sexta-feira, 25 de julho de 2025

A dicotomia Público /Privado na perspectiva de Gênero.

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A dicotomia  Público /Privado na perspectiva de Gênero.

 

Muitos estudiosos olvidam neste teorema a natureza patriarcal. Teóricos afirmam que são esferas diferentes  diametralmente e que podem ser estudas separadamente, porém no decorrer dos estudos surgiram os argumentos feministas que desaprovaram estes pensamentos. As feministas colocaram mais um tempero e forte: Gênero, isto é, a diferença sexual imposta pela sociedade.

A denominação  Público /Privado

Público  Estado, não doméstico e Liberdade,  Privado :Sociedade/ Doméstico/Família e vida íntima.

Segundo os estudiosos que conhecem a ambiguidade e a dicotomia de gênero, relatam que a raiz encontra-se no patriarcado, na divisão dos trabalhos em masculino e feminino. Frisam que  os homens atuam na vida econômica e política, enquanto as mulheres na vida doméstica e na reprodução, o que reforça  as propriedades de submissão em assumir  a política, a economia e a  liderança. Estes fatos remetem ao patriarcado, no qual no mundo doméstico(Privado), a família é provida de um tutor(déspota) que manda em tudo, uma vez que a família é o reino da necessidade e o Público o reino da liberdade.

Na família(esfera privada/doméstica), o déspota é o responsável. Este papel é absorvido pelo homem e que também pode atuar na esfera pública(Política).

Na esfera política tem-se a ideia que cada cidadão seja livre, independente e  dono dos seus pensamentos, já na esfera privada(doméstica) não, todos os componentes são submissos, só o tutor tem autonomia. Só depois de 1960 tem sido utilizado no tema Publico/Privado, a ideia de Gênero, tendo como bandeira a abolição da família nos moldes tradicionais dos séculos passados, onde mulher e filhos eram considerados “coisas”, “Objetos” negociáveis e propriedades do homem.

Utiliza-se  do pressuposto, que todos nascem humanos, porém dependente, sendo forjado pela sociedade para a esfera publica ou privada, apenas os masculinos podem atuar nas duas esferas. Só depois dos anos 60 do século XX, as feministas  começaram a discutir as agendas  Publica, Privada, Política e Econômica. Em estudos acadêmicos procuraram desvendar o paradigma de Público para homens e doméstico para as mulheres, nestes trabalhos entraram as teorias de gênero, mostrando que tudo que  converge para  o econômico é político, trazendo resquícios do patriarcado. A grande crítica sobre a atuação das feministas, é que elas entendiam que a conquista do voto, da educação e outros ganhos seriam suficientes para a  esfera domestica, seria forjadas donas de casa melhores, porém  distantes da esfera pública, o fulcro era a esfera Privada.

As feministas radicais, as socialistas, mudaram estes comportamentos, lutavam pela abolição dos ditames familiares tradicionais e arcaicos, pedindo a liberdade e autonomia  para as mulheres e filhos, enquanto as liberais continuaram com a dicotomia Doméstica/Publica.

Na contemporaneidade, a participação do homem e da mulher no trabalho e na política, não se enxerga distinção. Segundo as feministas, muitas distinções entre público e privado, são propriedade ideológicas  e sofre influencias  do tradicional histórico “binário biológico”. Nas classes sociais mais alta, já se enxergam a participação das mulheres na esfera Publica, mesmo priorizando o núcleo familiar, a esfera Privada.

As propriedades de reprodução e criação dos filhos, pelas mulheres, recebe o cunho de natural, é da natureza e foge do escopo político, isto ainda  é o pensamento de conservadores tradicionalistas, o que justifica  o pequeno percentual e o gosto das mulheres pela política.

Rebatendo este pensamento, é que tanto as meninas como os meninos, são criados e ficam mais próximos   das mães, enquanto as aproximações com os pais são periódica e pontuais, uma vez que os homens encontram-se  na rua, na vida pública e com mais liberdade, o que leva as mulheres serem forjadas para a vida doméstica e trabalhos sociais não remunerados, e os meninos o inverso.  É o  privado e o público em ação.

Muitas sãos as influencias histórias e de simbolismo nas duas esferas.

1)Eva e Maria, 2)A expressão destes  simbolismos na educação, religião, politica e oposição binaria biológica( Macho e Fêmea), 3)As Instituições  Sociais( Famílias, Igrejas, Mercado de Trabalho, Clubes e Escolas) tudo sob a tutela  da segregação sexual. 4) A reprodução psicológica de Gênero na formação da identidade subjetiva  dos indivíduos, tornado difícil a desconstrução  das ideias binaria biológicas de natureza. O  fulcro atual é  suplantar o arcaísmo cultural de épocas passadas, uma vez que o tempo muda e as civilizações evoluem.

Na esfera Privada o tutor é capaz de tudo, os demais são dominados. Em muitas comunidades, o noivo para se casar, tem que pedir a mão da noiva ao pai, noutras é o próprio pai quem escolhe o noivo para a sua filha. O sistema do patriarca ainda é um entrave em muitas sociedades, inclusive em grandes nações civilizadas pelo mundo, como  na Europa e nos EUA, onde se debatem vários pontos nos quais as mulheres ainda não gozam dos mesmos direitos dos homens,   chegando ao extremo nas nações do Oriente, da Ásia e do Continente Africano, que ainda se vivem no estado de Natureza.

Durante  séculos,  a  família( A esfera Privada) foi reduto do homem(patriarcal), os demais eram submissos, só tinham deveres. Com a mesclagem  Público/Privado e as conquistas de gênero, o Estado passou a intervir neste núcleo, proporcionado direitos aos demais membros.  Filhos e esposa  conquistaram o direito a liberdade, escola e muitas escolhas, inclusive para as mulheres, o domínio sobre o seu corpo e o trabalho público remunerado.

A vida privada é primordial para privacidade na família, porém não é completa devido a desigualdade e submissão sexual. As propriedades desta esfera protegem mais os homens do que as mulheres. Com a pecha de donas de casa, tudo que acontece fica sob a sua tutela, muitas tendo que se transformar em múltiplas  para suportar diversos turnos de trabalho, o que faz perder partes de sua  privacidade. 

Existe uma grande diferença entre os sexos nas esferas privada e pública. Quando o homem é bem sucedido na esfera pública(política), pode negligenciar na esfera Privada e é bem aceito, pois encontra-se no seu reduto  principal, o mesmo não é aceito pela mulher na política, uma vez que o seu reduto principal é a Esfera Privada, no reproduzir, criar e cuidar.

Atualmente, com a equidade entre os gêneros em diversas nações, nas classes mais favorecidas e educadas, as mulheres participam de ambas as esferas sem grandes desigualdades, mesmo sendo necessária a multiplicidade de ações no âmbito doméstico. Nas classes média e baixa o fosso ainda é muito grande, urge medidas educativas, trabalhistas e sociais para que conquistas necessárias aconteçam. 

Iderval Reginaldo Tenório

  

Escutem Homem com H.

 De Antonio Carlos de Oliveira Barros e Céceu.

Com os Três do Nordeste primeira gravação e depois com o Ney Matogrosso, com outra roupagem.

O Barros e a Céceiu são dois monstros, tanto compondo como cantando.

Homem com H - os três do Nordeste

2:37
Gravação original da música que fez sucesso na voz de Ney Matogrosso. HOMEM COM H Nunca vi rastro de cobra Nem couro de lobisomem Se correr ...
YouTube · lucasgodoy00 · 27 de fev. de 2010 

 

Homem Com H

2:52
Provided to YouTube by Universal Music Group Homem Com H · Ney Matogrosso Sangue Latino - O Melhor De Ney Matogrosso ℗ 1996 Universal Music ...
YouTube · Ney Matogrosso - Topic · 19 de jul. de 2018

 

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