segunda-feira, 2 de maio de 2016

A EDUCAÇÃO NO BRASIL



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O BRASIL SÓ SAIRÁ DESTE MARASMO COM EDUCAÇÃO PARA TODOS

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O BRASIL SÓ SAIRÁ DESTE MARASMO COM EDUCAÇÃO PARA TODOS
SOU PELA FEDERALIZAÇÃO DO ENSINO PRIMÁRIO PARA TODOS
A EDUCAÇÃO NO BRASIL 

A Educação de um povo é o principal pilar para o exercício da cidadania e o maior impulso para a sua   independência  .
O Nível de educação de uma população se espraia  nos seus elementos , cria no seu âmago uma estratificação de conhecimentos crescentes que são os maiores impulsos para a sua emancipação.

 De acordo com a evolução e oferecimento do ensino,  os  elementos crescem na escala social elevando o seu grau de entendimento e de liberdade até atingir a maioridade educacional, com estas armas o analfabetismo politico funcional vagarosamente se esvai e o cidadão aos poucos deixará de ser massa de manobra .
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A contemplação de um ser humano à   cidadão, independe do seu grau de instrução, seja ele letrado, estudado, culto ou analfabeto goza dos mesmos princípios da Constituição Federal, não cabendo desconhecer os seus direitos e deveres, agora é claro e notório que enquanto maior o índice de escolaridade, enquanto maior o grau de conhecimentos, tem este cidadão maior poder de discernir e optar por determinadas diretrizes.

Como alicerce e  sapata,    o ensino primário é acoplado ao ensinamento  familiar, sendo este,   a   bandeira principal e a raiz da árvore educacional  de um cidadão.

Baseado nestes princípios, abordarei alguns fatos que poderão despertar o  debate entre os responsáveis pela área educacional.

É sabido que no Brasil  a Escola Primária é de responsabilidade do  Município,   por entender que é neste território que o  cidadão mora. Acontece que  este limitado e autônomo sítio  é dirigido por um  cidadão chamado Prefeito, dirigente este  oriundo  de qualquer camada social , viciadamente eleito por interesses de alguns segmentos  da população, depois de eleito,  tem plenos poderes de dá o destino que lhe convier a este nível educacional. 

Fato relevante também é a localização , a região , a renda  e o peso político de cada município, sem esquecer as prioridades , as vontades , o  moderno coronelismo e outros fatos intestinais pertinentes a cada povo.

O que proponho ao debate e à discussão é criar uma pauta para Federalizar este seguimento Educacional, uma vez que todo cidadão é antes de tudo um Cidadão  Brasileiro e tem direito constitucional basilar. 

Antes de ser Paulistano, Soteropolitano, , Juazeirense, Canudense, Piripiriense, Caxiense ou Santista  o Cidadão é BRASILEIRO . Este brasileiro não deve sofrer qualquer tipo de retaliação , seja regional, financeira, religiosa, de raça, gênero sexual ou preferência política, ele tem direito  por lei a um ensino básico de qualidade  em qualquer recanto que viva, isto é , um ensino homogêneo em todo o território nacional, entendo que  nesta fase da vida, a Escolaridade Primária é  considerada uma atitude de Estado , uma atitude pétrea e não de Governo
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Com esta modalidade, todo cidadão brasileiro de Norte a Sul , de leste a Oeste teria assegurado até os 17 anos de idade uma educação igualitária em todo o território nacional, educação esta regida pelas mesmas leis, com o mesmo conteúdo de informação, comandado por um único dirigente nacional e supervisionado pelas autoridades municipais,  desta maneira, teria o Brasil  uma população adolescente com as mesmas chances de enfrentar a diversidade  da vida na fase mais difícil da sua existência , que é a segunda etapa da adolescência, dos 17 aos 20 anos de vida.

Nesta segunda etapa, os três assumiriam uma  educação mais lubriificada, o Municipio , o Estado  e o Governo Federal teriam a obrigação de prosseguirem o ensino .

O Municipal oferecendo cursos técnicos  profissionalizantes de curta  e média duração, enquanto o Estado  , cursos científicos preparatórios para os cursos superiores e  cursos técnicos profissionalizantes de alta complexidade para azeitar a economia , ficando os cursos superiores em segundo plano  e sob a tutela da Rede Privada, Rede Estadual e Rede Federal.

Acredito que com esta configuração, o pais em breve sairia deste pesadelo educacional e deste boom de marginalidade, fruto da pouca escolaridade e da pouca ocupação dos adolescentes em todos os níveis sociais.

Teria o pais uma conduta equânime , cada cidadão teria direito à mesma carga de ensino, a verba seria pulverizada nacionalmente independente da arrecadação do município.  A Escolarização Primária seria responsabilidade  do Governo Federal, só assim seria assegurado a cada cidadão  as mesmas ferramentas para se enfrentar a tão concorrida  vida  , dando cabo a este famigerado fosso social, podendo inclusive ser criado um ministério próprio, Ministério da Educação e do Adolescente, virado para esta fase da vida.

 A Educação básica e  irrestrita é de responsabilidade da União, está aí um bom álibi  para uma justa  distribuição dos royalties do Petróleo.

Iderval Reginaldo Tenório
Salvador Janeiro de  1996

Belchior - Coração Selvagem (full album) - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=dGzXuHr9uf0
29 de abr de 2013 - Vídeo enviado por alison c.
Álbum lançado em 1977 1. Coração Selvagem (0:00) 2. Paralelas (4:39) 3. Todo Sujo de Batom (8:57) 4 ...

Belchior - Saia do Meu Caminho - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v...
2 de nov de 2012 - Vídeo enviado por Granuhha
Antônio Carlos Gomes Belchior Fontenelle Fernandes nasceu em Sobral, CE, em 26 de Outubro de ...

BELCHIOR - ALUCINAÇÃO (1976) - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=4ppq20oqW9c
3 de set de 2012 - Vídeo enviado por Priscylla Karollyne
gosto mais de Belchior do que meu namorado chato, feio e catarrento. ... Enquanto o ser Humano ...

BELCHIOR - TUDO OUTRA VEZ - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=EmdyZWrdcXs
25 de ago de 2009 - Vídeo enviado por fernando1cunha
Antônio Carlos Gomes Belchior Fontenelle Fernandes (Sobral, 26 de outubro de 1946) é um cantor e ...

domingo, 1 de maio de 2016

O VELHO CAVALO


 
 
 

 

O VELHO CAVALO


Foi nos meados de 1915 no sertão do Ceará,  quando das chuvas, nem prenúncios.

 
Relata a minha avó , que nos sertões do Ceará havia um almocreve de meia idade, negociava nos cafundós e nos grotões da esturricada Serra do Araripe,  divisa do Ceará com o Estado de Pernambuco, para o ganho do pão de cada dia utilizava como meio de transporte uma parelha de animais, um belo equino e um musculoso muar.

 
 Grandes eram as distancias a percorrer e belos os lugares visitados, o muar para as cargas , o equino para os passeios junto ao patrono, sempre nas festas, nos namoros, nas comemorações e nas grandes corridas, era com orgulho que o belo animal desfilava naqueles sertões, bem tratado, bem alimentado, bom capim, boa alfafa, excelente milho  e muitas vezes tortas de resíduos de caroços de algodão, era uma vida de rei, cheio de arreios e ornamentos.
 
 Manta vermelha, sela nova, peitoral de couro com uma bela estrela de metal no centro, rédeas do puro couro curtido, alforjes do macio couro de carneiro, rabicho trançado  com fio de seda, boqueira do melhor metal, estribos de pura prata, polidos, encerados e bem conservados, vivia época de glórias, se orgulhava ,  quando nas paragens recebia preços e apreços, recebia avaliação, elogios  e jamais o seu dono pendia para negociação, era um animal orgulhoso  e  cheio de brios, na sua garupa as mais belas donzelas, as mais macias das nádegas, era  motivo de festas onde chegava com o seu baixo, com o seu galope, trotando, chispando ou com os seus admiráveis  passos sempre a esquipar , demonstrando a sua bela marcha, qualidades estas , que lhe credenciavam a cruzar semanalmente com uma diferente e bela égua, com uma formosa e elegante asinina, todo faceiro, todo pabo. 
 
 O muar, coitadinho, a subir ladeiras, a cortar caminhos, dois a três sacos na pesada cangalha encastoada no lombo, cabresto de cordas de croá, rabicho de agave e umas puídas viseiras laterais de couro cru, impedindo, tapando, obstruindo, abortando, escurecendo a visão lateral, pendurado no pescoço o seu crachá: um pesado chocalho bovino para a sua identificação.
 
 Nos fins de semana , os sacos eram substituídos   por quatro cambitos  para o carregamento de lenhas e à noite por dois caçoas no transporte  de  frutas , garrafas ou feixes de canas caiana, muito apreciadas naquela redondeza, como pastagem ,  capim seco, algumas relvas nos arredores e monturos das casas, não sabia se vivia para comer e trabalhar ou só teria comida se trabalhasse.


 
 Longas eram as conversas  entre os dois animais nos seus encontros, um peado nas duas patas direitas, as vezes triste a lamentar  , mas sempre conformado por lhes sobrar a vida e o trabalho ; o outro , solto pelos terreiros, falante, garboso, risonho; discutiam as suas vidas, as injustiças e quão ingrata era a vida para um deles, a diferença era exorbitante, era de fazer pena e foi assim durante muitos anos, foi assim, um sempre  sorrindo, a gargalhar; e o outro... o outro só Deus.


 
 Como o tempo  é o pai, o aconselhador e o diluidor dos sofrimentos,  como a água é diluidor  universal e a esperança a mãe de todos os animais,  uma década se passou ,  os dois viventes sempre a dialogar, com a falta de chuvas foram escasseando as vendas, os compradores cotidianamente caindo, motivo mais do que suficiente para o almocreve diminuir os momentos de festas e de alegrias, primeiro se desfez dos belos arreios, diminuiu as compras de alimentos  especiais e necessitava  aumentar o volume das cargas para suprir as suas despesas azeitando a sua sobrevivência.
 
 O belo e orgulhoso eqüino passou a andar na vala comum , lado a lado com o muar, a sela foi substituída por uma cangalha e  dois sacos, um de  cada  lado e  por ser um exímio esquipador , o dono escanchado no meio, desta vez subindo e descendo ladeiras, pulando grotas, na  ida produtos da lavoura para a venda , na volta , especiarias para abastecer as bodegas da região: querosenes, peixes salgados, açúcar, café e outros mantimentos, com a idade desapareceram as belas éguas, as formosas asininas e os manjares nos terreiros dos esturricados sertões.
 
 O muar continuou a sua batalha, agora como coadjuvante,  apenas como complemento de carga, quando o produto era pouco ficava a pastar, a perambular pelas capoeiras à procura de uma relva  mais hidratada pensando na sua atual e inútil vida, costas batidas, boca mucha, dentes amarelos, desgastados, bicheiras nos ombros, espinhaço pelado, cascos rachados, juntas calcificadas, perambulando caatinga adentro.  E lá se  ia o velho eqüino, dois sacos, o dono escanchado no meio da cangalha, o filho na garupa, subia e descia os penhascos do Araripe, já não possuía belas boqueiras, o rabicho de cordas a cortar a borda anal, as cilhas de couro cru,  com suas grosseiras fivelas a lhes causar mossas na barriga caindo pelo vazio e a traumatizar os bagos aposentados, força era agora a sua maior virtude, força para não sofrer com as esporas que tangenciavam os órgãos genitais, muitas vezes ferindo-os quando desacertava os passos, a vida endureceu, e trouxe à memória os momentos vividos ao lado do amigo muar nos tempos das bonanzas, das vacas gordas, das grandes chuvas, das farturas e dos grandes bailes, olhava para os lados e não mais enxergava os pomares verdejantes do caminho, pois os tapa olhos laterais do muar,  agora se encontravam na sua cabeça, vedando os seus olhos, a visão agora era limitada, uma visão de subserviência, não mais participava dos acontecimentos, agora apenas um animal de cargas, vivia puramente para comer e para o trabalho, não tinha direito a pensar, seguia a dura e pétrea regra, para viver só lhes restava a obediência sem contestação, seguia os puxavancos do puído e velho cabresto que dava duas voltas na focinheira,  cortando a pele entre os dois orifícios de sua moída  venta, vivenciava a mais espúria entidade criada pelo dominador, o mais baixo golpe sofrido por um ser vivo, obedecer sem contestar, simplesmente a mais velada forma de escravidão.


 
 Os três entes aos poucos foram minguando, o muar sem trabalho foi sumindo, esquecido, menosprezado, esquálido e abandonado, até o dia em que foi  requisitado pelos  produtores de charque. O belo eqüino agora não mais belo, sem a força da juventude, com a estima em baixa,  caiu na desconfiança, calda imóvel a proteger o fim dos intestinos,  com compressões periódicas ao menor grito do seu condutor, olhos sempre para o chão, dentes puídos,  rentes  às gengivas, desgastados, musculatura minguada, pelos ásperos, relinchos abafados; sem força, sem brio e  sem pernas foi substituído por sangue novo, mergulhou na solidão, não mais requisitados ao trabalho  se embrenhou nos carrascos das matas que ainda existiam e nunca mais soube do seu paradeiro.



 
 O dono caiu numa crise de desgraça, envelheceu sem os seus maiores amigos, engolido pelo bafo do progresso trazidos pelos bulidos dos motores de dois tempos nos velhos aviamentos e nos transportes  das poucas mercadorias, mergulhou no esquecimento, no solitarismo da vida, os dias ficaram mais longos, a falta de afazeres lhe consumiram os brios e de resto os deseducados  filhos, os sofridos netos e sobrinhos alimentando as grandes metrópoles com a sua prole , descendentes estes  utilizados na construção e desconstrução de uma nação que continua sem rumo, sem prumo e sem um paradeiro ou porto seguro para os que nela batalham e lutam.


 
 Os três se foram, continuam a condescendência e as condutas sem uma instituição sustentada, sem nenhuma criação institucional que traga garantias futuras para um povo sofrido,  que trabalha até os setenta e depois vaga pelos valados da vida, basta vê os liberais e autônomos de ontem, hoje  abandonados, como os de hoje os abandonados do futuro.
  
 Hoje na mesma serra do Araripe, nos mesmos grotões do Nordeste,  ainda vagam muitos Três Entes à espera do mesmo futuro.   
 
 O Mundo gira e com ele a repetição, mostrando que na natureza nada se constrói, tudo se transforma, apenas o tempo como diluidor  universal é quem dita e conduz o destino de cada um, pedindo  que   viva a vida como o seu único patrimônio.

 Iderval Reginaldo Tenório   2010
 
 
 
 
 

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ESTRADA DA VIDA COM ZÉ RICO E MILIONÁRIO
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Milionário e José Rico - Estrada da vida - YouTube

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20 de ago de 2010 - Vídeo enviado por Mauri Muniz
Milionário e José Rico - Estrada da vida. Mauri Muniz .... Emociona, uma das musicas mais lindas que já ...