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Educação no Japão
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Audima
No Japão a educação é uma prática ancestral,
pois antecede o próprio exercício da escrita chinesa neste país, a qual
teve início no século VI. No princípio ela se limitava à aristocracia,
elite da sociedade japonesa. Ao longo do Período Edo, porém, a massa popular já havia conquistado o acesso ao sistema escolar; os samurais
foram beneficiados com cursos especificamente direcionados a eles, mas
as outras classes contavam com escolas mistas, nas quais aprendiam a
escrever, ler e contar.
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Por
meio desta estrutura educacional 40% dos japoneses já eram
alfabetizados quando, em 1868, foi deflagrada a Restauração Meiji. Nesta
mesma época instituiu-se no Japão o sistema de escolas primárias,
secundárias e foram criadas as primeiras universidades. Os alunos
percorrem cinco etapas
- o jardim-de-infância, que pode durar de um a três anos;
- o primário, que contabiliza seis anos;
- o ginásio de 1º grau, o qual soma três anos;
- o ginásio de 2º grau, igualmente com três anos de duração;
- e finalmente a Universidade, concluída normalmente em quatro anos.
No Japão também existem as universidades juniores, nas quais é
possível encontrar cursos de menor extensão, em média de dois ou três
anos. Há inclusive pós-graduações que oferecem um conhecimento mais
profundo. Conforme dados do Ministério da Educação, Cultura, Esportes,
Ciência e Tecnologia, relativos ao ano de 2005, aproximadamente 75,9%
dos estudantes egressos do estágio considerado como ensino médio
ingressam em uma Universidade, frequentam um curso profissional ou
demais etapas posteriores a este grau secundário.
A formação educacional é gratuita e compulsória para todos os que
estejam na faixa etária localizada entre os seis e 15 anos, apesar de
uma boa parte dos graduados neste estágio seguirem voluntariamente para o
período seguinte, correspondente ao 2º grau; já se tornou praticamente
uma tradição, para os estudantes, ter no currículo essa fase da
educação.
É em Abril que se inicia o ano letivo neste país. O currículo de cada
etapa é estabelecido pelo Ministério da Educação, Cultura, Esportes,
Ciência e Tecnologia. O material pedagógico é constantemente submetido a
análises e apreciações. Uma face típica, e não exatamente positiva,
desta educação é seu caráter extremamente competitivo, particularmente
quando se trata do ingresso em uma faculdade.
A educação japonesa prima também por uma disciplina
radical e uma tradição acirrada, fatores já responsabilizados várias
vezes pelo alto índice de suicídios entre adolescentes e jovens, os
quais são psicologicamente pressionados pelas famílias e por este
sistema educacional altamente exigente.
Atualmente este mecanismo está em fase de transformação, pois no
Japão também urge a acomodação da educação ao mundo pós-moderno; assim, é
preciso que os alunos aprendam também a exercitar a liberdade e o ato
criador. Segundo o Suplemento de Educação Superior do The Times, as
principais instituições universitárias japonesas hoje são a Universidade
de Tóquio, a Universidade de Quioto e a Universidade de Osaka. As
escolas particulares têm um papel igualmente importante na educação,
especialmente nas esferas da pré-escola e do ensino superior.
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