terça-feira, 19 de agosto de 2025

ZEZINHO A NATUREZA , O SOL E OS RIOS .

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                         PESQUE E COMA, É A CADEIA ALIMENTAR EM AÇÃO.  

                         PESCAR POR ENTRETENIMENTO É TORTURAÇÃO                                                           

                                                    O MENINO

Zezinho,7 anos de idade,  mora  no campo e ainda não frequenta  as escolas do imaginário humano. Sonha com este dia, porém  é  escolado  na linguagem da natureza: A terra, a chuva, o sol, a lua, a noite, o dia, as águas, os ventos,  as plantas, os animais domésticos,  os  silvestres, os  pássaros, os insetos e até os répteis. 

É poliglota, etólogo,  ambientalista, sociólogo, ecologista,  biólogo, agricultor, pecuarista e outras da sua  imaginação, só não sabe  as leituras desenvolvidas pelo imaginário humano, os ensinamentos constituídos de   demandas seletivas, excludentes, que    estudam os fenômenos  materiais, imateriais e ao mesmo tempo  sedimentam os mecanismos  da estratificação da sociedade. É   de cabal importância para o homem ascender na escala socioeconômico e cultural, e  não continuar no limbo ou na base da pirâmide  social   criada pelos humanos. O Zezinho tem sede do saber e olha para o futuro da humanidade.  

Diz  a neurociência,   que na primeira infância, a linguagem oficial é a que prega   o amor, a verdade, a pureza, o  respeito, a compaixão, o compartilhamento, a linguagem dos animais, a  sinceridade, a inteligência e da igualdade entre os seres humanos.  Com o passar dos tempos, o homem vai remodelando  pilar por pilar, pedra por pedra,  para que possa, com as agruras sofridas,  construir os templos do artificialismo da vida. 

Seguir os princípios pétreos  da linguagem da primeira infância, é fundamental para o forjamento do cidadão; porém,  na   trajetória da vida  muitos sofrem  avarias  morais, danificam a  personalidade, entram num mundo obscuro e sedimentam  diversos  desvios de comportamentos que serão aplicados na vida adulta.


                               O DIÁLOGO COM O SOL

Conta  Zezinho que tem conversado com os seus amigos de infância, todos têm queixas contra o comportamento dos seres  humanos, principalmente dos povos mais desenvolvidos. 

Diz que o Sol  é a principal peça do sistema solar, alimenta  a terra e os demais planetas sem distinção, sem  preconceitos  e nada pede em troca. Sabe da sua tarefa, de sua  importância e  anda preocupado com a atuação dos humanos. Tem observações e  reclamações a fazer. 

Dizem os homens, que  ele, o sol, é o responsável pelo câncer de pele,  que  resseca o solo, evapora as águas dos rios, oceanos, lagos, córregos e açudes e é o   vilão da desertificação do planeta. Esquecem, que estes  atos fazem parte de sua função, são necessários para os ciclos  da vida.  Diz que na Natureza  nada se cria, nada se perde, tudo se transforma e não pode  mudar o seu comportamento, é o seu ofício. 

Relata que faz este trabalho há 5 bilhões  de anos  e ainda tem mais 5 bilhões para atuar. Refere que os seus raios,  na velocidade da luz, 300 mil quilômetros por segundo, gastam 8,5 minutos e viajam 150 milhões  de quilômetros para chegar à   terra, lhe dando vida e esperança.

Reforça que as árvores   recebem   os raios solares, fazem a fotossíntese, produzem  frutos, grãos e   tubérculos  que alimentam os homens e os animais  herbívoros, estes  consomem os vegetais,  multiplicam-se e são consumidos pelos  homens e pelos  animais  carnívoros. 

Enfatiza  que compondo o equilíbrio da natureza, existem   os produtores, os consumidores e os decompositores, todos estão sob a sua batuta.

Afirma  que arroz, milho, feijão, soja, trigo, lentilha, ervilhas e as favas são  energia solar concentrada em forma de grãos, da mesma forma  que são todos os tipos de carnes.  É peremptório  em afirmar  que é  a mais importante fonte de energia,  de  vida  e de   saúde  para toda a natureza, inclusive para os  humanos. Relata  que,  o que os seres vivos  comem,   nada mais são do   que  energia solar compactada em proteínas, glicídios, lipídios, hidrocarbonetos e sais minerais.                                                                                                         

OS RIOS

O Sol, o líder do grupo,  traz diversas queixas dos seus componentes.

Os  Rios andam assombrados e perplexos com o futuro, encontram-se  exaustos e não aguentam as atrocidades praticadas pelos humanos. Cortam as árvores das suas margens, constroem habitações nos seus trajetos, desviam aleatoriamente as suas águas e jogam dejetos de todos os tipos  nos seus leitos, lixos orgânicos,  químicos, metais e os tóxicos. Reclamam que um dia poderão não suportar  tais agressões  e poderão perecer antes do tempo, alertam  que   a promoção   da vida é  tarefa  de todos.

Lembram que nas suas águas vivem diversos tipos de vidas e por onde passam alimentam milhares de outras vidas, tanto vegetais como  animais e são as artérias da terra.

Transportam muitos nutrientes na suas águas e juntos  aos oceanos, lagos, córregos, lagoas, açudes, aquíferos  e outros trajetos subterrâneos   levam a vida para todos. 

Enfatizam que a Terra é  viva e nunca para de se transformar, vive em metamorfose, depende das suas águas e dos nutrientes que nelas se encontram.

Apontaram um grave crime que os humanos praticam contra os peixes, os  seus principais  moradores.   Os peixes vivem felizes nas suas águas,  suprem a cadeia  alimentar, inclusive para os  humanos. São peças  importantes  para todas as espécies que habitam a terra.  

O que  é inadmissível e sem defesa, é o fato dos humanos pescarem  para o entretenimento, dizem que pescam pelo lazer, isto  não é ético. Enquanto divertem-se e riem,   maltratam os inocentes peixes e  vangloriam-se das atrocidades praticadas, um grande percentual dos peixes pescados e soltos morrem pelas as avarias sofridas. Os Rios não  entendem como um homem pode se sentir feliz em prender  um peixe pela boca, confirma o aforismo de  que o homem é sanguinário e pensa que é o dono do planeta.

           Veja um trecho  do  relato vivido por um dos rios:

“Os homens usam anzóis de metal camuflados com   fragmentos de carne ou falsos peixes pequenos.  O peixe  pensa que é alimento e tenta engolir para matar a fome ou levar para as suas crias, o pontiagudo ferro encrava na sua boca, o animal passa  horas  brigando para se livrar  e não consegue. Sem forças, exausto e com ferimentos  é vencido, os homens  ficam felizes, pulam   de  contentamento por este satânico e criminoso ato. Não se resignam e nem se comovem com as dores, o sofrimento e o pânico que passa aquele animal. Expõem  ao público moralmente  destruído, ridicularizado, envergonhado e  como um troféu quase sem vida. Em  seguida  o solta  na mesma água com avarias  nos ossos e cartilagens da cabeça;  boca, olhos, barbatanas, queixo,  brânquias e garganta mortalmente feridas. É uma afronta  à vida e um ato inescrupuloso, para depois  morrer pelos ferimentos sofridos. Fale para os homens que carcaça não boia, afunda.


O RECADO DO SOL

" Zezinho, diga aos humanos, que preservar os recursos naturais ou explorá-los com respeito  é preservar a continuidade da vida. 

Lembre, para eles,   que muitas civilizações já se  foram, esta também irá e outras surgirão. 

Para a terra   ainda restam 5 bilhões de anos. A terra é de todos e merece respeito. 

Para o globo terrestre,  os humanos  não estão acima dos animais não humanos e nem  acima da natureza  "


Iderval Reginaldo Tenório

Saga da Amazônia Vital Farias

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segunda-feira, 18 de agosto de 2025

O SOL, OS RIOS, OS PEIXES E O ZEZINHO

 

                    OS RIOS E OS PEIXES

                                            


Vetores de Peixe E Minhoca e mais imagens de Anzol de pesca - Anzol de  pesca, Com Fome, Comida - iStock

Anzois – Portal Pesca Amadora Esportiva

Guia peixes

PESQUE E PAGUE.

PESQUE E SOLTE. 

PESQUE E COMA(ACEITÁVEL)


                                                                                  

     O MENINO

Zezinho,7 anos de idade,  mora  no campo e ainda não frequenta  as escolas do imaginário humano. Sonha com este dia, porém  é  escolado  na linguagem da natureza: A terra, a chuva, o sol, a lua, a noite, o dia, as águas, os ventos,  as plantas, os animais domésticos,  os  silvestres, os  pássaros, os insetos e até os répteis. 

É poliglota, etólogo,  ambientalista, sociólogo, ecologista,  biólogo, agricultor, pecuarista e outras da sua  imaginação, só não sabe  as leituras desenvolvidas pelo imaginário humano, os ensinamentos constituídos de   demandas seletivas, excludentes, que    estudam os fenômenos  materiais, imateriais e ao mesmo tempo  sedimentam os mecanismos  da estratificação da sociedade. É   de cabal importância para o homem ascender na escala socioeconômico e cultural, e  não continuar no limbo ou na base da pirâmide  social   criada pelos humanos. O Zezinho tem sede do saber e olha para o futuro da humanidade.  

Diz  a neurociência,   que na primeira infância, a linguagem oficial é a que prega   o amor, a verdade, a pureza, o  respeito, a compaixão, o compartilhamento, a linguagem dos animais, a  sinceridade, a inteligência e da igualdade entre os seres humanos.  Com o passar dos tempos, o homem vai remodelando  pilar por pilar, pedra por pedra,  para que possa, com as agruras sofridas,  construir os templos do artificialismo da vida. 

Seguir os princípios pétreos  da linguagem da primeira infância, é fundamental para o forjamento do cidadão; porém,  na   trajetória da vida  muitos sofrem  avarias  morais, danificam a  personalidade, entram num mundo obscuro e sedimentam  diversos  desvios de comportamentos que serão aplicados na vida adulta.


                               O DIÁLOGO COM O SOL

Conta  Zezinho que tem conversado com os seus amigos de infância, todos têm queixas contra o comportamento dos seres  humanos, principalmente dos povos mais desenvolvidos. 

Diz que o Sol  é a principal peça do sistema solar, alimenta  a terra e os demais planetas sem distinção, sem  preconceitos  e nada pede em troca. Sabe da sua tarefa, de sua  importância e  anda preocupado com a atuação dos humanos. Tem observações e  reclamações a fazer. 

Dizem os homens, que  ele, o sol, é o responsável pelo câncer de pele,  que  resseca o solo, evapora as águas dos rios, oceanos, lagos, córregos e açudes e é o   vilão da desertificação do planeta. Esquecem, que estes  atos fazem parte de sua função, são necessários para os ciclos  da vida.  Diz que na Natureza  nada se cria, nada se perde, tudo se transforma e não pode  mudar o seu comportamento, é o seu ofício. 

Relata que faz este trabalho há 5 bilhões  de anos  e ainda tem mais 5 bilhões para atuar. Refere que os seus raios,  na velocidade da luz, 300 mil quilômetros por segundo, gastam 8,5 minutos e viajam 150 milhões  de quilômetros para chegar à   terra, lhe dando vida e esperança.

Reforça que as árvores   recebem   os raios solares, fazem a fotossíntese, produzem  frutos, grãos e   tubérculos  que alimentam os homens e os animais  herbívoros, estes  consomem os vegetais,  multiplicam-se e são consumidos pelos  homens e pelos  animais  carnívoros. 

Enfatiza  que compondo o equilíbrio da natureza, existem   os produtores, os consumidores e os decompositores, todos estão sob a sua batuta.

Afirma  que arroz, milho, feijão, soja, trigo, lentilha, ervilhas e as favas são  energia solar concentrada em forma de grãos, da mesma forma  que são todos os tipos de carnes.  É peremptório  em afirmar  que é  a mais importante fonte de energia,  de  vida  e de   saúde  para toda a natureza, inclusive para os  humanos. Relata  que,  o que os seres vivos  comem,   nada mais são do   que  energia solar compactada em proteínas, glicídios, lipídios, hidrocarbonetos e sais minerais.                                                                                                         

OS RIOS

O Sol, o líder do grupo,  traz diversas queixas dos seus componentes.

Os  Rios andam assombrados e perplexos com o futuro, encontram-se  exaustos e não aguentam as atrocidades praticadas pelos humanos. Cortam as árvores das suas margens, constroem habitações nos seus trajetos, desviam aleatoriamente as suas águas e jogam dejetos de todos os tipos  nos seus leitos, lixos orgânicos,  químicos, metais e os tóxicos. Reclamam que um dia poderão não suportar  tais agressões  e poderão perecer antes do tempo, alertam  que   a promoção   da vida é  tarefa  de todos.

Lembram que nas suas águas vivem diversos tipos de vidas e por onde passam alimentam milhares de outras vidas, tanto vegetais como  animais e são as artérias da terra.

Transportam muitos nutrientes na suas águas e juntos  aos oceanos, lagos, córregos, lagoas, açudes, aquíferos  e outros trajetos subterrâneos   levam a vida para todos. 

Enfatizam que a Terra é  viva e nunca para de se transformar, vive em metamorfose, depende das suas águas e dos nutrientes que nelas se encontram.

Apontaram um grave crime que os humanos praticam contra os peixes, os  seus principais  moradores.   Os peixes vivem felizes nas suas águas,  suprem a cadeia  alimentar, inclusive para os  humanos. São peças  importantes  para todas as espécies que habitam a terra.  

O que  é inadmissível e sem defesa, é o fato dos humanos pescarem  para o entretenimento, dizem que pescam pelo lazer, isto  não é ético. Enquanto divertem-se e riem,   maltratam os inocentes peixes e  vangloriam-se das atrocidades praticadas, um grande percentual dos peixes pescados e soltos morrem pelas as avarias sofridas. Os Rios não  entendem como um homem pode se sentir feliz em prender  um peixe pela boca, confirma o aforismo de  que o homem é sanguinário e pensa que é o dono do planeta.

           Veja um trecho  do  relato vivido por um dos rios:

“Os homens usam anzóis de metal camuflados com   fragmentos de carne ou falsos peixes pequenos.  O peixe  pensa que é alimento e tenta engolir para matar a fome ou levar para as suas crias, o pontiagudo ferro encrava na sua boca, o animal passa  horas  brigando para se livrar  e não consegue. Sem forças, exausto e com ferimentos  é vencido, os homens  ficam felizes, pulam   de  contentamento por este satânico e criminoso ato. Não se resignam e nem se comovem com as dores, o sofrimento e o pânico que passa aquele animal. Expõem  ao público moralmente  destruído, ridicularizado, envergonhado e  como um troféu quase sem vida. Em  seguida  o solta  na mesma água com avarias  nos ossos e cartilagens da cabeça;  boca, olhos, barbatanas, queixo,  brânquias e garganta mortalmente feridas. É uma afronta  à vida e um ato inescrupuloso, para depois  morrer pelos ferimentos sofridos. Fale para os homens que carcaça não boia, afunda.


O RECADO DO SOL

" Zezinho, diga aos humanos, que preservar os recursos naturais ou explorá-los com respeito  é preservar a continuidade da vida. 

Lembre, para eles,   que muitas civilizações já se  foram, esta também irá e outras surgirão. 

Para a terra   ainda restam 5 bilhões de anos. A terra é de todos e merece respeito. 

Para o globo terrestre,  os humanos  não estão acima dos animais não humanos e nem  acima da natureza  "


Iderval Reginaldo Tenório

Saga da Amazônia Vital Farias

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ZEZINHO E O PAI AUSENTE.

 

ZEZINHO E O PAI AUSENTE.

                                                                               



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                  ZEZINHO E O PAI AUSENTE. 

Escutar a musica de  Marcondes Benedito Farias Costa  e Luiz Gonzaga no  fim da matéria.

ESCUTE     

 

Conta Zezinho, que a sua escola organizou uma palestra para explicar   o que era um pai presente. Algumas definições  mexeram com  a cabeça das crianças. A do Zezinho ficou  marcada por uma  das definições que   o levou a concluir  que o  seu  pai, o seu maior ídolo, era um pai ausente, a criança ficou entediada depois da palestra. 

A psicóloga Dra. Alarmina encerrou a palestra com esta definição:

 "Pai presente é aquele que anda de bicicleta, joga bola, brinca todos os dias com os filhos, viaja, presenteia os filhos nos seus aniversários e no natal. Para socializá-los,  leva-os aos  restaurantes, cinema, shopping e futebol.    

Para que os filhos não fiquem deprimidos, observando os colegas portarem objetos  modernos, compra algumas  novidades do entretenimento. Este é o verdadeiro pai presente, não tendo este perfil, é um pai ausente"

O menino contou esta história à sua mãe e esta, de imediato contou-lhe  outra versão, uma vez que o seu pai vivia da lavoura e sempre estava no trabalho. 

O menino estranhou a definição da psicóloga e matutou que o seu  pai, o seu herói,  era  um ausente, porém atentamente escutou a versão de sua  mãe.

A matriarca, sem pestanejar,  falou que o  pai citado pela psicóloga é aquele que teve a chance de estudar,  possui  emprego com carga de trabalho padronizada, direitos trabalhistas, férias, licenças remuneradas, feriados e fins de semana livre. Muitos    exercem cargos importantes na sociedade conquistados por concursos, seleções curriculares, nomeações  políticos e de  amigos, outros  são   empresários ou já nasceram ricos. Estes pais  não dependem  das chuvas, não trabalham com a terra, com os animais ou com a lavoura e quando envelhecem têm garantido uma  aposentadoria. Chova ou faça sol, receberão os seus salários, mesmo nas fases de crises.

O seu pai tem uma vida diferente Zezinho.  Acorda cedo, trabalha  diariamente  debaixo do sol causticante, chuvas, poeira e outros riscos, como  picadas de animais peçonhentos, o que pode levá-lo à morte, tudo  para propiciar melhores dias aos filhos.  Labuta de segunda a sábado e no domingo vem para a cidade vender a produção, comprar os utensílios  e produtos para o sítio, só neste dia tem a chance de ficar com a família, mesmo assim,  o domingo  é mais um dia de trabalho. O seu pai não  estudou, não entende de futebol, piscina, circos, parques, cinema, teatro e todos  os  dias são dias de trabalho, não tem nem o direto de adoecer.

Diferente do pai ausente,  o seu pai está presente em toda a sua vida.  O que você come e bebe, as  vestes, os calçados,  a escola,  livros, cadernos, lápis e os sabonetes   têm a   presença do seu pai. O seu pai está presente   no que  falei e noutras propriedades,  como   a honestidade, ser um  trabalhador incansável, guardar  fidelidade para com a família, ser responsável,  ético, justo, respeitador,   solidário com os familiares, os amigos e a sua comunidade.  

O seu pai é um dos exemplos de um pai  presente.   Vive da terra e enfrenta todas as dificuldades.  Tudo na lavoura  depende da sua presença e são muitas as dificuldades que aparecem. Quando chove tem fartura, quando não chove ou  chove demais as coisas ficam ruins, o que produz não cobre as despesas, vende abaixo dos custos para o prejuízo  ser menor.

A lida  na lavoura tem muitas incertezas, nada é garantido, o que se ganha em dez anos, a seca come  em apenas um.  A vida é dura, o trabalho e a responsabilidade falam mais alto. Os brinquedos do seu pai são o cabo da enxada, do enxadeco, da foice e a lida com os animais. 

Muitos pais, Zezinho, mesmo com diplomas, profissões definidas e  morando nas cidades têm que seguir  esta  mesma trajetória, trabalham todos os dias, inclusive aos domingos.  Muitos são funcionários de grandes fábricas, farmácias, supermercados,  jornais,   rádios e de hospitais. Outros são   vendedores ambulantes, motoristas de coletivos, ambulâncias, táxis, viaturas, bombeiros, policiais,  pequenos comerciantes   e dedicam a vida quase que obrigatoriamente ao trabalho, muitas profissões exigem que sejam assim. Mesmo que quisessem, jamais seriam iguais a este pai arquitetado pela psicóloga.  Existem várias  maneiras de definir um pai presente,  é  um assunto complexo e não é fácil defini-lo.

O Zezinho então resolveu divulgar o fato para os seus colegas e assim se pronunciou na sua escola: 

"O meu Pai nunca  se ausentou da minha vida e está presente em todos os meus momentos. Minha mãe afirmou que ele nunca foi um pai ausente. Quando não está em casa, encontra-se  na labuta em busca do pão, da segurança, da saúde e da educação de sua prole e de todos os agregados que dependem do seu suor. 

Diz  minha mãe, que em tudo o meu pai está presente.  Está presente na mensalidade da escola,  livros,  cadernos,  lápis,  borrachas,  alimentos, roupas e nos calçados.  Está presente  nas redes, lençóis,  sabonetes, pasta de dentes e em  diversas contas que aparecem,  enfim,  tudo que  consumimos tem o suor do meu pai.

Muitas vezes minha mãe pega uma colher,  raspa a pele do seu rosto, mostra aos seus filhos o suor que vem na sua ponta e complementa que aquele suor  é fruto do seu trabalho, depois afirma  que em nossa casa, tudo que  nela  existe, é fruto do suor do  meu  pai e do seu suor, eles trabalham juntos para que os seus filhos tenham um vida melhor. 

Lembro-me de um dia muito especial:  Estava eu saboreando um gostoso doce de leite, e no final da última colherada olhei para a  minha mãe e falei : 

” Mamãe,  este doce está estranho, a senhora  acredita que no final desta última colherada percebi um gostinho  de sal? tenho certeza que foi colocado sal  neste  delicioso doce”

Minha mãe, de imediato falou:

“Meu filho, nunca se esqueça que este doce foi feito e temperado com o suor do seu pai, está aí este gostinho de sal no final da última colherada. Seu pai está presente em tudo, tenha certeza que este sal não é um sal   qualquer,  é um sal  oriundo do  suor de seu Pai “

Só depois de adulto consegui decifrar as suas  palavras. Minha mãe ensinou muito, a muitos. Era uma filósofa realista.

Abraços para todos

 Zezinho 

 

Escute a música de  Marcondes Benedito Farias Costa  e Luiz Gonzaga 

ESCUTE  

 

 

Acordo Às Quatro

VOZ Luiz Gonzaga                 Compositor  Marcondes Costa

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Provided to YouTube by RCA Records Label Acordo Às Quatro · Luiz Gonzaga Luiz Gonzaga "Eu E Meu Pai" ℗ 1979 SONY MUSIC ENTERTAINMENT BRASIL ...
YouTube · Luiz Gonzaga - Topic · 10 de abr. de 2017

 

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