domingo, 28 de agosto de 2016

No caminho com Maiakóvski de Eduardo Alves da Costa

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No caminho com Maiakóvski


No caminho com Maiakóvski
que não é de Maiakóvski, é de Eduardo Alves da Costa


 
No caminho com Maiakóvski
  Eduardo Alves da Costa

"[...]

Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.

Na segunda noite, já não se escondem;
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.

Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.

E já não podemos dizer nada.

[...]"

Eduardo Alves da Costa 
 (Niterói, Rio de Janeiro, 6 de março de 1936[1]) é um escritor e poeta brasileiro.[2]
Costa graduou-se no curso de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie em 1952.[2] Organizou, em 1960, no Teatro de Arena, em São Paulo, uma das mais instigantes atividades culturais do período, as Noites de Poesia, em que eram divulgadas as obras de jovens poetas.[1] Participou do movimento Os Novíssimos, da Massao Ohno, em 1962.
"No Caminho, com Maiakóvski"
O poema mais popular do autor, "No caminho, com Maiakóvski", escrito na década de 1960 como manifestação de revolta à intolerância e violência impostas pela ditadura militar, foi envolvido em uma série de equívocos quanto à atribuição de autoria.[1] Para alguns, o texto era do poeta russo Vladimir Maiakóvski. Para outros, o verdadeiro autor era o dramaturgo alemão Bertold Brecht.[1]
Durante a campanha das Diretas Já, o poema virou símbolo na luta contra a ditadura, aparecendo em camisetas, pôsteres, cartões postais, sendo quase sempre associado ao poeta russo ou ao dramaturgo alemão.[2][3] Com a introdução da internet no país, o equívoco massificou-se.[2] De acordo com Costa, o engano surgiu na década de 1970, quando o psicanalista Roberto Freire incluiu em um de seus livros o poema, dando crédito ao escritor russo e citando Costa como tradutor.[3] Entretanto, o autor diz não se arrepender de ter utilizado o nome do autor russo no poema.[3]
Foi graças à telenovela Mulheres Apaixonadas, originalmente exibida pela Rede Globo em 2003, numa cena em que a personagem de Christiane Torloni lê um trecho do poema, dando o crédito correto, que o mal-entendido foi desfeito.[
 
 

(em russo: Владимир Владимирович Маяковский; Baghdati, Império Russo, 19 de julho de 1893 - Moscou, Rússia, 14 de abril de 1930), também chamado de "o poeta da Revolução", foi um poeta, dramaturgo e teórico russo, frequentemente citado como um dos maiores poetas do século XX, ao lado de Ezra Pound e T.S. Eliot, bem como "o maior poeta do futurismo".

Vladimir Vladimirovitch Mayakovsky nasceu e passou a infância na aldeia de Baghdati, nos arredores de Kutaíssi, na Geórgia, Império Russo. [4][5] Lá cursou o ginásio e, após a morte súbita do pai, a família ficou na miséria e transferiu-se para Moscou, onde Vladimir continuou seus estudos. [4]
Fortemente impressionado pelo movimento revolucionário russo e impregnado desde cedo de obras socialistas, ingressou aos quinze anos na facção bolchevique do Partido Social-Democrático Operário Russo. Detido em duas ocasiões, foi solto por falta de provas, mas em 1909-1910 passou onze meses na prisão. Entrou na Escola de Belas Artes, onde se encontrou com David Burliuk, que foi o grande incentivador de sua iniciação poética. Os dois amigos fizeram parte do grupo fundador do assim chamado cubo-futurismo russo, ao lado de Khlebnikov, Kamiênski e outros. [6]Foram expulsos da Escola de Belas Artes. Procurando difundir suas concepções artísticas, realizaram viagens pela Rússia

sábado, 27 de agosto de 2016

LANCES DO BRASIL ATUAL PÓS OLIMPÍADAS- SEU DOTÔ ME CONHECE? Patativa do Assaré


                            
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LANCES DO BRASIL ATUAL PÓS OLIMPÍADAS

Um repórter da Globo Nordeste fazendo uma matéria no sertão pernambucano, da Serra do Araripe , se depara com um velho amigo do  meu pai, Seu Quncó, um ancião de 85 anos, cabelos brancos, pele enrugada, ressecada e esturricada do quente sol, voz mansa e olhar desconcertante. 

__Seu Quincó, eu sou Fred Pedrosa, repórter da TV GLOBO NORDESTE, estou fazendo uma matéria sobre as Olimpíadas, pergunto ao senhor, o que o senhor achou das medalhas de ouro, prata e bronze que o Brasil ganhou?
Seu Quncó olhou pro céu , indagando e ao mesmo tempo respondendo,  falou:

__Quer dizer que o sinhô é da Televisão ?  O Brasí ganhou o que mermo? 
O que o Brasí ganhou? Seu Fred, estas medaias num interessa a nóis do mato não seu Fred, estas medaias  num serve pra nada, nóis quer medaias é na inducação, na saúde, nos impregos , nos apusentos e no respeito  aos véios do Brasi.

Estas inganação num serve pra nóis não, diga para as orturidades , mande passar no jorná nacioná qui nóis aqui tá interessado  é em imprego, no imprego para os home e pras  mué daqui de riba da serra, medáias de olimpides nóis num quer não, que fique pra eles, olimpides seu moço é imbromação, é só imbromação, é só pra vender tenis, camisa, cumida,bibidas, rôpas de atretas e tudo qui os impresáro qué vendê, isso tudo é pra ingganar os povo, os povos é uns bestas seu Fred . Venha filmar as escolas da região, pois hospitá num precisa filmar  , porque nóis num tem hospitá,  aqui nóis só tem é necessidade.

___Obrigado seu Quincó, obrigado.
O reporte pegou a sua sacola, a sua máquina de filmagem,  a sua caminhonete e tomou o rumo do Aeroporto Regional Cariri em    Juazeiro do Norte, Ceará ,  pegou o vôo para Recife e sumiu no ar.

Seu Qunicó falou pouco, porém disse muito.

Iderval Reginaldo Tenório



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DOTÔ ME CONHECE?

Patativa do Assaré
GRANDE POETA DO CEARÁ
DA CIDADE DO ASSARÉ

Representando o povo sofredor, enviou esta carta em forma de poesia para o Prefeito, o Governador e o Presidente da República pedindo socorro.

Seu dotô só me parece
Que o sinhô não me conhece
Nunca soube quem sou eu
Nunca viu minha paioça
Minha muié, minha roça
E nem os fios que Deus me deu

Se não sabe escute agora
Que eu vou conta minha istora
Tenha a bondade de ouvi
Eu sou da crasse matuta
Da crasse que não disfruta
Das riqueza do Brasi

Sou aquele que conhece
As privação que padece
O mais pobre camponês
Tenho passado na vida
De quatro meis em siguida
Sem cumê carne uma vez

Sou o que durante a semana
Cumprindo a sina tirana
Da grande labutação
Pra sustentá  a famia
Só tem direito a dois dia
E o resto é do patrão

Sou o que no tempo da guerra
Contra o gosto se desterra
Para nunca mais vortá
E vai morrê nos estrangero
Como pobre brasilero
Longe do torrão natá


Sou o sertanejo que cansa
De votá com esperança
Do Brasil fica mió
Mas o Brasí continua
Na cantiga da piruá
Que é pió, pió, pió

Sou o mendigo sem sussego
Que por não achá imprego
Se vê forçado a siguí
Sem dereção e sem norte

Envergonhado  da sorte
De porta em porta a pidi

Sou aquele disgraçado
Que nos ano atravessado
Vai batê no Maranhão
Sujeito a todo martrato
Bicho de pé, carrapato
E os ataque da sezão

Seu  dotô não se infade
Vá guardando esta verdade
Na memória e pode crê
Que eu sô aquele operáro
Que ganha o pobre saláro
Que não dá nem pra comê

Sou ele todo, em carne e osso
Munta vez não tenho armoço
Nem também o que  jantá
Eu sou aquele rocero
Sem camisa e sem dinhero
Cantado por Juvená

Sim, por Juvená Galeno
O poeta, aquele gêno
O maió dos cantadô
Aquele coração nobre
Que  minha vida de pobre
Munto sentido cantou

Há mais de cem ano eu vivo
Nesta vida de cativo
E a potreção não chegou 
Sofro munto e corro estreito
Inda tou do mermo jeito
Que Juvená me deixou

Sofrendo a merma sentença
Tô quage perdendo a crença
E pra ninguém se inganá
Vou dexá meu nome aqui
Eu sou fio do Brasí
E o meu nome é Ceará.

PATATIVA DO ASSARÉ - SENHOR DOUTOR - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=RTEfYnMNNpc
6 de jun de 2011 - Vídeo enviado por shosta18
Festival Massafeira 1979, Patativa do Assaré obteve no evento: "o festival foi responsável pelo ...


PataTiva do Assaré Cabra da peste - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=6m_7eKhClKQ
8 de mar de 2011 - Vídeo enviado por sdtapioca
Uma Homenagem a Antônio Gonçalves da Silva Pata Tiva do Assaré. Mais um Video Feito em Animação ...

Patativa do Assaré - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v...
5 de mai de 2009 - Vídeo enviado por Giselle França
Vídeo sobre a trajetória do poeta Patativa do Assaré, feito por mim para a Secretaria de Educação de Duque