terça-feira, 5 de dezembro de 2023

PREFÁCIO DO LIVRO JOÃO GONÇALVES O PARAIBANO QUE ALAVANCOU O GRANDE GENIVAL LACERDA Severina Xique Xique

 

PREFÁCIO DO LIVRO JOÃO GONÇALVES O PARAIBANO QUE ALAVANCOU O GRANDE GENIVAL LACERDA Severina Xique Xique

        Livro João Gonçalves Em Todos Os Sentido + Cd Antonio Costa                

                                      Este um livro sobre o grande João Gonçalves, o maior parceiro de Genival Lacerda, autor do seus maiores sucessos-  SEVERINA XIQUE XIQUE- MATA O VEIO  E GALEGUIM DOS ZÓI AZÚ.    

Conheça a história do João Gonçalves e do Genival sob a tutela do Dr Antonio Costa, autor do livro prefaciado por este morta.

Iderval Reginaldo Tenório

                                                                                       

                                              PREFÁCIO DO LIVRO JOÃO GONÇALVES 

                             O PARAIBANO QUE ALAVANCOU O GRANDE GENIVAL LACERDA

                                                               Severina Xique Xique 


João Gonçalves um compositor Paraibano de muito valor, autor das músicas que consagraram o grande Rei da Munganga  Genival Lacerda.

Duas pérolas de Campina Grande, a cidade que ostenta o titulo O MAIOR SÃO JOÃO DO MUNDO E A MAIS BELA CIDADE DO SERTÃO BRASILEIRO.
JOÃO PESSOA, A CAPITAL, TIRA O CHAPÉU PARA  A PRINCESA DA  BORBOREMA, QUEM NÃO TIRA?

Iderval Reginaldo Tenório

Caros leitores, ao receber o convite do professor  Dr.  Antônio Francisco  Costa  para prefaciar uma obra desta envergadura, tive que respirar fundo várias vezes para aceitar tão importante tarefa, uma vez que  a obra é sobre a vida  de uma das maiores expressões da música nordestina , o mestre   João Gonçalves . Além de documentar a vida de uma das lendas do  mundo cultural do Nordeste, perpassa pelas agruras sofridas  por  cada um dos humanos vencedores  desta semiárida região, primordialmente dos sertões do Seridó , do Cariri Paraibano , do planalto da Borborema,   da nossa Campina Grande e precisamente   da aguerrida   Paraíba, um dos maiores celeiros artístico e cultural   do país. Ganha relevância   por se tratar de uma obra escrita por um dos expoentes da cultura  nordestina, um alagoano nascido na cidade de Penedo,  Advogado, consultor Jurídico, Professor Universitário, palestrante, não só no Brasil , mas em várias nações das Américas e da Europa , poeta, compositor,  cantor, músico, escritor , documentarista, um cidadão eclético e  exímio  conhecedor da cultura mundial ,  sem se esquecer da cultura raiz do nosso nordeste,  o autor é um  dos baluartes desta nação chamada  Brasil.
 

Ao se abordar os grandes nomes  da música nordestina , merecidamente  muitos históricos  aparecem, porém são olvidados nomes  que deveriam figurar no topo dos imortais, os grandes compositores , os responsáveis pela produção cultural das  pérolas do cancioneiro que alegram os seres humanos . Ovacionam-se os cantores, as coreografias e  supervalorizam  as vozes,    esquecem-se dos pensadores, dos idealizadores e dos cérebros por trás de todo aquele cenário . Esta obra é de primordial valor , é  um ato de justiça para um destes heróis que viveu no anonimato até os 34 anos de idade, sobrevivendo na labuta diária em subempregos iniciados aos  05 anos de idade,  aos 34  encontrou na música  o seu porto seguro, a sua verdadeira missão aqui na terra, plantar alegria, esperança e autoestima  para  o seu povo e depois distribuir a colheita para qualquer um que precise dos seus frutos, proporcionando o ganha  pão para milhares de brasileiros  que vivem da música, que vivem e viverão  da sua lavra cultural por  muitas gerações, por isso é um  imortais .
 
 
Esta obra será um marco na trajetória de vida do mestre João Gonçalves, será a confirmação da sua imortalidade e um alerta para os homens públicos do nordeste em não valorizar a prata da casa. 
 
 
Ao adentrar na vida cultural  deste  João, o João Gonçalves , encontramos uma grande semelhança com outro João, um outro imortal  de igual valor, o João Silva, o maior  parceiro do Rei do Baião Luiz Gonzaga  , quando dos anos 70 até os seus últimos dias de vida , o Gonzagão  teve a sua vida artística alavancada pelas suas consagradíssimas composições , vendendo milhões de LPs , CDs, DVds e Shows por todo o território nacional ,  reintroduzindo o rei na mídia e no publico jovem universitário, inicialmente abalado com o movimento da Jovem Guarda e posteriormente com o Movimento do  Tropicalismo. Com esta parceria o João Silva  saiu do anonimato na voz do seu maior parceiro e passou a circular no rol dos maiores compositores do país, é da sua lavra o Danado de bom, Nem se despediu de mim, De Fiá pavi, Pagode Russo, Viva meu Padim,  Toque Sanfoneiro, Pra não Morrer de Tristeza, Safoninha Choradeira e outras centenas de sucessos nas vozes de mais de uma centena de artistas brasileiros.
 
 
 Aqui em Campina Grande , no sertão do Seridó, o João Gonçalves  guarda uma grande semelhança, quando numa parceira perfeita conseguiu ser popularizado para todo o país na voz de um dos principais artistas da nação, o irreverente, inteligente e  carismático paraibano, Genival Lacerda, artista do quilate do contra parente Jackson do Pandeiro, hoje considerado o rei da munganga. O Genival Lacerda em parceria com o mestre João estourou com  Severina Xique-xique,  Galeguim dos zói azu, Mate o véio, Mate,  A Filha de Mané Bento e outros sucessos,  o próprio Genival é quem diz, que estas músicas fazem parte de sua vida, sendo muitas  os carros chefes de sua  bela trajetória e imortalidade, consagrando o grande João Gonçalves no cenário nacional.
 

Caros leitores, apesar de o João Gonçalves ser considerado o rei da música  de duplo sentido, este título está incompleto, pois se trata de um duplo sentido útil, inteligente, real e sem maldade, é um duplo sentido que atiça, exercita e acorda a mente de cada um dos seus ouvintes de uma forma lúdica , recreativa e que recarrega as energias, funcionando como o maior antídoto dos hormônios do sofrimento, da depressão e da ansiedade,   uma vez que extrapola as barreiras da idade, do nível social, econômico e politico , vence os limites intermunicipais, as divisas interestaduais, as fronteiras sul-americanas   e as águas oceânica,  uma vez que  a sua obra saiu da PARAIBA  povoou e povoa todo o Brasil, inicialmente sob a tutela  do  forrozeiro cearense  Messias  Holanda, quando estourou com a música Mariá , continuou com Dominguinhos com Um Lugar ao Sol , Elba Ramalho, com  Pra virá Xodó, Teodoro e Sampaio , com A Cabritinha e imortalizado a partir de  1975 com o    Genival Lacerda, Amazan, Zé Duarte e uma  centena de artistas nordestinos com mais de 800 obras gravadas. No cenário internacional  atravessou o atlântico , na Europa a  sua música ganhou repercussão na voz do grande artista português Quim Barreiro   que estourou  no velho continente com a música  A CABRITINHA.
 
Merece destaque a pérola   SEVERINA XIQUE-XIQUE ,  considerada a sua principal obra musical, recusada por artistas de renomes como Jackson do Pandeiro, Messias Holanda e outros ,  aceita  e imortalizada pelo Rei da Munganga, o Genival Lacerda , sendo regravada por mais de cinco dezenas de artistas em todo o Brasil. Destaque para a banda Pato Fu que  em mais um álbum lúdico, para crianças e adultos,  gravou em 2017  Severina Xique-Xique que virou brincadeira de crianças, com coro infantil e tudo,  derrubando de uma vez por toda a pecha de música de duplo sentido pornográfica, mostrando a leveza das suas letras educativas, sutis, inteligentes, criativas ,  inocentes e sem barreiras.
 
João Gonçalves  é gente do mais alto valor cultural e o mestre Antônio Costa um homem que está o imortalizando numa obra literária para a eternidade, o autor tem um olhar crítico, futurista e que procura preservar os grandes nomes para as próximas gerações,  foi assim com o Perfilino Neto - A enciclopédia do Rádio Brasileiro (2018) , Josaphat Marinho: perfil de um parlamentar contemporâneo(Editora da Academia de Cultura da Bahia/2007); Porque o rei é imortal (Co-autoria com José Nobre de Medeiros, Editora Paginae, 2011); ABC do Gonzagão (Editora Paginae, 2014).

Ao autor Antônio Francisco Costa o meu muito obrigado , ao  mestre João Gonçalves os meus parabéns e aos leitores um bom mergulho no que existe de mais belo e autêntico na literatura brasileira sobre as nossas raízes.

Salvador, 20 de Maio de 2020

Iderval Reginaldo Tenório
 

ANTONIO FRANCISCO COSTA, natural de Penedo, Alagoas, é advogado, mestre em Administração de Empresas e Comércio Internacional, pela Universidade de Extremadura, na Espanha, Especialista em Ciências Jurídicas, Pós Graduado em Direito Civil e Direito Cambiário, professor de Direito Processual Civil e de Direito Internacional. É autor dos livros: “Josaphat Marinho, Perfil de Um Parlamentar Contemporâneo” – Editora da Academia de Cultura da Bahia. – Agosto 2007; “Porque o Rei é Imortal!” sobre Luiz Gonzaga, O Rei do Baião – Editora Paginae, em coautoria com José Nobre de Medeiros; “ABC do Gonzagão”, sobre a obra musical de Luiz Gonzaga – Edt. Paginae 2014; “Discografia de um Gênio Alagoano, Hermeto Pascoal”, EGBA – Empresa Gráfica da Bahia, 2010.

Na música, como compositor e intérprete, é autor de mais de uma dezena de CDs, com matriz na cultura nordestina: “Voo de Arribação”, 2003, com participação de Xangai, Raimundo Sodré e Luiz Caldas; “Natureza Nordestina”, em 2004, com participação de Elza Soares e Hermeto Pascoal; “Forró Azeitado” com participação especial de Dominguinhos e Oswaldinho do Acordeon; “Vem Balançar Comigo”; “Saudades do Rei” (homenagem a Luiz Gonzaga, nos 20 anos de sua morte); “Centenário do Gonzagão”; “Antonio Costa e Zé Calixto”, 2014 (um resgate do fole de 8 baixos) e “Aquarela do São Francisco” uma homenagem à cidade Penedo – AL, em 2017, entre outros


 

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