quarta-feira, 11 de agosto de 2021

DOTÔ INTÉ ÔTO DIA - ZÉ PRAXEDES

 

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Dando continuidade a pagina literária de minha raiz,  postarei uma poesia do grande Zé Praxedes, obra que muito marcou no Cariri Cearense a vida daquela juventude sedenta pelo saber. 

Esta poesia o Praxedes fez em agradecimento ao seu médico no Rio de Janeiro no dia da sua alta, pois permanecera internado para tratamento de uma fratura.

 Ao mesmo tempo   faço pequenos agradecimentos aos homens que plantaram  a pura e verdadeira cultura na hora certa e para as pessoas certas no Sul do Ceará.

Acredito que pela pureza destes baluartes do Rádio  Caririense, os mesmos  não tinham  ideia , nem a   percepção da importância dos seus atos ao aparesentarem  os grandes poetas populares do século à toda população nordestina .

Como  Deus ao lançar a sua luz  para todos do Universo , estes baluartes, nos seus programas matutinos, lançavam esta providencial cultura a todos que tivessem ouvidos e consciência para saborear as coisas do sertão e da humanidade.


Aproveito o ensejo e envio  uma poesia conhecida pelos cancioneiros nordestinos, uma  poesia pura, uma página bucólica  do Poeta potiguar Zé Praxedes. 

Nós  do Cariri ouvíamos todas as manhãs as mais sublimes palavras dos homens do campo emolduradas nos cantos dos pássaros, das chuvas, dos grilos  , dos chocalhos e dos relinchares dos equinos .  O grande Eloy Teles de Morais plantava e dividia os frutos do saber  com todos os privilegiados que tinham acesso à Rádio Araripe do Crato .

Acho inclusive,  que nós do Geopark do Araripe, do Cariri, de  Juazeiro, Crato, Barbalha, Milagres, Missão Velha, Exú, Bodocó, Araripe, Assaré e demais cidades deveríamos prestar uma homenagem a todos os ícones do Radio Caririense que transmitiam cotidianamente estas pérolas enriquecendo a nossa cultura. 

Não sei se tinham a noção da   grandeza , noção da importância para todos  ao transmitir   para a juventude nordestina aqueles dilúvios  de cultura. Aquelas enxurradas  poéticas  reverberadas  cotidianamente pelos serviços de alto falantes, pelas  ondas curtas e sonoras das  Rádios AM.

A nossa infância e a nossa juventude fazem parte do rol das melhores do mundo, pois nascer na Serra do Araripe ou no seu pé, conviver com Eloy Teles de Moraes, Luiz Gonzaga, Patativa do Assaré, Pedro Bandeira de Caldas, João Sobreira ( O LAMPIÃO), Alcely Sobreiras, Daniel Walker , Cego Oliveira e uma plêiade de nomes do mais alto gabarito é privilégio de poucos, ainda por cima na terra do Padre Cícero Romão Batista(JUAZEIRO DO  NORTE) por onde peregrinou o grande Frei Damião.

Bela infância, abençoada juventude.

Obrigado a Seu Eloy Teles de Moraes pelas aulas de cultura reverberadas para quem quisesse ouvir nos seus Gente da Gente, Coisas do Meu Sertão, Acorda Nordeste, Tribuna do Povo, Meu Sertão, Festa da Casa Grande e Baú das Velhas Recordações,

Um abraço- Iderval  Reginaldo Tenório 

 

 

ZÉ PRAXEDES

JOSÉ PRAXEDES BARRETO (1916 - 1983), nasceu a 15 de novembro na fazenda ‘Espinheiro’, município de Currais Novos, atualmente Cerro Corá (RN).
 Filho de Francisco Praxedes Barreto e Maria Segunda Barreto.
Casou-se com Hilda Pinheiro, em 1941, e geraram José Praxedes Filho.
 Em 1950, como quase todos os nordestinos faziam à época, tomou um ITA, navio, juntamente com a mulher e o filho, e desembarcaram  no Rio de Janeiro
                                                                                
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DOTÔ INTÉ ÔTO DIA

      Dotô  inté  ôto dia              
       basta vancê precisá            
     de um criado as  suas orde

na Serra do Jatobá

Pro armôço tem galinha
tem quaiada pro jantá
água cheirosa de tanque
pra vosmicê se banhá

Leite quente ao pé da vaca
quando o dia amanhecê
café torrado no caco
de quando invez pra vancê

Aguardente potiguá
caso goste de bebê
capim mimoso verdinho
pra seu cavalo comê

Pra vosmicê fazê lanche
mé de abeia  cum farinha
tem da fonte milagrosa
água fria na quartinha

Pra vosmecê se deitá
uma rede bem arvinha
Mas leve a sua muié
proque lá só tem a minha
      (Zé Praxedes)
ZÉ PRAXEDES


ZÉ PRAXEDES

JOSÉ PRAXEDES BARRETO (1916 - 1983), nasceu a 15 de novembro na fazenda ‘Espinheiro’, município de Currais Novos, atualmente Cerro Corá (RN).
 Filho de Francisco Praxedes Barreto e Maria Segunda Barreto.
Casou-se com Hilda Pinheiro, em 1941, e geraram José Praxedes Filho.
 Em 1950, como quase todos os nordestinos faziam à época, tomou um ITA, navio, juntamente com a mulher e o filho, e desembarcaram  no Rio de Janeiro


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