segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

ESTÓRIA DE LUNGA- ESTÓRIAS DE SEU LUNGA


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ESTÓRIAS DE SEU LUNGA

LUNGA é um primo que tenho em Juazeiro do Norte, sul do Ceará,  a cidade que nasci ,  o seu nome veradeiro é JOAQUIM RODRIGUES DOS SANTOS TENÓRIO, não sabe dizer porque perdeu o TENÓRIO, mora na cidade e é um comerciante  de sucatas.



Homem educado, intelgente além da conta, pespicaz e que não gosta de perguntas bobas  ou perguntas sem lógica, não é brutalidade sua, eu aprendo muito com o compadre LUNGA como o chamo, hoje com 84 anos, viril , virgil  e muito simpático.



Estas estórias  são atribuídas ao mestre LUNGA devido o seu sucesso, muitas não tem cabimento, vejam a do papel higiênico se tem lógica, nem lógica cronológica, pois na época não se conhecia no cariri este utilitário.



Acho que LUNGA deveria documentar  e exigir direitos sobre a exploração do seu nome.



1-      A SOPA



Outro dia Carmelita, minha prima, que é a esposa de Lunga, no horário do jantar lá da  cozinha pergunta em voz alta a Lunga que já se encontrava sentado na cabeceira da longa mesa.:



___Lunga estou levando a sopa, levo no prato ou na tigela?



Diante da inusitada pergunta e sem lógica para o menestrel,  este responde na bucha.



___Bota no chão e traz com um rodo diabo, que pergunta mais besta.





                                          2- A COÇADA DE CABEÇA



Lunga um dia sai de sua loja na rua Santa Luzia em Juazeiro do Norte,  e vai até o mercado Muncipal comprar Fumo Arapiraca na loja do seu irmão LÔ .



Ao chegar na loja quem está lá é a sua cunhada.



Chega, compra três ou quatro pacotes de  cigarros de fumo e despreocupadamente coça a cabeça sem retirar o seu belo chapéu de massa.



A sua cunhada de imediato indaga:



___Oxente cumpadi Lunga, o cumpadi num tira o chapéu pra coçar a cabeça não?



O mestre de chofre devolve a sua resposta.



___Cumadi , a senhora tira a calça pra coçar a bunda?





2-      A CABEÇA DE PORCO

3-       

Meu pai sempre foi um homem preocupado com a família , nos fins de semana matava um animal e distribuía com os vizinhos e parentes partes do avantajado suíno.



Num fim de semana prolongado.meu pai  mandou matar um porco  de seus 150 quiilogramas.



Além de sua parte de direito, meu pai presenteou o Lunga com a bela cabeça para o mesmo fazer um saboroso cozido.  Lunga passa a corda de croá na cabeça do bicho, dá um nó bem arrochado, acochado mesmo,  coloca  a correia  nos quatros dedos passando pela palma da grande mão e sai às pressas para Carmelita preparar o almoço. Ao passar na frente da casa de uma vizinha, dona Tudinha,  a mesma pergunta.



____SEU LUNGA ESTA CABEÇA É PARA O SENHOR COMER.?



Lunga olha para a inocente madame, joga a cabeça do porco no chão  e exclama a dizer.



___NÃO MINHA SENHORA, NÃO MINHA SENHORA, É PRA CRIAR ,CUUUUCHI, CUUUUUCHI, CUUUUCHI. ANDA BICHO.





               

                                      4-  A  ABERTURA DA LOJA

Era 6:30 da manhã, segunda-feira, Lunga chega pela manhã na sua loja, pára a sua bicicleta , freio contra pedal,  na calçada da loja, pega um feixe de  meio quilo de chaves da cintura, abre meia dúzia de cadeados e quando está levantando o grande portão de aço  de enrolar, já a mais de  metro de altura, um sujeito passa e pergunta em alta voz:



___ABRINDO A LOJA SEU LUNGA?



 E mais uma vez o mestre Lunga num tom mais alto responde:



___NÃO FIE DA PESTE ,TOU FECHANDO.



Baixa o portão e  fungando volta pra casa.

                     





                                         5-O PAPEL HIGIÊNICO

No Cariri era comum os donos de mercearias criarem um tipo de venda a prazo,  eram quitadas nos sábados pela manhã , dia que saia o pagamento do peão, cada cliente  possuía uma caderneta para anotar a dívida.



Referem oss Juazeirenses mais velhos,  que Lunga ainda criança, com os seus 08 anos de idade,  foi chamado às pressas  pelo seu genitor, este  o ordenou que fosse na bodega de seu ZEZÉ comprar papel higiênico e que fosse num pé e voltasse noutro feito uma bala , esta pressa toda era devido o desarranjo intestinal agudo que o velho apresentou.



Lunga mais do que depressa,  corre até a bodega, pede o um pacote de papel higiênico e volta correndo, seu ZEZÈ, o dono da bodega ,  do balcão pergunta aos gritos ao apressado garoto:



____LUNGA É PRA BOTAR NA CADERNETA?



E Lunga do alto dos seus 08 anos , dá uma paradinha, eleva a cabeça e responde num tom alto e agudo.



___NÃO SEU ZEZÉ, É PRA PAI LIMPAR  A BUNDA.



Vejam se tem cabimento, agora tenho que publicar , porque já faz parte do anedotário popular do meu primo LUNGA.



                            Iderval Reginaldo Tenório



Assistam Um Pequeno Video Feito Na Sala Da Casa De Mamãe.
 Na Minha Casa Em Juazeiro Do Norte.
 Quem Relata É O Meu Primo e cunhado  
Odilio Camilo,
 Que É Medico Cirurgião .

 No Fundo Faço Uma Apresentação.

 Este Video Foi Feito 
Por Gabriel Ribeiro Tenório,
 Meu Filho Mais Velho


A verdade sobre Seu Lunga HD - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=F0_8eiGoUZs
5 de set de 2011 - Vídeo enviado por Gabriel Tenório
Seu Lunga (Joaquim dos Santos Rodrigues) (Juazeiro do Norte, 18 de agosto, 1927). É um vendedor ..




                                                             



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Campanhas Eleitorais Patrocinios e o Futuro da Nação


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Campanhas Eleitorais  Patrocinios  e o Futuro da Nação
 
Nos últimos dias a mídia  exibe declarações impressionantes dos políticos brasileiros, homens e  mulheres  que nos representam   em todas as esferas, homens que dizem honestos. 

Falam abertamente,  que  para cobrirem as despesas das campanhas políticas,  receberam  proporcional a   importância do cargo  quantias que  variavam de  mil, cem mil, um milhão, dois e até dez milhões  gratuitamente, isto é,   inocente e generosamente de grandes empreiteiros ou  das  tetas  das estatais , revelam que são doações sem interesses,  normais e de acordo com a legislação, basta que sejam declaradas, não interessa de onde  venham, basta que um recolhedor, geralmente desonesto,  faça esta parte, no mais dizem que de nada sabem.
Será meus amigos , que existe alguém tão bom, tão generoso  que doaria esta dinheirama  sem nenhum contra ponto, sem nenhum acordo , desprovido de interesses? Será que não são quantias embutidas  nos  contratos dos serviços prestados ao Governo ou  às suas  Estatais?  premeditando as suas devoluções no futuro sempre com vultosas correções?
Amigos, uma empresa por maior ou caridosa que seja  presenteia ou presentearia este ou aquele candidato gratuitamente? apenas por querer ?
Muita gente que parece ou parecia boa está falando:
“ RECEBI AJUDAS VULTOSAS DE FUNALO E DE SICRANO, FORAM SEM INTERESSES , FORAM DECLARADAS, SÃO LEGAIS, OS EMPREITEIROS SÃO MEUS AMIGOS, AS ESTATAIS SÃO VACAS LEITEIRAS ”
Uma pausa:
POR QUE ELES NÃO DÃO ESTAS FORTUNAS PARA OS ESTUDANTES CARENTES? OU PARA AS UNIVERSIDADES  COMO FAZEM OS GRANDES EMPRESÁRIOS NOS PAISES DESENVOLVIDOS?
 POR QUÊ?


Todos os politicos, independente de partidos ou siglas ,  que receberam X mil , VERDADEIRAS  FORTUNAS, e dizem que foram declarados  e é legal,  são passoas  desonestas, ninguem dá fortunas  a politicos sem interesses, principalmente os empresários  ou retirado das estatais , do sangue de todos os brasileiros.


Tenho pena de nós brasileiros trabalahadores,  pena e decepção de alguns brasileiros que cotinuam a endeusar alguns politicos , mesmo sabendo e vendo as maracutaias por eles cometidas.

 
Amigos a coisa está feia, os eleitos devolverão todas as ajudas com correções, os empresários deixam no pé do talão uma fortuna para os piratas lobistas e devolverão  de 10 a 30% para os que ganharem as eleições em  viciadas  concorrências , é um jogo de troca troca . 


Os políticos ao assumirem os seus postos desonestamente ,  empregarão os manipulados apadrinhados nas estatais , nas empresas mistas e nas grandes empresas privadas coligadas, criarão ONGs , Cargos comissionados no Legislativo, Executivo , Judiciário e nas Agencias Reguladoras. 

O Brasil está perdido e o cidadão de bem  sempre a trabalhar, a pagar impostos, taxas e encargos, alimentando o impostômetro.

1-O pior é que  muita gente que se dizia do bem ou pertencia a este grupo em épocas pretéritas nos bancos escolares,  hoje pertence à primeira vista a este bizarro,  seleto e desonesto grêmio ,  como também   muita gente boa e esclarecida  apoia este dantesco quadro que o país atravessa, por inocência, por interesse ou por endeusamento politico.

O Brasil  deixou de ser um país produtor , passou a ser um gigante consumidor, pouco produz e consome tudo que lhe for colocado à frente, os dentes estão afiados em todos os níveis sociais, o Brasil só sabe comer  e quem come muito  se esvai pelo ralo.


A continuar com este modus operacional , de entrega do patrimônio aos atores  da casta superior ( POLÍTICOS, GRANDES EMPRESÁRIOS , ESTRANGEIROS  E GRANDES EXECUTIVOS)  e aos ocupantes das castas mais baixas,  sem escola, sem saúde e sem cidadania  apenas com o intuito de perpetuar a subserviência,   o país continuará no terceiro mundo por muito mais tempo . 


 O Brasil está perdido, acorda macho.
Iderval Reginaldo Tenório


ISRAEL FILHO - FICHA LIMPA, O XOTE.wmv - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=RIij8m1Mwjs
2 de set de 2010 - Vídeo enviado por JEOVA J. DOS SANTOS
ISRAEL FILHO - FICHA LIMPA, O XOTE.wmv ... Israel Filho, grande artista que admiro tanto ...

REPORTAGEM DE CAPA Livres para amar

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REPORTAGEM DE CAPA

Livres para amar


Em uma época de afetos libertos, há diferentes formas de união e as regras para a relação são inúmeras. Não importam os acordos entre as partes, algumas coisas não mudam: a busca por amor e a satisfação dos desejos



postado em 15/01/2017 08:00 / atualizado em 14/01/2017 22:24



Estudar, trabalhar, casar, ter filhos, se aposentar e morrer. Essa poderia ser a vida de qualquer um há 10 ou 20 anos, porém, o mundo mudou e não há mais um roteiro a ser seguido. Dentro dessa revolução no modo de vida, amores, antes impossíveis, tornaram-se libertos e os modos tradicionais de se relacionar foram reinventados para se adequar à nova realidade.


O sociólogo e filósofo Zygmunt Bauman, que morreu na semana passada, criou o conceito de dois modelos de amor: a fixação — representada pelo romantismo, pela idealização e pelo desejo de permanência; e a flutuação ou liquidez, caracterizada pelo desejo de liberdade e pela facilidade de rompimento. O pensador polonês concluiu que estamos todos na fronteira entre ambas as formas de amar, como explica Marcia Stengel, professora do programa de pós-graduação em psicologia da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (Puc-Minas).


“As pessoas estão desenvolvendo relacionamentos customizados. Antes, por exemplo, a mulher era dona de casa e o homem, a autoridade. Ou seja, eram papéis bem divididos. A partir da década de 1970, ocorre uma grande liberação sexual e a obrigatoriedade dos papéis vai se desfazendo. Assim, as relações mudam e acabam customizadas. Cada casal firma pequenos acordos sobre aquilo que deve ser ou se ter no relacionamento”, atesta Stengel. Na vida a dois, a três ou mais, tudo pode ser negociado. Se antes existia um modelo a ser seguido, hoje, cada relacionamento é fundado em acordos personalizados.

E isso abre precedentes para viver qualquer tipo de amor, determinado por quaisquer regras e até mesmo pela falta delas. No entanto, algumas coisas permanecem, fazem parte da essência do sentimento. Envelhecer ao lado do companheiro ou companheira, por exemplo, é umas das fantasias amorosas mais comuns entre jovens românticos. Apesar de os relacionamentos estarem mais curtos, muitos ainda sonham com uma vida a dois que dure para sempre. “Essa mudança nos padrões está gerando alguns dilemas, pois, quanto mais liberdade, menos segurança há. As pessoas querem a permanência, mas não existe mais o pretexto do casamento indissolúvel para continuar em um relacionamento que está machucando uma das partes. Desse modo, a separação é sempre uma saída”, afirma Marcia.







A delicadeza do amor

O escritor Gabriel Garcia Márquez é conhecido como um dos mais exímios tradutores do amor. O colombiano explica, no livro Amor nos tempos do cólera, que o relacionamento acaba toda noite antes de dormir e “é preciso voltar a reconstruí-lo todas as manhãs antes do café da manhã”. Uma metáfora que desmistifica o amor como algo arrebatador, misterioso e o recoloca como um sentimento que é tecido todos os dias. É o caso de Taya Carneiro, 23 anos, e Lua Stabile, 24, que se apaixonaram aos pouquinhos.

“A gente ficou por muito tempo em algo mais liberto porque não queria enquadrar nossa relação como namoro. De início, propusemos uma coisa que não fosse ligada àquela cobrança tradicional. Mas, depois de um tempo, desistimos. Refletimos que a gente queria era namorar mesmo e pronto”, explica Taya. A comunicadora afirma que dar nome aos bois fez muita diferença: “Essa mudança de nomenclatura trouxe novas responsabilidades”.

As duas são mulheres transexuais, mas se conheceram antes da transição, processo de mudança de identidade, que foi compartilhado lado a lado. “Nos conhecemos nas reuniões da Corpolítica, um coletivo do qual participamos. Depois, trabalhamos juntas na ONU e, desde o ano passado, moramos no mesmo apartamento”, conta Lua, que é formada em relações internacionais e, atualmente, trabalha como assistente de coordenação da Organização das Nações Unidas. “A gente fez tudo juntas: compramos roupas, iniciamos o processo de terapia hormonal, fizemos a depilação definitiva do rosto, entramos para estagiar no mesmo lugar e militamos no mesmo coletivo”, relembra Taya.

“O amor é a escolha de encontrar uma pessoa — ou mais de uma —, para compartilhar algo na vida, dividir segredos, medos. Na transição, precisamos muito uma da outra, porque a gente fica com muito medo das pessoas durante o processo e você tem vontade de desaparecer. A única pessoa para quem eu não queria desaparecer era para a Lua. Às vezes, queria me trancar em casa com ela e me esquecer do resto do mundo”, rememora Taya, que iniciou transformação há dois anos.

Se essa parceria vai durar a vida toda? Quem ousaria dizer? Segundo a professora Marcia Stengel, as pessoas ainda estão presas à ideia de que um relacionamento de sucesso é aquele que persiste “até que a morte os separe”. Porém, a pesquisadora acredita que o êxito está na consistência das experiências que foram divididas durante o tempo juntos. “A durabilidade tem que deixar de ser um parâmetro. A combinação dos ideais e dos valores assumidos pelos casais refletem não só a ideia de customização — pois cada casal assume um modo singular de se relacionar —, como diz respeito também sobre uma capacidade adaptativa na qual queremos crer”, afirma.

Há dois meses, Taya e Lua atualizaram para “sério” o status de relacionamento no Facebook, e perceberam uma outra faceta dos namoros na era digital: a exposição. Grande parte dos amigos achavam que elas eram apenas amigas e alguns só descobriram a relação após a divulgação. Desse modo, as redes sociais se tornaram mais uma etapa do namoro a ser compreendida.



Namorado(a) não é propriedade

Quando muito jovem, é comum aceitar relacionamentos limitantes, que sufocam. Segundo a psicoterapeuta de casais Mônica Bueno, tanto homens quanto mulheres tendem a ser mais ciumentos e inseguros na adolescência e no início da vida adulta. Características que podem, ou não, mudar de acordo com as experiências vividas ao longo dos anos. “Algumas pessoas desenvolvem uma aversão tão grande, por serem podadas em um relacionamento anterior, que procuram outras formas de se relacionar”, explica. É isso que dá origem a relacionamentos abusivos. As mulheres são as principais vítimas, devido à cultura machista.

Débora Jacintho, 26, historiadora, teve experiências de relacionamentos estáveis, longos e exclusivos, inclusive com mulheres. Com eles, chegou à conclusão de que não seria certo prender alguém. Ela se sentia presa também. “A gente acaba desenvolvendo uma relação de propriedade e isso é muito errado”, afirma. Para ela, os namoros fechados acabam levando à hipocrisia, pois não são poucos os casos de traições. Ela mesma admite que já traiu e já foi traída. “Não é bom estar em nenhum dos dois lados, e eu não queria isso pra mim mais”, conclui.

O relacionamento atual de Débora com o estudante Iago Rocha, 22, é aberto. É a primeira vez que ambos vivem essa configuração de namoro. Estão juntos há mais de um ano, mas só oficializaram a relação, divulgando nas redes sociais, em outubro do ano passado. “Foi só simbólico. Na prática, nada mudou”, reconhece. O tempo em que estiveram juntos, mas que a ligação ainda não era tão séria e fixa, foi essencial para que decidissem ter uma relação aberta. “Nós estávamos juntos, ficávamos com outras pessoas, os dois sabiam, e, mesmo assim, os sentimentos que tínhamos um pelo outro não mudavam”, conta Iago. Não havia motivo, portanto, para, de repente, mudar tudo e se restringirem ao carinho um do outro.

Ficar com outras pessoas, para eles, não é questão de sentimento, mas de diversão, de aproveitar os momentos e as oportunidades. Não saem anunciando ao mundo qual o modelo do relacionamento deles porque não consideram necessário. “É muito natural para a gente. Sempre fomos muito amigos, sempre conversamos muito. Graças a isso, temos menos tabus do que a maioria dos casais. Desejos e vontades nunca vão deixar de existir e foi nossa forma de lidar com eles, em vez de reprimi-los. As coisas são muito mais leves assim. Estamos juntos porque queremos. É muito desconfortável ficar presa”, conta Débora.

Alguns amigos de Iago e Débora já consideravam o casal como namorados antes da oficialização. Outros diziam ter dificuldade de reconhecê-los como tal por perceberem que ambos ficavam com outras pessoas. Em geral, as pessoas comentam que é legal eles terem a mente aberta e reconhecem: é preciso certa maturidade para não sentir ciúme do parceiro ou da parceira. Outros ainda duvidam do equilíbrio no relacionamento: “Geralmente, em relacionamento aberto, o homem pega todo mundo e a mulher, ninguém”, comenta a moça. Mas não é o caso.

Débora já se deparou com ciúme uma ou duas vezes. Descobriu que o sentimento aparece quando Iago fica com alguém que ela não conhece, mas nada que muita conversa não resolva o impasse. “Chegamos a considerar não contar ao outro quando ficamos com alguém, mas desistimos”, diz. Atualmente, é perfeitamente possível que os dois estejam juntos em uma festa, se interessem por outras pessoas, se separem por um tempo e voltem a se encontrar. “A gente atingiu o nível de companheirismo de um relacionamento longo e monogâmico, mas temos a renovação sexual sempre”, garante Débora. “Chega um momento da relação exclusiva em que já não há descobertas a se fazer no outro. Nós temos sempre novas oportunidades”, completa Iago.
Leia a reportagem completa na edição nº 609 da Revista do Correio