quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Dorothy Counts foi a primeira estudante negra admitida numa escola pública americana (de brancos).


O preconceito racial está chegando ao fim?

No mundo todo, implantam-se e vigoram políticas mais efetivas contra a discriminação racial, que, cada vez mais, é punida com rigor. Será o fim do preconceito no mundo? O fato é que alguns negros passam a comandar empresas, outros são juízes, atletas de sucesso, grandes atores ou comunicadores. Em 2008, o salto foi maior: os norte-americanos elegeram Barack Obama para presidente da República. No Brasil, dizem que não existe preconceito, que somos uma sociedade multirracial e unida. Será mesmo? Obama, Lewis Hamilton, Naomi Campbell, Oprah Winfrey, o ministro Joaquim Barbosa, a atriz Taís Araújo revelam um mundo novo sem preconceitos? O que você acha: está acabando o preconceito aqui e no mundo?



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"Ao ver um site de fotografias clássicas em P&B que foram coloridas por uma artista, uma foto me chamou a atenção. Fui pesquisar do que ela se tratava e achei a história muito interessante da atitude de uma mulher que mudou muita coisa nos EUA.




Dorothy Counts foi a primeira estudante negra admitida numa escola pública americana (de brancos). A fotografia retrata seu primeiro dia de aula na Univers

idade de Harry Harding, na Carolina do Norte (EUA), em 1957.
O vestido de Dorothy foi feito por sua avó especialmente para seu primeiro dia de aula. Cuspiram nele.




Centenas de alunos seguiram e acompanharam sua chegada à escola. De vez em quando alguns jogavam coisas em sua direção enquanto outros faziam gestos obscenos. Os estudantes gritam para ela voltar para casa. Dorothy foi em frente sem reagir.




Este absurdo momento de violência prosseguiu nos dias seguintes. Foram 4 dias de perseguições e insultos. Jogavam lixo durante a sua refeição e seu armário era saqueado. Depois surgiram ameaças telefônicas agravando ainda mais a situação. Por fim, os seus pais consideraram que a sua vida poderia estar em risco e optaram por tirá-la da escola.




Pode parecer pouco mas os quatro dias em que Dorothy tentou frequentar a Harry Harding High School foi de grande importância para o Movimento dos Direitos Civis e fim da segregação racial nos Estados Unidos.

O preconceito torna o cérebro ignorante e as pessoas cegas."

por Nando Scofield

Boicote ao transporte público segregado de uma cidade do
Alabama foi o ponto de partida para solidificar a liderança de
Martin Luther King na causa dos direitos civis nos EUA
Saboreando a vitória: o pastor Abernathy (à esq.) e King (no segundo banco) num ônibus após o fim da segregação no transporte

Aos olhos e ouvidos de todo o mundo, a cena de um oceano de pessoas diante do Memorial Lincoln, na marcha de Washington em 1963, e os vibrantes discursos pela harmonia social e econômica nos Estados Unidos são as mais belas lembranças do que a soul force ("força da alma") de Martin Luther King era capaz de realizar. O maior feito de sua trajetória, contudo, é menos simbólico e muito mais prático. Ao lutar até o fim pelo direito de uma mulher negra se manter sentada em um ônibus de uma pequena cidade no Alabama, sem precisar entregar seu lugar a um passageiro branco, o até então desconhecido pastor batista desafiou o estado e conseguiu uma vitória impensável em um país ainda rachado pela segregação. Foi o primeiro passo de uma histórica jornada pela liberdade, que fez de King o grande líder da comunidade negra e um ícone da batalha ideológica pelos direitos civis ao redor do planeta.
Vitória no tribunal: com a mulher, Coretta, King comemora suspensão de condenação
Em 1º de dezembro de 1955, a costureira Rosa Parks recusou-se a ceder seu assento (na seção reservada aos negros) a um homem branco em um ônibus municipal de Montgomery, no Alabama, conforme determinavam as leis segregacionistas do estado. Informada pelo motorista que acabaria presa caso não repensasse sua decisão, a mulher de 42 anos preferiu ser levada para a cadeia - e, posteriormente, a julgamento. Sua prisão silenciosa fez o Conselho Político Feminino da cidade propor aos negros da cidade um dia de boicote aos ônibus municipais, na exata data em que Rosa Parks deveria comparecer ao tribunal, 5 de novembro. Sua esdrúxula condenação pelo júri levou à formação imediata da Montgomery Improvement Association (MIA), para coordenar as ações seguintes, incluindo a extensão do boicote e o questionamento legal da constitucionalidade da lei de segregação no transporte público. Para não melindrar nenhum ativista local, a presidência da entidade foi entregue a Martin Luther King, que desembarcara havia pouco na cidade como pastor da Igreja Batista da Avenida Dexter. O líder viu a missão como uma oportunidade de melhorar as relações entre as raças e, por tabela, a situação de Montgomery.
Naquela mesma tarde, King discursou para uma multidão reunida diante da Igreja Batista da Rua Holt, já revelando o poder retórico invejável que o faria célebre. "Quero assegurar a todos que trabalharemos com vontade e determinação para fazer prevalecer a justiça nos ônibus da cidade. Não estamos errados. Se estivermos errados, a Suprema Corte desta nação está errada. Se estivermos errados, a Constituição dos Estados Unidos está errada. Se estivermos errados, Deus Todo-Poderoso está errado." Já nesse primeiro encontro, o pastor pediu um compromisso pela não-violência no protesto, traço que marcaria todas as outras manifestações, assim como os valores da ética cristã propagados por King. Poucos dias depois, a MIA tornou pública suas reivindicações: ocupação dos assentos de acordo com a ordem de chegada do passageiro, motoristas negros em rotas predominantemente negras e tratamento cortês pelos funcionários.
O estopim: Rosa Parks é detida em 1956
Conspiração e multa - A prefeitura de Montgomery não atendeu aos apelos da entidade, que decidiu continuar o boicote. Motoristas de táxi negros organizaram-se para ajudar a comunidade, e foram penalizados pela prefeitura; com isso, organizou-se uma extensa rede de caronas que mobilizou mais de 300 carros. No início de 1956, bombas foram atiradas contra as casas de Martin Luther King e E. D. Nixon, outro líder negro local, sem deixar vítimas. Em fevereiro, invocando uma lei de 1921, que proibia a conspiração contra negócios lícitos, a prefeitura indiciou mais de 80 líderes e participantes do boicote. King foi condenado e teve de pagar uma multa de 500 dólares para evitar um ano de encarceramento. Apesar disso, o boicote continuou, e atraiu a atenção nacional. Pacifistas famosos como Bayard Rustin e Glenn Smiley passaram a aproximar-se de King e apoiar o movimento.
Em 5 de junho de 1956, uma corte federal enfim determinou que a segregação nos ônibus era inconstitucional, decisão ratificada em 13 de novembro pela Suprema Corte. Houve intensa comemoração entre a comunidade negra da cidade, mas a MIA decidiu manter o boicote e o sistema de caronas até que a dessegregação realmente fosse implantada no transporte de Montgomery. Um mês depois, em 20 de dezembro, Martin Luther King anunciou o fim do movimento; no dia seguinte, ele, E. D. Nixon, Glenn Smiley e o pastor Ralph Abernathy embarcaram em um ônibus já integrado. No total, foram 381 dias de boicote, com o apoio de mais de 42.000 negros. Rosa Parks, que no meio do processo perdeu seu emprego numa loja de departamentos, tornou-se alvo de hostilidades de segregacionistas e mudou-se para Detroit em 1957, onde segue envolvida com a causa. Atualmente empregada no gabinete do deputado John Conyers, Rosa, conhecida como a "mãe do movimento pelos direitos civis", perde um de seus principais parceiros, que seguiu pelo resto da vida o lema dos manifestantes: "Melhor andar com dignidade que rodar na humilhação."
Martin Luther King Jr. profere o seu famoso discurso "Eu tenho um sonho" em março de 1963 frente ao Memorial Lincoln em Washington, durante a chamada "marcha pelo emprego e pela liberdade".


EU TENHO UM SONHO
Discurso de Martin Luther King (28/08/1963)


"Meu país, doce terra de liberdade, eu te canto.  
Terra onde meus pais morreram, terra do orgulho dos peregrinos. 
De qualquer lado da montanha, ouço o sino da liberdade!" 
E se a América é uma grande nação, isto tem que se tornar verdadeiro.  
E assim ouvirei o sino da liberdade no extraordinário topo da montanha de New Hampshire.  
Ouvirei o sino da liberdade nas poderosas montanhas poderosas de Nova York.  
Ouvirei o sino da liberdade nos engrandecidos Alleghenies da Pennsylvania.  
Ouvirei o sino da liberdade nas montanhas cobertas de neve Rockies do Colorado.  
Ouvirei o sino da liberdade nas ladeiras curvas da Califórnia.  
Mas não é só isso. Ouvirei o sino da liberdade na Montanha de Pedra da Geórgia.  
Ouvirei o sino da liberdade na Montanha de Vigilância do Tennessee.  
Ouvirei o sino da liberdade em todas as colinas do Mississipi.  
Em todas as montanhas, ouviu o sino da liberdade.  
E quando isto acontecer, quando nós permitimos o sino da liberdade soar, quando nós 
deixarmos ele soar em toda moradia e todo vilarejo, em todo estado e em toda cidade, nós 
poderemos acelerar aquele dia quando todas as crianças de Deus, homens pretos e homens 
brancos, judeus e gentios, protestantes e católicos, poderão unir mãos e cantar nas palavras 
do velho spiritual negro: 
"Livre afinal, livre afinal.  
Agradeço ao Deus todo-poderoso, nós somos livres afinal."





Good Night Irene

UM CLÁSSICO AMERICANO 
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