O blog foi criado para a cultura. Mostra o quanto é importante o conhecimento.Basta um click no artigo. Centro Médico Iguatemi,310.CLINICA SÃO GABRIEL LTDA- 33419630 33425331Participe ,comente, seja seguidor. DR IDERVAL REGINALDO TENÓRIO , 1954 , JUAZEIRO DO NORTE -CEARÁ. 08041988lgvi.1984 CHEGOU EM SALVADOR COM 18 ANOS , MEDICINA NA UFBA. CIRURGIÃO GERAL. driderval@bol.com.br
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As Catilinárias (em latimIn Catilinam Orationes Quattuor) são uma série de quatro discursos célebres deCícero, o cônsul romano Marco Túlio Cícero, pronunciados em 63 a.C.. Mesmo passados dois mil anos, ainda hoje são repetidas as sentenças acusatórias de Cícero contra Catilina, declaradas em pleno senado romano:
Até quando, Catilina, abusarás da nossa paciência? Por quanto tempo a tua loucura há de zombar de nós? A que extremos se há de precipitar a tua desenfreada audácia? Nem a guarda do Palatino, nem a ronda noturna da cidade, nem o temor do povo, nem a afluência de todos os homens de bem, nem este local tão bem protegido para a reunião do Senado, nem a expressão do voto destas pessoas, nada disto conseguiu perturbar-te? Não te dás conta que os teus planos foram descobertos? Não vês que a tua conspiração a têm já dominada todos estes que a conhecem? Quem, dentre nós, pensas tu que ignora o que fizeste na noite passada e na precedente, onde estiveste, com quem te encontraste, que decisão tomaste? Oh tempos, oh costumes!
Pessoal fico a imaginar que país é este, os ícones sub judice e os mitos a se derreterem, os dirigentes de cada casa do poder em clara decomposição, é mensalinho, Zelotes e mensalão, Lava-Jato , pasadena e petrolão, o povo numa dificuldade jamais vista, os profissionais liberais com a corda no pescoço, os comerciantes com a língua de fora, os professores pedindo arrego, o PIB a cada dia que passa em decadência, hospitais fechados, estradas esburacadas, SUS falido, escolas fechadas, a indústria morta, as commodities com preços tangenciando o chão e os nossos políticos rindo, os seus filhos esbanjando o patrimônio público, um punhado de defensores a apoiar não se sabe o que, os dirigentes a vilipendiar e tripudiar os homens que trabalham e que sustentam a nação, todos os sugadores com os dentes de fora a gargalhar, parece até que não é o Brasil que está em jogo. Como nas grandes embarcações do Império Romano e Bizantino , nas quais os grandes da cúpula social massacravam os de baixas rendas e os seus prisioneiros, quando estes eram designados calados e fieis remadores e a morte ou o remo eram as únicas opções, nos dias atuais do palácio aos ministérios, da câmara ao senado é um sorriso só, é uma verdadeira farra, enquanto nós os pecadores , os motores , os eternos pagadores, muitos de lombos descobertos e sob acoites a remar. Acorda Brasil, acorda, as arapucas estão sendo armadas, tem muitos brasileiros cegos, as Galeras triremes estão no mar e o grande Navio a deriva, a nação precisa encontrar o seu rumo e para ele navegar.
Que ronquem os trovões na cabeceira de cada um dos brasileiros, que ronquem sem parar.
Pessoal fico a imaginar que país é este, o povo numa
dificuldade jamais vista, os profissionais liberais com a corda no pescoço, os
comerciantes com a língua de fora, os professores pedindo arrego, o PIB a cada
dia que passa em decadência, hospitais fechados, estradas esburacadas, SUS
falido, escolas fechadas, a indústria morta, as commodities com preços tangenciando
o chão e os nossos políticos rindo, os seus filhos esbanjando o patrimônio público,
um punhado de defensores a apoiar não se sabe o que, os dirigentes a vilipendiar e tripudiar os homens que
trabalham e que sustentam a nação, todos
os sugadores com os dentes de fora a
gargalhar, parece até que não é o Brasil que está em jogo. Como nas grandes embarcações do Império Romano e Bizantino , nas quais os grandes da cúpula social massacravam os de baixas rendas e os seus prisioneiros, quando estes eram designados calados e fieis remadores e a morte ou o remo eram as únicas opções, nos dias atuais do palácio aos
ministérios, da câmara ao senado é um sorriso só, é uma verdadeira farra, enquanto nós os
pecadores , os motores , os eternos pagadores, muitos de lombos descobertos e sob acoites a remar. Acorda Brasil, acorda, as arapucas
estão sendo armadas, tem muitos brasileiros cegos, as Galeras triremes estão no mar e o grande Navio a deriva, a nação precisa encontrar o seu rumo e para ele navegar.
Que ronquem os trovões na cabeceira de cada um dos brasileiros,
que ronquem sem parar.
Na mensagem enviada à diocese do Crato, o papa Francisco exalta várias virtudes de evangelizador de padre Cícero, fundador de Juazeiro do Norte e primeiro prefeito do município. A reconciliação é um passo definitivo para a reabilitação de padre Cícero na Igreja Católica
POR DEMITRI TÚLIO
O bispo da diocese de Crato, dom Fernando Panico, divulgou neste domingo, durante missa na Catedral de Crato, que o Padre Cícero Romão Batista foi perdoado pelo Vaticano das punições impostas pela igreja Católica entre 1892 a 1916. A reconciliação é um passo definitivo para a reabilitação de padre Cícero na Igreja Católica
Durante a homilia na Sé do Cariri, dom Fernando Panico informou que "Hoje, por ocasião da abertura solene da Porta Santa da Misericórdia nesta Catedral de Nossa Senhora da Penha, quero anunciar com alegria, à querida Diocese de Crato e aos romeiros e romeiras do Juazeiro do Norte, um gesto concreto de misericórdia, de atenção e de carinho por parte do Papa Francisco para nós: a igreja Católica se reconcilia historicamente com o padre Cícero Romão Batista". Segundo a carta, assinada pelo cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano, “A presente mensagem foi redigida por expressa vontade de Sua Santidade o Papa Francisco, na esperança de que Vossa Excelência Reverendíssima não deixará de apresentar à sua Diocese e aos romeiros do Padre Cícero a autentica interpretação da mesma, procurando por todos os meios apoiar e promover a unidade de todos na mais autentica comunhão eclesial e na dinâmica de uma evangelização que dê sempre e de maneira explicita o lugar central a Cristo, principio e meta da História”.
A comunicação da reconciliação da igreja com Padre Cícero "é mais que uma reconciliação. É um pedido de perdão da igreja pelo o que aconteceu o sacerdote brasileiro", afirmou Armando Rafael, assessor de comunicação de dom Fernando Panico.
Na mensagem enviada à diocese do Crato, o papa Francisco exalta várias virtudes de evangelizador de padre Cícero, fundador de Juazeiro do Norte e primeiro prefeito do município.
Sobre a Reconciliação histórica da Igreja Católica com a memória do Padre Cícero Romão Batista
Em longa correspondência enviada ao Bispo Diocesano de Crato, Dom Fernando Panico, o Secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Pietro Parolin, afirmou que: “A presente mensagem foi redigida por expressa vontade de Sua Santidade o Papa Francisco, na esperança de que Vossa Excelência Reverendíssima não deixará de apresentar à sua Diocese e aos romeiros do Padre Cícero a autentica interpretação da mesma, procurando por todos os meios apoiar e promover a unidade de todos na mais autentica comunhão eclesial e na dinâmica de uma evangelização que dê sempre e de maneira explicita o lugar central a Cristo, principio e meta da História”.
A mensagem lembra, inicialmente, as festas pelo centenário de criação da Diocese de Crato acrescentando “que (essas comemorações) põem em realce a figura do Padre Cícero Romão Batista e a nova Evangelização, procurando concretamente ressaltar os bons frutos que hoje podem ser vivenciados pelos inúmeros romeiros que, sem cessar, peregrinam a Juazeiro atraídos pela figura daquele sacerdote. Procedendo desta forma, pode-se perceber que a memória do Padre Cícero Romão Batista mantém, no conjunto de boa parte do catolicismo deste país, e, dessa forma, valoriza-la desde um ponto de vista eminentemente pastoral e religioso, como um possível instrumento de evangelização popular”.
Lembrando que Deus sempre se serve de pobres instrumentos para realizar suas maravilhas e que todos nós somos “vasos de argila” (2Co 4,7) em Suas mãos, o texto afirma, sem dúvida alguma, que Padre Cícero, pelo seu intenso amor pelos mais pobres e por sua inquebrantável confiança em Deus, foi esse instrumento escolhido por Ele. O Padre respondeu a este chamado, movido por um desejo sincero de estender o Reino de Deus.
Na correspondência constam vários tópicos, dos quais alguns são reproduzidos, a seguir, textualmente: “Mas é sempre possível, com a distância do tempo e o evoluir das diversas circunstâncias, reavaliar e apreciar as várias dimensões que marcaram a ação do Padre Cícero como sacerdote e, deixando à margem os pontos mais controversos, por em evidência aspectos positivos de sua vida e figura, tal como é atualmente percebida pelos fiéis”.
“É inegável que o Padre Cícero Romão Batista, no arco de sua existência, viveu uma fé simples, em sintonia com o seu povo e, por isso mesmo, desde o início, foi compreendido e amado por este mesmo povo”.
“Deixou marcas profundas no povo nordestino a intensa devoção do Padre Cícero à Virgem Maria” no seu título de “Mãe das Dores e das Candeias” (...) Como não reconhecer, Dom Fernando, na devoção simples e arraigada destes romeiros, o sentido consciente de pertença à Igreja Católica, que tem na Mãe de Jesus Cristo um dos seus elementos mais característicos?
“A grande romaria do dia de Finados, iniciada pelo Padre Cícero, transmite a dimensão escatológica da existência humana. Pois, como afirma o documento de Aparecida, Nossos povos (...) têm sede de vida e felicidade em Cristo. (...)
“Não deixa de chamar a atenção o fato de que estes romeiros, desde então, sentindo-se acolhidos e tendo experimentado, através da pessoa do sacerdote, a própria misericórdia de Deus, com ele estabeleceram – e continuam estabelecendo no presente – uma relação de intimidade, chamando-o na carinhosa linguagem popular nordestina de “padim”, ou seja, considerando-o como um verdadeiro padrinho de batismo, investido da missão de acompanhá-los e de ajuda-los na vivência da sua fé”.
“No momento em que a Igreja inteira é convidada pelo Papa Francisco a uma atitude de saída, ao encontro das periferias existenciais, a atitude do Padre Cícero em acolher a todos, especialmente aos pobres e sofredores, aconselhando-os e abençoando-os, constitui sem dúvida, um sinal importante e atual”.
“O afeto popular que cerca a figura do Padre Cícero pode constituir um alicerce forte para a solidificação da fé católica no ânimo do povo nordestino (...). Portanto, é necessário, neste contexto, dirigir nossa atenção ao Senhor e agradecê-lo por todo o bem que ele suscitou por meio do Padre Cícero”.
“Assim fazendo, abrem-se inúmeras perspectivas para a evangelização, na linha desta recomendação do Documento de Aparecida; “Deve-se dar catequese apropriada que acompanhe a fé já presente na religiosidade popular”. (Documento de Aparecida, 300).
“Ao mesmo tempo que me desempenho da honra de transmitir uma fraterna saudação do Santo Padre a todo o povo fiel do sertão do Ceará, com os seus Pastores, bendizendo a Deus pelos luminosos frutos de santidade que a semente do Evangelho faz brotar nestas terras abençoadas, valho-me do ensejo para lhe testemunhar minha fraterna estima e me confirmar de Vossa Excelência Reverendíssima devotíssimo no Senhor.
Papa Francisco perdoa padre Cícero
Na mensagem enviada à diocese do Crato, o papa Francisco exalta várias virtudes de evangelizador de padre Cícero, fundador de Juazeiro do Norte e primeiro prefeito do município. A reconciliação é um passo definitivo para a reabilitação de padre Cícero na Igreja Católica
Na mensagem enviada à diocese do Crato, o papa Francisco exalta várias virtudes de evangelizador de padre Cícero, fundador de Juazeiro do Norte e primeiro prefeito do município. A reconciliação é um passo definitivo para a reabilitação de padre Cícero na Igreja Católica
O bispo da diocese de Crato, dom Fernando Panico, divulgou neste domingo, durante missa na Catedral de Crato, que o Padre Cícero Romão Batista foi perdoado pelo Vaticano das punições impostas pela igreja Católica entre 1892 a 1916. A reconciliação é um passo definitivo para a reabilitação de padre Cícero na Igreja Católica
Durante a homilia na Sé do Cariri, dom Fernando Panico informou que "Hoje, por ocasião da abertura solene da Porta Santa da Misericórdia nesta Catedral de Nossa Senhora da Penha, quero anunciar com alegria, à querida Diocese de Crato e aos romeiros e romeiras do Juazeiro do Norte, um gesto concreto de misericórdia, de atenção e de carinho por parte do Papa Francisco para nós: a igreja Católica se reconcilia historicamente com o padre Cícero Romão Batista". Segundo a carta, assinada pelo cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano, “A presente mensagem foi redigida por expressa vontade de Sua Santidade o Papa Francisco, na esperança de que Vossa Excelência Reverendíssima não deixará de apresentar à sua Diocese e aos romeiros do Padre Cícero a autentica interpretação da mesma, procurando por todos os meios apoiar e promover a unidade de todos na mais autentica comunhão eclesial e na dinâmica de uma evangelização que dê sempre e de maneira explicita o lugar central a Cristo, principio e meta da História”.
A comunicação da reconciliação da igreja com Padre Cícero "é mais que uma reconciliação. É um pedido de perdão da igreja pelo o que aconteceu o sacerdote brasileiro", afirmou Armando Rafael, assessor de comunicação de dom Fernando Panico.
Na mensagem enviada à diocese do Crato, o papa Francisco exalta várias virtudes de evangelizador de padre Cícero, fundador de Juazeiro do Norte e primeiro prefeito do município.
Sobre a Reconciliação histórica da Igreja Católica com a memória do Padre Cícero Romão Batista
Em longa correspondência enviada ao Bispo Diocesano de Crato, Dom Fernando Panico, o Secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Pietro Parolin, afirmou que: “A presente mensagem foi redigida por expressa vontade de Sua Santidade o Papa Francisco, na esperança de que Vossa Excelência Reverendíssima não deixará de apresentar à sua Diocese e aos romeiros do Padre Cícero a autentica interpretação da mesma, procurando por todos os meios apoiar e promover a unidade de todos na mais autentica comunhão eclesial e na dinâmica de uma evangelização que dê sempre e de maneira explicita o lugar central a Cristo, principio e meta da História”.
A mensagem lembra, inicialmente, as festas pelo centenário de criação da Diocese de Crato acrescentando “que (essas comemorações) põem em realce a figura do Padre Cícero Romão Batista e a nova Evangelização, procurando concretamente ressaltar os bons frutos que hoje podem ser vivenciados pelos inúmeros romeiros que, sem cessar, peregrinam a Juazeiro atraídos pela figura daquele sacerdote. Procedendo desta forma, pode-se perceber que a memória do Padre Cícero Romão Batista mantém, no conjunto de boa parte do catolicismo deste país, e, dessa forma, valoriza-la desde um ponto de vista eminentemente pastoral e religioso, como um possível instrumento de evangelização popular”.
Lembrando que Deus sempre se serve de pobres instrumentos para realizar suas maravilhas e que todos nós somos “vasos de argila” (2Co 4,7) em Suas mãos, o texto afirma, sem dúvida alguma, que Padre Cícero, pelo seu intenso amor pelos mais pobres e por sua inquebrantável confiança em Deus, foi esse instrumento escolhido por Ele. O Padre respondeu a este chamado, movido por um desejo sincero de estender o Reino de Deus.
Na correspondência constam vários tópicos, dos quais alguns são reproduzidos, a seguir, textualmente: “Mas é sempre possível, com a distância do tempo e o evoluir das diversas circunstâncias, reavaliar e apreciar as várias dimensões que marcaram a ação do Padre Cícero como sacerdote e, deixando à margem os pontos mais controversos, por em evidência aspectos positivos de sua vida e figura, tal como é atualmente percebida pelos fiéis”.
“É inegável que o Padre Cícero Romão Batista, no arco de sua existência, viveu uma fé simples, em sintonia com o seu povo e, por isso mesmo, desde o início, foi compreendido e amado por este mesmo povo”.
“Deixou marcas profundas no povo nordestino a intensa devoção do Padre Cícero à Virgem Maria” no seu título de “Mãe das Dores e das Candeias” (...) Como não reconhecer, Dom Fernando, na devoção simples e arraigada destes romeiros, o sentido consciente de pertença à Igreja Católica, que tem na Mãe de Jesus Cristo um dos seus elementos mais característicos?
“A grande romaria do dia de Finados, iniciada pelo Padre Cícero, transmite a dimensão escatológica da existência humana. Pois, como afirma o documento de Aparecida, Nossos povos (...) têm sede de vida e felicidade em Cristo. (...)
“Não deixa de chamar a atenção o fato de que estes romeiros, desde então, sentindo-se acolhidos e tendo experimentado, através da pessoa do sacerdote, a própria misericórdia de Deus, com ele estabeleceram – e continuam estabelecendo no presente – uma relação de intimidade, chamando-o na carinhosa linguagem popular nordestina de “padim”, ou seja, considerando-o como um verdadeiro padrinho de batismo, investido da missão de acompanhá-los e de ajuda-los na vivência da sua fé”.
“No momento em que a Igreja inteira é convidada pelo Papa Francisco a uma atitude de saída, ao encontro das periferias existenciais, a atitude do Padre Cícero em acolher a todos, especialmente aos pobres e sofredores, aconselhando-os e abençoando-os, constitui sem dúvida, um sinal importante e atual”.
“O afeto popular que cerca a figura do Padre Cícero pode constituir um alicerce forte para a solidificação da fé católica no ânimo do povo nordestino (...). Portanto, é necessário, neste contexto, dirigir nossa atenção ao Senhor e agradecê-lo por todo o bem que ele suscitou por meio do Padre Cícero”.
“Assim fazendo, abrem-se inúmeras perspectivas para a evangelização, na linha desta recomendação do Documento de Aparecida; “Deve-se dar catequese apropriada que acompanhe a fé já presente na religiosidade popular”. (Documento de Aparecida, 300).
“Ao mesmo tempo que me desempenho da honra de transmitir uma fraterna saudação do Santo Padre a todo o povo fiel do sertão do Ceará, com os seus Pastores, bendizendo a Deus pelos luminosos frutos de santidade que a semente do Evangelho faz brotar nestas terras abençoadas, valho-me do ensejo para lhe testemunhar minha fraterna estima e me confirmar de Vossa Excelência Reverendíssima devotíssimo no Senhor.
História e Estórias da Música- Como o Elino compôs o seu maior sucesso
O RABO DO JUMENTO- ELINO JULIÃO
Elino Julião é umPotiguar de Timbaúba dos Batista RN, se criou na cidade de Caicó no mesmo Estado. Possuía um Jumento chamado MOLEQUE, juntos ganhavam o pão de cada dia. O Julião além de carregar água e trabalhar na roça, era um divertido cantor e compositor nos forrós da vida.
Elino Julião trabalha na lavoura no Sítio Côco, lá pelos anos de 66 apareceu um sulista alto, magro, de cavanhaque amarelado, era um gazo conversador , se identificou como Nascimento e precisava de emprego, Elino Julião conversou com o patrão e conseguiu um emprego para o Nascimento como meeiro do sitio Côco. Todos os trabalhadores que trabalhavam de meia tinham direito a um pedaço de terra para plantar milho , feijão e outros produtos de subsistência.Todas as noites e nos fins de semanas Julião fazia a alegria da redondeza cantando forró.
Era mês de junho, milho pendoando, feijão maduro, melancia no ponto e o povo se animando para o São João, as roças eram cercadas com varas ou arames farpados, o jumento Moleque do amigo Julião comia solto e num belo dia de domingo, dia da feira de Caicó, o jumento Moleque apareceu no pátio de rabo cortado, o Molequeestava cotó, alguém, um mal elemento, um assassino havia cortado o rabo do jumento, foi aquele bafafá.
Quem cortou, quem fez uma desgraça daquela, quem era o espírito de porco. Todos se transformaram em detetive, prometeram surrar o sujeito logo que encontrasse o mal feitor, não foi muito difícil encontrar o malalforge, a única roça que amanheceu destruída foi a do Nascimento,Nascimento era o único sujeito com mais de 1,9O de altura e já havia dito ao Julião que não aceitava que ninguém mexesse na sua roça e mais, todos os outros moradores tinham uma feição de irmandade com o amigoMoleque, o jumento já era da família, somenteo Nascimento não tinha este comportamento , tem mais, o Nascimento gostava de uma cachaçada , neste dia chegou mais tarde e ninguém encontrou oseu facão, depois de 05 dias de desconfiança o homem sumiu do Sítio, o homem evadiu do tranco, não restou dúvidas, foi o Nascimento que arrancou o rabo do jumento. Nascimento sumiu.
O JUMENTO DO JULIÃO ENTROU NA ROÇA DO NASCIMENTO E FEZ AQUELE ESTRAGO, COMEU O MILHO, O FEIJÃO E ATÉ O COENTRO, O NASCIMENTO CHEIO DE CACHAÇA NÃO GOSTOU, PEGOU O FACÃO E ARRANCOU O RABO DO MOLEQUE, FOI O ASSUNTO DO DIA E DA SEMANA, O NASCIMENTIO SUMIU NO MUNDO E NUNCA MAIS APARECEU E NÃO SE SABE DO SEU PARADEIRO ATÉ OS DIAS DE HOJE.
O Elino Julião não contou conversa, sacou da sanfona e sapecou a musica “O RABO DO JUMENTO” que foi o seu maior sucesso, foi convidado a cantar no Recife, caiu nas graças do Coronel Ludugero, um dos maiores humoristas do nordeste, nas graças de Luiz Gonzaga e de mais de 100 forrozeiros tirando o Elino da sarjeta financeira, transformando-o num dos mais importantes compositores do Nordeste e do Brasil.
Numa de suas entrevistas ele agradece ao Nascimento , inclusive fala:” onde você estiver, onde você se encontrar escute esta música”, agradece tambémao seu jumento a importante página musical, apesar do mal causado ao seu amigo Moloque, o Nascimento lhe presenteou com uma bela inspiração, compor , cantare denunciar o fato para a humanidade.
Não tem mal que não venha para o bem, o favor que o Elino fez ao Nascimento arranjando um emprego, foi pago por outro favor ao contrário, causando um mal ao seu belo animal e o bem para a sua carreira profissional, foi depois deste fato que o ElinoJulião se tornou numa das lendas do Nordeste. O Rabo do Jumento foi sucesso nacional, foi quem deu pão e casa ,foi quem abriu as portas do Brasil para um simples compositor Potiguar.
“ Nascimento, eu não quero pagamento, eu quero é outro rabo no jumento”
FOI TAMBÉM COM O RABO DO JUMENTO MOLEQUE QUE O CORONÉ LUDUGERO VIAJOU POR ESTE BRASIL AFORA.
Filho de Sebastião Pequeno, tocador de cavaquinho e Concertina. Foi menino butador d'água junto ao seu estimadíssimo jumentinho "Moleque", no sítio Tôco, onde cantarolava batendo numa lata as modinhas que aprendia na festa de Sant`Ana em Caicó - RN. Na casa grande da fazenda, onde se reuniam os moradores da redondeza, Elino Julião fazia a alegria da rapazeada. Costumava sair da fazenda descalço e a pé, rompendo 18 km de caatinga para bater a famosa " peladinha " em frente à Igreja de Sant`Ana na cidade de Caicó e articular-se, claro, para cantar na sede do Caicó Esporte Clube, no domingo à tarde. Cantar para Elino, já era êxtase.
Nos anos 1950, destemidamente o garoto de 14 anos "pegou morcego" no caminhão de Artur Dias e veio para Natal, se escondeu no bairro das Quintas e logo garantiu seu espaço para cantar no Programa Domingo Alegre da Rádio Poti, junto ao radialista Genar Wanderley e no animado Forró da Coréia, onde hoje é o o Estádio de futebol Machadão, forró esse que o inspirou a compor um dos seus grandes sucessos: "O forro da Coréia".
Menino esperto que trouxe no sangue as raízes do autêntico "forró pé de serra" do sertão nordestino, registrou e divulgou com originalidade e alegria a cultura e as tradições dos folguedos populares nordestinos por mais de de 4 décadas.