sábado, 1 de abril de 2023

GASES INTESTINAIS , NOTADAMENTE OS FÉTIDOS. FLATUS. PUNS. BUFAS, PEIDOS. TRAQUES. VENTOSIDADES E GASES ANAIS

 iStock

Três curtas matérias sobre o assunto: 

GASES INTESTINAIS  , NOTADAMENTE OS FÉTIDOS.

FLATUS. PUNS. BUFAS, PEIDOS. TRAQUES. VENTOSIDADES E GASES ANAIS

Gases fedidos: 4 principais causas e o que fazer

Revisão clínica: Tatiana Zanin
Nutricionista
janeiro 2022

Os gases fedidos podem ser causados pela ingestão excessiva de alimentos fonte de proteínas e fibras, como ovos, brócolis, couve-flor, carne vermelha, alho e queijos, porque favorecem a produção de sulfeto de hidrogênio, uma substância com odor de “ovo podre” que é produzida pelas bactérias do intestino durante a fermentação desses alimentos.

Além disso, os gases com forte odor também podem ser causados por situações como uso de alguns medicamentos, intoxicação alimentar, prisão de ventre, síndrome do intestino irritável, intolerância a lactose e câncer de cólon.

Mastigar bem os alimentos, beber alguns tipos de chás, como hortelã e erva-doce, e diminuir a ingestão de alimentos ricos em enxofre e fibras, são algumas opções que podem ajudar a evitar os gases fedidos. Veja alguns chás para ajudar a diminuir os gases.

 

Os peidos podem ser incendiados? - Dicas & Curiosidades™

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As principais causas dos gases fedidos são:

1. Alimentos ricos em proteína

O consumo excessivo de alimentos ricos em proteína como leite, queijos, iogurtes, carnes vermelhas, peixes e ovos, aumenta a produção de sulfeto de hidrogênio pelas bactérias intestinais, a principal substância responsável por deixar os gases mais fedidos.

O que fazer: é aconselhado comer pequenas porções de proteínas na dieta, sendo sugerida a ingestão de 1g de proteína por cada Kg de peso corporal por dia. Uma pessoa com 85 Kg consumiria 85g de proteína por dia, o que equivale a 150g de peito de frango grelhado e 100g de sardinha assada, por exemplo.

2. Alimentos ricos em fibras

Os alimentos ricos em fibra e que também contêm alto teor de enxofre, como brócolis, couve-flor, aspargos, alho-poró, cebola, rabanete, nabo e couve de Bruxelas são os que produzem mais gases fedidos.

Apesar de não favorecerem diretamente a formação de gases fedidos, os alimentos ricos em fibras, como feijão, soja, lentilha, aveia, aspargo, maçã, amêndoa, levam mais tempo para serem digeridos no intestino, o que pode causar o aumento da fermentação pelas bactérias, facilitando a formação de gases. Conheça outros alimentos ricos em fibra.

O que fazer: é recomendado diminuir o consumo de vegetais ricos em enxofre. Além disso, pode-se também tentar reduzir a ingestão de vegetais e frutas com alto teor de fibras. No entanto, é importante ressaltar que as fibras são fundamentais para a manutenção da saúde e, por isso, a redução do consumo desses alimentos só deve ser feita no período no qual se está com mais gases.

3. Problemas gastrointestinais

Alguns problemas gastrointestinais, como prisão de ventre, diarreia, intoxicação alimentar, síndrome do intestino irritável, intolerância à lactose, doença celíaca e câncer de cólon podem causar desequilíbrio na flora intestinal, favorecendo a formação de gases fedidos.

O que fazer: nestes casos, é importante passar por uma consulta com um médico e um nutricionista para que seja feita uma avaliação completa do estado de saúde, sejam recomendados os medicamentos necessários e seja prescrita uma dieta individualizada, para tratar a condição de saúde. Veja um exemplo de dieta para evitar e diminuir os gases.

4. Medicamentos

Alguns medicamentos, como antibióticos, anti-inflamatórios e laxantes podem causar alterações na flora intestinal, modificando a composição das bactérias do intestino e provocando o aumento dos gases fedidos.

O que fazer: fortalecer e aumentar as bactérias benéficas do intestino, com o uso de probióticos, como kefir, kombucha e iogurte natural, ajuda a equilibrar a flora intestinal, evitando os gases fedorentos. Conheça outros alimentos probióticos que equilibram a flora intestinal.

Veja com a nutricionista Tatiana Zanin algumas dicas para evitar os gases fedidos:

Escrito e atualizado por Karla S. Leal - Nutricionista, em janeiro de 2022. Revisão clínica por Tatiana Zanin - Nutricionista, em janeiro de 2022.

Por que alguns puns fedem tanto e são barulhentos? Entenda tudo sobre eles

Marcelo Testoni 26/11/2020 04h00

Pum não é algo anormal e todo mundo solta, algumas pessoas menos, outras mais. Também chamados de flatos, daí o termo flatulência, eles se formam no aparelho digestivo e não necessariamente têm relação com uma má alimentação.

Feijão, leite, ervilha, brócolis, repolho, batata-doce, ovo, por exemplo, ao fermentarem no intestino podem provocá-los. O processo de fermentação ocorre para retirada das vitaminas e sais minerais dos alimentos.

"Os gases são produzidos pelas bactérias do intestino, sendo que a quantidade de fezes pode estar relacionada com a sua quantidade. Alguns alimentos produzem mais deles, em especial os que possuem fibras curtas, invisíveis a olho nu e que as bactérias gostam mais", explica Teng Chang Sing, cirurgião do aparelho digestivo e gastroenterologista pela FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo).

Apesar de alguns alimentos saudáveis serem considerados flatulentos, como os já citados, não é preciso cortá-los de vez do cardápio. A fim de reduzir o excesso de gases e desconfortos abdominais, as pessoas podem simplesmente adotar novos hábitos, como não exagerar no consumo deles, evitar refrigerantes e alimentos processados e ultraprocessados ricos em açúcares, farinhas e gorduras hidrogenadas em alguns casos, mastigar devagar, aumentar a ingestão de líquidos (principalmente água) e de frutas digestivas, praticar atividades físicas, deixar grãos de molho antes de prepará-los para que seus gases sejam liberados e evitar usar antibióticos e antiácidos com frequência, pois eles alteram a microbiota intestinal.

Procurar ajuda médica torna-se necessário quando o incômodo causado pela flatulência é frequente e grande, a ponto de causar dores no peito e compressões em órgãos, semelhantes a pontadas, ou vir acompanhado de outros sintomas, como náuseas, distensão abdominal, prisão de ventre e até diarreia.

As causas por trás desse problema são variadas e podem incluir intolerâncias ao glúten e à lactose, parasitoses, câncer colorretal, hérnia de hiato, síndrome do intestino irritável e até mesmo um quadro de desequilíbrio da microbiota intestinal.

"A formação dos gases não ocorre de maneira igual em todas as pessoas e isso se deve muitas vezes à disbiose, um desequilíbrio entre tipos de bactérias benéficas e patogênicas presentes no intestino, que passa a não digerir e absorver bem os nutrientes", informa Adriana Stavro, nutricionista pós-graduada em doenças crônicas não transmissíveis pelo Hospital Albert Einstein (SP).

Por que alguns puns são tão fedidos?

A explicação para o odor ruim característico dos puns está nos alimentos que comemos, principalmente os gordurosos, que intensificam a quantidade de ácidos graxos, no tipo de flora bacteriana e também na produção de enxofre durante o processo de fermentação no intestino. Já sua intensificação pode ocorrer por causa da presença do sulfeto de hidrogênio.

Em 2016, um estudo da Universidade de Monash, de Melbourne, na Austrália, apresentado em uma conferência da Sociedade de Gastroenterologia daquele país apontou que a presença desse gás, cujo odor lembra o de ovos podres, está relacionada ao consumo de um aminoácido chamado cisteína (encontrado em carnes, lacticínios, ovos e outras proteínas) e que em excesso é capaz de aumenta-lo em até sete vezes no organismo.

"Isso explica porque os fisiculturistas, que consomem lotes de proteína em pó, são conhecidos por terem puns fedidos", explicou àquela altura a autora da pesquisa e gastroenterologista Chu Kion Yao.

Ainda de acordo com o mesmo estudo, dietas ricas em carboidratos e fibras também contribuem para a formação de puns fedorentos, mas não tanto quanto os advindos da proteína.

A explicação é que esses nutrientes aumentam a frequência de puns, que não ficam tão concentrados e potentes, e também porque as fibras naturalmente absorvem a água presente no intestino, o que dificulta a produção pelas bactérias do sulfeto de hidrogênio.

Pum barulhento x pum silencioso

Há quem diga que puns barulhentos não costumam ser tão fedorentos como os puns silenciosos, mas segundo Matheus Silva, nutricionista pós-graduado em nutrição aplicada ao exercício físico pela USP (Universidade de São Paulo) e da clínica Estima Nutrição, em São Paulo, isso não passa de um mito. "Na verdade, o barulho é proporcional ao excesso de gases e à contração do ânus durante sua liberação", explica.

Para sair do intestino, os gases precisam atravessar válvulas que controlam o abre-e-fecha do ânus (esfíncteres). O barulho —ou o silêncio— de sua saída está relacionado à intensidade das vibrações geradas nessas membranas pela velocidade deles e depende tanto do estado do esfíncter como principalmente do volume de gás e da pressão que ele vai exercer.

Se o esfíncter estiver contraído e o pum sair com esforço, haverá som. Agora, com o esfíncter relaxado e sem muita pressão, o pum sai sem ser percebido pelos ouvidos.

Outras dúvidas muito comuns são se os puns podem ser prejudiciais à saúde se inalados e se fazem mal quando segurados. Em unanimidade, os especialistas entrevistados asseguram que eles não provocam doenças nem viroses se captados pelo nariz e quando não liberados espontaneamente voltam para o intestino, mas com possibilidade de causarem desconfortos, inchaço, dores e distensão abdominal, principalmente se a pessoa os prende com frequência.

Como tratar a flatulência

Para eliminar os gases, além de rever hábitos do dia a dia e adotar novos, como aumentar a ingestão de água, praticar exercícios, mastigar bem e pausadamente e outros já explicados, existem técnicas, como fazer massagens na região do intestino para auxiliá-los a sair, ou procurar uma posição que facilite sua liberação espontânea. Deitar de barriga para baixo, com os joelhos flexionados, fazendo com que as pernas pressionem o abdome, pode facilitar.

Medicamentos também, como os que contêm simeticona, um princípio ativo que promove o rompimento das bolhas de ar do aparelho digestivo e é totalmente eliminado pelo organismo sem ser absorvido.

Mas atenção, evite se automedicar sem ter consultado um médico antes, ainda mais se estiver grávida, amamentando, ou se notar aumento do volume abdominal, cólicas persistentes por mais que 36 horas e massa palpável na região da barriga.

Se forem apenas gases, até 30 minutos após a ingestão do medicamento, que pode ser administrado em comprimido ou gotas, a simeticona atuará no estômago e no intestino, diminuindo a tensão superficial dos líquidos digestivos, levando ao rompimento das bolhas e à dificuldade de formação de novas.

"O cuidado maior é para não criar não uma dependência, mas uma necessidade de usar remédios desse tipo, já que eles acabam aliviando o desconforto abdominal que gera dores, mas não tratam a causa evidentemente", informa Bruno Zilberstein, gastroenterologista da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo.

Soltar até 20 gases por dia é normal e cheiro depende do tipo de bactéria

Uma pessoa chega a expelir 1.491 ml de gases diariamente; médico explica qual a função do pum e como ele pode ajudar a diagnosticar doenças 


SAIBA UM POUCO SOBRE- PEIDOS- FLATUS. PUNS. BUFAS. TRAQUES. VENTOSIDADES E GASES ANAIS

Os peidos podem ser incendiados? - Dicas & Curiosidades™

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Mulheres também peidam! - Jornal Ipanema | Informação e Credibilidade


Três curtas matérias sobre o assunto: 

GASES INTESTINAIS  , NOTADAMENTE OS FÉTIDOS.

FLATUS. PUNS. BUFAS, PEIDOS. TRAQUES. VENTOSIDADES E GASES ANAIS

Gases fedidos: 4 principais causas e o que fazer

Revisão clínica: Tatiana Zanin
Nutricionista
janeiro 2022

Os gases fedidos podem ser causados pela ingestão excessiva de alimentos fonte de proteínas e fibras, como ovos, brócolis, couve-flor, carne vermelha, alho e queijos, porque favorecem a produção de sulfeto de hidrogênio, uma substância com odor de “ovo podre” que é produzida pelas bactérias do intestino durante a fermentação desses alimentos.

Além disso, os gases com forte odor também podem ser causados por situações como uso de alguns medicamentos, intoxicação alimentar, prisão de ventre, síndrome do intestino irritável, intolerância a lactose e câncer de cólon.

Mastigar bem os alimentos, beber alguns tipos de chás, como hortelã e erva-doce, e diminuir a ingestão de alimentos ricos em enxofre e fibras, são algumas opções que podem ajudar a evitar os gases fedidos. Veja alguns chás para ajudar a diminuir os gases.

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As principais causas dos gases fedidos são:

1. Alimentos ricos em proteína

O consumo excessivo de alimentos ricos em proteína como leite, queijos, iogurtes, carnes vermelhas, peixes e ovos, aumenta a produção de sulfeto de hidrogênio pelas bactérias intestinais, a principal substância responsável por deixar os gases mais fedidos.

O que fazer: é aconselhado comer pequenas porções de proteínas na dieta, sendo sugerida a ingestão de 1g de proteína por cada Kg de peso corporal por dia. Uma pessoa com 85 Kg consumiria 85g de proteína por dia, o que equivale a 150g de peito de frango grelhado e 100g de sardinha assada, por exemplo.

2. Alimentos ricos em fibras

Os alimentos ricos em fibra e que também contêm alto teor de enxofre, como brócolis, couve-flor, aspargos, alho-poró, cebola, rabanete, nabo e couve de Bruxelas são os que produzem mais gases fedidos.

Apesar de não favorecerem diretamente a formação de gases fedidos, os alimentos ricos em fibras, como feijão, soja, lentilha, aveia, aspargo, maçã, amêndoa, levam mais tempo para serem digeridos no intestino, o que pode causar o aumento da fermentação pelas bactérias, facilitando a formação de gases. Conheça outros alimentos ricos em fibra.

O que fazer: é recomendado diminuir o consumo de vegetais ricos em enxofre. Além disso, pode-se também tentar reduzir a ingestão de vegetais e frutas com alto teor de fibras. No entanto, é importante ressaltar que as fibras são fundamentais para a manutenção da saúde e, por isso, a redução do consumo desses alimentos só deve ser feita no período no qual se está com mais gases.

3. Problemas gastrointestinais

Alguns problemas gastrointestinais, como prisão de ventre, diarreia, intoxicação alimentar, síndrome do intestino irritável, intolerância à lactose, doença celíaca e câncer de cólon podem causar desequilíbrio na flora intestinal, favorecendo a formação de gases fedidos.

O que fazer: nestes casos, é importante passar por uma consulta com um médico e um nutricionista para que seja feita uma avaliação completa do estado de saúde, sejam recomendados os medicamentos necessários e seja prescrita uma dieta individualizada, para tratar a condição de saúde. Veja um exemplo de dieta para evitar e diminuir os gases.

4. Medicamentos

Alguns medicamentos, como antibióticos, anti-inflamatórios e laxantes podem causar alterações na flora intestinal, modificando a composição das bactérias do intestino e provocando o aumento dos gases fedidos.

O que fazer: fortalecer e aumentar as bactérias benéficas do intestino, com o uso de probióticos, como kefir, kombucha e iogurte natural, ajuda a equilibrar a flora intestinal, evitando os gases fedorentos. Conheça outros alimentos probióticos que equilibram a flora intestinal.

Veja com a nutricionista Tatiana Zanin algumas dicas para evitar os gases fedidos:

Escrito e atualizado por Karla S. Leal - Nutricionista, em janeiro de 2022. Revisão clínica por Tatiana Zanin - Nutricionista, em janeiro de 2022.

Por que alguns puns fedem tanto e são barulhentos? Entenda tudo sobre eles

Marcelo Testoni 26/11/2020 04h00

Pum não é algo anormal e todo mundo solta, algumas pessoas menos, outras mais. Também chamados de flatos, daí o termo flatulência, eles se formam no aparelho digestivo e não necessariamente têm relação com uma má alimentação.

Feijão, leite, ervilha, brócolis, repolho, batata-doce, ovo, por exemplo, ao fermentarem no intestino podem provocá-los. O processo de fermentação ocorre para retirada das vitaminas e sais minerais dos alimentos.

"Os gases são produzidos pelas bactérias do intestino, sendo que a quantidade de fezes pode estar relacionada com a sua quantidade. Alguns alimentos produzem mais deles, em especial os que possuem fibras curtas, invisíveis a olho nu e que as bactérias gostam mais", explica Teng Chang Sing, cirurgião do aparelho digestivo e gastroenterologista pela FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo).

Apesar de alguns alimentos saudáveis serem considerados flatulentos, como os já citados, não é preciso cortá-los de vez do cardápio. A fim de reduzir o excesso de gases e desconfortos abdominais, as pessoas podem simplesmente adotar novos hábitos, como não exagerar no consumo deles, evitar refrigerantes e alimentos processados e ultraprocessados ricos em açúcares, farinhas e gorduras hidrogenadas em alguns casos, mastigar devagar, aumentar a ingestão de líquidos (principalmente água) e de frutas digestivas, praticar atividades físicas, deixar grãos de molho antes de prepará-los para que seus gases sejam liberados e evitar usar antibióticos e antiácidos com frequência, pois eles alteram a microbiota intestinal.

Procurar ajuda médica torna-se necessário quando o incômodo causado pela flatulência é frequente e grande, a ponto de causar dores no peito e compressões em órgãos, semelhantes a pontadas, ou vir acompanhado de outros sintomas, como náuseas, distensão abdominal, prisão de ventre e até diarreia.

As causas por trás desse problema são variadas e podem incluir intolerâncias ao glúten e à lactose, parasitoses, câncer colorretal, hérnia de hiato, síndrome do intestino irritável e até mesmo um quadro de desequilíbrio da microbiota intestinal.

"A formação dos gases não ocorre de maneira igual em todas as pessoas e isso se deve muitas vezes à disbiose, um desequilíbrio entre tipos de bactérias benéficas e patogênicas presentes no intestino, que passa a não digerir e absorver bem os nutrientes", informa Adriana Stavro, nutricionista pós-graduada em doenças crônicas não transmissíveis pelo Hospital Albert Einstein (SP).

Por que alguns puns são tão fedidos?

A explicação para o odor ruim característico dos puns está nos alimentos que comemos, principalmente os gordurosos, que intensificam a quantidade de ácidos graxos, no tipo de flora bacteriana e também na produção de enxofre durante o processo de fermentação no intestino. Já sua intensificação pode ocorrer por causa da presença do sulfeto de hidrogênio.

Em 2016, um estudo da Universidade de Monash, de Melbourne, na Austrália, apresentado em uma conferência da Sociedade de Gastroenterologia daquele país apontou que a presença desse gás, cujo odor lembra o de ovos podres, está relacionada ao consumo de um aminoácido chamado cisteína (encontrado em carnes, lacticínios, ovos e outras proteínas) e que em excesso é capaz de aumenta-lo em até sete vezes no organismo.

"Isso explica porque os fisiculturistas, que consomem lotes de proteína em pó, são conhecidos por terem puns fedidos", explicou àquela altura a autora da pesquisa e gastroenterologista Chu Kion Yao.

Ainda de acordo com o mesmo estudo, dietas ricas em carboidratos e fibras também contribuem para a formação de puns fedorentos, mas não tanto quanto os advindos da proteína.

A explicação é que esses nutrientes aumentam a frequência de puns, que não ficam tão concentrados e potentes, e também porque as fibras naturalmente absorvem a água presente no intestino, o que dificulta a produção pelas bactérias do sulfeto de hidrogênio.

Pum barulhento x pum silencioso

Há quem diga que puns barulhentos não costumam ser tão fedorentos como os puns silenciosos, mas segundo Matheus Silva, nutricionista pós-graduado em nutrição aplicada ao exercício físico pela USP (Universidade de São Paulo) e da clínica Estima Nutrição, em São Paulo, isso não passa de um mito. "Na verdade, o barulho é proporcional ao excesso de gases e à contração do ânus durante sua liberação", explica.

Para sair do intestino, os gases precisam atravessar válvulas que controlam o abre-e-fecha do ânus (esfíncteres). O barulho —ou o silêncio— de sua saída está relacionado à intensidade das vibrações geradas nessas membranas pela velocidade deles e depende tanto do estado do esfíncter como principalmente do volume de gás e da pressão que ele vai exercer.

Se o esfíncter estiver contraído e o pum sair com esforço, haverá som. Agora, com o esfíncter relaxado e sem muita pressão, o pum sai sem ser percebido pelos ouvidos.

Outras dúvidas muito comuns são se os puns podem ser prejudiciais à saúde se inalados e se fazem mal quando segurados. Em unanimidade, os especialistas entrevistados asseguram que eles não provocam doenças nem viroses se captados pelo nariz e quando não liberados espontaneamente voltam para o intestino, mas com possibilidade de causarem desconfortos, inchaço, dores e distensão abdominal, principalmente se a pessoa os prende com frequência.

Como tratar a flatulência

Para eliminar os gases, além de rever hábitos do dia a dia e adotar novos, como aumentar a ingestão de água, praticar exercícios, mastigar bem e pausadamente e outros já explicados, existem técnicas, como fazer massagens na região do intestino para auxiliá-los a sair, ou procurar uma posição que facilite sua liberação espontânea. Deitar de barriga para baixo, com os joelhos flexionados, fazendo com que as pernas pressionem o abdome, pode facilitar.

Medicamentos também, como os que contêm simeticona, um princípio ativo que promove o rompimento das bolhas de ar do aparelho digestivo e é totalmente eliminado pelo organismo sem ser absorvido.

Mas atenção, evite se automedicar sem ter consultado um médico antes, ainda mais se estiver grávida, amamentando, ou se notar aumento do volume abdominal, cólicas persistentes por mais que 36 horas e massa palpável na região da barriga.

Se forem apenas gases, até 30 minutos após a ingestão do medicamento, que pode ser administrado em comprimido ou gotas, a simeticona atuará no estômago e no intestino, diminuindo a tensão superficial dos líquidos digestivos, levando ao rompimento das bolhas e à dificuldade de formação de novas.

"O cuidado maior é para não criar não uma dependência, mas uma necessidade de usar remédios desse tipo, já que eles acabam aliviando o desconforto abdominal que gera dores, mas não tratam a causa evidentemente", informa Bruno Zilberstein, gastroenterologista da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo.

Soltar até 20 gases por dia é normal e cheiro depende do tipo de bactéria

Uma pessoa chega a expelir 1.491 ml de gases diariamente; médico explica qual a função do pum e como ele pode ajudar a diagnosticar doenças