segunda-feira, 18 de agosto de 2025

O SOL, OS RIOS, OS PEIXES E O ZEZINHO

 

                    OS RIOS E OS PEIXES

                                            


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Anzois – Portal Pesca Amadora Esportiva

Guia peixes

PESQUE E PAGUE.

PESQUE E SOLTE. 

PESQUE E COMA(ACEITÁVEL)


                                                                                  

     O MENINO

Zezinho,7 anos de idade,  mora  no campo e ainda não frequenta  as escolas do imaginário humano. Sonha com este dia, porém  é  escolado  na linguagem da natureza: A terra, a chuva, o sol, a lua, a noite, o dia, as águas, os ventos,  as plantas, os animais domésticos,  os  silvestres, os  pássaros, os insetos e até os répteis. 

É poliglota, etólogo,  ambientalista, sociólogo, ecologista,  biólogo, agricultor, pecuarista e outras da sua  imaginação, só não sabe  as leituras desenvolvidas pelo imaginário humano, os ensinamentos constituídos de   demandas seletivas, excludentes, que    estudam os fenômenos  materiais, imateriais e ao mesmo tempo  sedimentam os mecanismos  da estratificação da sociedade. É   de cabal importância para o homem ascender na escala socioeconômico e cultural, e  não continuar no limbo ou na base da pirâmide  social   criada pelos humanos. O Zezinho tem sede do saber e olha para o futuro da humanidade.  

Diz  a neurociência,   que na primeira infância, a linguagem oficial é a que prega   o amor, a verdade, a pureza, o  respeito, a compaixão, o compartilhamento, a linguagem dos animais, a  sinceridade, a inteligência e da igualdade entre os seres humanos.  Com o passar dos tempos, o homem vai remodelando  pilar por pilar, pedra por pedra,  para que possa, com as agruras sofridas,  construir os templos do artificialismo da vida. 

Seguir os princípios pétreos  da linguagem da primeira infância, é fundamental para o forjamento do cidadão; porém,  na   trajetória da vida  muitos sofrem  avarias  morais, danificam a  personalidade, entram num mundo obscuro e sedimentam  diversos  desvios de comportamentos que serão aplicados na vida adulta.


                               O DIÁLOGO COM O SOL

Conta  Zezinho que tem conversado com os seus amigos de infância, todos têm queixas contra o comportamento dos seres  humanos, principalmente dos povos mais desenvolvidos. 

Diz que o Sol  é a principal peça do sistema solar, alimenta  a terra e os demais planetas sem distinção, sem  preconceitos  e nada pede em troca. Sabe da sua tarefa, de sua  importância e  anda preocupado com a atuação dos humanos. Tem observações e  reclamações a fazer. 

Dizem os homens, que  ele, o sol, é o responsável pelo câncer de pele,  que  resseca o solo, evapora as águas dos rios, oceanos, lagos, córregos e açudes e é o   vilão da desertificação do planeta. Esquecem, que estes  atos fazem parte de sua função, são necessários para os ciclos  da vida.  Diz que na Natureza  nada se cria, nada se perde, tudo se transforma e não pode  mudar o seu comportamento, é o seu ofício. 

Relata que faz este trabalho há 5 bilhões  de anos  e ainda tem mais 5 bilhões para atuar. Refere que os seus raios,  na velocidade da luz, 300 mil quilômetros por segundo, gastam 8,5 minutos e viajam 150 milhões  de quilômetros para chegar à   terra, lhe dando vida e esperança.

Reforça que as árvores   recebem   os raios solares, fazem a fotossíntese, produzem  frutos, grãos e   tubérculos  que alimentam os homens e os animais  herbívoros, estes  consomem os vegetais,  multiplicam-se e são consumidos pelos  homens e pelos  animais  carnívoros. 

Enfatiza  que compondo o equilíbrio da natureza, existem   os produtores, os consumidores e os decompositores, todos estão sob a sua batuta.

Afirma  que arroz, milho, feijão, soja, trigo, lentilha, ervilhas e as favas são  energia solar concentrada em forma de grãos, da mesma forma  que são todos os tipos de carnes.  É peremptório  em afirmar  que é  a mais importante fonte de energia,  de  vida  e de   saúde  para toda a natureza, inclusive para os  humanos. Relata  que,  o que os seres vivos  comem,   nada mais são do   que  energia solar compactada em proteínas, glicídios, lipídios, hidrocarbonetos e sais minerais.                                                                                                         

OS RIOS

O Sol, o líder do grupo,  traz diversas queixas dos seus componentes.

Os  Rios andam assombrados e perplexos com o futuro, encontram-se  exaustos e não aguentam as atrocidades praticadas pelos humanos. Cortam as árvores das suas margens, constroem habitações nos seus trajetos, desviam aleatoriamente as suas águas e jogam dejetos de todos os tipos  nos seus leitos, lixos orgânicos,  químicos, metais e os tóxicos. Reclamam que um dia poderão não suportar  tais agressões  e poderão perecer antes do tempo, alertam  que   a promoção   da vida é  tarefa  de todos.

Lembram que nas suas águas vivem diversos tipos de vidas e por onde passam alimentam milhares de outras vidas, tanto vegetais como  animais e são as artérias da terra.

Transportam muitos nutrientes na suas águas e juntos  aos oceanos, lagos, córregos, lagoas, açudes, aquíferos  e outros trajetos subterrâneos   levam a vida para todos. 

Enfatizam que a Terra é  viva e nunca para de se transformar, vive em metamorfose, depende das suas águas e dos nutrientes que nelas se encontram.

Apontaram um grave crime que os humanos praticam contra os peixes, os  seus principais  moradores.   Os peixes vivem felizes nas suas águas,  suprem a cadeia  alimentar, inclusive para os  humanos. São peças  importantes  para todas as espécies que habitam a terra.  

O que  é inadmissível e sem defesa, é o fato dos humanos pescarem  para o entretenimento, dizem que pescam pelo lazer, isto  não é ético. Enquanto divertem-se e riem,   maltratam os inocentes peixes e  vangloriam-se das atrocidades praticadas, um grande percentual dos peixes pescados e soltos morrem pelas as avarias sofridas. Os Rios não  entendem como um homem pode se sentir feliz em prender  um peixe pela boca, confirma o aforismo de  que o homem é sanguinário e pensa que é o dono do planeta.

           Veja um trecho  do  relato vivido por um dos rios:

“Os homens usam anzóis de metal camuflados com   fragmentos de carne ou falsos peixes pequenos.  O peixe  pensa que é alimento e tenta engolir para matar a fome ou levar para as suas crias, o pontiagudo ferro encrava na sua boca, o animal passa  horas  brigando para se livrar  e não consegue. Sem forças, exausto e com ferimentos  é vencido, os homens  ficam felizes, pulam   de  contentamento por este satânico e criminoso ato. Não se resignam e nem se comovem com as dores, o sofrimento e o pânico que passa aquele animal. Expõem  ao público moralmente  destruído, ridicularizado, envergonhado e  como um troféu quase sem vida. Em  seguida  o solta  na mesma água com avarias  nos ossos e cartilagens da cabeça;  boca, olhos, barbatanas, queixo,  brânquias e garganta mortalmente feridas. É uma afronta  à vida e um ato inescrupuloso, para depois  morrer pelos ferimentos sofridos. Fale para os homens que carcaça não boia, afunda.


O RECADO DO SOL

" Zezinho, diga aos humanos, que preservar os recursos naturais ou explorá-los com respeito  é preservar a continuidade da vida. 

Lembre, para eles,   que muitas civilizações já se  foram, esta também irá e outras surgirão. 

Para a terra   ainda restam 5 bilhões de anos. A terra é de todos e merece respeito. 

Para o globo terrestre,  os humanos  não estão acima dos animais não humanos e nem  acima da natureza  "


Iderval Reginaldo Tenório

Saga da Amazônia Vital Farias

7:56
Saga da Amazônia Vital Farias. 118K views · 8 years ago ...more. Kuarup Produtora. 33.1K. Subscribe. 2.6K. Share.
YouTube · Kuarup Produtora · 19 de out. de 2016


Um comentário:

Anônimo disse...

Interessante, esse tipo de esporte. Não seria necessário. Na realidade vai do tamanho do Peixe para ver qual o.maior cruel, entre risos e covardia. Nem sequer pensa que o anzol corta toda a parte vital dos peixes.Eles soltam e rir como fosse um troféu. E de uma crueldade, pois eles não tem como viver. E os animais voltam para cada com suas ferramentas de pura covardia. Assim também são as Espingardas ou trás ferramentas mais sofisticacadas que usam para caçar. " Um dia da caça um dia do caçador" sacrificar, torturar não é de gente é dos ignorantes. Valeu, meu amigo. Achei bem necessário.