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nestes versos a origem do  Gonzaga,  a sua
importância na  divulgação do baião , na valorização do homem do campo e dos pequenos povoados,
precisamente do nosso sofrido e esquecido nordeste,  depois  enveredei pela   
documentação de todas as regiões do Brasil.
 Luiz cantou  a  vida de muitas cidades deste país e  diversos pontos turísticos. 
Cantou
Mangaratiba, Feira de Santana, Maceió, Petrolina,  Juazeiro da Bahia ,  Arcoverde,  Penedo,
Caruaru, Juazeiro do Norte, Rio de Janeiro, Canidé, Cacimba Nova, 
Piripiri, Salgueiro, Araripina, Arapiraca, Maceió, São Luiz e Terezina, Bodocó, Araripe , Crato , Ouricuri e outras dezenas de cidades em todas as regiões do Brasil. 
Cantou a praia de Boa Viagem,   Iracema, Pontal , Itapoan, Tambaú, Atalalia, Gogó da Ema e  a grande Praia
 de Copacabana no Rio de Janeiro . 
Cantou os grandes nomes  e ícones  como Frei Damião, Padre Cícero , Juscelino Kubitschek , Raimundo  Jacó, Dr. Humberto Macário de Brito , cirurgião famoso da cidade do Crato que operou o velho Januário,  a Beata Mocinha,  Lampião, Corisco , Maria Bonita , Dom Helder Câmara  e   o papa João Paulo II . 
Cantou o Rio São Francisco e  a Cachoeira de Paulo Afonso,  o Rio Brígida, o Pajéu e o Riacho do Navio. 
Ovacionou  o
progresso de São Paulo , Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás,  Rio Grande do sul e do  Paraná . 
Cantou a Paraíba, a Bahia, o Pará, o Ceará, o Paraná  , Rio Grande do Norte,  Pernambuco e 
outros estados brasileiros , enfim, o Luiz Gonzaga do Nascimento
documentou em músicas o Brasil, o seu povo e os seus costumes, inclusive a culinária  e os utensilhos domésticos, dando enfase ao baião de dois, o feijão de corda, o milho,   a banha de porco, a carne de bode, os bolos, o jabá e outras iguarias nordestinas. 
O mestre viajou por diversas feiras livres , como a do  Crato, Feira de Santana, Juazeiro do Norte, Exu e a mais famosa  feira do nordeste: A FEIRA DE CARUARU, eternizada numa música em parceria com o pernambucano Onildo Almeida em  1957 .
Cantou a fauna , a flora , os minerais,  as grandes secas e a Cheia de 1924 . Quem não se lembra dos mulungus, do juazeiro, do jumento, do assum preto, da acauã, do pássaro  carão, da mula preta  , do cavalo alazão , da  égua , do cachorros Rex e da cadela piaba , dos peixes curimatã e  pirarucú?.
O Gonzaga deu identidade ao povo do nordeste, tornou este
povo visível ao mundo e impôs respeito aos nordestinos. 
Fazendo
 uma analogia da ave Asa Branca com o homem do campo, compôs em março de 1947, com o  advogado cearense do Iguatu, Humberto Teixeira,   a música Asa Branca, documentando a sua retirada nos 
períodos de secas  e, em agosto de 1950, com o ginecologista pernambucano de Carnaíba, o Dr. Zé Dantas,  a Volta da Asa Branca,   mostrando  com muita alegria e esperanças o seu  retorno ao torrão natal nos períodos chuvosos    .
Mais para frente, em 1980,  compôs  com o pernambucano de Arcoverde, João Silva, o autor de Viva  meu Padim , Pagode Russo,  Nem se Despediu de mim e Tá Danado de Bom ,   
 a Rodovia Asa Branca,   estrada esta que liga o Exu ao Crato, o Estado de Pernambuco ao Ceará e em 1983   compôs Projeto Asa Branca,   com o Zé Marcolino, paraibano de Sumé, autor de Sala de Rebôco, Cacimba |Nova, Cantiga do Vem Vem e Pássaro Carão .   Este 
 projeto levaria  água para toda a sua região para acabar com a sede do semiárido araripe. 
O Projeto Asa Branca teve como mentor político o Governador por Pernambuco , o Dr. Marcos Marciel, depois eleito senador ,  muito amigo do Rei do baião,  que o idealizou com os governos do seu Estado e do Ceará, à epoca o Dr Luiz de Gonzaga Fonseca Mota ( Gonzaga Mota). 
Todos estes fatos foram eternizados pelo Rei do Baião e têm a sua 
participação direta em prol do seus conterrâneos.
O Projeto Asa Branca.
"A meta hídrica previa a perenização de inúmeros rios, com a 
utilização de águas acumuladas em reservatórios reguladores, 
distribuídas em sucessivas barragens, utilizando, inclusive, águas do 
Rio São Francisco. 
O Projeto Asa Branca também envolvia a perfuração de
 milhares de poços para uso humano e animal, a impermeabilização de 
barreiros, a construção de adutoras e a recuperação de barragens entre 
outras ações. 
O desejo de Gonzagão e de milhares de sertanejos, como ele , não se concretizou. 
A perenização dos rios não foi alavancada 
pelo Projeto Asa Branca."     Por Magno Martins - Edição de 
Ítala Alves
Adendo do Iderval Reginaldo Tenório 
O
 Projeto Asa Branca não morreu por completo, muitas foram as demandas 
criadas com o seu nome- Sanfona para a Juventude, Escola para os 
necessitados, prevenção do câncer, tratamentos dentários, cursos 
profissionalizantes, festivais musicais, para escritores e novos poetas  além
 de outros de  importância para o povo do Norte , Nordeste e do 
Brasil.
Luiz foi  um  homem que tirou muitos
brasileiros  do fosso e mostrou que estes homens simples
têm grande valor.
 Iderval Reginaldo Tenório
LUIZ GONZAGA UM BENFEITOR IMORTAL
Depois de Luiz Gonzaga, o nordestino de A TRISTE
PARTIDA,  do menestrel Patativa do Assaré, foi minguando e
desaparecendo,  surgindo um nordestino com orgulho de ser nordestino, um homem realmente forte, como frisou o carioca de Cantagalo , o Jornalista   Euclides da Cunha em 1902  em Os Sertões. 
Muitos são os  executivos, médicos, engenheiros,
professores, artistas, empresários, poetas, escritores, artersãos, músicos, cantores, repentistas  e trabalhadores de valor em todo o país com
orgulho de ser do norte e do nordeste do Brasil. 
Quantos cantores, bandas,  fábricas
de sanfonas, violões, triângulos, baterias, roupas, selas, alforges,  chapéus, casacos, botas, alpercatas currulepe, utensilhos de couro  e outros manufaturados nasceram devido a sua existência?
Quantas gravadoras
ainda vivem do que o  Luiz criou? Calcula-se que mais de 5 milhões de pessoas são
alimentadas  pelo  que o mestre deixou. 
Nos 5570 municípios deste país
canta-se o Luiz todos os dias, o Rei  continuará sendo um marco do
Nordeste e do Brasil, o Gonzaga continua vivo, por isso é imortal.
O Gonzaga em parceria com seis  dos mais importantes companheiros : Humberto
Teixeira,  Zé Dantas, João Silva, Patativa do Assaré, Onildo Almeida  e o José Marcolino documentou
com  letras maiúsculas a fauna, a flora e o homem do Nordeste, notadamente  da nossa Chapada do
Araripe, onde nasceu , cresceu e só depois de uma boa pisa  dada por Dona Santana e complementada pelo velho Januário, quando tinha 17 anos,   fugiu para o mundo, só voltando 18 anos depois, já taludo e famoso, episódio documentado por Humberto Teixeira e o próprio Luiz Gonzaga em Respeita Januário em 1950.   
A Chapada do Araripe, esta,     onde nasceram Luiz Gonzaga, Patativa do Assaré e
o Padre Cícero, considerados  os três homens do século do nordeste brasileiro. 
Chapada  por onde peregrinaram Frei  Damião,
Padre Ibiapina e o Padre Cicero Romão Batista, o fundador da cidade  de
Juazeiro do Norte,  A Capital da Fé  , todos os três em fase de
beatificação 
Chapada considerada  celeiro fóssil mundial e hoje o Geoparque do
Araripe e  que foi documentada pelo mestre Gonzaga durante toda a sua vida e  que deu visibilidade àquele recanto do Brasil . 
Complemento que foi naquela Chapada que os meus  pais , Sr. José Miguel e dona Antonia,  escolheram para construir a sua família  , orientados pelo Padre Cícero Romão Batista, o patriarca e fundador da cidade de Juazeiro do Norte, Ce.
 Luiz Gonzaga um dos maiores cidadãos deste país. 
Um verdadeiro imortal 
Abraços 
Iderval
Reginaldo Tenório 
.O cordel completo só será publicado em Dezembro.
 Luiz Gonzaga , o Rei do baião  e a Asa Branca em quatro tempo.
Gonzaga o Rei do baião
Da cidade do Exu,
Cantou o nosso Brasil
Para mim e para tu, 
Reverberou  cidadania
Do   nordeste até o  sul.
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O filho de Januário
E de dona Santana,
Orgulho de todos nós
Desta região Serrana,
Documentou o Cariri
Até a praia de copacabana.
 ...................
 Com  o Humberto Teixeira 
Compôs a Asa Branca,
A rodovia com o João Silva
E a  volta com o Zé Dantas,
E com o Zé Marcolino
O Projeto Asa Branca.
 
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Deu cidadania ao nordeste
Valorizou seu torrão,
Trouxe a auto estima 
Para  o povo do sertão,
Por isso que o Gonzaga
É um grande cidadão.
Iderval Reginaldo Tenório