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RESENHA DO FILME O QUINTO PODER.
WIKLISKS E ASSANG
O filme, O Quinto Poder, documenta, em parte, a trajetória de uma investigação realizada nos EUA por um estudioso da computação, engenharia, imprensa e da política, o australiano Julian Paul Assange. A obra é investigatória e escancara para o mundo os bastidores secretos do poder e das interligações entre os dirigentes de cada nação, tudo pelo poder político-econômico e para perpetuarem-se no poder custe o que custar. A benevolência, a beneficência, a ética e o humanismo passam distantes.
Mostra também que para os líderes mundiais, independente do regime político, o importante é divulgar o que o povo quer ouvir, aplicar o que a cúpula quer e fazer de tudo para camuflar a verdade. O objetivo para manter-se no poder é mostrar o que agrada à população, o que for positivo para os dirigentes, para os poderosos da economia e para o quarto poder, os poderosos de todas as mídias, notadamente as populistas.
Enfatiza que o homem vive em eterna guerra e a tirania não tem ligação individual com quem ocupa o cargo, tirano é o Estado e os seus ditames, o que importa é aplicar as suas leis, uma vez que o Estado é soberano e pode tudo, e quem pode tudo, pode mais, corroborando que, os que ocupam o ápice da pirâmide sócio-político-econômico são representantes do Estado tirano. Tudo para os que estão no ápice e a camuflagem para as massas.
No decorrer do enredo, em paralelo, passam múltiplas informações da humanidade, só compreendida por quem tem o mínimo de conhecimentos filosóficos, sócio-político-econômico das múltiplas civilizações arquitetadas pelos pensadores e construtores da idade moderna, do século XV(1453 a 1789) e da idade contemporânea, do século XVIII(1789 até os dias atuais no século XXI).
O filme faz uma viagem e passa por todos os pensadores e filósofos dos últimos 600 anos em múltiplas cenas.
1) O Estado tem a força e pode reprimir as massas, notadamente as revoltadas e as que reivindicam direitos.
2) Todos os homens são opacos, ninguém sabe o que o outro está pensando. O amigo do ontem e do hoje, pode ser o inimigo do amanhã.
3) Hipoteticamente o Estado existe para proteger, trazer a paz e o sustento à avida plena e aplicar a justiça com imparcialidade.
4) Um dos maiores patrimônios da sociedade é a informação e esta custa caro. Para o poder nas três vertentes e para os grandes veículos de comunicação, o quarto poder, o mais lógico é suprimir, abafar e não gastar com demandas que não estajam a seu favor.
5) Um homem líder, um grupo de líderes, uma nação líder e um grupo de nações lideres mandam e ditam as regras para o mundo.
6) O homem e o mundo vivem em guerra, todos os movimentos revolucionários são lutas entre o passado, o presente e o futuro.
7) Os poderes políticos, econômicos e os dos conhecimentos conduzem a humanidade.
8) O contrato social é quem amarrará o homem a outro, ás instituições e ao Estado nas relações oficiais.
9) Na política a regra é desmoralizar, inferiorizar e desqualificar o opositor.
10) Para blindar um cidadão ou um grupo, constroem-se mitos e deidades, veja Jesus Cristo, Nelson Mandela e a Madre Teresa de Calcutá, cidadãos pétreos.
11) Condutas de líderes pelo poder: punição e castigos gradativos aos opositores, notadamente religiosos e políticos. Alguns exemplos de castigadores contemporâneos: Adolf Hitler, Fidel Castro, Augusto Pinochet, Josef Stalin, Idi Amim Dada, Saddam Hussein, Mengistu Haile Mariam, Pol Pot, Mao Tsé-Tung, Kim Jong-un, Papa Doc e outros.
12) Por
último toca no assunto da inimputabilidade, quando alega que o Julian Assang deve ser autista e pode ser inimputável,
como também todos os dirigentes que querem ser o centro de tudo e dirigem
asseclas doutrinados
para executarem as suas ordens, exemplo
maior Adolf Hitler. Naquela época autismo era considerada uma grave doença neuropsiquica e hoje é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por desenvolvimento atípico.
Termina com o que falou em 1933 a Filósofa alemã Anna Arendt: “Uma nação só será democrática, quando todos os homens forem cidadãos e que tenham o direito de ter direito, os homens são doutrinados pelas leis dos doutrinadores”.
Chega-se à conclusão de que o homem não é tão mau, segue os pensamentos dos mandantes doutrinadores. Para isto perde o seu Eu, o raciocínio lógico, a sensação de culpa ou de crime e transfere para os mandantes, pois estes seguem o Estado, as leis.
A neurociência vaticina que 70% dos humanos são influenciáveis e facilmente moldados. Esta propriedade independe do nível social, econômico, político ou de conhecimentos, são como no mundo das abelhas e das formigas: os soldados estão sempre nos seus postos para defender o formigueiro, a colmeia e a suas rainhas.
Qualquer agressor ou suposta ameaça à colmeia ou ao formigueiro, tem como sentença a morte. Para proteger o seu tirano, independente do regime político, tudo é permitido.
Salvador, 09 de Julho de 2024
Iderval Reginaldo Tenório
ESCUTE POPULUS DE BELCHIOR
Belchior - Populus
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