sábado, 11 de fevereiro de 2012

A VOÇOROCA

                                                  
A VOÇOROCA 
ENCHENTES,DESABAMENTOS,INUDAÇÕES,CATÁSTROFES ,FENÔMENOS NATURAIS 
Amigos, existe um fenômeno  na natureza chamado Voçoroca que acontece normalmente e que  hoje é artificialmente alimentado pela fúria do homem , na invasão  do campo,na derrubada das matas,no assoreamento dos Rios , no rasgamento dos morros para construir estradas e para a retirada da matéria prima para construção de casas,na exploração do petróleo,do ouro,do cobre,do ferro e etc,nas invasões  para a construção civil,no criatório do gado,na plantação da soja e nos diversos setores para a sobrevivência do homem moderno e para suprir as necessidades em todos os sentidos , com esta posição o homem fere a mãe terra contribuindo para o aparecimento deste fenômeno arrasador, urge cuidado com a mãe natureza.O homem  sempre pergunta :porquê tantas catástrofes,o que é que está acontecendo,alguns inocentementes falam que é castigo de Deus, acredito que Deus jamais faria uma coisa dessa, porque punir um filho com tantas perdas,com tantas mortes e com tanto estrago à terra? Falo que é o próprio homem que contribui para estes fenômenos avassaladores com a sua engenharia agressiva e pecuniária, invadindo o espaço que deveria ser da natureza.Os Oceanos ,os rios,morros,serras,ventos,grutas estão sendo desrespeitados pelo homem.Hoje falarei sobre  VOÇOROCAS.     O Mundo rural hoje é urbano com todas as suas consequências,cabe saber como ocupar cada faixa de terra sem destruir o ecossistema.Jovens lutem pela terra.

                                                             Iderval Reginaldo Tenório
                                                                   o blog écultural
A VOÇOROCA
A voçoroca ou boçoroca é uma ferida aberta num terreno, seja ele horizontal ou não; ou um talude de um morro.
Vamos entender, primeiro, como ela aparece para, depois, mostrar as conseqüências por ela existir.
Basicamente, há duas formas de se começar uma voçoroca; a primeira é pelo corte de um talude (a parte lateral de um morro) para a construção de uma estrada ou utilização de espaço, ou para se aproveitar o material em aterros (chamados empréstimos) em outros locais, ou ainda para possibilitar uma mineração.
Evidente é que, o corte de um terreno carrega consigo toda a vegetação e a terra fértil nele existente. Supondo que não se faça uma recuperação rápida na parte cortada, ela ficará exposta ao impacto direto da chuva e, também, às correntezas das chuvas passando por cima dela. Começa, então, a acontecer o fenômeno denominado erosão, que é o transporte do material terroso pelas águas.
A outra forma de acontecer uma voçoroca é pelo desmatamento. Os vegetais, não importando seus tamanhos, têm raízes que funcionam com "presilhas" do solo; as árvores agem como "guarda-chuvas" do solo, e a vegetação em geral age como um redutor de velocidade das águas que correm no solo. No desmatamento, as "presilhas" ficam frágeis; sem a árvore, desaparece o "guarda-chuvas", possibilitando o impacto direto que "machuca" o terreno; já, sem a vegetação, principalmente a rasteira, a velocidade das águas fica aumentada sobre o terreno, possibilitando alastrar a "ferida" da terra. Em outras palavras, vai havendo o arraste de material terroso e, com o tempo, a "ferida" do solo vai aumentando em profundidade e largura.

Outra maneira é quando a água que cai das chuvas penetra na terra fofa e esburacada pelo homem , forma verdadeiros rios por baixo do solo e fica na camada impermeável da terra, com o peso do barranco sobre estes rios  e com  a terra molhada esta area cai e forma verdadeira cratera.(A VOÇOROCA)

Agora, vamos explicar as conseqüências.
A primeira delas, que começa na voçoroca e se estende até os caminhos próximos para onde estiverem indo às águas, é a promoção da infertilidade na região da voçoroca e depois dela, pois haverá um cobrimento das camadas férteis adiante (desertificação ou aridez), visto que quase todos os terrenos têm uma camada de solo fértil por cima. No caso, essa camada, quando arrastada, promoverá, de imediato, a infertilidade. No campo, onde se retira a vegetação para dar lugar às pastagens, volta e meia a natureza se vinga pelo alagamento das próprias áreas de pastagens, visto que os rios principais, de tão assoreados, isto é, preenchidos com o material terroso para eles carregados, começam a procurar caminhos preferenciais para o escoamento das águas que seus leitos primitivos não conseguem mais transportar. Além disso, o alagamento irá destruir as árvores restantes pelo afogamento de suas bases acima do solo.
Outra conseqüência é que, os rios naturais passam a ter seus leitos (suas calhas) assoreadas, soterrando toda a flora e fauna situadas nessas calhas, e que são os alimentos dos animais que dependem do fundo. O soterramento dos vegetais e de pequenos animais de fundo faz com que esses morram e essa matéria orgânica morta comece a dar origem a reações bioquímicas que irão prejudicar a qualidade das águas, como um todo.
O outro efeito é que, esse material terroso, no caso das zonas urbanas, vai também sendo levado para o leito dos rios e canais (assoreamento) e para as galerias de águas pluviais.
Nas cidades, tanto o enchimento das calhas dos rios e canais, quanto o enchimento dos bueiros e tubulações de água pluviais, dificultarão o livre escoamento das águas de chuva e, com isso, ficará facilitado o processo das enchentes urbanas. Aqui mesmo em Volta Redonda temos exemplos de voçorocas que contribuem muito para as enchentes da Vila Santa Cecília, através de galerias e bueiros componentes do sistema dos rios Brandão e Cachoeirinha; tais voçorocas estão na região da Cobrapi e Rua 60 e contribuem, também, para o assoreamento dos lagos próximos, inclusive o do zôo.
Com tudo que foi falado, fica claro que cuidados preventivos devem ser tomados quando se pretende alterar a natureza dos terrenos, pois os custos para acertar as conseqüências serão bastante altos.
Gil Portugal

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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

AMPRENDA COM AS GRANDES FÁBULAS

 


SOBRE O MOVIMENTOS GREVISTAS
                 GRANDES FÁBULAS


Fábula do Rato e o fazendeiro

Um rato, olhando pelo buraco na parede, vê o fazendeiro e sua esposa abrindo um pacote.
Pensou logo no tipo de comida que haveria ali.
Ao descobrir que era uma ratoeira ficou aterrorizado.
 Correu ao pátio da fazenda advertindo a todos:
 
- Há ratoeira na casa, ratoeira na casa!!
A galinha:
 
Disse a Galinha:- Desculpe-me Sr. Rato, eu entendo que isso seja um grande problema para o senhor, mas não me prejudica em nada, não me incomoda.
 
O rato foi até o porco e:
 
- Há ratoeira na casa, ratoeira !
 
O porco logo se pronunciou.
 
- Desculpe-me Sr. Rato, mas não há nada que eu possa fazer, a não ser orar.
Fique tranqüilo que o Sr. será lembrado nas minhas orações.
O rato dirigiu-se à vaca e:
 
- Há ratoeira na casa,
 
A vaca a zombar do Rato:- O que ? Ratoeira ? Por acaso estou em perigo? Acho que não!
 
Então o rato voltou para casa abatido, para encarar a ratoeira.
Naquela noite, ouviu-se um barulho, como o da ratoeira pegando sua vítima..
A mulher do fazendeiro correu para ver o que havia pego.
No escuro, ela não percebeu que a ratoeira havia pego
 a cauda de uma cobra venenosa. E a cobra
picou a mulher…
 
O fazendeiro a levou imediatamente ao hospital.
Ela voltou com febre.
 
Todo mundo sabe que para alimentar alguém com febre, nada melhor que uma canja de galinha.
 
O fazendeiro pegou seu cutelo e foi providenciar o ingrediente principal, matou a galinha.
Como a doença da mulher continuava, os amigos e vizinhos vieram visitá-la.
Para alimentá-los, o fazendeiro matou o porco.
A mulher não melhorou e acabou morrendo.
 
Muita gente veio para o funeral. O fazendeiro então sacrificou a vaca, para alimentar todo aquele povo e as outras despesas. .


Moral da História: Na próxima vez que você ouvir dizer que alguém está diante de um problema e acreditar que o problema não lhe
diz respeito, lembre-se que quando há uma ratoeira na casa, toda fazenda corre risco. O problema de um é problema de todos!

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terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

ALDIR BLANC

O Aldir Blanc talvez seja o compositor brasileiro que mais cantou as mazelas dos governos militares desde o início do século XX, por exemplo:A Revolta da Chibata foi traduzida no samba cantado por João Bosco  intitulado  de :O MESTRE SALA DOS MARES e outra pérola como o Bêbado e o Equilibrista cantada pelo proprio João Bosco e por Elis Regina, esta música trouxe do exílio muitos ilutres brasileiros que lutaram por um Brasil melhor. Acredito  que na galeria dos grandes brasileiros tem que figurar o  professor e menestrel Aldir Blanc.
                                                             Iderval Reginaldo Tenório
                                                                O Blog é Cultural

Aldir Blanc

Aldir Blanc Mendes (Rio de Janeiro, 2 de setembro de 1946) é um compositor e escritor brasileiro.
Notabilizou-se como letrista a partir de suas parcerias com João Bosco, criando músicas como Bala com Bala (sucesso na voz de Elis Regina), O Mestre-Sala dos Mares, De Frente Pro Crime e Caça à Raposa.
Uma de suas canções mais conhecidas, em parceria com João Bosco, é O Bêbado e a Equilibrista, que se tornou um hino contra a ditadura militar, também tendo sido gravada por Elis Regina. Em um de seus versos, "sonha com a volta do irmão do Henfil", faz-se referência ao sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, que na época estava em exílio político no exterior.
Em 1968, compôs com Sílvio da Silva Júnior "A noite, a maré e o amor", música classificada no "III Festival Internacional da Canção" (TV Globo).
No ano seguinte, classificou mais três músicas no "II Festival Universitário da Música Popular Brasileira": "De esquina em esquina" (c/ César Costa Filho), interpretada por Clara Nunes; "Nada sei de eterno" (c/ Sílvio da Silva Júnior), defendida por Taiguara; e "Mirante" (c/ César Costa Filho), interpretada por Maria Creuza.
Em 1970, no "V Festival Internacional da Canção" classificou-se com a composição "Diva" (com César Costa Filho). Neste mesmo ano, despontou seu primeiro grande sucesso, "Amigo é pra essas coisas" em parceria com Sílvio da Silva Júnior, interpretado pelo grupo MPB-4, com o qual participou do "III Festival Universitário de Música Popular Brasileira".
Sua canção "Nação" (c/ João Bosco e Paulo Emílio), gravada em 1982 no disco de mesmo nome. foi grande sucesso na voz de Clara Nunes.
Em 1996 foi gravado o disco comemorativo Aldir Blanc - 50 Anos, com a participação de Betinho ao lado do MPB-4 em O Bêbado e a Equilibrista no disco comemorativo. Esse disco apresenta diversas outras participações especiais, como Edu Lobo, Paulinho da Viola, Danilo Caymmi e Nana Caymmi. O álbum demonstra, também, a variedade de parceiros nas composições de Aldir, ao unir suas letras às melodias de Guinga, Moacyr Luz, Cristóvão Bastos, Ivan Lins e outros.
Outro parceiro notável é o compositor Guinga, com quem fez, dentre muitas outras, "Catavento e Girassol", "Nítido e Obscuro" e "Baião de Lacan".
Também em 1996, Leila Pinheiro lançou o disco Catavento e Girassol, exclusivamente com canções da parceria de Aldir Blanc com Guinga. No disco há uma homenagem a Hermeto Pascoal, com a música Chá de Panela, que diz que "foi Hermeto Pascoal que, magistral, me deu o dom de entender que, do riso ao avião, em tudo há som".
Em 2000, participou como convidado especial do disco do compositor Casquinha da Portela, interpretando a faixa "Tantos recados" (Casquinha e Candeia).
Publicou, em 2006 o livro "Rua dos Artistas e transversais" (Editora Agir), que reúne seus livros de crônicas "Rua dos Artistas e arredores" (1978) e "Porta de tinturaria" (1981), e ainda traz outras 14 crônicas escritas para a revista "Bundas" e para o "Jornal do Brasil".

O Mestre-Sala Dos Mares

De Aldir Blanc por Elis Regina

Esta música conta metaforicamente  a Revolta da Chibata-
João Cândido-Navegante Negro-Das costas do Santos.

Esta música é um Hino,é um grito de Revolta.
Leiam a Revolta da Chibata neste mesmo BLOG.
Há muito tempo nas águas da Guanabara
O dragão do mar reapareceu
Na figura de um bravo feiticeiro
A quem a história não esqueceu
Conhecido como o navegante negro
Tinha a dignidade de um mestre-sala
E ao acenar pelo mar na alegria das regatas
Foi saudado no porto pelas mocinhas francesas
Jovens polacas e por batalhões de mulatas
Rubras cascatas
Jorravam das costas dos santos entre cantos e chibatas
Inundando o coração do pessoal do porão
Que, a exemplo do feiticeiro, gritava então
Glória aos piratas
Às mulatas, às sereias
Glória à farofa
à cachaça, às baleias
Glória a todas as lutas inglórias
Que através da nossa história não esquecemos jamais
Salve o navegante negro
Que tem por monumento as pedras pisadas do cais
Mas salve
Salve o navegante negro
Que tem por monumento as pedras pisadas do cais
Mas faz muito tempo

Quem foi João Cândido
João Cândido Felisberto é o homem alto ao centro
João Cândido Felisberto, também conhecido como "Almirante negro" (Encruzilhada do Sul, 24 de junho de 1880Rio de Janeiro, 6 de dezembro de 1969) foi um militar brasileiro da Marinha , líder da Revolta da Chibata (1910)[1].
João Cândido Felisberto, mais conhecido como João Cândido, nasceu no Rio Grande do Sul em 24 de junho de 1880. Filho de escravos, ele costumava acompanhar seu pai nas viagens feitas para conduzir o gado.
Aos 13 anos, lutou na Revolução Federalista de 1893 no Rio Grande do Sul, iniciando sua trajetória a serviço do governo. Em agosto do ano seguinte, estava alistado no Arsenal de Guerra do Exército.
Em 1895, ingressou voluntariamente na Escola de Aprendizes Marinheiros em Porto Alegre, na qual permaneceu durante 11 meses. Chegou ao Rio de Janeiro no mesmo ano para compor o quadro dos marinheiros da 16º Companhia da Marinha. Consta que foi promovido e elogiado oficialmente diversas vezes. Em 1900, foi promovido a marinheiro de 1ª classe e em 1903 a cabo-de-esquadra. Devido a algumas brigas com os companheiros navegantes e por ter introduzido um baralho de cartas a bordo, foi rebaixado a marinheiro de 1ª classe.
Nos 15 anos que serviu a Marinha, teve a oportunidade de viajar pelo Brasil e conhecer vários países. Foi enviado à Inglaterra para acompanhar o final da construção do Encouraçado Minas Gerais e aprender como manejá-lo, já que se tratava do mais moderno vaso de guerra da época. Retornou para o Brasil no começo de 1910 acompanhando o navio North Carolina, que trazia o corpo de Joaquim Nabuco, grande nome do abolicionismo.
Em 1910, participava e comandava a Revolta dos Marinheiros no Rio de Janeiro. O desfecho dessa Revolta foi o fim dos castigos corporais na Marinha. Porém, João Cândido foi expulso e renegado pela Armada Brasileira, por parte da imprensa e da sociedade.
Após a Revolta, trabalhou como timoneiro e carregador em algumas embarcações particulares e da Marinha, sendo demitido de todos os empregos por pressão dos oficiais da Marinha. Em 1917, começou a trabalhar como pescador para sustentar a família. Até os seus últimos dias de vida, João Cândido e sua família viveram na miséria.
João Cândido envolveu-se em vários episódios da política brasileira e chegou a ser preso por suspeita de se relacionar com integrantes da Aliança Liberal. No governo de Getúlio Vargas, teve contato com o líder da Ação Integralista Brasileira e com integrantes do Partido Comunista.
João Cândido casou-se três vezes. Sua primeira mulher, com quem ficou casado por pouco tempo, morreu em 1917; a segunda esposa suicidou-se em 1928, ato que seria repetido, 10 anos mais tarde, por uma de suas filhas. Com sua última esposa ficou casado até o fim de sua vida. Ao longo dos três casamentos teve 11 filhos.
Falece em 6 de dezembro de 1969, aos 89 anos.



João Cândido, o Almirante Negro


O Congresso brasileiro restabeleceu, no mês de agosto de 2003, os direitos de todos os marinheiros envolvidos na chamada "Revolta da Chibata", ocorrida em 1910. O decreto devolve aos marinheiros suas patentes, permitindo que recebam na Justiça os valores a que teriam direito se tivessem permanecido na ativa. Após 93 anos, resgata-se a memória dos marujos, especialmente do líder da Revolta, João Cândido Felisberto, o "Almirante Negro".
Para entender a história de João Cândido e da Revolta da Chibata - uma das poucas revoltas populares que atingiu seus objetivos no


 
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O PODER DE UM BOATO

    

SEM PALAVRAS.  
IDERVAL REGINALDO TENÓRIO

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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

VALE A PENA SER MÉDICO

SÓ VALE A PENA SER MÉDICO SE  EXISTIR AMOR,SIMPLICIDADE E VONTADE DE VIVER O BEM,SOMENTE O BEM, DEPOIS OS BENS,ESTES VIRÃO  E VIRÃO COM O SUOR DO BEM. SÓ VALE A PENA SER MÉDICO SE FOR CONTAMINADO PELA COMPAIXÃO,PELA BENEFICÊNCIA E PELA BENEVOLÊNCIA , SER MÉDICO É PRATICAR O BEM INCANSAVELMENTE. 

 Iderval Reginaldo Tenório

 

VALE A PENA SER MÉDICO - YouTube

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6 out. 2009 - 7 min - Vídeo enviado por jr3dwtAdd to. Share Flag as inappropriate. Loading... Alert icon. Sign in or sign up now! Alert icon. Uploaded by jr3dwt ...
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DANIELLE B ARAUJO

AMIGOS, O BRASIL É REALMENTE UM CELEIRO DE ABENÇOADOS,VEJAM A VOZ DESTA DIVA DA MÚSICA BRASILEIRA,SINTAM A ENTONAÇÃO,A IMPOSTAÇÃO  E O EQUILÍBRIO VIBRATÓRIO DA  SUA VOZ, AMADORA OU PROFISSIONAL ,NÃO
IMPORTA,  ESTÁ PRONTA PARA VOAR E VOAR ALTO. CANTAR O QUE ELOMAR CANTA E O QUE XANGAI ENCANTA É MUITO DIFÍCIL.  DANIELLE CANTA E ENCANTA NO DISTRITO FEDERAL,BREVEMENTE NAS RADIOS E NAS CABEÇAS DESTE BRASIL QUE IMPLORAM PELA BOA MÚSICA.

DANIELLE É PROFISSIONAL- É LEGÍTIMA- É BRASIL- É UMA PÉROLA A BRILHAR
Iderval Reginaldo Tenório

Foto do perfil

Danielle B. Araújo

  • Estudou Fisioterapia na instituição de ensino UnBMora em BrasíliaNasceu em 2 de Março
      CLICANDO NO YOUTUBE OLHA A CABOCLA CANTANDO E  ENCANTANDO.O BRASIL MERECE ,DANIELLE MERECE,O POVO PRECISA DE VOZ COMO ESTA PARA VALORIZAR O NOSSO CANCIONEIRO.

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        domingo, 5 de fevereiro de 2012

        GRAMÁTICA E ORTOGRAFIA

        Amigos, aquele que escreve ,que fala em Público ,que faz questão de utilizar a sua língua na mais  atualizada gramática e ortografia ,muitas vezes titubeia e lança no ar ou no papel algumas pérolas ,para os conhecidos pouco abalam a sua reputação,mas para os novos admiradores é um deslize quase que imperdoável.
        Lendo o meu amigo Eurides Dantas gostei de sua postagem,coloco neste blog e complemento com outros pontos importantes da grande professora de Literatura ,Ortografia e da Gramática Portuguesa :Porfessora Vânia Maria do Nascimento Duarte.
                                                 Iderval Reginaldo Tenório
                                                   O BLOG É CULURAL

         De LP CARIRI- Eurides Dantas-Um dos Intelectuais  do Juàzeiro do Norte-Ce
        O EMPREGO DO PORQUÊ,
                                DO POR QUE 
                                E DO  POR QUÊ    
           
          - Por   que você não veio?
            - Não vim  porque  estava com febre.
            - Não entendi. Não veio,  por   quê ?
            - Quer saber mesmo o  porquê  da minha ausência?
            - Não sei  por   que  você vive se zangando comigo.
            - O sofrimento  por   que  passei é que me deixa assim.
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        Falar e escrever bem, de modo que se atenda ao padrão formal da linguagem: eis um pressuposto do qual devemos nos valer mediante nossa postura enquanto usuários do sistema linguístico. Contudo, tal situação não parece assim tão simples, haja vista que alguns contratempos sempre tendem a surgir. Um deles diz respeito a questões ortográficas no momento de empregar esta ou aquela palavra.
        Nesse sentido nunca é demais mencionar que o emprego correto de um determinado vocábulo está intimamente ligado a pressupostos semânticos, visto que cada vocábulo carrega consigo uma marca significativa de sentido. Assim, mesmo que palavras se apresentem semelhantes em temos sonoros, bem como nos aspectos gráficos, traduzem significados distintos, aos quais devemos nos manter sempre vigilantes, no intuito de fazermos bom uso da nossa língua sempre que a situação assim o exigir.
        Pois bem, partindo dessa premissa, ocupemo-nos em conhecer as características que nutrem algumas expressões que rotineiramente utilizamos. Entre elas, destacamos:
        Mas e mais
        A palavra “mas” atua como uma conjunção coordenada adversativa, devendo ser utilizada em situações que indicam oposição, sentido contrário. Vejamos, pois:
        Esforcei-me bastante, mas não obtive o resultado necessário.
        Já o vocábulo “mais” se classifica como pronome indefinido ou advérbio de intensidade, opondo-se, geralmente, a “menos”. Observemos:
        Ele escolheu a camiseta mais cara da loja.

        Onde e aonde
        “Aonde” resulta da combinação entre “a + onde”, indicando movimento para algum lugar. É usada com verbos que também expressem tal aspecto (o de movimento). Assim, vejamos:
        Aonde você vai com tanta pressa?
        “Onde” indica permanência, lugar em que se passa algo ou que se está. Portanto, torna-se aplicável a verbos que também denotem essa característica (estado ou permanência). Vejamos o exemplo:
        Onde mesmo você mora?

        Que e quê
        O “que” pode assumir distintas funções sintáticas e morfológicas, entre elas a de pronome, conjunção e partícula expletiva de realce:
        Convém que você chegue logo. Nesse caso, o vocábulo em questão atua como uma conjunção integrante.
        Já o “quê”, monossílabo tônico, atua como interjeição e como substantivo, em se tratando de funções morfossintáticas:
        Ela tem um quê de mistério.

        Mal e mau
        “Mal” pode atuar com substantivo, relativo a alguma doença; advérbio, denotando erradamente, irregularmente; e como conjunção, indicando tempo. De acordo com o sentido, tal expressão sempre se opõe a bem:
        Como ela se comportou mal durante a palestra. (Ela poderia ter se comportado bem)
        “Mau” opõe-se a bom, ocupando a função de adjetivo:
        Pedro é um mau aluno. (Assim como ele poderia ser um bom aluno)

        Ao encontro de /  de encontro a
        “Ao encontro de” significa ser favorável, aproximar-se de algo:
        Suas ideias vão ao encontro das minhas. (São favoráveis)
        “De encontro a” denota oposição a algo, choque, colisão:
        O carro foi de encontro ao poste.

        Afim e a fim
        “Afim” indica semelhança, relacionando-se com a ideia relativa à afinidade:
        Na faculdade estudamos disciplinas afins.
        “A fim” indica ideia de finalidade:
        Estudo a fim de que possa obter boas notas.

        A par e ao par
        “A par” indica o sentido voltado para “ciente, estar informado acerca de algo”:
        Ele não estava a par de todos os acontecimentos.
        “Ao par” representa uma expressão que indica igualdade, equivalência ente valores financeiros:
        Algumas moedas estrangeiras estão ao par.

        Demais e de mais
        “Demais” pode atuar como advérbio de intensidade, denotando o sentido de “muito”:
        A vítima gritava demais após o acidente.
        Tal palavra pode também representar um pronome indefinido, equivalendo-se “aos outros, aos restantes”:
        Não se importe com o que falam os demais.
        “De mais” se opõe a de menos, fazendo referência a um substantivo ou a um pronome:
        Ele não falou nada de mais.

        Senão e se não
        “Senão” tem sentido equivalente a “caso contrário” ou a “não ser”:
        É bom que se apresse, senão poderá chegar atrasado.
        “Se não” se emprega a orações subordinadas condicionais, equivalendo-se a “caso não”:
        Se não chover iremos ao passeio.

        Na medida em que e à medida que
        “Na medida em que” expressa uma relação de causa, equivalendo-se a “porque”, “uma vez que” e “já que”:
        Na medida em que passava o tempo, a saudade ia ficando cada vez mais apertada.
        “À medida que” indica a ideia relativa à proporção, desenvolvimento gradativo:
        À medida que iam aumentando os gritos, as pessoas se aglomeravam ainda mais.

        Nenhum e nem um
        “Nenhum” representa o oposto de algum:
        Nenhum aluno fez a pesquisa.
        “Nem um” equivale a nem sequer um:
        Nem uma garota ganhará o prêmio, quem dirá todas as competidoras.

        Dia a dia e dia-a-dia (antes da nova reforma ortográfica grafado com hífen):
        Antes do novo acordo ortográfico, a expressão “dia-a-dia”, cujo sentido fazia referência ao cotidiano, era grafada com hífen. Porém, depois de instaurado, passou a ser utilizada sem dele, ou seja:
        O dia a dia dos estudantes tem sido bastante conturbado.
        Já “dia a dia”, sem hífen mesmo antes da nova reforma, atua como uma locução adverbial referente a “todos os dias” e permaneceu sem nenhuma alteração, ou seja:
        Ela vem se mostrando mais competente dia a dia.

        Fim-de-semana e fim de semana
        A expressão “fim-de-semana”, grafada com hífen antes do novo acordo, faz referência a “descanso”, diversão, lazer. Com o advento da nova reforma ortográfica, alguns compostos que apresentam elementos de ligação, como é o caso de “fim de semana”, não são mais escritos com hífen. Portanto, o correto é:
        Como foi seu fim de semana?
        “Fim de semana” também possui outra acepção semântica (significado), relativa ao final da semana propriamente dito, aquele que começou no domingo e agora termina no sábado. Assim, mesmo com a nova reforma ortográfica, nada mudou no tocante à ortografia:
        Viajo todo fim de semana.
        Por Vânia Maria do Nascimento Duarte

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        A REVOLTA DA CHIBATA

        DANDO CONTINUIDADE  ÁS BATALHAS BRASILEIRAS , HOJE A REVOLTA DA CHIBATA. SERIA IMPORTANTE UM APROFUNDAMENTO NA HISTÓRIA DESTE PAÍS.
        A REVOLTA DA CHIBATA É MAIS UMA PAGINA DESTE BRASIL DESIGUAL QUE NÓS TEMOS QUE SABER E ESTUDAR, AS ESCOLAS NÃO APROFUNDAM O ASSUNTO E FICAMOS  SEM AS PRIMORDIAIS INFORMAÇÕES DA NOSSA HISTÓRIA.
           BOA LEITURA. SEM COMENTÁRIOS DESTE DEFENSOR ÁRDUO DA IGUALDADE RACIAL.
        A Revolta da chibata é mais uma página da nossa História.
                                                                    Iderval Reginaldo Tenório
                                                                          o Blog é Cultural
        Por Miriam Ilza Santana
        A Revolta da Chibata ocorreu durante o governo de Hermes da Fonseca, em 1910. Foi um levante de cunho social, realizado em subdivisões da Marinha, sediadas no Rio de Janeiro. O objetivo era por fim às punições físicas a que eram submetidos os marinheiros, como as chicotadas, o uso da santa-luzia e o aprisionamento em celas destinadas ao isolamento. Os marinheiros requeriam também uma alimentação mais saudável e que fosse colocada em prática a lei de reajuste de seus honorários, já votada pelo Congresso. De todos os pedidos requeridos, o que mais afligia os marujos eram os constantes castigos a que eram sujeitos. Esta situação revoltou os marinheiros, que eram obrigados, por seus comandantes, a assistir a todas as punições aplicadas, para que elas servissem de exemplo. Os soldados se juntavam e ao estampido de tambores traziam o rebelado, despido na parte de cima e com as mãos atadas, iniciando o castigo.

        1910 - A Revolta da Chibata


        O estopim da Revolta da Chibata foi o castigo de 250 açoites sofrido por um marinheiro. A punição como de costume ocorreu na presença dos outros marujos. O marinheiro desmaiou enquanto apanhava, mas seu algoz continuou a bater-lhe. O fato aconteceu no encouraçado Minas Gerais, que navegava em direção ao Rio de Janeiro. Os revoltosos mataram o comandante do navio de guerra e mais cinco oficiais, que resistiram. Já na Baía de Guanabara, outros marujos assumiram o controle dos navios São Paulo, Bahia e Deodoro. Dois mil marinheiros aderiram à revolta, que exigia o fim dos castigos físicos, melhorias na alimentação e anistia para os amotinados.

        Para espanto dos oficiais, os marinheiros mostraram que sabiam manobrar as modernas embarcações com perícia e habilidade.

        Na manhã do dia 23 de novembro, sob a liderança do marinheiro de primeira classe João Cândido Felisberto e com redação de Francisco Dias Martins, foi enviado um ultimato ao governo:
        " (...) Queremos a resposta já e já. Caso não a tenhamos, bombardearemos as cidades e os navios que não se revoltarem."

        A Marinha esboçou um ataque com dois navios menores, que foram rechaçados pelos revoltosos. Os marujos deram tiros de advertência contra o Palácio do Catete, sede do Poder Executivo, e contra a Ilha das Cobras. Encurralado, o presidente Hermes da Fonseca resolveu aceitar as exigências dos rebeldes. Os marinheiros confiaram na palavra do presidente, mas foram traídos por ele. Depois de entregarem as armas e abandonarem os navios, foram expulsos da Marinha. No dia 4 de dezembro, houve novo motim, dessa vez na Ilha das Cobras. A revolta foi reprimida com rigor.

        O Almirante Negro na Inglaterra

        A idéia de fazer um movimento que acabasse com os maus-tratos na Marinha brasileira surgiu dois anos antes de eclodir a Revolta da Chibata, quando o marinheiro João Cândido viajou para a Inglaterra para acompanhar a construção do encouraçado Minas Gerais. Lá, João Cândido e outros marujos, participaram de reuniões sindicais dos marinheiros ingleses e tomaram conhecimento do motim dos marinheiros do encouraçado russo Potemkin, ocorrido em 1905, motivado pela má alimentação a bordo.

        como represália por ter liderado o levante dos marinheiros, João Cândido foi expulso da Marinha, e morreu pobre, em 1969, como carregador de peixes do Porto do Rio de Janeiro.

        João Candido organizou uma revolta contra os desmandos do governo oligárquico.


        No início do século XX, os marinheiros brasileiros eram submetidos a uma dura rotina de trabalho e recebiam salários baixíssimos. Não bastando, os membros de baixa patente eram submetidos a castigos físicos toda vez que não cumpriam uma ordem estabelecida. Apesar de a prática ser proibida desde o fim do Império, era comum que os marinheiros recebessem chibatadas como forma de punição.

        Em 1910, sob comando de um marujo negro e analfabeto chamado João Candido, os marinheiros dos couraçados Minas Gerais e São Paulo organizaram um protesto. Neste, tomaram o controle das embarcações e enviaram um telegrama ao presidente exigindo que os castigos fossem abolidos, os salários incrementados e uma folga semanal concedida a todos os marinheiros. Se não tivessem seu pedido imediatamente atendido, ameaçavam bombardear a capital.

        Mediante a gravidade da situação e o alarde dos grupos políticos oposicionistas, o governo decidiu atender aos pedidos. Em poucos instantes, o Congresso votou uma lei em que o castigo físico era abolido e todos os envolvidos na revolta não sofreriam qualquer tipo de punição. Entretanto, revelando sua face autoritária, o governo descumpriu suas próprias determinações ao realizar a prisão de alguns dos participantes dessa primeira revolta.

        A mudança aconteceu quando, alguns dias antes, provavelmente empolgados pela primeira revolta, um grupo de fuzileiros navais alocados na Ilha das Cobras resolveu organizar uma nova manifestação contra o governo. Dessa vez o Exército foi enviado para um violento ataque a fim de aniquilar prontamente os rebeldes. Aqueles que sobreviveram ao episódio foram deportados para a Amazônia e forçados a trabalhar nos seringais da região.

        Durante a realocação para o território amazônico, alguns dos condenados foram submetidos ao fuzilamento. João Candido acabou sendo inocentado pelo governo federal. Entretanto, perdeu a sua colocação na Marinha e foi internado como louco no Hospital dos Alienados. Na época, o tratamento no sanatório poderia ser tão ou mais cruel que a própria prisão. Em 1969, ele acabou morrendo pobre, esquecido e acometido por um câncer.


        Por Rainer Sousa
        Graduado em História



        A REVOLTA DA CHIBATA
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        João Cândido, o Almirante Negro

        O Congresso brasileiro restabeleceu, no mês de agosto de 2003, os direitos de todos os marinheiros envolvidos na chamada "Revolta da Chibata", ocorrida em 1910. O decreto devolve aos marinheiros suas patentes, permitindo que recebam na Justiça os valores a que teriam direito se tivessem permanecido na ativa. Após 93 anos, resgata-se a memória dos marujos, especialmente do líder da Revolta, João Cândido Felisberto, o "Almirante Negro".
        Para entender a história de João Cândido e da Revolta da Chibata - uma das poucas revoltas populares que atingiu seus objetivos no Brasil - é preciso voltar a 1910. Neste ano, no meio de uma grande instabilidade política, o militar Hermes da Fonseca é eleito para a presidência.
        Na noite do dia 22 de novembro de 1910, o novo presidente recebe a notícia: os canhões de alguns dos principais navios de guerra da Marinha Brasileira – neste momento ancorados em frente à cidade, na Baía de Guanabara - apontam para a capital do Rio de Janeiro e para o próprio palácio de governo. As tripulações se rebelaram e tomaram os principais navios da frota.

        O Minas Gerais, um dos modernos navios recém-adquiridos pela Marinha na época da Revolta


        Três oficiais e o comandante do encouraçado Minas Gerais, João Batista das Neves, estão mortos. Os demais oficiais são pegos de surpresa: os marinheiros manobram a frota exemplarmente, como não acontecia sob seu comando. O movimento, articulado por marinheiros como Francisco Dias Martins, o "Mão Negra" e os cabos Gregório e Avelino, tem como seu porta-voz o timoneiro João Cândido.
        A última chicotada
        Os motivos principais da Revolta eram simples: o descontentamento com os baixos soldos, a alimentação de má qualidade e, principalmente, os humilhantes castigos corporais. Estes haviam sido abolidos no começo do século, acompanhando o final da escravidão, sendo depois reativados pela Marinha como forma de manter a disciplina a bordo.

        Ao lado de um dos Marinheiros, João Cândido lê o manifesto da Revolta: fim dos castigos corporais (Agência Estado)


        No Minas Gerais, por exemplo, no dia da Revolta, o marinheiro Marcelino Menezes é chicoteado como um escravo por oficiais, à frente de toda a tripulação. Segundo jornais da época, recebe 250 chibatadas. Desmaia, mas o castigo continua. O movimento então eclode. João Cândido no primeiro momento não está presente. No calor da luta, são mortos os oficiais presentes no navio, o que terá conseqüências trágicas para os revoltosos.

        Para surpresa dos oficiais a marujada manobrava sozinha os navios (Foto: "Diários Associados")


        Além do Minas Gerais, os marinheiros tomam os navios Bahia, São Paulo, Deodoro, Timbira e Tamoio. Hasteiam bandeiras vermelhas e um pavilhão: "Ordem e Liberdade". A frota inclui mais de 80 canhões, que são apontados para a cidade. Alguns tiros de aviso chegam a ser disparados. Os marujos enviam um radiograma, onde apresentam ao governo suas exigências: querem o fim efetivo dos castigos corporais; o perdão por sua ação e que melhorem suas condições de trabalho.
        A Marinha quer punir a insubordinação e a morte dos oficiais. O governo, contudo, cede. A ameaça à cidade e ao poder de Hermes da Fonseca são reais. Aprovam-se então medidas que acabam com as chibatadas e também um projeto que anistia os amotinados. Depois de cinco dias, a revolta termina vitoriosa.
        A despedida do marinheiro

        Os jornais da época anunciam o término da Revolta: quase 3.000 pessoas. Os mais ricos - fugiram da cidade. A população subiu aos morros para ver as manobras da Armada

        Os marinheiros, em festa, entregam os navios. O uso da chibata como norma de punição disciplinar na Marinha de Guerra do Brasil finalmente está extinto.
        Logo, no entanto, o governo trai a anistia. Os marinheiros começam a ser perseguidos. Surgem notícias de uma nova revolta, desta vez no quartel da Ilha das Cobras. O governo recebe plenos poderes do Congresso para agir. A ilha é cercada e bombardeada.
        Cerca de 100 marinheiros são presos e mandados, nos porões do navio "Satélite" - misturados a ladrões, prostitutas e desocupados recolhidos pela polícia para "limpar" a capital - para trabalhos forçados na Comissão Rondon, ou simplesmente para serem abandonados na Floresta Amazônica. Na lista de seus nomes, entregue ao comandante do "Satélite", alguns estão marcados por uma cruz vermelha. São os que morrerão fuzilados e, depois, serão jogados ao mar.

        João Cândido é conduzido para a prisão ("Agência Estado")


        João Cândido, embora não tenha participado do novo levante, também é preso e enviado para a prisão subterrânea da Ilha das Cobras, na noite de Natal de 1910, com mais 17 companheiros. Os 18 presos foram jogados em uma cela recém-lavada com água e cal. A cela ficava em um túnel subterrâneo, do qual era separada por um portão de ferro. Fechava-a ainda grossa porta de madeira, dotada de minúsculo respiradouro. O comandante do Batalhão Naval, capitão-de-fragata Marques da Rocha, por razões que ninguém sabe ao certo, levou consigo as chaves da cela e foi passar a noite de Natal no Clube Naval, embora residisse na ilha.
        A falta de ventilação, a poeira da cal, o calor, a sede começaram a sufocar os presos, cujos gritos chamaram a atenção da guarda na madrugada de Natal. Por falta das chaves, o carcereiro não podia entrar na cela. Marques da Rocha só chegou à ilha às oito horas da manhã. Ao serem abertos os dois portões da solitária, só dois presos sobreviviam, João Cândido e o soldado naval João Avelino. O Natal dos demais fora paixão e morte.
        O médico da Marinha, no entanto, diagnosticou a causa da morte como sendo "insolação". Marques da Rocha foi absolvido em Conselho de Guerra, promovido a capitão-de mar-e-guerra e recebido em jantar pelo presidente da República.
        João Cândido continuou na prisão, às voltas com os fantasmas da noite de terror. O jornalista Edmar Morel (1979, p. 182) registrou assim seu depoimento pessoal: "Depois da retirada dos cadáveres, comecei a ouvir gemidos dos meus companheiros mortos, quando não via os infelizes, em agonia, gritando desesperadamente, rolando pelo chão de barro úmido e envoltos em verdadeiras nuvens da cal. A cena dantesca jamais saiu dos meus olhos.
        Atormentado pela lembrança dos companheiros mortos, João Cândido é algum tempo depois internado em um hospício.
        Perto do mar, as "pedras pisadas do cais"
        Aos poucos, ele se restabelece. É solto e expulso da Marinha. Os navios mercantes não o aceitam: nenhum comandante quer por perto um ex-presidiário, agitador, negro, pobre e talvez doido. João Cândido continuará contudo perto do mar, até morrer, em 1969, aos 89 anos de idade, como simples vendedor de peixe.
        Os que fizeram a Revolta da Chibata morreram ou foram presos, desmoralizados e destruídos. Seu líder terminou sem patente militar, sem aposentadoria e semi-ignorado pela História oficial. No entanto, o belíssimo samba "O Mestre-Sala dos Mares", de João Bosco e Aldir Blanc, composto nos anos 70, imortalizou João Cândido e a Revolta da Chibata. Como diz a música, seu monumento estará para sempre "nas pedras pisadas do cais". A mensagem de coragem e liberdade do "Almirante Negro" e seus companheiros resiste.
        Sobre a censura à música, o compositor Aldir Blanc conta: "Tivemos diversos problemas com a censura. Ouvimos ameaças veladas de que a Marinha não toleraria loas e um marinheiro que quebrou a hierarquia e matou oficiais, etc. Fomos várias vezes censurados, apesar das mudanças que fazíamos, tentando não mutilar o que considerávamos as idéias principais da letra. Minha última ida ao Departamento de Censura, então funcionando no Palácio do Catete, me marcou profundamente. Um sujeito, bancando o durão, (...) mãos na cintura, eu sentado numa cadeira e ele de pé, com a coronha da arma no coldre há uns três centímetros do meu nariz. Aí, um outro, bancando o "bonzinho", disse mais ou menos o seguinte:
        • Vocês não então entendendo... Estão trocando as palavras como revolta, sangue, etc. e não é aí que a coisa tá pegando...
        • Eu, claro, perguntei educadamente se ele poderia me esclarecer melhor. E, como se tivesse levado um "telefone" nos tímpanos, ouvi, estarrecido a resposta, em voz mais baixa, gutural, cheia de mistério, como quem dá uma dica perigosa:
        - O problema é essa história de negro, negro, negro..."


        Mestre-Sala dos Mares", de João Bosco e Aldir Blanc, composto nos anos 70, imortalizou João Cândido e a Revolta da Chibata. Como diz a música, seu monumento estará para sempre "nas pedras pisadas do cais". A mensagem de coragem e liberdade do "Almirante Negro" e seus companheiros resiste.

        (João Bosco / Aldir Blanc)
        (letra original sem censura)
        Há muito tempo nas águas da Guanabara
        O dragão do mar reapareceu
        Na figura de um bravo marinheiro
        A quem a história não esqueceu
        Conhecido como o almirante negro
        Tinha a dignidade de um mestre sala
        E ao navegar pelo mar com seu bloco de fragatas
        Foi saudado no porto pelas mocinhas francesas
        Jovens polacas e por batalhões de mulatas
        Rubras cascatas jorravam das costas
        dos negros pelas pontas das chibatas
        Inundando o coração de toda tripulação
        Que a exemplo do marinheiro gritava então
        Glória aos piratas, às mulatas, às sereias
        Glória à farofa, à cachaça, às baleias
        Glória a todas as lutas inglórias
        Que através da nossa história
        Não esquecemos jamais
        Salve o almirante negro
        Que tem por monumento
        As pedras pisadas do cais
        Mas faz muito tempo


        O Mestre Sala dos Mares


        MÚSICA DE JOÃO BOSCO E ALDIR BLANCI
        EM HOMENAGEM A REVOLTA DA CHIBATA

        HOMENAGEM DE JOÃO BOSCO E ALDIR BLANC À "REVOLTA DA CHIBATA"


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