Amigos,
na trajetória do estudo da música, evidencia-se que a música é
eclética e universal. O gosto pelo tipo, gênero, ritmo e complexidade
vai depender da sua formação, criação, do meio cultural, do imaginário
dos homens, dos ambientes frequentados, do meio social e da
escolaridade.
São
considerados intelectuais os que gostam dos eruditos( Músicas
Clássicas), da MPB com notas musicais complexas, palavras sofisticadas e
filosóficas, geralmente com mensagens indiretas, pejorativas, irônicas
ou metafóricas, sendo necessário decodificações.
Estas
músicas e letras são da lavra de artistas escolarizados, estudados e
poetas clássicos, veja a complexidade de trechos do Djavan, a riqueza
das notas musicais e das letras, que são contagiantes para os que
frequentaram a ESCOLA. Todavia o que é primordial é entender, que são as
notas musicais o mais sublime meio de comunicação, basta oferecer para
os seres humanos de qualquer faixa social ou cultural Bach, Beethoven,
Mozart, Vivaldi e um Johann Pachelbel para se sentir as reações.
A
melodia musical tocada é universal e acessível a todos os tipos de
vidas no globo terrestre. Os irracionais se comunicam com os seus sons e
até os sons dos grandes músicos clássicos dos períodos Barroco,
Romantismo e Clássicos tocam estes animais. Na literatura mundial,
existem muitas citações de cães que gostam das músicas eruditas, uma os
incitam e outras os acalmam.
Oceano 1. Enfim, de tudo o que há na Terra, não há nada, em lugar nenhum, que vá crescer sem você chegar Um Dia Frio 3. O verde faz do azul com o amarelo o elo com todas as cores, pra enfeitar amores gris. Sina 5. Minha princesa, Art-nouveau
da natureza, tudo o mais, pura beleza 6. A luz de um grande prazer é
irremediável neon . Faltando Um
Pedaço 07. O amor é como um grande
laço, um passo pr’uma armadilho.
Outros
artistas são intelectuais por natureza, aprenderam com o mundo e se
aproximaram de doutores como o Humberto Teixeira, José Dantas, Chico
Buarque, Caetano Veloso, Dorival Cayme e outros notáveis. São citados
Luiz Gonzaga, João do Vale, Domiguinhos, Jackson do Pandeiro, Waldik
Soriano, Teixeirinha, Genival Santos, Genival Lacerda, João Gonçalves,
Lindomar Castilho, João Silva, Antonio Barros, Patativa do Assaré e
outros mostros nordestinos, porém existem uma gleba de artistas,
considerados bregas, de duplo sentido, de mensagens diretas e com
palavras comuns, as do dia dia e não se aproximaram grandes
intelectuais.
Estes abnegados do Brega e do baixo clero
geralmente atingem a população de baixa renda, de baixa
escolaridade, os que vivem longe de sua terra natal, os que possuem
pendengas nos relacionamentos, notadamente dos amorosos, os que habitam os distantes municípios e trabalham na lavoura ou na informalidade em pequernos comércios, gente raíz, que segundo o geógrafo, escritor, cientista, jornalista, advogado e professor universitário Milton Santos, trabalham no circuito inferior, que reúne atividades de subsistência e pequena escala com impacto local".
É
evidente que muitos intelectuais ou estudados também gostam deste
gênero de música chamadas de bregas, são considerados exceções,
mostrando que a música é realmente eclética e atinge todos os níveis.
Nesta
matéria mostrarei um destes esquecidos e injustiçado, o Elino Julião.
As suas músicas são apreciadas no Norte, Nordeste e onde existir gente raíz. Foi gravado por centenas de artistas em todo o Brasil..
Cinco anos atrás, o Julião foi considerado um dos grandes do Rio Grande do Norte, para homageá-lo, a Orquestra Sinfònica do Estado orquestrou mais
de 20 músicas de sua autoria, transformando-as de Bregas em clássicos.
O Teatro quase foi abaixo com toda a elite cultural potiguar, além do povo em massa.
Escutem, apreciem e sintam a riqueza das letras e melodias. Pesquisem.
Iderval Reginaldo Tenório
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