segunda-feira, 20 de maio de 2019

HISTÓRIA ACREANA: O HOMEM QUE DESAFIOU RUI BARBOSA



HISTÓRIA ACREANA: O HOMEM QUE DESAFIOU RUI BARBOSA

Isaac Melo**


Se se diz que a história acreana é um poço de bravura e teimosia, não duvide. A verdade é que grande parte da história do Acre ainda está por vir à tona. Há muitos personagens e fatos que ainda estão a dormir o sono do esquecimento.

Rui Barbosa, um dos maiores gênios intelectuais que este país já produziu, é de todos conhecido. Orador brilhante, jurista impecável, advogado completo, escritor exímio. Gumersindo Bessa, jurista sergipano, nem tanto. O que cruzou o caminho desses dois homens, um já consagrado, outro ignoto? A questão acreana.

Logo após a anexação das terras acreanas ao Brasil, iniciou-se uma intensa discussão em torno de questões jurídicas. Ora, o Acre naquele período era um grande produtor da hevea brasiliensis, ou seja, grande gerador de riquezas advindas da borracha. Os governos cobravam altas taxas alfandegárias sobre o produto. Para se ter uma ideia a renda acreana era uma das maiores do Brasil. Em síntese, quem tivesse o domínio do Território acreano estaria com seus cofres bem nutridos.

O Estado do Amazonas, que não era besta, vendo ali uma galinha de ovos de ouro entrou com uma ação no Supremo Tribunal contra a própria União Federal que também reivindicava a posse do Território. Naquele momento o Acre juridicamente, não pertencia nem à União nem ao Amazonas. Por sua vez, o Amazonas se julgava com pleno direito às terras acreanas setentrionais, uma vez que sempre ambicionara incorporar o Acre ao seu território, e estava disposto a defender com unhas e dentes aquelas terras que sendo já brasileira antes do Tratado de Petrópolis “necessariamente se havia de achar no Estado do Amazonas”.

Ora, para tal empreitada o Estado do Amazonas tomou nada menos que Rui Barbosa, então Conselheiro do Tribunal, para advogar a seu favor no litígio levantado contra a União. O exaustivo levantamento de leis, conforme assevera Sílvio Meira, documentos, dados históricos, geográficos, cartográficos, transforma as Razões Finais de Rui Barbosa num monumento de sabedoria, de erudição, de clarividência, um exemplo extraordinário de peça jurídica da lavra de um advogado completo, sem igual.

Note que, diante desse amplo embate jurídico, não se discute os direitos dos acreanos, mas quem de direito o devia possuir, isto é, a quem pertenceria o domínio de suas terras. Esse debate já havia se tornado nacional, levado a público pela imprensa brasileira a todos os Estados. É aqui que Gumersindo Bessa cruza o caminho de Rui. Surge então, o espontâneo “defensor dos acreanos”. A 31 de janeiro de 1906, em Aracaju, Gumersindo Bessa leva a público o seu “Memorial em Prol dos Acreanos Ameaçados de Confisco pelo Estado do Amazonas na Ação de Reivindicação do Território do Acre”, documento composto de 20 páginas. “Quem era aquele defensor gratuito dos bravos acreanos, filho do nordeste, que, como cavaleiro medieval, se armava para entrar na luta contra um homem da estatura intelectual de Rui Barbosa?”. Gumersindo Bessa, nas palavras de Sílvio Meira, era um homem de província, de alto merecimento. Não se tratava de um aventureiro, nem de algum audacioso escriba do pequenino Estado, mas de um jurista de real merecimento, tocado do sentimento natural de defesa de uma causa que lhe parecia nobre.

Rui Barbosa, até então, havia se recusado a tomar parte nas inúmeras polêmicas levantadas pelos jornais acerca do tema, como foi o caso do Jornal do Comércio, que tinha publicado uma série de artigos acrimoniosos de autoria do Dr. Orlando Correia Lopes, outro personagem principal do pós-revolução acreana. Todavia, ao Memorial de Bessa Rui considerou-o digno de receber uma resposta. A partir daí, sucederam-se oito artigos de Gumersindo, com oito respostas de Rui Barbosa. Apesar da grande competência de Bessa, seus argumentos não foram fortes o bastante no embate contra Rui. Nada, porém, como assevera Sílvio Meira, garantirá tanta a lembrança ao nome de Gumersindo Bessa, que a honra de haver debatido a causa do Amazonas com o imortal brasileiro e haver merecido de Rui uma resposta, que é uma lição permanente de direito e de estilo.

Por fim, dessa lição todos nós tomamos parte. Embora saibamos que, para o Acre, o sergipano Gumersindo Bessa meio que incorporava os interesses da consciência acreana, a reivindicar sua autonomia e seus direitos, até então, ignorados pelo Estado Brasileiro. Por um momento, os acreanos era aquele homem, um espinho a cravar na carne daqueles que reivindicavam para si o destino de um povo, à semelhança de quem reivindica a posse de um brinquedo qualquer...

sábado, 18 de maio de 2019

ZÉ PIANCÓ ZÉ PIANCÓ -UM HOMEM RACIONAL - um animal, um corema .

ZÉ PIANCÓ ZÉ PIANCÓ -UM HOMEM RACIONAL - um animal, um corema .

Resultado de imagem para vaqueiro
Adicionar legenda

Imagem relacionada
 
Imagem relacionada
 
ZÉ PIANCÓ 
ZÉ PIANCÓ -UM HOMEM  RACIONAL 

          Zé Piancó nascera sem coração, vivera apenas por viver, a sua sina era trabalhar, labutar, brigar, cansar o corpo moído. Da boca para o bucho e desta para o mundo para alimentar outras bocas, o Piancó nascera  para ser bicho, para quebrar  ossos e queimar o mundo , para maltratar a  terra sem ferir a natureza, era um selvagem, um bruto, era um animal.

          O coração seco, a vida dura , tão dura como o normal é o morrer, o Piancó não era pouco esforço, era exagero, era o sol ardente sem piedade a sapecar as costas da terra, era a poeira, a ventania, o redemoinho a destronar os invasores, o tronco grosso que resiste e o graveto inflamável das   capoeiras  .

          O Zé era pau de bater em bicho, corda de amarrar doido, era o amargo do jiló, às vezes  o doce da cana caiana, o mormaço da evaporação e do calor, o assobio da cobra, o Zé era a  trama, o trauma  e a lama. O sujeito era duro, era escuro como as noites de trevas, era o miolo da dura madeira, era o fundo lá dos fundos dos profundos mares, o cabra era a fronde da moita, era o oco do pau, era o manto do monte, era o centro da terra, era o ferro do núcleo. Era pedra, gás, água, era o incandescente, Piancó era tudo e ao mesmo tempo não era nada.

         O Zé era o Zé e nada mais, nascera sem pai, sem mãe, sem nada, sem beira e talvez sem eira, o Piancó nascera sozinho, sem rumo, sem prumo e vivera na solidão, na defesa da vida e na defesa do pão. O Zé da Silva Piancó era um piancó e nada mais, apenas um piancó, um Corema, um Cariri. 
           O Zé era um CARIRI, um Corema, um animal, era apenas um sinciente.

          Iderval Reginaldo Tenório


Este texto faz parte de uma coletânea de minha autoria escrita na minha fase de descoberta do Nordeste. Evolui na escala da idade e  dos conhecimentos, ao ler me encontrei com este belo personagem e fiz questão de passar ao conhecimento dos meus amigos.

Muitos de nós não passamos de um PIANCÓ.

 Boa Leitura
  1. Luiz Gonzaga e Benito di Paula - Viva meu padim (João Silva, Luiz Gonzaga) - YouTube

  2. www.youtube.com/watch?v=nBgyB6Jb2_Y
  3. 21/05/2011 - Vídeo enviado por vitrolanoberro
  4. Luiz Gonzaga - Disco "Forró de cabo a rabo" (1986) "Viva meu padim". Participação: Benito di Paula.




LAMPIÃO , A GRUTA DE ANGICOS E O BRASIL ATUAL, CANGAÇO POR CANGAÇO OU POR UM CANGAÇÃO

LAMPIÃO , A GRUTA DE ANGICOS E O BRASIL ATUAL, CANGAÇO POR CANGAÇO OU POR UM CANGAÇÃO

LAMPIÃO , A GRUTA DE ANGICOS E O BRASIL ATUAL, CANGAÇO POR CANGAÇO OU POR UM CANGAÇÃO





Resultado de imagem para cabras e jagunços
Resultado de imagem para cabras e jagunços

Resultado de imagem para volantes e cangaceiros
Adicionar legenda


LAMPIÃO , A GRUTA DE ANGICOS E O BRASIL  ATUAL,
 CANGAÇO POR CANGAÇO OU POR UM  CANGAÇÃO

28 de julho de 1938 morre Lampião,  o cangaceiro mor ,  cravado por mais de uma centena de balas, projéteis estes  cuspidos de  uma metralhadora apelidada de    "A COSTUREIRA". 

Foi uma verdadeira carnificina, uma sessão de execução sumária , de supetão e as escondidas, o pior desjejum que um homem pode receber, uma vez que aconteceu no amanhecer do dia 28 de julho de 1938, uma quinta-feira 4:30 da manhã.

             Lampião o maior cangaceiro do sertão, não porque era o mais perverso e sim porque os jornais e o rádio lhe deram notoriedade, Lampião era um cangaceiro midiático, era uma celebridade, era um homem vaidoso.   

             Além de ser devoto do Padre Cícero do Juazeiro do Norte e protegido do médico baiano Dr Floro Bartrolomeu , o mundo político o enxergou  e a ordem do governo ditatorial do  Getúlio Vargas era acabar com o cangaço no Brasil, o acerto era acabar a qualquer custo os diversos bandos,  pois era o cangaço   o modus operadi do jovem  analfabeto e de baixa renda ganhar a vida naquela época,  poucas eram as opções, matar ou morrer, mandar ou obedecer, ser um cabra, um  cagão, um bobo, um moleque de recados, um passa fome,    um cangaceiro ou um jagunço com as suas patentes próprias, não existia meio termo. 

           O coronel era o deus,  o chefe político,  o pai, o criador, o todo poderoso, o dono da terra, o latifundiário, os cargos políticos dos rincões, o manda chuva, o delegado, o padre e o juiz, o coronel ou o coroné era tudo no Sertão,    quem não  quisesse permanecer no seu julgo, entraria no cangaço, na elite da juventude pobre e caipira do nordeste, era o cangaço um meio de vida,  um trabalho como outro, era um oficio de respeito e que  transformava o adolescente  em uma estrela, num mito , num homem de destaque, num homem possuidor de liberdade, num fazedor de leis, um jurista, um parlamentar, uma autoridade de quilate invejável e respeitado por todos, era o segundo poder para uma região depois do CORONEL , era o cangaço uma ponte para depois servir ao Estado como integrante das  grandes volantes a perseguir os pares do passado, muitos cangaceiros entravam nas volantes como muitos soldados viravam cangaceiros. 


         O cerco ao fim do Cangaço  foi tão grande que,  muitos foram os acertos  feitos pelas autoridades, acordos entre os governadores, os prefeitos e a Presidência da República, tudo para aniquilar o mundo dos facínoras .

             Foi permitido que a volante poderia entrar em qualquer Estado do Nordeste, isto é,  para pegar cangaceiros as divisas foram esquecidas, a polícia de Pernambuco poderia entrar no Estado da Bahia e Vice-versa, a autorização era automática,  outra ordem era para que qualquer fazendeiro, sitiante, agricultor, comerciante ou aqueles que ajudassem o cangaço perdessem  os seus bens e muitos seriam presos ou até mortos,  a pior ordem contra o cangaço foi a que abertamente dizia , aquele que matar, eliminar ou acabar com um cangaceiro ficará com todos os seus pertences, o dinheiro, o ouro , os relógios e tudo que encontrasse no seu bornal, o seu alforge de couro no qual guardavam as suas riquezas subtraídas da população.   

         A carnificina foi de ensopar a caatinga de sangue, os cangaceiros passaram a não dormir com medo dos seus próprios comparsas  que dormiam  ao seu lado no mesmo esconderijo, os urubus fizeram a festa.

         O governo patrocinou a abertura de estradas, financiou a compra de caminhões e utilitários, patrocinou  o aumento do contingente nas volantes, ofereceu patentes aos mais corajosos , incentivou e premiou os delatores, comprou fuzis, metralhadoras e outras armas de repetição, foi dado   a liberdade aos fotógrafos , aos jornalistas e aos cordelistas para difundirem as notícias , o mundo nordestino virou de pernas para cima, o cangaço foi afixiado,  foi declarado guerra ao cangaço e a todos os seus alimentadores. 

             Enfim chegou o dia, chegou o dia em que o Lampião, o chefe da mais importante facção caiu por terra, pois  no norte e Nordeste existiam centenas e centenas de bandos, naquela cinzenta e fria madrugada de uma quinta-feira, 28 de julho de 1938, foi por terra  o Virgulino Ferreira da Silva, vulgo Lampião (Serra Talhada, 4 de junho de 1898 — Poço Redondo, 28 de julho de 1938), Maria Gomes de Oliveira, vulgo Maria Bonita (Paulo Afonso, 8 de março de 1911 — Poço Redondo, 28 de julho de 1938) e 99% dos seus cabras , naquela madrugada , às quatro e trinta da manhã,  foi  retirada  do  alicerce  do cangaço oficioso e cruel do nordeste   a sua última pedra, com este episódio e com esta mesma pedra   foi reforçado  o alicerce de outro tipo de cangaço,   foi  reiníciado  o mais cruel dos cangaços e do coronelismo,  agora nacional , o cangaço da caneta, do poder econômico e do poder político, o cangaço da corrupção  . 

        Mudou  o cangaço, mudaram as praças  e os personagens, o cangaço passou a ser urbano, passou a ocupar as metrópoles, as melhores casas e as influentes famílias, o cangaço recebeu anel e diploma, passou a ser poliglota e viajado até se transformar neste cangaço dos dias atuais, eletrônico, intercontinental, quântico , cibernético e online, um cangaço civilizado, morreram as alpercatas e nasceram os sapatos de couro fino,  sucumbiram as capoeiras  e brotaram os polidos granitos, aposentaram-se as vestes de couro e os lenços de seda , entraram em cena  os  paletós e as gravatas. 

           Hoje está o Brasil com os seus milhares de coronéis nos palácios, nos poderes executivo, legislativo,  judiciário, empresarial e eclesiástico .  

                 O cangaço de outrora era manso , juvenil,  analfabeto, oficioso, artesanal e  regional, era um dos meios de sobrevivência e para matar a fome  , o de hoje é um cangaço  letrado, experiente, judicante, adulto, culto, nacional e oficial , é  um dos meios de enriquecimento ilícito , um dos geradores da fome e da miséria entre as classes sociais em  todo o país,  e haja cangaceiros , e haja coronéis,  e como tem capangas ,  e como tem jagunços. 

        Viva a liberdade, a cidadania e a propriedade do raciocínio, viva a humanidade.

salvador, 28 de julho de 2018

Iderval Reginaldo Tenório

Luiz Gonzaga - Olha a Pisada - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=h9pWE7xi4a4
10 de dez de 2010 - Vídeo enviado por Alfredo Pessoa
Luiz Gonzaga - Olha a Pisada ... do massacre de Angico, quando Lampião morreu e também as canções ...
odução automática 




Numa Sala De Reboco - O Cheiro Da Carolina - O Xote Das Meninas (Ao Vivo - Volta Pra Curtir ) 

 

 





Luiz Gonzaga - Lampião Falou - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=-Tphzj8Vivc
9 de dez de 2010 - Vídeo enviado por Alfredo Pessoa
A música do CANGAÇO Este álbum é fruto de um projeto de Aluízio Falcão e o Estúdio Eldorado, que buscava ...

Lampião - Era Besta Não - Luiz Gonzaga - VAGALUME

https://www.vagalume.com.br › Forró › L › Luiz Gonzaga
21 de mar de 2009
Luiz Gonzaga - Lampião - Era Besta Não (música para ouvir e letra da música com legenda)! Lampião
3,1 mi visualizações


Lampião em Juazeiro - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=sUIEXWq3OJo
7 de mai de 2011 - Vídeo enviado por Aderbal Nogueira
Valdemar Caracas, ex-funcionário da RVC (Rede Viação Cearense), foi testemunha ocular da entrada de ...

O CARIRI É UMA REGIÃO QUE SÓ CRESCEU DEVIDO A UNIÃO DOS TRÊS PRINCIPAIS MUNICIPIOS. JUAZEIRO -CRATO E BARBALHA


O Cariri é uma região que só cresceu devido a união dos três principais municipios. Juazeiro -Crato e Barbalha
O Cariri é uma região que só cresceu devido a união dos três principais municípios.
Juazeiro -Crato e Barbalha.
A desunião é coisa do passado, não vamos ressucitar a mágoa, a revanche e o atraso.
Viva o nosso Juazeiro e o nosso Cratinho de açúcar.
Viva Barbalha e o nosso Caririaçu.
É isso aí Fidelis, é isso aí Fábio.
Vamos somar e não dividir.
Iderval Reginaldo Tenório
Juazeiro do Norte, Crato e Barbalha juntas consolidam o coração do sul do ceará, todos somos do cariri, um bloco só.
Viva o cariri. Cratinho aquele abraço, Barbalha aquele amplexo, Juazeiro do Norte , meu Juazeiro, receba tudo de bom de todos nós.

Iderval Reginaldo Tenório


Resultado de imagem para juazeiro do norte

Resultado de imagem para juazeiro do norte
Resultado de imagem para juazeiro do norte
O CARIRI É UMA REGIÃO QUE SÓ CRESCEU DEVIDO A UNIÃO DOS TRÊS PRINCIPAIS MUNCIPIOS.

 JUAZEIRO -CRATO E BARBALHA. 



O Cariri é uma região que só cresceu devido a união dos três principais municipios. Juazeiro -Crato e Barbalha
O Cariri é uma região que só cresceu devido a união dos três principais municípios.
Juazeiro -Crato e Barbalha.
A desunião é coisa do passado, não vamos ressucitar a mágoa, a revanche e o atraso.
Viva o nosso Juazeiro e o nosso Cratinho de açúcar.
Viva Barbalha e o nosso Caririaçu.
É isso aí Fidelis, é isso aí Fábio.
Vamos somar e não dividir.
Iderval Reginaldo Tenório
Juazeiro do Norte, Crato e Barbalha juntas consolidam o coração do sul do ceará, todos somos do cariri, um bloco só.
Viva o cariri. Cratinho aquele abraço, Barbalha aquele amplexo, Juazeiro do Norte , meu Juazeiro, receba tudo de bom de todos nós.

Iderval Reginaldo Tenório

O Cariri é pra ser somado, não é dividido não - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=_xcXay4Zx8Q
7 horas atrás - Vídeo enviado por Michel Dantas
Vídeo de micheldantas228.

sexta-feira, 17 de maio de 2019

O INCORRETAMENTE POLITICO PODE ACABAR COM UM GOVERNO-A UNIVERSIDADES E A TRAPALHADA -O contingenciamento é parte do protocolo cumprido pelo governos na gestão fiscal

Resultado de imagem para UNIVERSIDADES
O INCORRETAMENTE POLITICO PODE ACABAR COM UM GOVERNO

Nos últimos dias, com a ajuda do novo ministro da Educação, Abraham Weintraub, o presidente se excedeu. Weintraub começou em grande estilo uma escalada de ataques de fundo ideológico à Universidade, ao anunciar um “corte de 30%” nas verbas das federais Fluminense (UFF), da Bahia (UFBA) e de Brasília (UnB), sob a justificativa de que elas permitiam “balbúrdia”e “bagunça” nos campi. 

Uma provocação infantil. A trapalhada foi ainda maior, porque se tratava de um contingenciamento, fase anterior ao corte, que seria inviável, porque a maior parte das despesas das universidades, algo como 80%, é protegida por lei (aposentadorias, pensões e salários). O índice de bloqueio de verbas incide sobre os gastos chamados de discricionários, aqueles que o administrador público pode gerenciar. É a menor parcela das despesas. 

O contingenciamento é parte do protocolo cumprido pelo governos na gestão fiscal, quando há perspectivas de queda de receita, como agora. Nenhuma novidade. Mas o encaminhamento inicial dado ao assunto pelo ministro serviu de centelha para uma mobilização que não se vê desde as passeatas contra Dilma Rousseff, em 2015. Abrindo, ainda, espaço para que corporações do serviço público, incluindo o ensino superior, que são privilegiadas pela atual Previdência, aderissem às concentrações e passeatas marcadas para quarta, com palavras de ordem contra a reforma do sistema. Grande ironia, pois é este regime previdenciário que draga recurso da Educação, entre outros serviços públicos essenciais.