segunda-feira, 2 de agosto de 2021

O Esporte Amador pede socorro. As Olimpíadas na sua essência pedem socorro

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O Esporte Amador pede socorro.    

As Olimpíadas na sua essência pedem socorro

Sete séculos antes de Cristo,  ano 776 ,  em Olímpia na Grécia,  foram criados os jogos olímpicos. Competições  que perduraram até o século IV depois de Cristo ,  ano 394, em seguida  caíram  no esquecimento e foram abandonados  por séculos.

No fim no século  XIX,  ano 1894,  foi criado por um aristocrata e pedagogo suíço chamado Pierre de Frédy, mais conhecido como Barão de Coubertin o Comitê Olímpico Internacional, que passou a administrar  e dirigir  as olimpíadas. Foi redigido uma carta com todas as suas diretrizes e as Olimpíadas passaram a ser  elos do bem  entre as nações.

O símbolo destes encontros passou a ser 05 anéis entrelaçados  representando os cinco continentes e as suas cores.  O fulcro destes encontros era proporcionar amadoristicamente    a paz, a educação , o esporte, a juventude e a amizade entre os povos da terra, tanto que com a evolução foi necessário expandir  os encontros aos esportes no gelo, competições  para os adolescentes e o esporte para os atletas com deficiência física. O foco primordial era  o Esporte Amador nas escolas, nas  fábricas e nos clubes, tudo patrocinado pelos poderes públicos em nome da Educação, da Paz, da Cultura e da União dos Continentes. 

Venciam os melhores estudantes, os melhores operários, os mais sadios, os países que mais investiam na Educação e na  Cultura. As Olimpíadas existiam para alavancar a disseminação da cultura e a melhora da qualidade de vida  no Universo.  Terminadas  as provas  as nações mais premiadas passariam aos demais o que foi feito para conseguir tantas medalhas.

Veio o século XX e com ele a coisificação do homem, a mercantilização dos pensamentos, o patenteamento  das  ideias e a homogeneização dos costumes em todo o universo  . Com estas ideias o mundo foi fatiado em dois blocos: o primeiro constituído dos países  hegemônicos, os países que mandam, os donos das tecnologias, os que consomem e contaminam 70% do  Mundo atual, os donos da energia , do capital, os que manuseiam o tabuleiro de todas as nações.  O segundo  constituído do resto, as nações periféricas, as que alimentam,  sustentam e trabalham para as do primeiro ,  as donas das patentes e que manuseiam o tabuleiro da vida no globo terrestre . 

Com esta catástrofe artificial humana e maquiavélica as Olimpíadas ganharam  cunho político e  comercial, deixando de ser  de cunho amador e democrática. Passaram a ser patrocinadas pelos comitês políticos das  nações do primeiro bloco e pelos comitês financeiros das grandes multinacionais, donas de mais de 70% da riqueza mundial e que   deram origem ao famigerado afunilamento do poder entre os povos, que em vez de patrocinarem a amizade, a paz, a educação , a união e o entendimento político,  patrocinaram e   patrocinam o inverso, patrocinam o distanciamento, a exclusão e o fosso entre as nações.

Os jovens deixaram de praticar o esporte por prazer.  As atividades saíram das Escolas    e migraram para as mega Empresas, migraram para a clausura do esporte comercial em todas as nações civilizadas, migraram para o confinamento obrigando   os atletas a serem super humanos,  à exaustão física e psíquica desde a infância em algumas plagas. Estes comportamentos,  com regras forçadas em nome da rígida disciplina levam pontualmente a um adoecimento seletivo que contamina toda a sociedade . Com as regras impostas em nome do poderío Político e Financeiro das  Nações  as quais representam, os atletas viraram verdadeiras máquinas descerebradas, viraram músculos programados, viraram peças alimentadas por combustíveis do imaginario humano . 

O esporte amador pede socorro, a profissionalização  assassinou a Educação, a Cultura e a  Paz entre as nações.  Um segmento genuinamente do povo e para o povo foi entregue ao guloso   poder  econômico e aos interesses políticos , segmentos que paulatinamente empurram e encaminham  o esporte para ser uma atividade  primordialmente de exclusão. 

Os Bancos estatais, as empresas, os poderes públicos patrocinam à luz do sol o esporte comercial, o esporte profissional. Esquecem os verdadeiros atletas que penam nos diversos  estabelecimentos de educação deste pais , tudo em nome do poder político e comercial, quando na verdade deveriam injetar estes fundos para a criação e recuperação de uma juventude sedenta e sem rumo.

Sim ao esporte educação para todos e não ao esporte seletivo , excludente e  pecuniário, a juventude pede socorro.

Quanto ao Brasil, o bom  seria que fosse campeão e medalha de ouro na Educação , no Esporte Amador, na Matemática, Física, Química e no Português . Que fosse medalha de ouro no ensino infantil, básico , fundamental , médio e técnico.   Seria de bom alvitre que o país encarasse o ensino com isonomia em todos os níveis da educação  para todos os jovens  até os dezoito (18) anos,  independente da classe social . Com esta conduta não veríamos mais os jovens das classes média e baixa perambulado por sub empregos, sem escola, sem perspectiva e sem um rumo definido. Muitos se perdem na depressão,  na marginalidade e na prostituição, é isto que se vivencia neste país com os menos privilegiados .

Todos os patrocínios da grandes empresas saem dos bolsos e dos estômagos de todos os consumidores, eles estão nos preços   dos produtos consumidos  pela população.  Encontram-se embutidos nas caras peças publicitárias, nacionais e internacionais,  que circulam nas mídias. Todos pagam  estas estonteantes propagandas, independente da classe social da qual o individuo pertença . 

As  Olimpíadas são patrocinadas pelo suor do povo, não deveriam ser utilizadas como  manobras de convencimento e  de exclusão . 

As Olimpíadas vieram  do povo e para o povo deveriam voltar     

              Iderval Reginaldo Tenório      

 

               

QUERO A SUA OPINIÃO .

 

 

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