segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

NOVO SISTEMA PENITENCIARIO

         









 




                




NOVO SISTEMA PENITENCIÁRIO

              Há muito tempo que os contribuintes sustentam os que estão presos cumprindo pena por delitos cometidos contra estes mesmos contribuintes, isto quer dizer que o indivíduo comete um crime contra um determinado   cidadão  e é este mesmo cidadão quando não morre quem paga as suas despesas, a sua estada, a sua alimentação, os seus advogados e ainda indeniza a sua família com um salário superior ao mínimo para que não fique desamparada(Salário  Reclusão).

             Muitas pessoas e até mesmo autoridades baseados nos conhecimentos religiosos e nos direitos humanos enxergam  como solução o emprego dos detentos fora dos presídios ou a abertura de industrias nas penitenciárias com o intuito de ocupar a  ociosidade, com estas medidas os detentos teriam trabalhos e poderiam diminuir as suas penas além do salário que é de direito como trabalhador. De imediato qualquer cidadão que não concorde com estas medidas seria chamado de louco ou até mesmo de imbecil para não taxá-lo de desumano, pois o argumento é que estas medidas seriam uma das maneiras de recuperá-los.

            Fazendo uma reflexão minuciosa do quadro, estas medidas tidas como importantes o que poderiam gerar?o que de bom trariam e o que de ruim poderia acontecer?

                                             Ao assunto:

           1-Ao priorizar os detentos nas vagas das indústrias,do comércio e dos serviços inclusive dando incentivos aos empregadores, onde iriam trabalhar os contribuintes ,os  desempregados e os cidadãos que não cometeram crime contra a sociedade?  Se os empregos seriam gerados dentro dos presídios e exclusivamente para os presos?

           2- Ao abrir indústrias dentro dos presídios para o emprego dos detentos não seria um prêmio a quem cometeu delitos em desfavor dos que não cometeram  e se encontram honestamente à procura de uma ocupação, estas vagas que deveriam surgir para os que precisam e estão fora do sistema presidiário não seriam um incentivo ao delito? uma vez que lá dentro seria mais fácil uma ocupação?

         3-Não seria uma afronta à sociedade a geração de múltiplos empregos dentro dos presídios quando fora existe um batalhão de desempregados precisando destes mesmos empregos?

           Farei alguns comentários, darei algumas sugestões e acredito que trariam bons resultados.

           Existem varias atividades que ocupariam os detentos sem prejudicar a sociedade, sem trazer prejuízo e gerando riqueza para a nação. Das principais atividades e de suma importância lembro duas de magnífica necessidade: a produção de energia elétrica e a captação da água. Estas atividades seriam desempenhadas pelos detentos utilizando a força dos seus músculos em diversos equipamentos manuais em vez de serem gastas em atividades supérfluas como práticas esportivas , nas academias ou acumuladas  na forma de gorduras.

            Os presídios seriam verdadeiras usinas para a produção de energia elétrica e grandes bombas para a retirada de água do subsolo. Caberia ao Governo tornar públicas estas medidas para o bem da nação, como também tornar público para a população e principalmente ao jovem como é a vida dentro de um presídio, mostrando que é mais vantajoso o estudo,  mais proveitoso ser honesto, como  mais valioso a conquista com o seu suor do que a vida fácil ,valorizando a cidadania e desmotivando a delinqüência ,  com esta atitude poderia se criar um sistema penitenciário mais humano e mais justo para todos.

                                   Veja o que proponho:

           1-Que todos os cidadãos tomem conhecimento através de cartilhas,jornais e mídia em geral como é valiosa a vida em liberdade e como é triste a vida dentro de um presídio,para quando se um dia forem presos não tomarem como novidades os tratamentos recebidos e as suas tarefas como detentos .
            Antes do indivíduo ser preso ,que seja lembrado ao mesmo  e à sua família como funciona uma penitenciária,quais serão os seus afazeres,  os seus direitos e as suas obrigações.

           2-Os aposentos serão os mais simples possíveis desde quando não provoquem rebeldias entre os detentos,iguais aos aposentos  da maioria esmagadora dos trabalhadores que vivem na honestidade.

           3-A alimentação apenas o básico, puramente para alimentar, sem variedades,sem mudanças de cardápios,não se oferecendo sobremesas ou quaisquer outros agrados

           4-Visitas íntimas anualmente, não privando de visitas familiares mensais.

           5-Assistência Médica e Odontológica o básico, a mesma  que a sociedade recebe, nada de tratamento médico-odontológico sofisticados ou privilégios, seria feito uma proporcionalidade nos mesmos padrões que recebem os cidadãos que trabalham honestamente. Atenção maior para as pragas do século: AIDS e as doenças infecto-contagiosas.

           6-As custas seriam pagas pelos familiares dos detentos de acordo com o padrão de cada um e complementado pelos serviços prestados dentro das penitenciárias.
          
          7-Terminantemente proibido qualquer meio de comunicação com o exterior da casa,seria criado um serviço de auto-falante interno que funcionaria durante 24 horas por dia com músicas,cultos religiosos de todas as correntes e ensinamentos de boas maneiras,tal qual as grande fábricas do mundo que não param.

          8-Proibida qualquer prática de esporte, pois seria um privilégio e um desperdício de energia muscular, uma vez que esta energia deveria puramente ser utilizada no trabalho braçal nas suas ocupações deliberada pela direção,que alem das oito horas normais seriam acrescentadas mais  quatro como medida para recuperação do indivíduo,não se configurando castigo,pois quase todos os profissionais livres trabalham mais do que isso.

         9-Não se faz necessárias surras e nem castigos desumanos como também não é cabível nenhuma mordomia, basta que sejam tratados como seres humanos,basta que o trabalho exaustivo,o custeio de suas despesas e a perda da liberdade sejam os principais castigos.

                                            Ocupação:

            A)Toda a energia elétrica utilizada no presídio seria produzida pelos detentos através de grandes geradores movido a  força humana, como era gerado tempos atrás, cada bloco ou grupo  cuidaria deste setor movimentando moinhos conectados a múltiplos geradores, o excedente seria jogado na rede, com esta medida seriam ocupados milhares de homens produzindo a tão sonhada e necessária energia para a nação.

           B)A água consumida seria produzida por diversas bombas manuais movidas pelos detentos tal qual era 30 anos atrás e ainda é em diversas localidades desta nação, o excedente que seria muito, seria jogado na rede para o consumo das cidades.

           C)Cada presidiário receberia um determinado valor ,que seria proporcional à sua carga de trabalho  depois de retirados os custos dos equipamentos, do imóvel e das suas despesas tal qual os contribuintes fora dos presídios.

            D)Dentre os presidiários existem aqueles que não são periculosos, estes trabalhariam no ensino, na catequese e nas diversas atividades que dominam. Seriam criadas escolas de todos os  tipos como também o incentivo às artes(poesia, música,teatro,leituras, treinamento na escrita e na produção literária ) todas as atividades encabeçadas por detentos de melhor padrão educacional.

           E) Os detentos de alta periculosidade seja intelectual ou por desumanidade seriam tratados com mais severidade e com rigoroso isolamento social, sendo as custas destes presidiários de sua total responsabilidade e dos seus familiares linearmente, um custodiaria o outro sem nenhum centavo do erário público.

          Ao ser transportado um presidiário de alta periculosidade de um presídio para outro seria comunicado ao departamento de direitos humanos que acompanharia este transporte, seria sem informação à mídia, não seria destacado diversos veículos fazendo alarde, seria uma transferência silenciosa e só algumas autoridades saberiam para onde o mesmo foi transferido.

          Todo o exposto neste artigo teria que ser amplamente debatido com a sociedade e divulgada nos veículos de comunicação da nação a preço de custo para que os jovens, os pais, os professores, as autoridades de uma maneira em geral ficassem cientes do que vai passar aquele que cometer um delito contra a sociedade.   O dinheiro empregado na construção de penitenciarias seria aplicado em escolas básicas, escolas técnicas e no preparo de professores para ocupar as milhares de vagas tão sonhadas pela sociedade, dando condições para que o cidadão que atinge a idade adulta encontre um mercado de trabalho que absorva a  mão de obra que domina, com estas medidas  seriam cortadas os bolsões que alimentam o caminho da marginalidade em todos os níveis da sociedade . Outro fato de relevante  importância seria a liberação de   todos os cidadãos que  ocupam parte do seu tempo  na luta incessante pelos direitos humanos para se ocuparem agora com os descamisados, com os desdentados, com os desapadrinhados que apesar da extrema honestidade vivem  pendurados nos morros, nos lixões , nas sarjetas e nos becos deste mundão afora . Que a Sociedade seja mais justa com os justos.

                               Salvador, 20 de Março de 2001
                             

                    Iderval Reginaldo Tenório
ACESSE O BLOG  http://www.iderval.blogspot.com 
e leia mais de 500mtérias doseu interesse,discuta e comente.


                      

                                   
                                                                       


                                       


                                        

                    
                 

     
                                        

                                             


                                       

                                     

                                           


                                       

                                                                 

NOVO SISTEMA PENITENCIÁRIO

              Há muito tempo que os contribuintes sustentam os que estão presos cumprindo pena por delitos cometidos contra estes mesmos contribuintes, isto quer dizer que o indivíduo comete um crime contra um determinado   cidadão  e é este mesmo cidadão quando não morre quem paga as suas despesas, a sua estada, a sua alimentação, os seus advogados e ainda indeniza a sua família com um salário superior ao mínimo para que não fique desamparada(Salário  Reclusão).

             Muitas pessoas e até mesmo autoridades baseados nos conhecimentos religiosos e nos direitos humanos enxergam  como solução o emprego dos detentos fora dos presídios ou a abertura de industrias nas penitenciárias com o intuito de ocupar a  ociosidade, com estas medidas os detentos teriam trabalhos e poderiam diminuir as suas penas além do salário que é de direito como trabalhador. De imediato qualquer cidadão que não concorde com estas medidas seria chamado de louco ou até mesmo de imbecil para não taxá-lo de desumano, pois o argumento é que estas medidas seriam uma das maneiras de recuperá-los.

            Fazendo uma reflexão minuciosa do quadro, estas medidas tidas como importantes o que poderiam gerar?o que de bom trariam e o que de ruim poderia acontecer?

                                             Ao assunto:

           1-Ao priorizar os detentos nas vagas das indústrias,do comércio e dos serviços inclusive dando incentivos aos empregadores, onde iriam trabalhar os contribuintes ,os  desempregados e os cidadãos que não cometeram crime contra a sociedade?  Se os empregos seriam gerados dentro dos presídios e exclusivamente para os presos?

           2- Ao abrir indústrias dentro dos presídios para o emprego dos detentos não seria um prêmio a quem cometeu delitos em desfavor dos que não cometeram  e se encontram honestamente à procura de uma ocupação, estas vagas que deveriam surgir para os que precisam e estão fora do sistema presidiário não seriam um incentivo ao delito? uma vez que lá dentro seria mais fácil uma ocupação?

         3-Não seria uma afronta à sociedade a geração de múltiplos empregos dentro dos presídios quando fora existe um batalhão de desempregados precisando destes mesmos empregos?

           Farei alguns comentários, darei algumas sugestões e acredito que trariam bons resultados.

           Existem varias atividades que ocupariam os detentos sem prejudicar a sociedade, sem trazer prejuízo e gerando riqueza para a nação. Das principais atividades e de suma importância lembro duas de magnífica necessidade: a produção de energia elétrica e a captação da água. Estas atividades seriam desempenhadas pelos detentos utilizando a força dos seus músculos em diversos equipamentos manuais em vez de serem gastas em atividades supérfluas como práticas esportivas , nas academias ou acumuladas  na forma de gorduras.

            Os presídios seriam verdadeiras usinas para a produção de energia elétrica e grandes bombas para a retirada de água do subsolo. Caberia ao Governo tornar públicas estas medidas para o bem da nação, como também tornar público para a população e principalmente ao jovem como é a vida dentro de um presídio, mostrando que é mais vantajoso o estudo,  mais proveitoso ser honesto, como  mais valioso a conquista com o seu suor do que a vida fácil ,valorizando a cidadania e desmotivando a delinqüência ,  com esta atitude poderia se criar um sistema penitenciário mais humano e mais justo para todos.

                                   Veja o que proponho:

           1-Que todos os cidadãos tomem conhecimento através de cartilhas,jornais e mídia em geral como é valiosa a vida em liberdade e como é triste a vida dentro de um presídio,para quando se um dia forem presos não tomarem como novidades os tratamentos recebidos e as suas tarefas como detentos .
            Antes do indivíduo ser preso ,que seja lembrado ao mesmo  e à sua família como funciona uma penitenciária,quais serão os seus afazeres,  os seus direitos e as suas obrigações.

           2-Os aposentos serão os mais simples possíveis desde quando não provoquem rebeldias entre os detentos,iguais aos aposentos  da maioria esmagadora dos trabalhadores que vivem na honestidade.

           3-A alimentação apenas o básico, puramente para alimentar, sem variedades,sem mudanças de cardápios,não se oferecendo sobremesas ou quaisquer outros agrados

           4-Visitas íntimas anualmente, não privando de visitas familiares mensais.

           5-Assistência Médica e Odontológica o básico, a mesma  que a sociedade recebe, nada de tratamento médico-odontológico sofisticados ou privilégios, seria feito uma proporcionalidade nos mesmos padrões que recebem os cidadãos que trabalham honestamente. Atenção maior para as pragas do século: AIDS e as doenças infecto-contagiosas.

           6-As custas seriam pagas pelos familiares dos detentos de acordo com o padrão de cada um e complementado pelos serviços prestados dentro das penitenciárias.
          
          7-Terminantemente proibido qualquer meio de comunicação com o exterior da casa,seria criado um serviço de auto-falante interno que funcionaria durante 24 horas por dia com músicas,cultos religiosos de todas as correntes e ensinamentos de boas maneiras,tal qual as grande fábricas do mundo que não param.

          8-Proibida qualquer prática de esporte, pois seria um privilégio e um desperdício de energia muscular, uma vez que esta energia deveria puramente ser utilizada no trabalho braçal nas suas ocupações deliberada pela direção,que alem das oito horas normais seriam acrescentadas mais  quatro como medida para recuperação do indivíduo,não se configurando castigo,pois quase todos os profissionais livres trabalham mais do que isso.

         9-Não se faz necessárias surras e nem castigos desumanos como também não é cabível nenhuma mordomia, basta que sejam tratados como seres humanos,basta que o trabalho exaustivo,o custeio de suas despesas e a perda da liberdade sejam os principais castigos.

                                            Ocupação:

            A)Toda a energia elétrica utilizada no presídio seria produzida pelos detentos através de grandes geradores movido a  força humana, como era gerado tempos atrás, cada bloco ou grupo  cuidaria deste setor movimentando moinhos conectados a múltiplos geradores, o excedente seria jogado na rede, com esta medida seriam ocupados milhares de homens produzindo a tão sonhada e necessária energia para a nação.

           B)A água consumida seria produzida por diversas bombas manuais movidas pelos detentos tal qual era 30 anos atrás e ainda é em diversas localidades desta nação, o excedente que seria muito, seria jogado na rede para o consumo das cidades.

           C)Cada presidiário receberia um determinado valor ,que seria proporcional à sua carga de trabalho  depois de retirados os custos dos equipamentos, do imóvel e das suas despesas tal qual os contribuintes fora dos presídios.

            D)Dentre os presidiários existem aqueles que não são periculosos, estes trabalhariam no ensino, na catequese e nas diversas atividades que dominam. Seriam criadas escolas de todos os  tipos como também o incentivo às artes(poesia, música,teatro,leituras, treinamento na escrita e na produção literária ) todas as atividades encabeçadas por detentos de melhor padrão educacional.

           E) Os detentos de alta periculosidade seja intelectual ou por desumanidade seriam tratados com mais severidade e com rigoroso isolamento social, sendo as custas destes presidiários de sua total responsabilidade e dos seus familiares linearmente, um custodiaria o outro sem nenhum centavo do erário público.

          Ao ser transportado um presidiário de alta periculosidade de um presídio para outro seria comunicado ao departamento de direitos humanos que acompanharia este transporte, seria sem informação à mídia, não seria destacado diversos veículos fazendo alarde, seria uma transferência silenciosa e só algumas autoridades saberiam para onde o mesmo foi transferido.

          Todo o exposto neste artigo teria que ser amplamente debatido com a sociedade e divulgada nos veículos de comunicação da nação a preço de custo para que os jovens, os pais, os professores, as autoridades de uma maneira em geral ficassem cientes do que vai passar aquele que cometer um delito contra a sociedade.   O dinheiro empregado na construção de penitenciarias seria aplicado em escolas básicas, escolas técnicas e no preparo de professores para ocupar as milhares de vagas tão sonhadas pela sociedade, dando condições para que o cidadão que atinge a idade adulta encontre um mercado de trabalho que absorva a  mão de obra que domina, com estas medidas  seriam cortadas os bolsões que alimentam o caminho da marginalidade em todos os níveis da sociedade . Outro fato de relevante  importância seria a liberação de   todos os cidadãos que  ocupam parte do seu tempo  na luta incessante pelos direitos humanos para se ocuparem agora com os descamisados, com os desdentados, com os desapadrinhados que apesar da extrema honestidade vivem  pendurados nos morros, nos lixões , nas sarjetas e nos becos deste mundão afora . Que a Sociedade seja mais justa com os justos.

                               Salvador, 20 de Março de 2001
                             

                    Iderval Reginaldo Tenório
e leia mais de 500mtérias doseu interesse,discuta e comente.

A GUERRA DO CONTESTADO

A GUERRA DO CONTESTADO.
POUCOS SÃO OS BRASILEIROS QUE CONHECEM  AS PEQUENAS GUERRAS OCORRIDAS  NO TERRITÓRIO NACIONAL  DE 1890 A 1930.POSTEI NESTE BLOG ALGUMAS DESTAS GUERRAS E VOLTAREI NESTA COLUNA  MOSTRAR ALGUNS DESTES IMPORTANTES CONFLITOS.  É A HISTÓRIA DO BRASIL À DISPOSIÇÃO DOS LEITORES.

LEMBRO.
1-GUERRA DO CONTESTADO  2-GUERRA DOS FARRAPOS   3-GUERRA DE CATORZE REVOLUÇÃO DO JUAZEIRO DO NORTE CEARÁ- 4-REVOLTA DA CHIBATA  5-O TENETISMO E OUTRAS BATALHAS  QUE DEVERIAM SER CONHECIDAS PELOS BRASILEIROS.

RESUMO
A GUERRA DO CONTESTADO. 
ACONTECEU  QUANDO O GOVERNO CONTRATOU UMA EMPRESA ESTANGEIRA PARA CONSTRUIR A ESTRADA DE FERRO SÃO PAULO RIO GRANDE DO SUL.O GOVERNO  DOOU À ESTA EMPRESA 30 KILOMETROS  DE TERRAS DE CADA LADO DA LINHA FÉRREA EM TODO O TRAJETO DA ESTRADA , DESPEJANDO NA RUA DA AMARGURA MAIS DE 20 MIL BRASILEIROS CAMPONESES QUE VIVIAM NAQUELAS TERRAS  DESDE  A COLONIZAÇÃO DO BRASIL..

                                   Iderval Reginaldo Tenório

Conflito alcançou enormes proporções

Vitor Amorim de Angelo
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
Reproducao
O monge João Maria, primeiro líder espiritual da região
A Guerra do Contestado foi um conflito que alcançou enormes proporções na história do Brasil e, particularmente, dos Estados do Paraná e de Santa Catarina. Semelhante a outros graves momentos de crise, interesses político-econômicos e messianismo se misturaram ao contexto explosivo. Ocorrido entre 1912 e 1916, o conflito envolveu, de um lado, a população cabocla daqueles Estados, e, de outro, os dois governos estaduais, apoiados pelo presidente da República, Hermes da Fonseca.

A região do conflito, localizada entre os dois Estados, era disputada pelos governos paranaense e catarinense. Afinal, era uma área rica em erva-mate e, sobretudo, madeira. Originalmente, os moradores da região eram posseiros caboclos e pequenos fazendeiros que viviam da comercialização daqueles produtos.

A construção da estrada de ferro

No final do século 19, o governo brasileiro autorizou a construção de uma estrada de ferro ligando os Estados de São Paulo e Rio Grande do Sul. Para isso, desapropriou uma faixa de terra, de aproximadamente 30 km de largura, que atravessava os Estados do Paraná e de Santa Catarina - uma espécie de "corredor" por onde passaria a linha férrea.

A responsável pela construção foi a empresa norte-americana Brazil Railway Company, de propriedade do empresário Percival Farquhar, que também era dono da Southern Brazil Lumber and Colonization Company, uma empresa de extração madeireira. A construção da estrada acabou atraindo muitos trabalhadores para a região onde ocorreria a Guerra do Contestado. Com o fim das obras, o grande número de migrantes que se deslocou para o local ficou sem emprego e, conseqüentemente, numa situação econômica bastante precária.

Ao mesmo tempo, os posseiros que viviam na região entre o Paraná e Santa Catarina foram expulsos de suas terras. Isso porque, embora estivessem ali já há bastante tempo, o governo brasileiro, no contrato firmado com a Brazil Railway, declarou a área como devoluta, ou seja, como se ninguém ocupasse aquelas terras.

Além de construir a estrada de ferro, Farquhar, por meio da Southern Brazil Lumber, passou a exportar para os Estados Unidos a madeira extraída ao longo da faixa de terra concedida pelo governo brasileiro. Com isso, os pequenos fazendeiros que trabalhavam na extração da madeira foram arruinados pelo domínio da Lumber sobre as florestas da região.

Messianismo

A construção da estrada de ferro ligando São Paulo ao Rio Grande do Sul trouxe consigo os principais elementos político-econômicos que levaram à eclosão da Guerra do Contestado. Afinal, a presença das empresas de Farquhar na região e os termos do acordo firmado com o governo brasileiro levaram, de uma só vez, à expulsão dos posseiros que trabalhavam no local, à falência de vários pequenos fazendeiros que viviam da extração da madeira e à formação de um contingente de mão-de-obra disponível e desempregada ao fim da construção.

Entretanto, havia também um outro elemento importante para o início do conflito: o messianismo. A região era freqüentada por monges que faziam trabalhos sociais e espirituais e, vez ou outra, envolviam-se também com questões políticas - o que lhes dava certo destaque entre os moradores daquela localidade.

Em 1912, apareceu na região um monge chamado José Maria de Santo Agostinho, nome que mais tarde a polícia descobriria ser falso. José Maria foi saudado pelos habitantes do local como a ressurreição de outro monge que vivera ali até 1908, o monge João Maria: era como se o antigo líder espiritual tivesse voltado.

José Maria rapidamente ganhou fama na região por seu suposto dom de cura. Em meio aos problemas político-econômicos provocados pelas atividades das empresas de Percival Farquhar, o monge passou a envolver-se também com questões que estavam muito além dos problemas espirituais dos seus seguidores.

A guerra

Sob a liderança de José Maria, os camponeses expulsos de suas terras e os antigos trabalhadores da Brazil Railway organizaram uma comunidade no intuito de solucionar os problemas ocasionados pela tomada das terras e pelo desemprego. Uniram-se ao grupo os fazendeiros prejudicados pela presença da Lumber na região. Tudo isso reforçado pelo discurso messiânico do monge José Maria, que logo declarou a comunidade sob sua liderança como um governo independente.

A mobilização na região passou a incomodar o governo federal não apenas por crescer rapidamente, com a formação de novas comunidades, mas também porque os rebeldes passaram a associar os problemas econômicos e sociais à República. Ao mesmo tempo, os coronéis locais ficaram incomodados com o surgimento de lideranças paralelas, como José Maria. Já a Igreja, diante do messianismo que envolvia o movimento, também defendeu a intervenção na região.

De forma autoritária e repressiva, os governos do Paraná e de Santa Catarina, articulados com o presidente Hermes da Fonseca, começaram a combater os rebeldes. Embora tenham tido pouco sucesso nos dois primeiros anos do conflito, as forças oficiais obtiveram, a partir de 1914, sucessivas vitórias sobre os revoltosos - graças à truculência das tropas e ao seu numeroso efetivo, que contava com homens do Exército brasileiro e das polícias dos dois estados.

Com quase 46 meses de conflito, a Guerra do Contestado superou até mesmo Canudos em duração e número de mortes. Famintos e com cada vez mais baixas, diante do conflito prolongado, da força e crueldade das tropas oficiais e da epidemia de tifo, os revoltos caminharam para a derrota final, consumada em agosto de 1916 com a prisão de Deodato Manuel Ramos, último líder do Contestado.


A Guerra do Contestado foi um conflito armado que ocorreu na região Sul do Brasil, entre outubro de 1912 e agosto de 1916. O conflito envolveu cerca de 20 mil camponeses que enfrentaram forças militares dos poderes federal e estadual. Ganhou o nome de Guerra do Contestado, pois os conflitos ocorrem numa área de disputa territorial entre os estados do Parará e Santa Catarina.
Causas da Guerra

A estrada de ferro entre São Paulo e Rio Grande do Sul estava sendo construída por uma empresa norte-americana, com apoio dos coronéis (grandes proprietários rurais com força política) da região e do governo. Para a construção da estrada de ferro, milhares de família de camponeses perderam suas terras. Este fato, gerou muito desemprego entre os camponeses da região, que ficaram sem terras para trabalhar.

Outro motivo da revolta foi a compra de uma grande área da região por de um grupo de pessoas ligadas à empresa construtora da estrada de ferro. Esta propriedade foi adquirida para o estabelecimento de uma grande empresa madeireira, voltada para a exportação. Com isso, muitas famílias foram expulsas de suas terras.

O clima ficou mais tenso quando a estrada de ferro ficou pronta. Muitos trabalhadores que atuaram em sua construção tinham sido trazidos de diversas partes do Brasil e ficaram desempregados com o fim da obra. Eles permaneceram na região sem qualquer apoio por parte da empresa norte-americana ou do governo.

Participação do monge José Maria

Nesta época, as regiões mais pobres do Brasil eram terreno fértil para o aparecimento de lideranças religiosas de caráter messiânico. Na área do Contestado não foi diferente, pois, diante da crise e insatisfação popular, ganhou força a figura do beato José Maria. Este pregava a criação de um mundo novo, regido pelas leis de Deus, onde todos viveriam em paz, com prosperidade justiça e terras para trabalhar. José Maria conseguiu reunir milhares de seguidores, principalmente de camponeses sem terras.

Os conflitos

Os coronéis da região e os governos (federal e estadual) começaram a ficar preocupados com a liderança de José Maria e sua capacidade de atrair os camponeses. O governo passou a acusar o beato de ser um inimigo da República, que tinha como objetivo desestruturar o governo e a ordem da região. Com isso, policiais e soldados do exército foram enviados para o local, com o objetivo de desarticular o movimento.

Os soldados e policiais começaram a perseguir o beato e seus seguidores. Armados de espingardas de caça, facões e enxadas, os camponeses resistiram e enfrentaram as forças oficiais que estavam bem armadas. Nestes conflitos armados, entre 5 mil e 8 mil rebeldes, na maioria camponeses, morreram. As baixas do lado das tropas oficiais foram bem menores.

O fim da Guerra 

A guerra terminou somente em 1916, quando as tropas oficiais conseguiram prender Adeodato, que era um dos chefes do último reduto de rebeldes da revolta. Ele foi condenado a trinta anos de prisão.

Conclusão

A Guerra do Contestado mostra a forma com que os políticos e os governos tratavam as questões sociais no início da República. Os interesses financeiros de grandes empresas e proprietários rurais ficavam sempre acima das necessidades da população mais pobre. Não havia espaço para a tentativa de solucionar os conflitos com negociação. Quando havia organização daqueles que eram injustiçados, as forças oficiais, com apoio dos coronéis, combatiam os movimentos com repressão e força militar
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