segunda-feira, 20 de maio de 2013

MORRE A PROFESSORA ASSUNÇÃO GONÇALVES EM JUAZEIRO DO NORTE CEARÁ- UMA DAS MAIORES CONHECEDORA DA VIDA DO PADRE CICERO ROMÃO BATISTA

Faleceu ontem, às 21h, em Juazeiro do Norte, aos 97 anos (completaria no próximo dia 1º de junho) a conhecida artista plástica e educadora juazeirense Maria Assunção Gonçalves. Com sua morte, o Juazeiro tradicional, aquele do Padre Cícero, de Monsenhor Murilo de Sá Barreto, dos romeiros, da Escola Normal, do Ginásio Municipal Dr. Antônio Xavier de Oliveira e das famílias tradicionais que a conheciam e a respeitavam está de luto, de luto fechado dado a importância da pranteada extinta. 
Seu corpo está sendo velado no Circulo Operário São José. Às 16h haverá missa na Basílica Santuário de Nossa Senhora das Dores e depois o sepultamento no Cemitério do Socorro.
                                                               




                                                                   

Morreu na noite deste domingo em Juazeiro do Norte a professora e artista plástica Maria Assunção Gonçalves ou simplesmente Dona Assunção, que residia na Rua Padre Cícero próximo à Basílica Menor de Nossa Senhora das Dores. Nascida em 1916, no próximo dia 1º de junho ela completaria 97 anos de idade. O seu sepultamento está marcado para a tarde de hoje no Cemitério do Socorro logo após missa de corpo presente prevista para as 16 horas.

A morte de Dona Assunção ocorreu no mesmo dia do sepultamento da Irmã Ana Terezinha que era grande amiga sua. Além disso, se constitui na partida de uma das poucas pessoas vivas que tiveram a oportunidade de conhecer o Padre Cícero. Quando o sacerdote faleceu em 1934 ela tinha 18 anos e costumava lembrar com orgulho um dia em que o mesmo saiu de casa sem por perfume e ela o fez com o seu. Dona Assunção repetia sempre que só queria morrer após ser avisada sobre a reabilitação sacerdotal do “Padim”, o que não aconteceu.

O repórter Demontier Tenório teve a primazia de vê-la concluindo a pintura de sua última tela a convite da mesma em meados de 2003 quando produziu uma réplica do seu clássico Juazeiro Primitivo. Nascida em Juazeiro, era filha de Francisco Gonçalves de Menezes e Isabel Teles de Menezes. Inicialmente morou no Sítio Logradouro, passando, depois, a residir na Rua Padre Cícero, onde de lá não mais saiu.Era professora formada pela famosa Escola Normal Rural de Juazeiro, a pioneira do ensino ruralista no Brasil da qual foi depois integrante do seu quadro de docentes.


Demontier Tenório

Juazeiro do Norte -Ceará.
SITE MISERA impressa local


BIOGRAFIA
Maria Assunção Gonçalves - Nasceu em Juazeiro do Norte, no dia 1º de junho de 1916. É filha de Francisco Gonçalves de Menezes e Isabel Telles de Menezes. São seus irmãos: Pedro, Joaquim, João, José e Maria Gonçalves, todos falecidos.
Em 1923, Assunção Gonçalves fez seus primeiros estudos com a Profa. Argentina e aprendeu Tabuada com Pedro Vicente, um motorista muito conhecido que residia em sua (dela) casa, na época, localizada no Sítio Logradouro.
Em 1924, estudou com Dona Adelaide de Sousa Melo, e até 1928, no Externato Santa Terezinha, cujas mestras eram Stela Pita e Maria Gonçalves da Rocha Leal.
Em 1929, fez o 4º Ano Primário no Grupo Escolar Padre Cícero, com a Profa. Amália Xavier de Oliveira e o famoso Exame de Admissão no ano de 1930, no Colégio Santa Terezinha do Crato.
Concluiu o Curso Normal na Escola Normal Rural de Juazeiro do Norte. Como professora - são palavras dela - recebi influência dos Professores que muito marcaram minha vida: Mozart Cardoso de Alencar (que lecionava Botânica) e Vicente Xavier de Oliveira (que lecionava Matemática).
Em 1954, substituiu a Profa. Amália Xavier de Oliveira na Direção da Escola Normal Rural, quando a mesma afastou-se por motivo de viagem.
Em 1970, assumiu a Direção do Ginásio Municipal Antônio Xavier de Oliveira, tendo sido fundadora e primeira diretora daquele conceituado estabelecimento de ensino.
Assunção Gronçalves é artista plástica, com estilo e temática, contudo, ê autodidata na arte de pintar. No início desta atividade, recebeu aulas de sua prima, a Professora Amália Xavier de Oliveira, com aquarela, depois passou a pintai a óleo sobre tela.
Foi professora de Pintura no Ginásio Santa Teresinha de Desenho no Ginásio Salesiano São João Bosco.
As telas mais expressivas da artista plástica Assunção Gonçalves são: "Juazeiro Primitivo - 1827", "Padre Cícero", "O Pacto dos Coroneis” e  “As Ceias Largas".
Em sua homenagem foram escritos os livros: "Assunção Gonçalves, uma Grande Educadora" de autoria de Maria do Socorro Lucena Lima e "Assunção Gonçalves, uma Vida Dedicada à Arte" de autoria de Íris Tavares. Foi também homenageada com o "Troféu Sesquicentenário do Padre Cicero" e uma creche e foi nomeada pelo governo do estado como Mestre da Cultura..
Outra homenagem lhe foi prestada pela Telemar que estampou uma das suas telas num cartão telefônico muito divulgado pelo Brasil. Assunção Gonçalves é uma das reservas morais da cidade de Juazeiro do Norte, é um exemplo de honradez, uma pessoa admirada, querida e respeitada por toda a comunidade juazeirense. Noutros termos: Assunção Gonçalves é um símbolo. (Texto de Raimundo Araújo, extraído do seu livro Mulheres de Juazeiro)

CONHECENDO OS GRANDES JORNALISTAS DO BRASIL- UM DOS MAIORES JORNALISTA DO BRASIL-Villas-Bôas Corrêa


                                                                   

Villas-Bôas Corrêa

Luiz Antonio Villas-Bôas Corrêa (Rio de Janeiro, 2 de dezembro de 1923) é um jornalista brasileiro, o mais antigo analista político em atividade no Brasil. Começou em 1948 e atualmente assina uma coluna no Jornal do Brasil.

Nascido no bairro da Tijuca, no Rio, formou-se em Direito pela Faculdade Nacional de Direito, da antiga Universidade do Brasil, em 1947.

Casado com Regina Maria de Sá Corrêa, é pai de Marcos Sá Corrêa, também jornalista, e Marcelo Sá Corrêa, professor.

Iniciou sua atividade jornalística, sempre na área política, em 27 de outubro de 1948, no jornal "A Notícia". Trabalhou também no "Diário de Notícias", na Rádio Nacional e em diversas emissoras de televisão, notadamente na Rede Manchete, na qual atuou como comentarista político desde 1991 até o fechamento da emissora de Adolfo Bloch. Durante 23 anos, trabalhou na sucursal do Rio do jornal O Estado de S. Paulo, inicialmente como chefe da seção política e, mais tarde, como diretor da sucursal.

Fundador de O Dia, trabalhou nesse jornal até aposentar-se, em 1988.

Retornou ao Jornal do Brasil, em 1999, como editor de política.

Entre outros livros, escreveu Conversa com a Memória - A História de Meio Século de Jornalismo Público (Ed. Objetiva), onde narra as lembranças de mais de meio século como repórter político, e Casos da Fazenda do Retiro, livro de reminiscências da juventude.

domingo, 19 de maio de 2013

Alberto Dines (Rio de Janeiro, 19 de fevereiro de 1932) jornalista e escritor brasileiro.


Alberto Dines
Conhecendo os grandes Jornalistas do Brasil. Alberto Dines.

                                                              



Em seus mais de cinquenta anos de carreira, Dines dirigiu e lançou diversas revistas e jornais no Brasil e em Portugal. Leciona jornalismo desde 1963, e, em 1974, foi professor visitante da Escola de Jornalismo da Universidade de Columbia, Nova York.

Foi editor-chefe do Jornal do Brasil durante doze anos e diretor da sucursal da Folha de São Paulo no Rio de Janeiro. Dirigiu o Grupo Abril em Portugal, onde lançou a revista Exame.

Depois de anos driblando a ditadura à frente do Jornal do Brasil, foi demitido em junho de 1984 justamente por publicar um artigo que contrariava a direção do jornal, ao criticar a relação amistosa de seus donos com o governo do estado do Rio de Janeiro.

Escreveu mais de 15 livros, entre eles Morte no paraíso, a tragédia de Stefan Zweig (1981) e Vínculos do fogo – Antônio José da Silva, o Judeu, e outras história da Inquisição em Portugal e no Brasil, Tomo I (1992). O livro sobre Stefan Zweig foi adaptado para o cinema por Sylvio Back em 2002 no filme Lost Zweig. Alberto Dines também fala sobre Stefan Zweig no documentário do mesmo diretor.

Criou o site Observatório da Imprensa, o primeiro periódico de acompanhamento da mídia no Brasil, que conta atualmente com versões no rádio e na TV.

Atualmente é pesquisador sênior do Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo da Unicamp, do qual foi co-fundador,1 além de coordenar o Observatório da Imprensa on-line e pela televisão.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

quinta-feira, 16 de maio de 2013

O PEQUI E AS SUAS UTILIDADES- O CRATO É MUITO RICO NESTE FRUTO

Amigos do Crato e de todo o Cariri, a Serra do Araripe é celeiro desta maravilhosa fruta, deste maravilho tempero, desta importante fonte de proteína, deste produto que  funciona como um verdadeiro bife, um verdadeiro peito de frango ou uma saborosa picanha, um feijão sem pequi é como um carro sem gasolina, como um pão sem manteiga e como um filho sem mãe .
 O Estado de Goiás  sabe extrair o que existe de melhor neste fruto dado por Deus ,tem produzido diversas iguarias e complementos em vários setores da cadeia produtiva.
Pergunto: Não seria a vez do Crato e do Cariri olhar com mais atenção, com mais carinho e o Pequi passar a ser uma boa fonte de renda para a região, está aí o minha opinião. Com  o Pequi se faz uma pasta para se passar no pão, uma manteiga muito saborosa, pode ser vendida  em conserva , inteiro ou só a parte carnuda, pode ser produzido um óleo mais elaborado e um cem número de subprodutos, basta ATENÇÃO. O Pequi é uma boa fonte de renda para o Cariri.
Iderval Reginaldo Tenório
Pequi

Nome científico : Caryocar brasiliense Cambess

O pequi é uma fruta nativa do cerrado brasileiro, muito utilizada na cozinha nordestina, do centro-oeste e norte de Minas Gerais. Em Goiás e Mato Grosso, é conhecido como o rei do cerrado, tal o seu valor como alimento.
O pequizeiro é uma arvore protegida por lei que impede seu corte e comercialização em todo o território nacional.

A árvore do pequí atinge geralmente 10 metros de altura, tronco com ramos grossos, normalmente tortuosos, de casca áspera e rugosa de cor castanha acinzentada.

Folhas pilosas, recobertas com pelos curtos, compostas, formadas por três folíolos com as bordas recortadas, tendo as nervuras bem marcadas. Suas folhas, ricas em tanino, fornecem substância tintorial, usadas pelas tecelãs.

Grandes flores brancas-amareladas, vistosas e bastante decorativos. As flores, de até 8 cm de diâmetro, são hermafroditas. O pequizeiro floresce durante os meses de agosto a novembro.

Fruto tipo drupa, arredondado, casca esverdeada, como um abacate pequeno, só que mais rechonchudinho. O fruto, do tamanho de uma pequena laranja, está maduro quando sua casca, que permanece sempre da mesma cor verde-amarelada, amolece. Polpa de coloração amarela intensa que envolve uma semente dura, formada por grande quantidade de pequenos espinhos. Seu caroço é dotado de muitos espinhos, e há necessidade de muito cuidado ao roer o fruto, evitando cravar nele os dentes, o que pode causar sérios ferimentos nas gengivas. Frutificação de novembro a fevereiro.

Altamente calórico, perfumado, assim como o gosto meio adocicado, é usado como condimento. O fruto do pequizeiro é rico em Vit. A e C, principalmente. Sua polpa contém uma boa quantidade de óleo comestível, sendo muito rica em vitamina A e proteínas.
Os frutos são muito usados para se cozinhar com arroz ou outros pratos salgados, das mais variadas formas: cozido, no arroz, no frango, com macarrão, com peixe, com carnes, no leite, e na forma de um dos mais apreciados licores de Goiás. Seu grande atrativo, além do sabor, são os cristais que forma na garrafa, que dizem, são afrodisíacos.
A amêndoa ou castanha é comestível e muito saborosa. É utilizada na indústria de cosméticos para a produção de sabonetes e cremes, usado para fortalecer a pele.
O óleo da polpa tem efeito tonificante, sendo usado contra bronquites, gripes, resfriados e controle de tumores. O chá das folhas é tido como regulador menstrual, combatendo também enfermidades dos rins e bexiga.

O pequi deve ser comido apenas com as mãos, jamais com talheres.
Deve ser levado a boca para então ser "raspado" - cuidadosamente - com os dentes, até que a parte amarela comece a ficar esbranquiçada e parar antes que os espinhos possam ser vistos.
Jamais atire os caroços ao chão: eles secam rápido e os espinhos podem se soltar.
A castanha existente dentro do caroço é muito saborosa; para comê-la, basta deixar os caroços secarem por uns dois dias e depois torrá-los.
A raiz é tóxica e, quando macerada, serve para matar peixes. Sua madeira é de ótima qualidade, alta resistência e boa durabilidade. A madeira fornece dormentes, postes, peças para carro-de-boi, construção naval e civil e obras de arte. Suas cinzas produzem potassa utilizada no preparo de sabões caseiros. A casca fornece tinta, de cor acastanhada, utilizada pelos artesãos no tingimento de algodão e lã.

No Parque Indígena do Xingu (MT), representa uma reserva alimentar para a época das chuvas, quando a caça e a pesca escasseiam.

É também conhecido como piqui, piquiá, pequerim, amêndoa-de-espinho, grão-de-cavalo, suarí. A palavra pequi, na língua indígena, significa "casca espinhosa".






            

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- O uso do pequi e do pequizeiro no Sertão
Esta palestra a respeito do pequi, foi proferida pelo Doutor Hermes de Paula, folclorista e historiador de Montes Claros (MG), no dia 23 de agosto de 1972, como encerramento da Semana Folclórica, patrocinada pela Comissão Mineira de Folclore, em Belo Horizonte, quando ainda não havia uma grande consciência da necessidade de sua preservação!



- A Lenda do pequi - Marieta Teles Machado



- Vem aí o pequi sem espinhos : pesquisa obteve sucesso e produção começará em breve - A partir deste mês, a Embrapa Cerrados começará a desenvolver um pequi sem espinhos, com mais polpa e com sabor mais apurado - 04/09/09 - montesclaros.com




Licor de Pequi
Ingredientes:
1 kg de açúcar
1 litro de álcool de cereais ou vodka
1 xícara e meia de massa de pequi
1 litro de água

Modo de Preparo:
Lavar bem o pequi e colocar para cozinhar. Deixar esfriar, eliminando os caroços e colocar a massa do pequi na "infusão" por 15 dias no álcool ou vodka. Coar, filtrar e fazer o xarope com água e açúcar. Colocar a infusão no xarope frio, engarrafar e deixar envelhecer.





Frango com Pequi
Ingredientes:
Um quilo de frango
Cebolinha picada
Doze pequis.

Modo de fazer:
Corte o frango em pedaços, tempere com alho e sal e refogue. Deixe grelhar um pouco e, a seguir, acrescente os pequis e a cebolinha, cubra com água e cozinhe por cerca de 20 minutos. Sirva quente. Para acompanhar, arroz branco.



Arroz de Pequi

Arroz com Pequi - é o prato típico do Goiás, onde o fruto também é tradicionalmente preparado em gordas e saborosas galinhadas.

Ingredientes:
1/4 de xícara de chá de óleo ou banha de porco
1/2 litro de pequi lavado
2 dentes de alho espremidos
1 cebola grande picada
2 xícaras de chá de arroz
4 xícaras de chá de água quente
Sal a gosto
Pimenta-de-cheiro ou Malagueta a gosto
Salsinha, cebolinha picada a gosto

Modo de Preparo:
Coloque o pequi no óleo ou gordura fria (se usar o fruto inteiro, não é preciso cortar, mas cuidado com o caroço). Acrescente o alho e a cebola e deixe refogar em fogo baixo, mexendo sempre com uma colher de pau para não grudar na panela, e respingue um pouco de água quando for necessário. Quando o pequi já estiver macio e a água secado, acrescente o arroz e deixe fritar um pouco. Junte a água e o sal. Quando o arroz estiver quase pronto, coloque a pimenta-de-cheiro ou malagueta a gosto. Na hora de servir, polvilhe o arroz com salsa e cebolinha e um pouco de pimenta.

Observações:
Para esta receita, não utilize panela de ferro, pois a fruta fica preta.
Cuidado! Se você morder o caroço, ficará com a boca cheia de espinhos. O jeito certo de comer o pequi é roendo.

Dica:
Para acompanhar, carne-de-sol frita ou assada no espeto sobre brasas.





O Pequi também ameniza o tratamento de câncer

Pesquisadores da UnB mostram que fruto ameniza ação degenerativa de drogas do tratamento da doença

Há quem não goste, mas quem não dispensa o pequi, um dos mais tradicionais ingredientes da culinária goiana, tem agora mais motivos ainda para consumi-lo. O fruto típico do Cerrado tem propriedades que o indicam como coadjuvante eficiente no tratamento de câncer e, ainda, para o retardamento da velhice. Os dados foram levantados em pesquisa coordenada pelo professor César Koppe Grisólia, do Laboratório de Genética do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade de Brasília (UnB).

A pesquisa concluiu que o pequi é capaz de proteger as células dos efeitos colaterais das drogas usadas no tratamento de câncer, que costumam ser muito violentos. Os testes realizados em camundongos submetidos a uma combinação de substâncias como ciclofosfamida e blomicina, usadas no tratamento de pacientes com câncer, revelaram que o pequi exerceu efeito protetor contra os danos causados às células pela combinação das drogas. “Verificamos que o pequi amenizou a ação degenerativa das substâncias”, informou Grisólia, que ministrou o extrato do fruto uma vez ao dia às cobaias.

A idéia de investigar as propriedades do pequi veio com a descoberta de que ele era rico em vitaminas A, C e E. Outro benefício do consumo do fruto detectado pelos pesquisadores é que ele retarda a ação dos chamados radicais livres, moléculas que se formam no organismo humano e provocam reação danosa às células. Essas substâncias podem levar à formação de tumores, ao surgimento de doenças cardiovasculares e ao envelhecimento.

Grisólia afirma que essa pesquisa é a primeira de uma série que ainda está por vir. “Ainda não foram feitos estudos em humanos e não sabemos qual o índice da proteção”, explica o professor. Ele salienta que o maior mérito da pesquisa é chamar a atenção para a necessidade de preservação do Cerrado, que está sendo destruído pela expansão da fronteira agrícola e, no caso do pequi, para o aproveitamento de sua madeira pela indústria carvoeira. “O pequi em pé é mais importante do que transformado em carvão”, ressalta Grisólia. O professor diz ainda que é provável que outras frutos do Cerrado, de cor amarela e também ricos em caroteno, tenham o mesmo potencial.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

ANEDOTAS VERÍDICAS DE UM MÉDICO RESIDENTE










LAIBOS

1-Estavam os filhos, as netas  , a mãe e alguns convidados num tremendo bate papo, quando a matriarca aos 98 anos de idade para mostrar o bom exemplo para as netas falou.

____Olhem eu nunca coloquei batom nos meus beiços.

O filho mais velho semi-analfabeto e tirado a intelectual num tom esclarecedor disse:

___Mãe, num é beiço não mãe, quem tem beiço é os animá, cavalo e boi, nós humano tem é láibos.



A SESSÃO

2- O meu irmão mais velho era presidente da câmara de Vereadores.
 Na semana da Pátria ao abrir a sessão assim falou.

___Dou por abrida a sessão.

O seu secretário de imediato falou baixinho no seu ouvido.

__Presidente num é abrida não Presidente, é aberta.

O Presidente sem titubear fala em voz alta:

___Ou aberta ou abrida ,a palavra ta dizida.


A PALAVRA

3-Quando o meu irmão era um simples vereador recém eleito pouco falava no plenário.
 A sala onde funcionava não era climatizada e as janelas ficavam abertas nas noites de sessão.

Depois de aberta a sessão o presidente falou:

____Está facultada a palavra .

O meu irmão se levantou e de imediato o presidente falou:

___E o novo vereador Clemente Silva levanta para falar.

Na bucha o vereador Clemente retrucou comprimindo os ombros
 no surrado jaleco de veludo marrom.

___Num quero falar não seu Presidente eu me alevantei foi para fechar a gilena,
pois tá fazendo um frie da gota adonde eu tô.




DONA MARIA




14-No Hospital Roberto , Salvador Bahia, quando Médico Residente de Cirurgia Geral descíamos para o almoço-
 Dona Maria era uma das funcionárias que,  na rampa do restaurante,  colocava os alimentos nas bandejas de aço, utensílios estes  divididos em 04 ou 05 compartimentos.
Neste dia,  seria servido como complemento cubinhos de abóboras, por sinal muito gostosos, principalmente  quando untado na manteiga.
Eu na fila, bandeja na rampa e do outro lado dona Maria, roupa comum , um grande jaleco branco por cima, touca na cabeça, braços curtos, luvas de polietileno incolor e voz estridente.

___Quer abroba dotô Reginaldo, o sinhô quer abroba na manteiga .

Já com a concha cheia de cubinhos a despejar na minha bandeja  .

Na fila muitos residentes, muitas enfermeiras e muitos funcionários à escuta.

Olhei para Dona Maria e respondi num tom de brincadeira.

___Dona Maria na minha terra o Ceará quem come abóbora é porco.

Dona Maria não contou conversas:

___Aqui tumem dotô, aqui tumem,  quer mais um pouco?

E foi assim os melhores dias naquela casa que era uma verdadeira família.




O ESPECIALISTA


15-Era eu o cirurgião Geral do Plantão e chefe de equipe.
Ao chegar na sala da ortopedia, estava deitado na maca  um senhor que beirava os 50 anos, três ortopedistas, dois residentes o R1 e o R2, quatro internos, duas auxiliares de enfermagens.

___Quer que houve aí doutores?

___Esse senhor luxou o braço direito e estamos aqui tentando resolver o caso.

Atlas aberto, desenhos múltiplos sendo discutido por toda a equipe, 
residentes empolgados ,diazepam nos músculos, técnicas aplicadas e todas
 as manobras sem resultados.

Entrei, perguntei pelo seu nome, falei que o cabra era macho, não era como esses frouxas da capital, certifiquei da causa da luxação, conferi  o diagnóstico. era  uma luxação verdadeira. 
O paciente tomou afeição por este cirurgião de plantão, depois de 10 minutos de papo até parecia que já éramos conhecidos de longas datas, falei da vida que levei na lida do campo, nas laçadas  de bois, na amarras de feixes de lenha, dos banhos de rios, das  corridas de cavalos e nas pegas de bezerros bravos nos braços, falei das  nas quedas, dos arrancas as unhas nas capoeiras dos sertões. 
O homem se entusismou. O seu braço luxara pela manha,  quando jogou o laço na pega de uma vaca e no puxão que deu,  a cabeça do úmero saiu de sua cavidade

Pedi licença aos ortopedistas para aplicar a velha manobra aprendida no saudoso  Hospital de Urgência da Bahia- o tradicional HGV, recebi a aprovação de todos.

Expliquei ao paciente a manobra que faria, o paciente concordou , então com voz firme ordenei:

___Fique reto na maca, estique os braços colado ao corpo, vou puxar o braço direito afastando do seu corpo até a sua colocação na cavidade que já expliquei ao senhor,  pode doer um pouco,  mas,  peço para agüentar, vou mandar os meninos segurar a maca e outro segurará o seu tórax.

Tirei o meu querido dokside branco do pé direito, tirei a meia surrada, levantei a minha perna direita e com o dedão maior do pé  na axila do paciente localizei a cabeça do úmero, me pendurei esticando o seu braço  direito como se fosse uma corda, os músculos foram relaxando, relaxando,  até o ponto máximo de afastamento permitido pelo paciente, com uma manobra plácida e certeira , empurrei com o dedão a cabeça do osso na cavidade da omoplata e lá estava a luxação resolvida.

O paciente não contou conversas, levantou, abriu os braços, fez diversas manobras sem dor e abriu o bocão.

____É doutô, esses homens iam me matar, já chega os de Candeias e os de Camaçari que quase arrancam o meu braço, ando a dois dias e sem solução obrigado doutor, obrigado.
 AINDA BEM QUE CHEGOU O ESPECIALISTA.

Foi uma tremenda gargalhada. Tem horas que a tática fala mais alto.

                                Iderval Reginaldo Tenório
                                       Médico Residente R4
                                              1986












terça-feira, 14 de maio de 2013

HOMENAGEM ÀS MÃES NA ESCOLA FUNDAMENTAL PÚBLICA MUNICIPAL. ESCOLA MUNCIPAL MODELO VEREADOR FRANCISCO BARBOSA - JUAZEIRO DO NORTE-CEARÁ




Foto

Amigos do blog cultural, estive na Cidade de Juazeiro do Norte e lá participei de uma festa em homenagem às mães dos alunos  de uma Escola Fundamental Pública Municipal, A Escola Modelo Vereador  Francisco Barbosa,  situada na Serra do Horto, bem próximo ao Monumento  do Padre Cícero Romão Batista.

Na Escola estudam 600 alunos em dois  turnos, todos daquela comunidade de baixa renda. Tem como Diretora a competente e dedicada educadora Professora Odorina Tenório, que diante dos seus 70anos de idade e 50 de magistério, sabe muito bem conduzir os seus comandados lhes ensinado ética, coragem, respeito e amor, incentivando o crescimento do núcleo familiar.

A Festa foi um iniciativa da mestra Odorina, dos seus professores, dos alunos, dos funcionários de apoio e dos moradores do bairro.

Numa bela quadra esportiva, um jovem Padre celebrou uma missa campal elevando a família, o papel da mãe, o papel do pai , o papel dos professores, a importância da família e da escola.

Em seguida os alunos sem medir esforços deram uma verdadeira aula de cidadania. Um grupo de  adolescentes encenou a importância do diálogo, tendo como base a família de Jesus; em seguida, três  jovens princesas dançaram em homenagem ao amor, três belas jovens que,  pelos esforços e  gestos,   demonstraram  visivelmente o  anseio  de alcançarem um futuro melhor, foram claras nas suas danças, foi um belo espetáculo, dias melhores virão.

No meado da comemoração , a plateia constituída na sua maioria de mães de alunos, foi agraciada  com a performance de quatro crianças que demonstraram a importância do dialogo em família , depois e por último um coral de 25 alunos, dos 08 aos 14 anos, deu um show, liderado por uma  compenetrada e inteligente menina  de 09 anos o coral foi ao clímax cantando emocionalmente a música de Claudinho e Bochecha.

"Amor sem beijinho, Buchecha sem Claudinho, Sou eu assim sem você"
Por derradeiro , o Professor Luiz foi brilhante numa apresentação autoral, recitou uma bela poesia em homenagem  à sua mãe , às mães da Escola e às mães deste mundão de meu Deus, foi um fechamento com chave de ouro. Parabéns  Professor Luiz, parabéns.
Foi uma aula de cidadania, numa demonstração que,  nem tudo está perdido, ainda existe professoras como a Dona Odorina e a usa equipe.
Foi uma aula de cidadania  , uma demonstração de esforço e superação de uma comunidade carente,  que sonha por dias melhores. Naquela festa se enxergava a alegria de se fazer o melhor, se enxergava a força de vontade que existia dentro de cada um em vencer e galgar um futuro mais digno e cheio de realizações.
 Dona Odorina Tenório , sua equipe, alunos, pais e funcionários muito obrigado pelo belo dia vivido por este mortal que, conhece tão bem de perto  o sofrimento deste povo humilde,  honesto, sofrido, altaneiro e acima de tudo corajoso.
Eu não tenho a menor  dúvidas que , muitas daquelas crianças quando chegarem ao pódio  , quando estiverem gozando da merecida e trabalhosa vitória , terão boas lembranças e orgulho  daquele memorável dia.
Meninos o futuro  está na vontade e nas mãos de cada um dos lutadores, basta força, coragem, predestinação e muita garra, e estes pré-requisitos fazem parte da vida de cada uma daquelas crianças que hoje estudam na Escola Modelo Vereador Francisco Barbosa. Muitas  serão as dificuldades , maiores serão os esforços para vence-las e muitos vencerão para o bem e felicidade desta sofrida Nação. Fiquem e vençam em paz.
Iderval Reginaldo Tenório







Foto
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Foto: Linda apresentação dos alunos em homenagem as mães
SOU EU ASSIM SEM VÔCE ,

VEJAM ESTA  MENINA, A SEGUNDA DA PRIMEIRA LINHA  ,  ESTÁ COM O PAPEL MAIOR DO QUE ELA, É UMA LÍDER NATA. ELA FOI ALÉM DO CORAL UM ESPETÁCULO À PARTE.



SOU EU ASSIM SEM VÔCE
Claudinho e Bocheca

Avião sem asa,
Fogueira sem brasa,
Sou eu assim, sem você
Futebol sem bola,
Piu-piu sem Frajola,
Sou eu assim, sem você...
Porque é que tem que ser assim?
Se o meu desejo não tem fim
Eu te quero a todo instante
Nem mil auto-falantes
Vão poder falar por mim...
Amor sem beijinho,
Buchecha sem Claudinho,
Sou eu assim sem você
Circo sem palhaço,
Namoro sem abraço,
Sou eu assim sem você...
Tô louco prá te ver chegar
Tô louco prá te ter nas mãos
Deitar no teu abraço
Retomar o pedaço
Que falta no meu coração...
Eu não existo longe de você
E a solidão é o meu pior castigo
Eu conto as horas pra poder te ver,
Mas o relógio tá de mal comigo
Por que? Por que?
Neném sem chupeta,
Romeu sem Julieta,
Sou eu assim, sem você
Carro sem estrada,
Queijo sem goiabada,
Sou eu assim, sem você...
Você...
Porque é que tem que ser assim?
Se o meu desejo não tem fim
Eu te quero a todo instante
Nem mil auto-falantes
Vão poder falar por mim...
Eu não existo longe de você
E a solidão é o meu pior castigo
Eu conto as horas prá poder te ver,
Mas o relógio tá de mal comigo...


Foto: Mães, Alunos, Gestores, Professores e convidados assistindo a Missa
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Foto: Mães, Alunos, Gestores, Professores e convidados assistindo a Missa








No CD O Cantador do Mundo, músico rende homenagem a Luiz Gonzaga


No CD O Cantador do Mundo, músico rende homenagem a Luiz Gonzaga

O novo artista da promoção do CORREIO é o pernambucano Israel Filho. Hoje, o jornal distribui gratuitamente 119 mil exemplares do CD do artista, que traz 11 forrós, incluindo a regravação do clássico Ai Que Saudade D’Ocê

14.05.2013 | Atualizado em 14.05.2013 - 08:09
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Foto: Divulgação

Com mais de 40 anos de carreira, o músico Israel Filho lança seu novo álbum, O Cantador do Mundo, através da promoção do jornal CORREIO
Aline Valadares
aline.valadares@redebahia.com.br

O set list do São João dos leitores do CORREIO só faz aumentar. Desta vez são 119 mil exemplares do novo CD do pernambucano Israel Filho, 59 anos, O Cantador do Mundo. Sua história na música começou há tempos, sempre recebendo influências do mestre Luiz Gonzaga (1912-1989), homenageado na música-título.

Apesar de ter trabalhado muito como programador de sistema, Israel não deixou de lado a dedicação para compor e cantar suas músicas. Nascido no município de Caruaru, que fica a 130 quilômetros de Pernambuco, ele teve sua primeira experiência numa banda em 1970. Em 79, foi convidado para participar de uma homenagem para o Rei do Baião. Lá, cantou A Triste Partida, de Patativa do Assaré (1909-2002). 

Em São Paulo, onde passou a morar nos anos 80, Israel conseguiu uma visibilidade maior através dos festivais que participava. “Trabalhava como programador durante a semana e nos finais de semana eu cantava nos festivais. Cheguei a ganhar um no Paraná”, diz.

Prêmios
Israel já havia lançado três LPs, sendo um pela gravadora Copacabana e dois pela PolyGram, mas foi em 1990 que sua carreira começou a deslanchar com o quarto disco, intitulado Sonho Vadio, pela gravadora Continental. “Esse álbum mudou a minha vida e me deu a conquista do Prêmio Sharp de Música”, relembra o cantor. Ele atribui o sucesso do álbum a Gonzagão, que exerceu uma grande influência no seu trabalho. 

Ao ficar sabendo da morte do amigo, Israel escreveu a música Saudades da Asa Branca, que entrou de última hora naquele LP. “Eu tinha uma amizade muito grande com Luiz. Em 1989, passei na frente da igreja de Santa Luzia, que era padroeira dele, e começou a ser anunciado que ele havia morrido. Chorei quando soube que Gonzagão morreu. Tanto por ser meu amigo, como também por não ter gravado com ele”, lamenta o pernambucano, e completa: “Veio uma frase na minha cabeça, parei o carro e comecei a compor a música”. 

Israel mandou, então, a canção para o Festival de MPB de Ilha Solteira, em São Paulo. Depois de 15 dias,  soube que ela havia sido selecionada. Foi por causa dessa música que Israel foi indicado para concorrer na categoria Revelação Masculina do Prêmio Sharp de Música, televisionado pela Globo e apresentado por Chico Anísio, Lúcia Veríssimo e Paulete.

Rei do Baião
Gonzagão continua sendo a temática principal de Israel Filho. Ano passado,  ele  relançou em CD, com mais duas faixas inéditas, seu álbum dedicado ao Rei do Baião.  “Em 2011 tive um sonho com Luiz e comecei a compor”, conta o cantor sobre as novas músicas, como O Cantador do Mundo, composta por ele e pelo baiano Aldo Souza e escolhida para batizar o CD promocional do CORREIO. Além dessa canção, o CD traz mais quatro parcerias entre Israel e Aldo. E outras sete  somente de Aldo. 

Uma das composições da dupla é Overdose de Forró, que retrata a alegria dos baianos. “Acho que essa música vai bombar no São João, porque ela é alegre e a gente fala da Bahia”, acredita Israel. 

Mas as suas letras também têm uma preocupação com as questões sociais e com a realidade nordestina. “A minha grande diferença é que tenho uma preocupação socioeducacional, a exemplo da canção Sopa de Aruá”, diz o músico ao se comparar com outros artistas do gênero. E completa: “Mesmo sendo um trabalho alegre, falamos também dos problemas, como por exemplo as drogas que vêm acabando com a vida de muitos por aí”.

Uma das marcas da trajetoria de Israel é a regravação de Ai Que Saudade D’Ocê, sucesso de Vital Faria, registrado, além dele, por artistas como Elba Ramalho e Geraldo Azevedo. “Eu quis que essa música fosse novamente apresentada ao Brasil. Estou gravando mais uma vez porque ela 
faz parte da minha carreira”, resume.

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O NAMORO


 Histórias que minha mãe conta .
Diante dos seus 97 anos, são divertidíssimas, ela sai com cada uma!os netos e os bisnetos gostam.

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O NAMORO


               E o casal de namorados  na varanda da grande casa usufruía da maravilhosa brisa.
                  Sentados num belo e largo banco  de madeira, os jovens   cochichavam o seu namoro, dos lados,  dois grandes jarros com os seus pontiagudos alfinetes, nos fundos, algumas toceiras de capim santo e espadas de São Jorge, deitado por debaixo do banco o seu belo cachorro Joly , pançudo, pelos cinzas, patas grossas e   orelhas caídas , de vez em quando balançava o  seu lento rabo, abria cansadamente  os  redondos olhos e voltava aos braços de morfeu, na sua frente a empedernida  sogra, bucho grande, lenço branco na cabeça,  óculos caídos sobre o  nariz, cesta de palha de carnaúba na qual armazenava grandes novelos de linhas aveludadas e  de cores diferentes , duas  pontiagudas agulhas e os olhos bem atentos ao neófito casal.

    De quando em vez subia um odor sulfurado que inundava toda a varada, de imediato o rapaz lamuriava:

              ___Sai daqui Joly, êita cachorrinho danado.

                              A sogra levantava o ossudo queixo, sorrateiramnte conferia o indelicado odor, numa manobra automática espiava o casal  por cima dos óculos dobrando   o queixo sobre o pescoço , ajeitava os óculos no adunco nariz com o fura bolos e continuava  a sua costura  artesanal como se nada tivesse acontecido.

                             O  casal continuava o seu namoro, sempre em silêncio, sem muitas conversas , angelical; e a velha a bisbilhotar, como disfarce, o crochê. 

                      De vez em quando o horrendo  e ocre cheiro de ovos podres  inundava a vigiada varanda, mais  vezes   a lamuria do pacato rapaz sobre o cachorro Joly e sempre acompanhada dos gestos de desaprovação da atenta e cuidadosa sogra . Depois da quinta ou sexta queixa do educado môço, a matriarca levanta o rosto, ajeita o picinez, se arruma na cadeira de couro e com o dedo em riste, eleva a voz  e vocifera  com o seu belo e dorminhoco cachorro Joly:

                             ___Saia mesmo  Joly se não este homem lhe caga, a coisa tá é feia.

                                      Iderval Reginaldo Tenório

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