Logo depois de publicar uma matéria sobre os professores, uma leitora de valor humano enviou esta mensagem. Achei tão primorosa e importante, que não poderia ficar apenas para este mortal e decidir compartilhar com todos os que tiverem acesso ao blog cultural .
Iderval Reginaldo Tenório
Fragmento da matéria
. Amigos, professores, doutores e gastroartistas do Brasil .
As estrelas não pedem, não se acham e nem dizem que são estrelas. Elas fazem parte de um universo com outras bilhões de estrelas, cada uma comanda um sistema e reverbera energia( luz) para todos sem medir esforços, sem a espera de uma retorno compensatório e sempre em busca do bem. Quem enxergam estas propriedades são os beneficiados direta ou indiretamente. Iderval Reginaldo Tenório
Nossos mestres continuam sendo os nossos mestres.
Lembro que durante a minha infância/adolescência anteriormente a fase adulta, ir a Escola sempre foi motivo de alegria, de pertencimento a uma sociedade, de compartilhar e agregar valores e conhecimentos.
Ir a Escola, escolher minha carteira preferida, num lugar estratégico onde eu pudesse admirar e me embebedar da sabedoria dos meus mestres, era minha maior satisfação! Alguns deles/delas, eu realmente me encantava e desejava ser uma igual! Obviamente, eu teria que comer muito feijão com arroz para alcançar aquele lugar! E comi, mas não me atrevo a dizer que cheguei lá! Jamais! Meus mestres/mestras, foram os melhores!
Nós, aprendizes, venerávamos, aplaudiamos, ficávamos de pé quando adentravam a sala de aula. A cada aula ministrada o silêncio imperava, não era necessário uso de microfones e nem gritos, pois, naquele momento, somente a escuta da voz do mestre, importava. Em seguida, abria-se as discussões e todos, exatamente todos, participavam, pois ali estava estabelecido o aprendizado.
As notas nas avaliações só eram o símbolo de que nosso mestre conseguira dar o seu recado, alguma coisa aprendemos. Mas a nota não era o mais importante. Para os nossos mestres a satisfação era ver em nós, seus alunos, que o trabalho dele tinha valido a pena! Para nossos pais e familiares, o Boletim todo azulzinho era como se fosse um troféu a ser exibido na vizinhança! Para nós, estudantes, a aprovação e a garantia de ter as férias mais felizes da vida!
Ano seguinte, a alegria do reencontro com a turma e com os mestres! Vamos todos para o pátio hastear a Bandeira Brasileira e cantar o Hino Nacional. Que beleza! Que honra ter feito parte daquela época! Época de ouro, onde os valores éticos e morais eram nossa principal matéria. Onde o respeito aos mestres, direção e comunidade escolar estampava a nossa rotina.
Atualmente, fico chocada e muito triste em ver com os professores/as, vêm sendo tratados por seus alunos em sala de aula. A violência, o desrespeito, o descontrole comportamental, tomam conta das salas de aulas. A educação se tornou banal para muitos, não há mais amor, o aprendizado escorre pelo ralo, o professor se entristece, o seu trabalho não tem nenhum reconhecimento e nenhum valor. Um verdadeiro declínio.
Obrigada às minhas mestras Vovó Chica (me alfabetizou), Pró Gracinha, Pró Hermínia, Pró Marinalva, Pró Edna (ensino inicial e fundamental) e a todos os outros/outras que foram muitos, por terem feito de mim uma pessoa melhor, que respeita, que dar respeito, que se supera a cada dia!! Para vocês, para sempre, os meus aplausos! Meus mestres/mestras permanecem sendo meus mestres/minhas mestras!
Salvador, 16 de Julho de 2025
JPA, PEDAGOGA
Um comentário:
Eu vivi pra contar essa história! Infelizmente essa nova geração se perdeu.
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