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AquíferoS
Após entrevistar muitas PESSOAS de todos os níveis
sociais e econômicos, apenas 20 % teceram comentários sobre o assunto, muitos
desconheciam o tema , Aquíferos, e outros entendiam
como brincadeira.
Como um ser que prega pela natureza achei prudente mergulhar
no assunto e mostrar neste blog alguns ítens. Que a leitura seja
proveitosa.Outros temas virão.
Um aquífero é uma formação ou grupo de formações
geológicas que pode armazenar água subterrânea[1]. São rochas
porosas e permeáveis, capazes de reter água e de cedê-la. Esses reservatórios
móveis aos poucos abastecem rios e poços artesianos. Podem ser utilizadas pelo
homem como fonte de água para consumo. Tal
como ocorre com as águas
superficiais, demandam cuidados para evitar a sua contaminação.
O uso crescente pela indústria, agricultura e consumo humano ameaça os
aquíferos e coloca esse assunto na agenda ambiental global.
Podemos dizer que existem essencialmente três tipos de aquíferos[1]:
- Porosos - a água circula
através de poros. As formações geológicas podem ser detríticas (ex. areias limpas), por vezes consolidadas
por um cimento (ex. arenitos, conglomerados, etc.)
- Cársticos - a água circula em
condutas que resultaram do alargamento de diaclases por dissolução. As formações
são os diversos tipos de calcários.
Aquífero Guarani
O Aquífero Guarani é a segunda maior reserva subterrânea de água doce do mundo. A maior reserva
atualmente é o Aquífero Alter do Chão.[1]
A maior parte (70% ou 840 mil km²) da área ocupada pelo aquífero — cerca de
1,2 milhão de km² — está no subsolo do centro-sudoeste do
Brasil. O restante se distribui entre o nordeste da Argentina (255 mil km²), noroeste do Uruguai (58 500 km²) e sudeste do Paraguai (58 500 km²), nas bacias do rio Paraná e do Chaco-Paraná.
A população atual do domínio de ocorrência do aquífero é estimada em quinze
milhões de habitantes.
Nomeado em homenagem à tribo Guarani, possui um
volume de aproximadamente 55 mil km³ e profundidade máxima por volta de
1 800 metros, com uma capacidade de recarregamento de aproximadamente
166 km³ ao ano por precipitação.
É dito que esta vasta reserva subterrânea pode fornecer água potável ao mundo
por duzentos anos. Devido a uma possível falta de água potável no planeta, que começaria em
vinte anos, este recurso natural está rapidamente sendo politizado, tornando-se o controle do
Aquífero Guarani cada vez mais controverso.
O Aquífero Guarani consiste primariamente de sedimentos arenosos que,
depositados por processos eólicos durante o
período Triássico (há aproximadamente 220 milhões
de anos), foram retrabalhados pela ação química da água, pela temperatura e
pela pressão e se tranformaram em uma rocha sedimentar chamada arenito. Essa rocha é muito permeável e
assim permite a acumulação de água no seu interior. Mais de 90% da área total
do aquífero é recoberta por extrusões de basalto, rocha ígnea e de baixa permeabilidade, depositada
durante o período Cretácio na fase do vulcanismo fissural.
O basalto age sobre o Aquífero Guarani como um aquitardo, diminuindo sua a infiltração de
água e dificultando seu subsequente recarregamento, mas também o isola da zona
mais superficial e porosa do solo, evitando a evaporação e evapotranspiração
da água nele contida.
A pesquisa e o monitoramento do aquífero para melhor gerenciá-lo como
recurso são considerados importantes, uma vez que o crescimento da população em
seu território é relativamente alta, aumentando riscos relacionados ao consumo e a poluição.
Aquífero Alter do Chão
O Aquífero Alter do Chão é uma reserva de água subterrânea
localizada sob os estados do Pará, Amapá e Amazônia.[1] Abastece a totalidade de Santarém e quase a totalidade de Manaus através de poços profundos.[1] Dados iniciais revelam que sua
área é de 437,5 mil km2 com espessura de 545 m.[1]Pesquisadores da Universidade
Federal do Pará desenvolvem estudos que podem revelar que o aquífero
pode ser maior que o calculado inicialmente, passando inclusive a ser maior que
o Aquifero Guarani.[2]. Com 86 mil quilômetros cúbicos, o aquifero poderia ser
suficiente para abastecer em aproximadamente 100 vezes a população mundial.
/ 2010Brasil estuda aquifero
três vezes maior que o Guarani
-->Cada
vez mais, o Brasil vem se apresentando como a grande potência ambiental da
humanidade e um local onde a natureza não economizou em nada. O País é dono da
maior biodiversidade do planeta, possui a maior floresta tropical do mundo, o
maior rio em volume de água e dispõe também da maior quantidade de água doce.
Somos donos de 11% de toda água doce disponível no mundo. E, para completar,
temos ainda o Pantanal, considerado a maior planície de inundação.
Uma nova
e recente descoberta vem ampliar ainda mais o poder brasileiro quando o assunto
é disponibilidade de água. Trata-se do Aquífero Amazonas, um reservatório
transfronteiriço de água subterrânea, que o Brasil divide com o Equador,
Venezuela, Bolívia, Colômbia e Peru.
Sua
extensão é de quase quatro milhões de quilômetros quadrados (3.950.000) sendo
constituído pelas formações dos aquíferos Solimões, Içá e Alter do Chão. Com
uma extensão três vezes maior que o aquífero Guarani, o Amazonas é uma conexão
hidrogeológica, com grande potencialidade hídrica, mas ainda pouco conhecida.
Segundo
dados da Gerência de Apoio ao Sistema de Água Subterrânea do Ministério do Meio
Ambiente, a formação Alter do Chão participa no abastecimento das cidades
brasileiras de Manaus, Belém, Santarém e da Ilha de Marajó. A utilização do
Solimões é principalmente para o abastecimento doméstico, sendo fonte
importante para a cidade de Rio Branco, no Acre. A formação Içá abastece a
cidade de Caracaraí, no sul de Roraima.
Os
estudos até agora realizados atestam que a qualidade química da água do Sistema
Aquífero Amazonas é boa. Entretanto, vem correndo risco de contaminação devido
ao fato de, em alguns locais, o nível da água ser raso e pelo alto potencial de
contaminação provocada por poços mal construídos, ausência/inadequação de
proteção sanitária e carência de saneamento básico.
Além do
Amazonas e do Guarani, o Brasil possui inúmeros outros sistema
transfronteiriços, todos eles com pouca ou, às vezes, nenhuma informação sobre
eles. O mais estudado até o momento é o Aquífero Guarani com uma extensão de
mais de um milhão de quilômetros quadrados, que o País divide com a Argentina,
Paraguai e Uruguai.
No
Brasil, o Guarani abrange os estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas
Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Seu volume
acumulado de 33 mil quilômetros cúbicos de água é considerado de vital
importância para o abastecimento, atividades econômicas e para o lazer.
Segundo
informações da gerência de Apoio ao Sistema de Água Subterrânea, a grandeza do
aquífero e, principalmente sua localização geográfica, faz do Guarani um
importante manancial hídrico, constituindo-se em uma reserva estratégica para o
abastecimento de populações e desenvolvimento socioeconômico da região onde
está localizado.
Embora
ainda carente de conhecimentos técnicos para sua correta gestão, atualmente
mais de 500 cidades brasileiras são abastecidas, total ou parcialmente, pelas
águas do Guarani, cujas águas são de excelente qualidade para o consumo doméstico,
industrial e para irrigação, pois se mantêm em temperaturas superiores a 30
graus centígrados, podendo chegar até 68 graus, ideais para o desenvolvimento
de balneários e até mesmo na agroindústria.
Para
gerir toda essa riqueza natural, o Brasil criou e vem implementando o Plano
Nacional de Recursos Hídricos, que define diretrizes para o uso racional da
água e orienta políticas que tenham interação com a gestão de recursos
hídricos. O objetivo é melhorar a oferta de água em quantidade e qualidade. (Fonte: Suelene Gusmão/MMA)
Sistema aqüífero do Parnaíba
A bacia sedimentar do Parnaíba é a principal
da região do nordeste brasileiro. Os principais sistemas aqüíferos (SDsg:
Serra Grande, Dc: Cabeças e Cpi: Piauí) correspondem aos sedimentos paleozóicos,
constituídos, em geral, por arenitos médios e grosseiros predominando sobre
siltitos, folhelhos, ardósios ou calcários. Outros sistemas aqüíferos são
encontrados em sedimentos mesozóicos (PTRm: Motuca, Jc: Corda e Ki:
Itapecuru) e Cenozóicos (TQb: Barreiras), onde predominam arenitos ou areias
finas sobre outras rochas. Um grupo de aquíferos, de importância apenas local
e restrita, é formado por sedimentos de diversas idades geológicas (DC1:
Longá, Dp: Pimenteiras, Ppf: Pedra de Fogo, Kco: Codó e Qca: sedimentos
coluvio-aluviais) com predominância de folhelhos e/ou siltitos sobre areias
e/ou arenitos e outros. A alternância de cama das permeáveis e menos
permeáveis, com mergulhos dirigidos para interior da bacia, condiciona a
ocorrência de águas livres, sob pressão e artesianas, permitindo uma
exploração através de poços tubulares de geralmente, menos de 100 a 250m de
profundidade e vazões na faixa de 5 a 50m /h. Alguns poços profundos (até
1.000m em certas áreas) fornecem maiores vazões. Entretanto, com a
profundidade e em direção ao interior da bacia, ocorre uma salinização
progressiva das águas subterrâneas.
Sistema aqüífero do São Francisco
Predominam os aqüíferos restritos às zonas
fraturadas em quartzitos, metagrauvacas, metaconglomerados calcários e
dolomitas de idade proterozóica superior (PEcp: Chapada Diamantina e PEb:
Bambu;). Os aqüíferos tornam-se mais amplos quando ocorrem associados com
rochas porosas do manto de intemperismo, ou, em caso dos calcários ou
dolomitos, onde a dissolução cárstica atuou. Poços tubulares de 60 a 200m de
profundidade fornecem vazões da ordem de l0 m3/h. Outro sistema aquífero é
encontrado nas coberturas de extensão regional formados por sedimentos
mesozóicos, Ku: Urucuia ( Areado + Mata da Corda), que consistem de arenitos
finos predominantes sobre argilitos e conglomerados. A condição morfológica
de tabuleiro elevado, a litologia fina e as espessuras restritas das camadas,
restringem o potencial exploratório do aqüífero que, no entanto, ocupa uma
função reguladora importante para o escoamento do trecho médio do rio São
Francisco. Sedimentos aluviais (QCa) e coluvio-aluviais (Qca) compostos por
arenitos, limos, areias e cascalhos proporcionam bons e razoáveis aqüíferos.
Coberturas terciários-quaternárias (TQd1) de areias e areias argilosas,
formam aqüíferos locais restritos.
Sistema aqüífero do Escudo 0riental
Consta de duas subprovíncias (Nordeste e
Sudeste) onde predominam rochas cristalinas (gnaisses, xistos, migmatitos,
granitos, quartzitos entre outras), sendo os aqüíferos restritos às zonas
fraturadas. Na Sudeste, as condições climáticas propiciam um manto de
alteração que pode atingir várias dezenas de metros de espessura, favorecendo
melhores condições hídricas subterrâneas (vazões médias de poços de 10,0m /h).
0 limite econômico de perfuração nesta região situa-se em torno de 150m de
profundidade, enquanto na do Nordeste o mesmo é de aproximadamente 60m. Na
última região, as vazões dos poços são bastante modestas (a capacidade
específica sendo inferior a 0,13m3/h/m, em média), enquanto que as águas do
subsolo são, em geral, salinizadas (valores totais de sais dissolvidos-TSD,
variam de 500 a 35.000 mg/l).
As atividades agroindústrias realizadas ao
longo dos anos nas bacias hidrográficas, responsáveis pela recarga destes
sistemas de aqüíferos, vem causando interferência nos sistemas de drenagem
superficial dos Hidropólos, alterando os canais fluviais e retirando a
cobertura vegetal ripariana, causando, dessa forma, desbalanço hídrico e
aumentando a probabilidade de contaminação química.
Os detritos industriais afetam
substancialmente a qualidade da água. As partículas provenientes dos
efluentes das fábricas percorrem o rio até sua deposição no leito.
Estas situações, freqüentemente observadas,
expõem a um maior risco os organismos aquáticos e o funcionamento dos
agroecossistemas.
A viabilização do suprimento adequado de água
em propriedades rurais do semi-árido já foi amplamente discutida e testada
por pesquisadores da EMBRAPA (Captação e conservação de água de chuva no
semi-árido brasileiro - cisternas rurais II: Água par consumo humano (SILVA
et al., 1988); Cisternas rurais (SILVA et al., 1984); Barragem subterrânea I:
construção e manejo (BRITO et al., 1989). Os primeiros dois trabalhos
demonstraram ser possível cobrir as necessidades mínimas de água de famílias
rurais com água pluvial, mesmo em anos de estiagem severa.
O controle de material oriundo de fonte
pontual é relativamente simples pois depende somente da instalação de uma
planta de tratamento que produza efluente compatível com a qualidade da água
do receptor. Provavelmente as atividades agropecuárias dominem a emissão de
nutrientes pelas fontes difusas e sejam as maiores emitentes de material
particulado (solo) que assoreia rios e reservatórios. A redução de
contaminação dos recursos hídricos de superfície da bacia com material
oriundo da erosão de áreas utilizadas na produção agrícola e na pecuária
depende da melhoria no manejo dos sistemas de produção e do estabelecimento
de cordões de vegetação que funcionem como filtros para evitar que o material
transportado pelo escorrimento superficial atinja os cursos d'água, entre
outros.
Os dessalinizadores de água, que estão sendo
largamente difundidos no nordeste separam o sal da água resultando na produção
de um volume relativamente significativo de rejeito que corresponde a cerca
de 50% do volume de água bruta. O lançamento desse material no meio ambiente,
sem cuidados especiais, pode gerar a degradação permanente da área, uma vez
que o material apresenta cerca de 8 gramas/litro de sal, sendo que alguns dos
componentes (sais de cálcio e magnésio, principalmente) estão perto do ponto
de saturação. Dessa forma, é imprescindível a proposição de medidas que
tratem desse resíduo, assim como de outras tecnologias mitigadoras para a região.
Cabe ressaltar ainda
que os produtores rurais da região, tradicionalmente escolhem os agrotóxicos
baseados na eficácia e no preço do produto. A prevenção da contaminação de
águas por agrotóxicos requer a identificação dos principais produtos
utilizados e o entendimento de como esses produtos se comportam nos solos da
região semi-árida e atingem os recursos hídricos superficiais e subterrâneos.
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