OS MÉDICOS E OS SEUS COMPORTAMENTOS DIANTE DOS FATOS SOBRE SAÚDE, PORÉM SÃO OS MAIS PREJUDICADOS A RESPEITO DA SAÚDE PRÓPRIA .
OS MÉDICOS E OS SEUS COMPORTAMENTOS DIANTE DOS FATOS SOBRE SAÚDE, PORÉM SÃO OS MAIS PREJUDICADOS A RESPEITO DA SAÚDE PRÓPRIA .
Conversam com naturalidade sobre hemorragias, amputações e paradas cardíacas. Discutem protocolos diante da morte como quem organiza uma rotina qualquer. Sabem comunicar más notícias com o mínimo de tempo e o máximo de controle emocional.
Vivem entre plantões, pressão, decisões urgentes e ambientes onde o erro pode custar uma vida. E mesmo assim, voltam pra casa, colocam o filho pra dormir, jantam com o cônjuge e tentam assistir a um filme como se tudo estivesse em paz.
De fora, isso pode parecer frieza.
Mas não é. É resistência.
Médicos aprendem a conter as próprias dores para acolher as dos outros. Aprendem a respirar fundo após a morte de um paciente e, minutos depois, salvar outro. São treinados para manter a lucidez diante do caos. Para dominar a ciência, controlar a técnica e, ainda assim, oferecer humanidade.
Eles veem o que ninguém quer ver.
Sabem o que ninguém gostaria de saber.
E enfrentam, todos os dias, o que a maioria das pessoas passa a vida tentando evitar: o sofrimento, a fragilidade, a finitude.
É por isso que médicos parecem “estranhos”.
Porque seguem firmes, numa missão que exige entrega, preparo e coragem.
Por isso, antes de julgar um médico por parecer distante, cansado ou excessivamente direto, lembre-se:
Talvez ele esteja apenas tentando suportar o peso invisível de salvar alguém, de novo, com o coração em silêncio.
Por Caroline Fonseca – Advogada em Direito Médico
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