terça-feira, 18 de abril de 2023

Incêndio na Chapada do Araripe , 1964

   

O Fogo e a Caatinga Blog do Mardem: Itapajé: Queimadas ameaçam a saúde da população e a  integridade da rede elétrica, antenas de rádio e TV

CAATINGA> Incêndios devastam vegetação nativa no Ceará; queimadas não param  crescer - CENTRO-SUL | CENTRO-SUL - Diário do Nordeste 

O homem , a Caatinga e o fogo

Com recorde de queimadas, governo gasta só 18% do orçamento contra incêndio 

O Fogo comendo a Caatinga

Crianças vivem as memórias e o medo dos incêndios no Pantanal

         1964, Incêndio na Chapada do Araripe.   


A caatinga ardia em chamas, o chefe   e  alguns trabalhadores roçavam as ressecadas moitas  de jiquiris e outros    arbustos do semi árido nordeste. 

Do outro lado,   mulheres e rapazolas, coordenados por  sua esposa,  limpavam os aceiros contra laterais da velha estrada carroçal e de chão batido. Retiravam garranchos,  gravetos e  capins desidratados , uma vez que  a caatinga, seca,  tem a mesma combustão da bucha ensopada com gasolina, quase semelhante à queima da pólvora. 

As últimas chuvas datavam de mais de dois  anos atrás.  Barreiros secos,  animais esquálidos e as Asas Brancas a procurarem outras plagas.  Apenas os pássaros e os répteis  mais resistentes  contracenavam com as trêmulas miragens a lamberem o duro, vermelho e ressecado  solo  serrano. 

O verde encontrava-se cinza, o sol queimava a pele, a cabeça, o coração, a mente e a alma dos fortes homens do campo, era mais um período de seca,  sem água,  de fome e de sofrimentos.

Anuns,   carcarás, gaviões e cascavéis à   procura de preás, saguins, calangos, pássaros, besouros, formigas e cupins,  para matar a fome  rodeavam as ilhas verdes  sombreadas  pelos umbuzeiros, cajueiros, facheiros, xique-xiques e mandacarus.

As rajadas de ventos quentes, muitas vezes em redemoinhos, levavam de eito o que encontravam pela frente. Carregavam  penas, ciscos,  folhas, ninhos de pássaros,  restos de gafanhotos, argilas, estercos e tudo  que se encotravam no seu caminho, como se o tempo e a velha Chapada do Araripe estivessem a caducar ou, injustamente, pagando  os seus  pecados.

Num visível processo de desertificação,  as lufadas de ventos  e o mormaço invadiam as indefesas capoeiras, a consumir, impiedosamente, os últimos lampejos de vida.

Pássaros, insetos rasteiros, insetos  alados e até mesmo alguns  répteis eram triturados pelo sol causticante  do meio dia.

A vegetação xerófila, os cabeças de frades, os rabos de raposas e os mandacarus, maltratados pelo escaldante calor,  transformavam a caatinga num cinza transparente, expondo ao sol ardente    os  animais, os vegetais e os recursos naturais,  modificando   o ecossistema.

O céu azul, sem nenhuma nuvem, propiciava a visibilidade do mais longínquo infinito.  O astro rei, o sol,  como se estivesse a metros, consumia  com as suas  labaredas a ressecada e moribunda carcaça da velha Chapada do Araripe.  

Zezinho viu, viveu, apagou fogo e sobreviveu.  A  mente da criança gravou  as dantescas cenas.

O fogaréu vermelho, os estalos dos gravetos  em chamas, indiscriminadamente, cuspiam fumaça, enquanto as faiscantes e incandescentes  fuligens, carregadas pelos ventos, salpicavam a troposfera a espalhar fagulhas  para outras plagas.

Homens, com molambos molhados no rosto,  a proteger as ofegantes narinas e os olhos tracomatosos, movimentam-se  em desespero.  Mulheres com panos e vassouras, de galhos secos, cuidadosamente a varrerem as margens da estrada.  Adolescentes, com cabaças d'agua a matar a sede e  ensopar os molambos  dos apagadores do fogo,  corriam aflitos e  aos gritos com os nervos à flor da pele.   O Zezinho, encravado no coração do furdunço fumacento,  à procura dos pais,  fazia parte do tenebroso cenário, foram momentos de medo, choro, insignificância,  coragem e de reflexão

Foi mais um episódio vivido e registrado na sua existência pueril, mais uma lição da natureza e a certeza que o homem do campo, o homem sofrido do nordeste é forte, resistente e merece respeito.

O menino cresceu, lutou, estudou e envelheceu, porém jamais deixou que a criança agreste, que existe dentro de si, sucumbisse e desaparecesse do seu cotidiano.

Entendeu que os segredos da vida, só sabe  quem viveu, quem presenciou e sentiu.  Traz de lembranças algumas cicatrizes e dois pterígios, frutos dos impedernidos raios solares,   marcas registradas dos povos dos  sertões nordestinos.

 Zezinho fez e faz parte deste tenebroso  universo.  Ele viu, viveu e sobreviveu,  Zezinho é um sobrevivente.  

Como disse o Euclides da Cunha, em "Os Sertões": " O nordestino  é antes de tudo, um forte". 

       É um verdadeiro apagador de incêndios, é um sobrevivente.

Salvador, 18 de Março de 1986

Iderval Reginaldo Tenório

Escutem a Asa Branca de Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga . Depois

de Zé Dantas e Luiz Gonzaga, A Volta da Asa Branca.

Asa Branca/A Volta Da Asa Branca (Ao Vivo) - YouTube

Provided to YouTube by RCA Records LabelAsa Branca/A Volta Da Asa Branca (Ao Vivo) · Luiz GonzagaLuiz Gonzaga Volta Pra Curtir℗ 1972 SONY ...
YouTube · Luiz Gonzaga - Topic · 8 de nov. de 2014


 

segunda-feira, 17 de abril de 2023

O NOVÍSSIMO TESTAMENTO- A IGREJA ATUAL

                                A importância dos últimos três Papas - Motorista brasileiro em Roma -  Barraqueiro Tour           

O NOVÍSSIMO TESTAMENTO

Angela Merkel: a líder prática e conciliadora que marcou o início do século  | Mundo | G1

O mundo mudou, a sociedade evoluiu, a ciência suplantou muitos dogmas do Velho Testamento, inclusive na área médica, e a nova Igreja teve que se adaptar ao  odernismo. 

No fim do século XX e  início do século XXI,    imbuída da responsabilidade civil e eclesiástica, a Igreja Católica teve que tomar novas medidas e iniciou a escritura do terceiro tomo do livro sagrado, o Novíssimo Testamento. 
 
Uma das principais medidas foi afastar o Papa Bento XVI, o alemão Joseph Aloisius Ratzinger,  que tinha que executar franciscanamente  os novos planos da Igreja, este não aceitou e se recusou a dá o ponta pé inicial .  
 
Diplomaticamente foi orientado a renunciar e ser  substituído por um que   obdecesse as ordens dos notáveis  que comandam a Igreja Católica. Num grande conclave , os Cardeais elaboraram um pétreo dossiê com os modernos  ditames    que o novo Papa deveria seguir . 
 
O Dossiê exigia um Pontífice  seguidor irrestrito do  frade   Giovanni di Pietro di Bernardone, nascido   em Assis -Italia no século XII  , canonizado como São Francsico de Assis e  o novo Papa deveria receber este nome .
 
 Foi escolhido o argentino Jorge Mario Bergoglio , denominado de o Papa Francisco, por preencher todos os pré-requisitos e jurar obediência as descisões do Consilho.  A sua função é executar e aplicar os novos ditames da Igreja Rejuvenescida de cordo com os movimentos contemporâneos e das grandes potências .

A  Instituição foi enquadrada nas leis civis   das nações desenvolvidas. A política social , economia e os direitos humanos   tomaram o seu comando e passaram a construir uma nova Igreja.  
 
Os pensamentos dos  lideres , as conquistas democráticas e o exercício  da cidadania passaram a ser o guia a ser seguido pela Igreja Cristã
 
Abrir as portas para as minorias e garantir os seus direitos  é hoje a principal conduta da Igreja e do Novíssimo Testamento, não sendo assim caminhará na contra mão da civilização moderna, tanto para os  humanos,   os animais não humanos( verdadeiros compontes da familia) e  a natureza. O meio ambiente  é uma das principais demandas da Igreja Católica e um dos pontos chaves desta civilização. 

Sabedora da importância d Novíssimo Testamento, para a atual sociedade civilizada,   com as suas lutas e conquistas, a Igreja Católica toma a dianteira das demais e parte para a sua modernização, abre as suas portas para uma avalanche  de processos de beatificação e de canonização engavetadas há séculos, afrouxa quanto aos relacionamentos afetivos entre homem/mulher, homem/homem e mulher/mulher aceitando a homossexualidade e a separação como propriedades normais e naturais.  
 
No tocante ao matrimônio, ao divórcio, procriação, adoção ,  prostituição e ao filho bastardo,   a Igreja Cristã Católica seguirá ao lado da sociedade civil organizada e estudada, seguirá as constituições e as descisões parlamentares das nações hegemônicas, elas  estão escrevendo  os capítulos do Novíssimo Testamento. 

A Igreja Cristã Católica  seguirá o seu caminho cônscia de que a perseguição a outras religiões é um atraso , é pregar a discórdia , é ir de encontro e bater de frente com a   natureza laica de um  Estado Democrático, Jesus Cristo é o mesmo em qualquer religião Cristã.

A esta fase da  Igreja, dá-se o nome de O Novíssimo Testamento, o qual neutraliza e anula muitos ditames abomináveis do Velho e do Novo Testamento , hoje rejeitados pelos cristãos modernos contemporâneos. 
 
Com esta nova carta,  o mundo procurará ser mais humano e  democrático,  onde todos terão os mesmos direitos e deveres.
 
As minorias serão respeitadas e serão iguais perante o Estado e a Igreja Católica.  A vida civil com os seus ditames terá mais importância do que a vida religiosa, o importante é o exercício da cidadania .

O Mundo cotidianamente  muda,  não se aceita mais as leis do Velho Testamento dente por dente, olho por olho, fígado por fígado e cabeça por cabeça, nem   aceita o céu, o inferno , o purgatório e  as indulgências do Novo Testamento. 
 
As  demandas atuais   obrigaram e obrigarão a Igreja a escrever   o Novíssimo Testamento, este  sob a regência  das Constituições das nações hegemônicas.

Os tradicionalistas e conservadores  dirão: "É O FIM DO MUNDO E DOS TEMPOS",  uma vez que irão  presenciar casamentos entre homossexuais , dissolução oficial do casamento religioso, o uso recreativo do preservativo , o aborto legal ,  o aborto  terapêutico, a normatização das  prostitutas, o sacerdócio às mulheres e a queda do celibato .

A Igreja católica não pode peitar as leis civís, os ditames políticos, as conquistas da humanidade e nem os princípios democráticos atuais  .
 
Os seres humanos  ,   os animais irracionais  , os vegetais e os minerais merecem respeito e  cuidado nos seus manejos, é a humanidade  em ebulição pedindo mudanças .

O Novíssimo Testamento será um divisor dos tempos,  daqui para frente será o  norte do mundo moderno .
 
Muitas vidas , que hoje  fazem partes das minorias,  serão visíveis, passarão a ter uma convivencia mais salutar, e  fazer parte da vida como seres humanos do  mesmo quilate das maiorias. 
 
Passarão a usufruir dos mesmos direitos constituicionais  em todo o globo terrestre.  
 
Os direitos humanos serão o norte do Novíssimo Testamento  
 
Salvador 18 de Outubro de 2022

Iderval Reginaldo Tenório
                                 

                                         Capítulo I

                                 O Velho Testamento

Com o intuito de frear a saga humana pela desobediência ,  de impor medo ao cometer pecados e incutir que existe o céu para os bons e o inferno para os maus,  a casta dominante criou num período de  milênios de  anos   um regimento para conduzir a vida dos súditos e o chamou de  O Livro Sagrado, relata que foi escrito sob a inspiração de Deus.

Este complexo Regimento  e livro de códigos foi idealizado em dois grandes volumes , o primeiro chamado de O Velho Testamento, que reza do início do mundo (GENESE) até o nascimento de Cristo (aC) e o segundo livro,  chamado de O Novo Testamento,   reza as leis e os fatos que vieram depois do nascimento de Jesus (dC).


Capítulo II
 
O NOVO TESTAMENTO

                                                       
Com o nascimento de Jesus Cristo surgiu o Cristianismo , hoje com  2,2 bilhões de adeptos em todo o  mundo. Nesta nova era, a de Cristo,  o segundo livro Sagrado recebeu o nome de  Novo Testamento,   seguido pelos Católicos, Protestantes no  século XVI e a Igreja Católica Apostólica Ortodoxa

A Igreja  Romana só  aceitou o Cristianismo como Religião Oficial e Jesus  como seu maior mentor  no século IV dC com o Rei Constantino, nesta época os seguidores de Cristo eram clandestinos e perseguidos pelo império . No ano de 384 em função do Edito da Tessalônica, de Teodósio Magno, o cristianismo se torna a religião oficial do Império Romano.
 
Para o Imperador de Roma, era ele a figura maior, era em si,  a própria  religião, o único deus.  Não poderia existir outra figura mais importante, todos os súditos lhe deveriam deferência de santidade.  
 
A história da vinda do Messias era uma ameaça e  incomodava o imperador, uma vez que o Rei deveria ser o único amado, idolatrado  e adorado pelo povo, foi por intermédio de um sonho, que o Imperador Romano Constatino , para pagar uma dádiva e uma dívida ,  oficializou a religião de Cristo como a oficial do seu imperio. No sonho Deus mandava o mesmo colocar uma  cruz em todos  os utensilhos dos soldados Romanos .
 
A famosa batalha a  Ponte Mílvio (ou Mílvia), perto de Roma, onde Constantino eliminou seu rival Maxêncio, em 28 de outubro de 312.
 
 Esta vitória  ele atribuiu à proteção do Deus cristão e  o ponto de partida para oficializar o cristianismo.

                                  Iderval Reginaldo Tenório.
                                                                 

O HOMEM DO SERTÃO E OS CÃES DE CAÇA.

Raça de Cachorro Africana | Basenji Africano

 

cachorro com tatu|Pesquisa do TikTok

 

O HOMEM DO SERTÃO      

 Ao escutar o chamamento de sua cadela   Piaba, seu Joaquim, aos 76 anos, tomou o caminho da capoeira.

Animal de  latido forte, respiração ofegante e grunhido  estridente, fungava desgovernadamente.     Ao lado as duas filhas, Baleia  e Peixinha,  abaixo do seu focinho um tatu peba prestes a escapar.

A presa brigava ferozmente pela vida, esperneava desesperadamente, não estava ali para morrer, três  contra um, era uma briga hercúlea, uma contenda desigual.

Piaba, a anciã,   estava cansada e  sem forças, Peixinha a caçula, uma cadela branca,   magra e  preguiçosa,  mal tinha coragem para latir, e quando latia, era um latido fino, curto, incompleto e sem expressão,  um latido sem identificação, sem força e sem coragem.  Peixinha era a retratação fiel do insucesso e da indiferença,  o seu latido não ecoava, não foi  registrado na mente dos racionais ou dos  irracionais da região.

Peixinha recebia  tudo nas mãos, sem  esforços, era uma voraz consumidora.  Na linguagem sertaneja, nascera sem faro, latia amiudado para tudo e para todos, no primeiro grito que levava, botava o rabo entre as pernas, baixava a cabeça,  transformava-se num pacote e saia sorrateiramente medindo os passos, apesar de nova, dormia muito e não tinha iniciativa.

Baleia,  a filha mais velha, era uma  cadela musculosa, dentes afiados, pontiagudos, amolados, língua grande e molhada, olhar fixo, pele sem defeito, focinho preto, patas largas, rabo comprido, branco com rajas  alaranjadas.  O seu latido era forte, latido de uma guerreira e  que todos os  cachorros da redondeza  respeitavam. 

Quando  Baleia latia os demais escutavam com respeito.  A cadela tinha uma  inteligência aguçada, latia pouco e nunca se deitava dentro de casa, sempre  no oitão,  nos fundos ou na frente da morada. De  olhos abertos e  narinas dilatadas, sempre de prontidão e a observar a redondeza.

 No mato, quando saia para caçar, deixava o capiau junto à fogueira. Orelhas atentas e  narinas abertas sondava o ambiente por todos os lados, qualquer balançar de  arbusto, estava lá Baleia a averiguar.  Com relação a caça,  primeiro deixava a presa cansar, exauridas  as forças, Baleia  aplicava o golpe final, sacrificava o animal. Herdara da mãe  todas as qualidades. Foi assim que a  cadela se comportou diante de sua mãe  no encalço do tatu peba.  A caça  não media esforços para escapar das garras da velha cadela. Disputava com a senil, a loteria da vida, todo o esforço é pouco para conquistar a ameaçada vida.   

Peixinha, a magrela,  latia para dentro, com medo e sem rumo, latia por latir.  Piaba exausta, ofegante, coração acelerado estava  entregando os pontos. Diante da cena, dos fatos e da luta,  a cachorra Baleia  tomou a dianteira. 

O tatu peba desorientado, cansado e acuado estava prestes a entrar na toca, e uma vez  emburacado, só sai quando se sente seguro. Muitas vezes a toca tem duas bocas, ele entra por uma e sai pela outra, e  deixa os caninos a latir, fuçar e farejar a boca de entrada até desistir.  Na maioria das vezes, só vira comida se o caçador cavar à sua procura, a cachorra sabe muito bem destes detalhes, nasceu vendo a sua mãe  caçar. 

A nova líder não titubeou, ficou frente a frente com a caça, mirou a sua cabeça, fixou as patas trazeiras no banco de areia  e fincou as presas no valente tatu, foi a gloria de seu Joaquim, foi o golpe final, mais uma etapa no ciclo da sobrevivência.

Ciclo da lida diária dos seres vivos, que fazem de tudo para  escapar da fome e permanecer vivo   nos esquecidos  sertões do Nordeste.

Os irracionais brigam entre si pela sobrevivência, os maiores eliminam os menores, lutam pela bóia diária, mas não contribuem para o desequilíbrio da natureza, já os homens em busca do pão de cada dia, abandonados pelos  poderosos,   lutam entre si e contra os animais, muitos em processo de extinção.

Os capiaus, num salvem-se quem puder, com as suas peixeiras, espingardas, enxadas, facões  e foices propiciam pequenas  devastações da fauna e da flora, numa luta desigual e desumana, brigam pela subsistência.   

 Neste dia, seu Joaquim, esposa e  filhos tiveram  carne para comer. Foi assim por muitos anos a vida dos Nordestinos natos da Serra do Araripe. Homens  da Caatinga, mãos grossas, voz gutural, tez esturricada, dentes falhos,  pensamento curto e mente limitada. Nordestinos  dos currais, dos roçados, das coivaras, das miragens, das crenças, da dependência e da    subserviência. 

Salvem-se quem puder, continua sendo o lema do árido Nordeste, regado pelos trovões da desinformação, da exploração  e da inexistência das chuvas de  cidadania .

 

                             Salvador, 17 de Abril de 2023

                                  Iderval Reginaldo Tenório

A composição de Edeor de Paula foi interpretada na avenida por Nando e Baianinho[5].

Entre os cantores que regravaram o samba estão Mestre Marçal e Dudu Nobre[6]

 



Em Cima Da Hora 1976 - OS SERTÕES (SAMBA+LETRA)
YouTube Arthur Sambista
24 de ago. de 2018