domingo, 30 de abril de 2023

O LIVRO E A CIDADANIA


         Joilson Cruz da Silva e Iderval Reginaldo Tenório

 

Doutor em Geografia - 2016 (UNESP). Mestre em Geografia - 2003 (UFBA). Especialista em Metodologia do Ensino em Geografia - 1998 (UEFS) e em Turismo e Meio Ambiente - 1996 (FACTUR). Graduado - Licenciatura Plena - em Geografia - 1988 (UCSAL). Professor do IFBA - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia e da UNEB - Universidade Estadual da Bahia. Possuindo experiência na área de Geografia, com ênfase em Geografia Urbana e Regional

O presente estudo tem a finalidade de analisar o espaço urbano de Salvador-Bahia, que se apresenta com uma estrutura urbana extremamente desigual, tendo em vista a precariedade do atendimento às demandas em infraestrutura nos bairros periféricos da cidade, formados, em grande parte, por uma população pobre. A deficiente atenção do poder público a esses locais amplia as desigualdades socioespaciais entre os bairros, e consequentemente, as dificuldades cotidianas enfrentadas pelos moradores de áreas periféricas, como ocorre nos bairros da Liberdade, do São Caetano e do Uruguai, identificados como locais abandonados. Então, emerge a questão: Que motivos levariam a tamanho descaso e desigualdade

Minhas palavras sobre um Livro

O LIVRO E A CIDADANIA


Fala-se   que o livro é um produto,  e caro, sendo  inclusive  o álibi para o grande desinteresse pelo hábito da leitura. Nunca aceitei esta pífia explicação, complemento, como  produto é muito caro, como não é um mero produto, o seu valor é incomensurável.
 

Indago:__ Qual é a  média de preço de um abnegado livro, o produto,  uma vez que o valor do seu conteúdo é incalculável?

Quanto se  paga por  uma pizza para duas pessoas,  uma corrida de táxi  para o trabalho,  escola ou  aeroporto?

 Qual o preço de um almoço,  num fast-food, um  ingresso para o show de um artista mediano,   porque  de uma  grande estrela,  não precisa nem perguntar. Qual o valor de um corte de cabelo, outros serviços   e dos  produtos    vendidos nos salões beleza?

Deixo  o interlocutor a imaginar. Faço a seguinte observação, quando o livro é impresso em papel  menos nobre e  brochuras mais simples  cai o seu valor, custa menos do que uma  refeição simples ou uma cachorro quente.

Fico indignado,  inclusive com alguns letrados e escritores, que  contaminados pelo desânimo, pela falta de apoio, descaso  dos gestores e da comunidade cultural passam a acreditar que o livro é um produto,  e é  caro. 

Utilizo o seguinte argumento para o convencimento do valor de um compêndio literário.  Informo que, se um livro fosse comprado para fazer fogo, enrolar sabão ou pregos numa feira livre, seria um produto caro, pois existe papel mais barato, porém, o livro possuidor de uma identidade, um responsável intelectual, um pai e criador, é um elemento que tem vida ,  alma,  personalidade, caráter e ética. 

Quando se adquire uma obra literária, esta obra não tem um valor pecuniário, o preço na prateleira  é simbólico, uma vez que, naquela  celulose  existe muitos anos de pesquisas  e  de estudos, como também  a participação de diversas cabeças,  mãos, noites em claro, quilômetros de andanças, incalculáveis doses   de emoção e muita vida.

Termino falando que, do ponto de vista literário, o livro não é um  mero produto,  é a alma do autor, é a sua vida, é um filho,  é um ser vivo  e que nunca morrerá. Viverá em eterna hibernação e  despertará todas as vezes que for aberto para leitura. Nascerá com cada leitor,  fará parte da sua vida, será incorporado e com ela se confundirá.

 O livro é uma importante propriedade da humanidade,  não é um simples produto, é vida, é pretérito, presente e futuro . 

O valor pago por cada volume é  simbólico, comemorativo e o passaporte para o nascimento de mais uma obra,  é o incentivo aos magos e abnegados escritores. 

Ao visitar um grande Centro Comercial,  vivência-se   que,  o valor de uma xícara de  café, de uma água mineral e de  duas bolas de sorvetes  equivale ao valor simbólico de um livro. 

As palavras, principalmente quando escritas,  são alimentos mor do intelecto humano, são  combustíveis para o cérebro, como  é o pão o   energético do corpo. 

Alimentar o cérebro, é propiciar a eternidade para  todas as civilizações.
                            Iderval Reginaldo Tenório

 

À Reflexão: 

 

O livro merecia ser visto com outra visão, deveria ser subsídiado de acordo com o grupo que fosse servir. 

Livros infantis, literaturas necessárias à formação do jovem,  livros indispensáveis no forjamento do cidadão mereceriam cuidados especiais. Deveriam ser incentivados e barateados para os que deles precisam.

O livro  é como a vida, não tem preço, o livro é como o sol, não escolhe os seus beneficiados, é um ser  universal, é um reverberante de cidadania. 

O livro, como a água, é  o diluidor universal, é um ser indispensável, é o melhor presente que um jovem deveria  receber. 

Vá  de ônibus, dispense o táxi e lá, adquira um livro .

 Boa leitura.

Iderval Reginaldo Tenório