BÓCIO ENDÊMICO
·
BÓCIO ENDÊMICO
Até poucas
gerações atrás, o bócio endêmico — aquele inchaço no pescoço causado por
aumento da tireoide — era uma cena comum em regiões montanhosas da Europa, Ásia
e América. A causa? A deficiência de iodo no solo e na alimentação.
A virada
começou em **1811**, quando o químico francês Bernard Courtois isolou o iodo
pela primeira vez a partir de algas marinhas. Pouco depois, em 1813, o médico
suíço Jean-François Coindet testou sais de iodo em pacientes com bócio e viu
resultados rápidos. A conexão definitiva veio décadas mais tarde, com Gaspard
Adolphe Chatin, que demonstrou cientificamente a relação entre a doença e a
falta desse mineral essencial.
O verdadeiro salto de saúde pública ocorreu em 1922, quando a Suíça introduziu o sal iodado — medida proposta pelo cirurgião Hans Eggenberger para combater o bócio e o cretinismo nas regiões alpinas. O sucesso foi imediato e inspirou outros países. Em 1924, os Estados Unidos seguiram o exemplo, começando por Michigan.
No Brasil, a
iodação do sal também se tornou obrigatória e ajudou a eliminar o bócio
endêmico que antes era frequente em várias regiões.
Hoje, esse
gesto simples — adicionar iodo ao sal — é considerado uma das mais eficazes
políticas de prevenção em saúde pública da história, responsável por salvar
milhões de pessoas de deficiências, atrasos cognitivos e doenças da tireoide.
\#HistóriaDaMedicina
#SaúdePública
#Iodo
#Ciência
#Brasil
#FatosCuriosos
#FatosInteressantes
#SaberMais
#Curiosidades
- O teste do pezinho
- é fundamental para identificar o hipotireoidismo congênito, pois permite a intervenção antes do surgimento dos sintomas mais graves.
- Tratamento:
- A reposição do hormônio tireoidiano e a suplementação de iodo (se houver deficiência) podem evitar as sequelas neurológicas e físicas irreversíveis.
- Cretinismo Endêmico
- O cretinismo endêmico é uma forma associada a áreas com grave deficiência de iodo. Ocorre em regiões montanhosas e com deficiência de iodo na água e nos alimentos, sendo a dieta iodada essencial para a prevenção
Nenhum comentário:
Postar um comentário