quarta-feira, 6 de julho de 2022

Pica pau fazendo um buraco na árvore

Estudo explica como pica-pau evita danos no cérebro ao bicar árvores

  • Jason Palmer
  • Da BBC News

Legenda da foto,

A cada martelada, o bico do pica-pau sofre uma desaceleração

Estudos usando imagens em câmera lenta, exames de raio-X e simulação por computador revelaram como o pica-pau consegue evitar danos ao seu cérebro quando martela troncos com seu bico.

A cabeça do pássaro se move a velocidades em torno de 6 metros por segundo. A cada martelada, seu bico sofre uma desaceleração que equivale a mais de mil vezes a força da gravidade.

Porém, em artigo publicado na revista científica Plos One, especialistas dizem que diferenças nos comprimentos das partes superior e inferior do bico do animal e estruturas ósseas esponjosas protegem seu cérebro.

A descoberta pode ser útil no desenvolvimento de equipamentos protetores para a cabeça de humanos, entre outros usos.

Cérebro mais longo

O pica-pau tende a construir seu ninho em troncos ocos de árvores. Para se alimentar, bica o tronco com força, perfurando a casca para encontrar insetos que captura com sua língua.

Durante anos, cientistas vêm examinando a anatomia do crânio dos pica-paus para descobrir como conseguem dar suas poderosas bicadas sem se machucarem.

Essas aves não possuem muito espaço entre seu cérebro e o crânio, o que impede o cérebro de se deslocar dentro do crânio, como ocorre com humanos.

Além disso, seus cérebros são mais longos verticalmente do que horizontalmente, o que significa que a força exercida contra o crânio é distribuída por uma área maior do cérebro

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