu que o Congresso invadiu a competência da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de liberar substâncias médicas. Além de ser temerária, a liberação da “pílula do câncer” ocorreu sem as pesquisas científicas necessárias. Acompanharam o relator, os ministros Luís Roberto Barroso, Teori Zavaski, Luiz Fux, Cármen Lúcia e presidente da Corte, Ricardo Lewandowski.

“O controle dos medicamentos fornecidos à população é efetuado tendo em conta a imprescindibilidade de aparato técnico especializado por agência reguladora supervisionada pelo Poder Executivo. A atividade fiscalizatória dá-se mediante atos administrativos concretos de liberação das substâncias, devidamente precedidos dos estudos técnicos, científicos e experimentais. Ao Congresso Nacional não cabe viabilizar, por ato abstrato e genérico, a distribuição de qualquer medicamento”, disse Marco Aurélio.

Para o relator, é temerária, e potencialmente danosa, a liberação genérica do medicamento sem os estudos clínicos, em razão da ausência, até o momento, de elementos técnicos da viabilidade da substância para o bem-estar do organismo humano. “Salta aos olhos, portanto, a presença dos requisitos para o implemento da medida acauteladora”, disse Marco Aurélio.

Na avaliação do ministro Luís Roberto Barroso, houve por parte do Congresso, violação da reserva de administração, ou seja, de competência do Poder Executivo. Assim, como o relator, Barroso afirmou que o risco da liberação do medicamento sem teste é maior do que os resultados positivos relatados por alguns pacientes que fizeram uso do medicamento.

“Sem a submissão da fosfoetanolamina sintética a todos os testes necessários não é possível aferir a sua segurança, qualidade e eficácia, tampouco iniciar o processo de obtenção de registro como medicamento junto à Anvisa, possibilitando sua comercialização. No estágio atual das pesquisas não há evidências que a substância tenha efeitos positivos no combate ao câncer, de que não seja tóxica e de que não produza efeitos colaterais relevantes nos pacientes que a ingerirem”, disse.

O presidente do STF disse que o Estado tem que agir “racionalmente”. “O Estado de Direito que se organiza em bases racionais. Não me parece ser possível que hoje o Estado, sobretudo em um campo tão sensível, que é o campo da saúde, possa,  agir irracionalmente, levando em conta em ordem metafísica e fundamentada em suposições que não tenham base em evidências científicas”, disse Lewandowski.

Para o ministro Luiz Fux, a Lei 13.269 de 2016 abriu um “carta de alforria” e representa um grande risco à saúde das pessoas. “Sem saber os malefícios dos efeitos colaterais essa substância pode violar o direito a saúde e uma vida digna”.

Divergência

O ministro Luiz Edson Fachin abriu divergência e foi acompanhado pelos ministros Rosa Weber, Dias Toffoli e Gilmar Mendes. Para Fachin, a liminar deveria ser concedida, exceto para os casos de pacientes terminais.

“É possível afirmar que as coindicantes exigidas para o acesso a determinadas substâncias podem ser relativizadas em vista da condição de saúde do paciente. Em casos tais, a situação de risco para demonstrar que as exigências relativas à segurança cedem em virtude da própria escolha das pessoas, eventualmente, acometidas de enfermidades. Essa escolha não decorre apenas do direito de autonomia, mas da autodefesa do direito à vida em prol da qualidade de vida”, disse Fachin

quarta-feira, 18 de maio de 2016

O Brasil apoia o Ministério da Cultura


                                                                               
O Ministério da Cultura

Caros amigos, fico a matutar de como é fútil a preocupação de uma boa parcela da população brasileira com as demandas do país , principalmente,  dos principais interessados e beneficiados por determinadas pastas.

Nos últimos dias , o Governo  Federal,  por uma necessidade de enxugar a máquina , iniciou um processo de sanar os vazamentos financeiros, para isto,  entendeu de fundir algumas pastas , como a cultura é irmã siamesa da educação , nada mais justo e lógico que ambas caminhem  juntas, ficando a cultura sob a tutela da Educação.

Como escravo confesso da cultura, sou contra o modus operandi e do patrimonialismo da atualidade, na qual se vê, que o fulcro da questão,  não é a verdadeira cultura nacional e sim,   tocar os grandes artistas consagrados, apoiar financeiramente aqueles que possuem um grande ciclo politico, um mega ciclo  de amizade e  possuem ingerência sobre os titulares da pasta, estes artistas há muito perderam o cunho cultural e enveredaram no viés pecuniário.

Artistas do porte dos ícones consagrados da MPB,  que brilham em todo o mundo, artistas televisivos ,  cinematográficos e do teatro  do mais alto quilate,  não precisam de ajudas  e deveriam se envergonhar em utilizar a lei Rouanet para os patrocínios dos seus espetáculos, uma vez que estão se beneficiando dos impostos subtraídos das P.Físicas e P.Jurídicas que seriam destinados para outros brasileiros  que precisam, que sofrem ,  praticam e difundem a verdadeira cultura nacional , a cultura raiz em todos os recantos deste país.

Como ministério ou secretaria , esta pasta teria que investir na verdadeira cultura , atividade esta presente em todo o  território nacional  com o intuito de  não deixá-la morrer. Os fundos deveriam ser usados para patrocinar os artistas regionais em todo o Brasil, deveriam ser utilizados para alavancar o folclore, o repente, os violeiros, os sanfoneiros, os compositores , os emboladores, os reisados, as lapinhas, os gaiteiros do sul, os cantores, os poetas, os artesãos, os corais regionais de uma maneira em geral e todas as demais atividades artísticas representativas e culturais brasileiras , não excluindo os grandes espetáculos, inclusive com os grandes nomes do país , quando a serviço das grandes massas .

O modus operando teria que ser modificado, o montante a ser captado seria da responsabilidade da secretaria  e  não do contemplado , nem  da influencia politica e nem por choque de interesse , o valor arrecadado iria para uma conta e seria distribuído proporcionalmente pela importância e carência de cada segmento cultural , aí sim,  seria realmente uma pasta dirigida para a cultura, com este modus seriam recuperados o bumba meu boi, o maneiro pau, as bandas cabaçais, a capoeira, o cordel, a cultura indígena, o forró, o baião,  as festas regionais, as artes manuais, o teatro amador, os ceramistas, os pintores regionais e todas as demandas culturais dos 6 mil municípios brasileiros , que hoje agonizam por falta de apoio e oxigênio, inclusive os grandes MUSEUS.

A Secretaria teria  um limite  no montante a ser liberado para cada atividade, com este modelo a pasta estaria a serviço daqueles  que realmente pregam a cultura , que multiplicam a auto estima junto ao seu povo e que enchem de orgulho a sua comunidade . 

Cada cidade brasileira possui os seus artistas, possui os seus gênios em todas as variedades das artes, cada cidade tem hibernados os seus escritores, os seus poetas  e os seus líderes que seriam revelados por intermédio desta secretaria.

O Brasil é a favor do MINC , desde que priorize os que não possuem fundos próprios , os que não possuem padrinhos políticos ou sejam celebridades do mundo artístico, estes,  como qualquer profissional bem  posicionado , não necessitam de ajudas, eles podem muito bem  divulgar e mostrar a sua cultura sem a tutela de uma secretaria ou ministério.

A pasta seria , exatamente para a Cultura e Artes Regionais, Cultura Escolar, Cultura Amador,  perpassando pela culinária, literatura, música, dança, artes manuais, circense, folclore, pintura, escultura e outras modalidades,   que hoje agonizam no coração  de cada artista  por este Brasil afora, nos mais distantes , escondidos e abandonados rincões .

Isto sim é Brasil Cultura, é este o Ministério que o Brasil precisa e que todo o povo  apoia.

Viva a Cultura Brasileira e viva o seu Ministério.

Iderval Reginaldo Tenório

Zé Ramalho - Último Pau de Arara - YouTube

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Música Último Pau-de-Arara com Luiz Gonzaga. ... Clara Nunes - ÚLTIMO PAU DE ARARA - VENDEDOR


Raymundo Sodré - Os Girassois de Van Gogh - YouTube


https://www.youtube.com/watch?v=ndBcZyoT8DA
5 de mai de 2016 - Vídeo enviado por Carlos Amorim
Raymundo Sodré - Os Girassois de Van Gogh ... Bule-Bule e Raimundo Sodré - Praça Pedro Arcanjo