sexta-feira, 9 de novembro de 2018

PF prende Joesley Batista e vice-governador de MG






PF prende Joesley Batista e vice-governador de MG

Nathan Lopes
Do UOL, em São Paulo
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  • Renato Costa - 28.nov.2017/Framephoto/Estadão Conteúdo
    O empresário Joesley Batista é um dos alvos da operação Capitu, realizada pela PF
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    O empresário Joesley Batista é um dos alvos da operação Capitu, realizada pela PF
A Polícia Federal prendeu, nesta sexta-feira (9), o empresário Joesley Batista, um dos donos da JBS, e o vice-governador de Minas Gerais, Antônio Andrade (MDB), por crime de lavagem de dinheiro em uma ação que é desdobramento da Operação Lava Jato.
De acordo com a PF, a operação busca desarticular uma organização criminosa que atuava na Câmara dos Deputados e no Ministério da Agricultura. Andrade foi ministro da Agricultura do governo Dilma Rousseff (PT) entre 2013 e 2014.
Ao UOL, um dos advogados de Joesley, Pierpaolo Bottini, disse que ainda não poderia comentar a situação, pois não teve acesso a decisão até o momento.
A ação, batizada de Capitu, é realizada nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraíba e Mato Grosso, além do Distrito Federal. Joesley foi preso em São Paulo e Andrade, no interior mineiro, na cidade de Vazante, berço político do vice-governador.
Estão sendo cumpridos, no total, 19 mandados de prisão temporária, com duração de até cinco dias. Eles foram expedidos pelo TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região), que também ordenou o cumprimento de outros 63 mandados de busca e apreensão nos cinco estados e no Distrito Federal.
Flávio Tavares - 29.fev.2016/Hoje em Dia/Estadão Conteúdo
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O vice-governador de Minas Gerais, Antônio Andrade, também foi preso nesta sexta
A investigação da PF tem base nas declarações do doleiro Lúcio Bolonha Funaro sobre supostos pagamentos de propina a servidores públicos e agentes políticos que atuavam direta ou indiretamente no Ministério da Agricultura em 2014 e 2015.
Segundo a PF, a JBS teria pago R$ 2 milhões, por exemplo, pela regulamentação da exportação de despojos e R$ 5 milhões pela proibição de um remédio para parasitas de longa duração.
Ainda segundo a polícia, um deputado federal da Paraíba teria recebido R$ 50 mil do grupo como contrapartida, em decorrência da tentativa de promover a federalização das inspeções sanitárias de frigoríficos por meio de uma emenda, cujo objeto tinha natureza totalmente diversa do escopo da medida provisória nº 653/2014 na qual foi inserida.

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