quarta-feira, 20 de setembro de 2023

O NOVÍSSIMO TESTAMENTO E OS DIREITOS HUMANOS.

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   O NOVÍSSIMO TESTAMENTO E OS DIREITOS HUMANOS.

O mundo mudou, a sociedade evoluiu, a ciência suplantou muitos dogmas do Velho  e do Novo Testamento, inclusive na área médica, e a nova Igreja teve que se adaptar ao  modernismo. 

No fim do século XX e  início do século XXI,    imbuída da responsabilidade civil e eclesiástica, a Igreja Católica teve que tomar novas medidas e iniciou a escritura do terceiro tomo do livro sagrado, o Novíssimo Testamento

Uma das principais medidas foi afastar o Papa Bento XVI, o alemão Joseph Aloisius Ratzinger,  que tinha que executar franciscanamente  os novos planos da Igreja, este não aceitou e se recusou a dá o ponta pé inicial .  

Diplomaticamente foi orientado a renunciar e ser  substituído por um que   obdecesse as ordens dos verdadeiros legisladores da política  mundial, os líderes do G8 e dos  notáveis mandatários da Igreja Católica, os purpurados cardeais, aqueles que têm direito ao voto no Conclave para eleger o pontífice maior, o Papa.  Num grande concílio, os Cardeais elaboraram um pétreo dossiê, com os modernos  ditames que o novo Papa deveria seguir . 

O Dossiê exigia um Pontífice  seguidor irrestrito do  frade   Giovanni di Pietro di Bernardone, canonizado como São Francisco de Assis, inclusive o novo papa deveria receber este nome: PAPA FRANCISCO.

 Foi escolhido o argentino Jorge Mario Bergoglio e  denominado de o Papa Francisco, por preencher todos os pré-requisitos e jurar obediência às descisões do Concilho.  A sua função é executar e aplicar os novos ditames da Igreja Rejuvenescida de cordo com os movimentos contemporâneos, das constituições das grandes potências, como também seguir, o mais próximo possível,  letra por letra o comportamento de São Francisco de Assis (batizado como Giovanni di Pietro di Bernardone; Assis, 1181 ou 1182 — 3 de outubro de 1226), com o intuíto de aproximar os fiéis e não mais o desgarramento de ovelhas para outras Igrejas. 

A  Instituição foi enquadrada nas leis civis   das nações desenvolvidas. A política social, ambiental, ecônomica e os direitos humanos   tomaram o seu comando e passaram a construir uma nova Igreja.  

Os pensamentos dos  lideres, as conquistas democráticas e o exercício  da cidadania passaram a ser o guia a ser seguido pela Igreja Cristã e pelo novo Papa. 

Abrir as portas para as minorias e garantir os seus direitos  é hoje a principal conduta da Igreja e do Novíssimo Testamento, não sendo assim, caminhará na contra mão da civilização moderna, tanto para os  humanos,   os animais não humanos( verdadeiros compontes da familia) e  a natureza. O meio ambiente  é uma das principais demandas da Igreja Católica e um dos pontos chaves desta civilização. 

Sabedora da importância do  Novíssimo Testamento para a atual sociedade civilizada,   com as suas lutas e conquistas, a Igreja Católica toma a dianteira das demais e parte para a sua modernização. Abre as suas portas para uma avalanche  de processos de beatificação e de canonização, engavetadas há séculos, afrouxa quanto aos relacionamentos afetivos entre homem/mulher, homem/homem e mulher/mulher, aceitando a homossexualidade, os avanços sociais e todas as conquistas dos grupos antigamente chamados de minorias, notadamente os equivocadamente denominados de negros, como também os índios, os quilombolas e os LGBTQIAP+.

No tocante ao matrimônio, divórcio, procriação, adoção,  prostituição e ao filho bastardo,   a Igreja Cristã Católica seguirá ao lado da sociedade civil organizada e estudada, seguirá as constituições e as decisões parlamentares das nações hegemônicas, elas  estão escrevendo  os capítulos do Novíssimo Testamento. 

A Igreja Cristã Católica  seguirá o seu caminho cônscia de que a perseguição a outras religiões é um atraso, é pregar a discórdia, é ir de encontro e bater de frente com a   natureza laica de um  Estado Democrático, Jesus Cristo é o mesmo em qualquer religião Cristã.

A esta fase da  Igreja, dar-se o nome de O Novíssimo Testamento, o qual neutraliza e anula muitos ditames abomináveis do Velho e do Novo Testamento, hoje rejeitados pelos cristãos modernos contemporâneos. 

Com esta nova carta,  o mundo procurará ser mais humano e  democrático,  onde todos terão os mesmos direitos e deveres.

As minorias serão respeitadas e serão iguais perante o Estado e a Igreja.  A vida civil com os seus ditames terá mais importância do que o credo religioso, cor, etnia,  preferência política, estado cívil, sexo ou orientação sexual, o importante é o exercício da cidadania. 

O Mundo cotidianamente  muda e não se aceita mais as leis do Velho Testamento, dente por dente, olho por olho, fígado por fígado e cabeça por cabeça, nem  se  aceita o céu, o inferno, o purgatório e  as indulgências do Novo Testamento. 

As  demandas atuais   obrigaram e obrigarão a Igreja a escrever   o Novíssimo Testamento, este  sob a regência  das Constituições das nações hegemônicas.

Os tradicionalistas e conservadores  dirão: "É O FIM DO MUNDO E DOS TEMPOS",  uma vez que irão  presenciar casamentos entre homossexuais, dissolução oficial do casamento religioso, o uso recreativo do preservativo, o aborto legal,  o aborto  terapêutico, a normatização das  prostitutas, o sacerdócio às mulheres e a queda do celibato.

A Igreja católica não pode peitar as leis civís, os ditames políticos ambientais, as conquistas da humanidade e nem os princípios democráticos atuais.

Os seres humanos,   os animais irracionais, os vegetais e os minerais merecem respeito e  cuidado nos seus manejos, é a humanidade  em ebulição pedindo mudanças.

O Novíssimo Testamento será um divisor dos tempos,  daqui para frente será o  norte do mundo moderno .

Muitas vidas, que hoje  fazem parte das minorias,  serão visíveis, passarão a ter uma convivência mais salutar, e  fazer parte da vida como seres humanos sem distinção.

Passarão a usufruir dos mesmos direitos constituicionais  em todo o globo terrestre.  

Os direitos humanos serão o norte do Novíssimo Testamento .

Salvador 18 de Outubro de 2022
                         Iderval Reginaldo Tenório                                 

 

 

 

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