sexta-feira, 3 de outubro de 2025

Reações adversas do tipo idiossincráticas a medicamentos

Reações adversas do tipo idiossincráticas: identificação e papel do farmacêutico em seu manejo

Reações adversas do tipo idiossincráticas: identificação e papel do farmacêutico em seu manejo

Introdução

As reações adversas a medicamentos são fenômenos complexos e, entre elas, as idiossincráticas representam um desafio adicional. Diferentemente das reações esperadas e dose-dependentes, as idiossincráticas ocorrem de forma inesperada e não relacionada à dose, tornando-se um campo essencial de estudo e intervenção para profissionais de saúde, principalmente, os farmacêuticos. Neste artigo, iremos abordar o conceito de reações adversas idiossincráticas, apresentaremos exemplos descritos na literatura, discutiremos estratégias para identificação e destacaremos o papel do farmacêutico no manejo dessas situações.

Conceito de reações adversas idiossincráticas:

As reações idiossincráticas são respostas individuais e imprevisíveis a medicamentos, que não estão relacionadas à farmacologia conhecida do fármaco e muito menos com sua dose administrada. O mecanismo por trás desta reação não é bem compreendido, mas de forma abrangente, acredita-se que tais reações possam estar relacionadas com a formação de metabólitos que se complexam com grupos funcionais da estrutura das proteínas, esses complexos formados são reconhecidos pelo sistema imunológico, o que resulta na ativação dos linfócitos B e T, desencadeando uma resposta imunológica dessa forma.

Diferentemente das reações esperadas, com reações comuns, as idiossincráticas ocorrem em uma pequena proporção de pacientes, ou seja, apresentam uma baixa incidência e morbidade, mas quando ocorre pode apresentar um desafio diagnóstico e ser letal ao paciente.

Exemplos Principais Descritos na Literatura:

  1. Síndrome de Stevens-Johnson (SSJ):

A SSJ é uma reação cutânea grave e rara, muitas vezes desencadeada por medicamentos como anticonvulsivantes e antibióticos. Os sintomas incluem erupções cutâneas, bolhas e envolvimento de membranas mucosas.

  1. Agranulocitose por Drogas:

Certos medicamentos podem desencadear a destruição dos glóbulos brancos, resultando em agranulocitose. Isso pode levar a infecções graves e é um exemplo marcante de reação idiossincrática.

  1. Hepatite Medicamentosa:

Alguns fármacos podem desencadear inflamação hepática, levando a danos no fígado. A hepatite medicamentosa é uma reação idiossincrática significativa que exige monitoramento cuidadoso.

Como identificar reações adversas idiossincráticas:

  1. Verificar se de fato o paciente fez uso do medicamento na dose recomendada e no tempo estabelecido.
  2. Questionar se a reação ocorreu logo após a administração do medicamento.
  3. Pesquisar se o intervalo de tempo entre a administração do medicamento e o surgimento da reação adversa é plausível.
  4. A reação desapareceu com a suspensão do medicamento suspeito ou reapareceu com sua administração?
  5. Verificar se existem causas alternativas que podem justificar o aparecimento da reação adversa, como a doença de base e outros medicamentos.
  6. Buscar em artigos científicos, estudos de casos e relatos profissionais da relação do medicamento suspeito com a possível reação adversa notificada.

Outras medidas podem ser acrescidas com a possibilidade de estabelecer um rastreio mais amplo de reações adversas, como:

Vigilância Clínica:

Profissionais de saúde devem manter uma vigilância atenta aos sinais e sintomas incomuns, especialmente após a introdução de novos medicamentos.

História do Paciente:

Uma análise detalhada da história clínica do paciente, incluindo experiências anteriores com medicamentos, pode ajudar na identificação de padrões.

Monitoramento Laboratorial:

Exames laboratoriais específicos podem ser úteis para detectar e avaliar reações idiossincráticas, como alterações nos níveis de células sanguíneas ou enzimas hepáticas.

Contribuição do farmacêutico no manejo:

O farmacêutico desempenha um papel crucial na prevenção, identificação e manejo de reações adversas idiossincráticas. Suas responsabilidades incluem:

  1. Educação do Paciente:

Informar pacientes sobre potenciais reações adversas e incentivar relatos de sintomas incomuns.

  1. Revisão de Medicamentos:

Avaliar interações medicamentosas e identificar possíveis desencadeadores de reações idiossincráticas.

  1. Colaboração Interprofissional:

Trabalhar em estreita colaboração com outros profissionais de saúde para garantir uma abordagem integrada no manejo das reações adversas.

  1. Monitoramento Contínuo:

Implementar sistemas de monitoramento que permitam a detecção precoce de reações adversas, permitindo intervenções oportunas.

Conclusão:

As reações adversas idiossincráticas representam um desafio clínico significativo, exigindo uma abordagem abrangente por parte dos profissionais de saúde. O farmacêutico desempenha um papel central na identificação precoce, manejo e prevenção dessas reações, promovendo assim uma prática segura e personalizada da farmacoterapia. A compreensão desses conceitos é fundamental para otimizar a segurança e eficácia dos tratamentos farmacológicos.

 

Referências

 

DE FIGUEIREDO, Patrícia Mandali et al. Reações adversas a medicamentos. 2009.

NETO, Sara d’Avó. Formação de metabolitos reativos envolvidos em reações adversas idiossincráticas a fármacos: o conceito de alertas estruturais: exemplos ilustrativos. 2015. Dissertação de Mestrado.

CAPUCHO, Helaine Carneiro; CARVALHO, Felipe Dias; CASSIANI, Silvia Helena de Bortoli. Farmacovigilância: gerenciamento de riscos da terapia medicamentosa para segurança do paciente. In: Farmacovigilância: gerenciamento de riscos da terapia medicamentosa para segurança do paciente. 2012. p. 201-201.

 

Elaborado por Gessualdo Junior – Farmacêutico

 

UTILIDADE PÚBLICA E CIDADÃ. ANTICONCEPÇÃO. A Laqueadura das trompas.

 

                                 

UTILIDADE PÚBLICA E CIDADÃ. ANTICONCEPÇÃO. A Laqueadura das trompas.

               Laqueadura das trompas  

A laqueadura das trompas, popularmente chamada de ligadura das trompas,  é um ato cirúrgico de esterilização feminina,  vai   impedir a gravidez. 

1)Atua sobre a Trompa de Falópio bloqueando a passagem do óvulo para o útero. 

2)Impede  o encontro do óvulo com com o espermatozoide, assim não acontecerá a fecundação.

 3) É  um método contraceptivo seguro, definitivo e de  alta eficácia.

4) Não interfere no ciclo hormonal e nem causa alterações físicas.

5) Reversível em poucos casos, o ato é difícil e complexo. 

6)A laqueadura pode ser realizada: 

         A) Por laparotomia (abrindo o abdome). 

        B) Por laparoscopia(Microcâmeras,  sem                       abrir o abdome, a passagem é pelo umbigo)

        C)Como também logo após o parto simples                    ou cesariano, coberto pela lei.

7)O ato é realizado por um médico ginecologista ou obstetra. 

8)A mulher continua menstruando, pois não interfere com o útero e nem com os hormônios.  

No Brasil,  com a Lei nº 14.443/2022,  o acesso à laqueadura sofreu mudanças, se adequando ao mundo progressista atual.  

1)A idade foi diminuída para 21 anos ou para quem já tenha ao menos dois filhos 

2)Não precisa mais do consentimento do parceiro, dando à mulher o título de CIDADÃ ALFORRIADA, SAINDO DAS ASAS, DA SOMBRA  E DAS GARRAS   DO PATRIARCADO.

Salvador,  03 de Outubro de 2025 

Iderval Reginaldo Tenório 

Hidrossalpinge: o que é, sintomas, causas e como tratar ... 

Lesões nas trompas obstruem a gestação - Fertivitro 

 

 OBSERVAÇÃO IMPORTANTE

O SUS oferece a laqueadura (ou ligadura de trompas) gratuitamente para mulheres que tenham idade mínima de 21 anos ou pelo menos dois filhos vivos, conforme a Lei nº 14.443/2022. 

 Para realizar o procedimento, a mulher deve procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima para iniciar o processo de planejamento familiar, que inclui um período de reflexão de 60 dias, acompanhamento por uma equipe multidisciplinar e, se o desejo persistir, o encaminhamento para a cirurgia. 


UTILIDADE PÚBLICA E CIDADÃ. ANTICONCEPÇÃO. A Laqueadura das trompas.

 

                                       UTILIDADE PÚBLICA E CIDADÃ. 

                                   ANTICONCEPÇÃO. A Laqueadura das trompas.    

                         Laqueadura das trompas  

A laqueadura das trompas, popularmente chamada de ligadura das trompas,  é um ato cirúrgico de esterilização feminina,  vai   impedir a gravidez. 

1)Atua sobre a Trompa de Falópio bloqueando a passagem do óvulo para o útero. 

2)Impede  o encontro do óvulo com com o espermatozoide, assim não acontecerá a fecundação.

 3) É  um método contraceptivo seguro, definitivo e de  alta eficácia.

4) Não interfere no ciclo hormonal e nem causa alterações físicas.

5) Reversível em poucos casos, o ato é dificil e complexo. 

6)A laqueadura pode ser realizada: 

         A) Por laparotomia (abrindo o abdome). 

        B) Por laparoscopia(Microcâmeras,  sem                       abrir o abdome, a passagem é pelo umbigo)

        C)Como também logo após o parto simples                    ou cesariano, coberto pela lei.

7)O ato é realizado por um médico ginecologista ou obstetra. 

8)A mulher continua menstruando, pois não interfere com o útero e nem com os hormônios.  

No Brasil,  com a Lei nº 14.443/2022,  o acesso à laqueadura sofreu mudanças, se adequando ao mundo progressista atual.  

1)A idade foi dimuida para 21 anos ou para quem já tenha ao menos dois filhos 

2)Não precisa mais do consentimento do parceiro, dando à mulher o título de CIDADÃ ALFORRIADA, SAINDO DAS ASAS, DA SOMBRA  E DAS GARRAS   DO PATRIARCADO.

Salvador,  03 de Outubro de 2025 

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 OBSERVAÇÃO IMPORTANTE

O SUS oferece a laqueadura (ou ligadura de trompas) gratuitamente para mulheres que tenham idade mínima de 21 anos ou pelo menos dois filhos vivos, conforme a Lei nº 14.443/2022. 

 Para realizar o procedimento, a mulher deve procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima para iniciar o processo de planejamento familiar, que inclui um período de reflexão de 60 dias, acompanhamento por uma equipe multidisciplinar e, se o desejo persistir, o encaminhamento para a cirurgia.