quarta-feira, 10 de agosto de 2016

J O R G E M E L L O, UM DOS GRANDES MÚSICOS BRASILEIROS

       

J O R G E   M E L L O

Cantor e compositor nascido em Piripiri no Estado do Piauí, 
estudou em Teresina Fortaleza e São Paulo (concluiu o curso 
de Música e Direito). É músico desde os nove anos de idade.

 Na capital cearense venceu festivais de música, dirigiu a 
parte musical de programas da TV Ceará, que foram os
 embriões do chamado "movimento cearense de música",
 pois dali saíram os grandes nomes da MPB de hoje 
como Fagner, Belchior, Ednardo e Amelinha. Jorge Mello 
veio ao sul em 1971 com essa turma e com eles vem
 abrindo espaços para a música nordestina.

Apareceu no Festival Universitário do Rio de Janeiro de 72, 
conquistando o primeiro lugar em Comunicação e levando
 ainda o prêmio de melhor intérprete. Nesse ano gravou seu 
primeiro disco pela Poligram, um compacto duplo.
     De 72 a 76, fez cinema e trilhas de publicidade; período
 em que concluiu o curso de música, formando-se em
 “Composição e Regência” e em “Licenciatura Plena”, vindo a 
lecionar em três faculdades.

     Em 76 gravou o LP “ BESTA FERA”. Pelas características
 da novidade da proposta sonora, foi um acontecimento,
 pois o disco é escolhido pela crítica como o melhor do ano. 
Isso valeu um contrato com a WEA. Nessa nova gravadora, fez 
um disco baseado nas formas da poesia tradicional nordestina, 
só que gravadas  com arranjos eletrônicos, misturados à
 sanfona e à viola. Nasceu aí o forró eletrônico, com o LP 
“ JORGE MELLO - INTEGRAL”. 

Outra vez  surpreendeu a crítica, ganhando prêmios. Confirmou
 o que poderia se esperar desse músico, preocupado com 
a descoberta.

     No ano seguinte gravou pela Continental, o LP 
“ CORAÇÃO ROCHEDO” e o compacto “CONSTELAÇÕES”
 (Cupertino de Meneses e Hermes Fontes).

     Em 80 gravou o LP “DENGO DENGUE” e foi o primeiro 
artista da nova geração a gravar lambadas, merengues,
 registrando a latinidade que mais tarde tomaria conta da
 música universal. Nesse período inicia a atividade 
de Produtor, para a gravadora Continental e para a 
Música Independente. 

Com essa experiência abre 
o próprio selo. Nasce a J. M. T.  PRODUÇÕES onde 
já produziu e lançou dezenas de artistas.

     Em 87 grava “UM TROVADOR ELETRÔNICO”.
 Em 90 grava “UM TROVADOR ELETRÔNICO-Volume II”,
 um disco moldado no show. Em ambos tem a participação
 de Belchior, seu parceiro 
mais constante. 

Em 95 grava o primeiro CD
 “MAIS QUE DE REPENTE” onde interpreta clássicos
 da MPB, além de composições suas e de seus parceiros. 

Em 97 lança o CD “RIMA”.


     O mais recente CD: "CLARAMENTE" gravou para a CPC/UMES.

·      SHOW - JORGE MELLO é um artista que tem um
 mercado de trabalho cativo, mantém boa média de 
apresentações por ano. O sucesso desse show deve-se
ao fato do cantor ser REPENTISTA, 
faceta que só ele faz, entre os artistas da nova geração. 
A rapidez de raciocínio e o humor dos seus versos impressionam
 qualquer platéia.

·      TEATRO - Participou de dezenas de montagens de peças
 teatrais, na criação de trilhas e na Direção Musical, tanto no Rio,
 como em São Paulo.

·      CINEMA - Em “A NOITE DO ESPANTALHO”,de Sérgio
 Ricardo, atuou como ator e fez a Direção de Coreografia.
 Em ANGÉLICA E O MÁGICO DE OZ”, compôs e produziu
 a trilha de abertura. Em “ O GATO DE BOTAS EXTRA-TERRESTRE”, 
de Wilson Rodrigues, compôs e produziu toda a trilha musical.
·      PARCEIROS -  JORGE MELLO compôs com uma infinidade de
 parceiros. Entre eles: Belchior, Tom Zé, Vicente Barreto, Anastácia,
 Evaldo Gouveia, Cesar do Acordeon, Carlos Pitta, J
airo Mozart, Gereba, Capenga, Pekin, 
Lumumba, Antonio J. Brandão, Paulo Soledade, Graco, 
Yeda Estergilda, Ricardo Bezerra, Malcom Roberts e outros.

DISCOGRAFIA:

1972 - Compacto Duplo              FELICIDADE GERAL (Poligran)
1976 - LP                                     BESTA FERA (Crazy/Copacabana)
1978 - LP                                     JORGE MELLO - INTEGRAL ( WEA)
1979 - LP                                     CORAÇÃO ROCHEDO ( Continental)
1980 - Compacto Simples            NASCENDO DE NOVO (Continental)
1981 - Compacto Simples            CONSTELAÇÕES (Continental)
1981 - LP                                     DENGO DENGUE ( Continental)
1985 - Compacto Simples            NA ASA DO AVIÃO ( Paraíso/Odeon)
1987 - LP                                     UM TROVADOR ELETRÔNICO(Paraíso/Continental)
1990 - LP                                     UM TROVADOR ELETRÔNICO - Vol. 2 (J.M.T.)
1997 - CD                                    MAIS QUE DE REPENTE ( Brasidisc)
1999 - CD                                    RIMA ( J. M. T. /Camerati)
Agora CD                                    CLARAMENTE ( CPC/UMES)

JORGE MELLO tem se apresentado em todos os tipos de lugar e
 para as mais diferentes platéias. Fez temporadas em São Paulo 
nos teatros: São Pedro, Aplicado, Paulo Eiró, Martins 
Pena, FUNART, TUCA. Também  apresentou-se nos espaços:
 Centro Cultural de São Paulo, Centro Cultural do Jabaquara, 
Em praticamente todas as unidades do  SESC no
Estado e em inúmeras casas noturnas como Inverno e Verão,
 Vou vivendo, Peña Don Fernando, Bar Armazém, Galpão 16 etc.
     Canta e faz sucesso em programações e convenções nos 
maiores hotéis do país e para inúmeras empresas.
     JORGE MELLO viaja com seu show por todo o Brasil. Nessas 
viagens apresenta-se em feiras (agro-pecuárias, de indústria,
 de moda e de tecnologia). Também canta nos espaços 
culturais ou casas noturnas que esses lugares oferecem
 (clubes, boates, churrascarias), e em palanques  e palcos
 ao ar livre nos festejos cívicos ou religiosos.

ESCRITÓRIO:
Rua Tabaré, 217  -  Jardim Sabará – CEO: 04446-000  -  São Paulo - SP
Fone: 5612 2390 – cel: 9311 0497
E-mail: jorgemelo@ig.com.br
Páginaswww.myspace.com/jorgemello       e    www.jorgemello2.hpg.ig.com.br

Jorge Mello - No Programa do Jô - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=
cWTqXjru95o
12 de abr de 2012 - Vídeo enviado
por Eduardo Valbueno
Jorge Mello - No Programa do Jô.
 Eduardo ...
 O Jorge é fera, talentoso demais.
 Abraço ...
 Up Next. Jorge ...





segunda-feira, 8 de agosto de 2016

O Brasil e a medalha de Ouro no Futebol Olímpico


Neymar cai, cercado por quatro jogadores do Iraque Foto: Eraldo Peres / AP
O Brasil e a medalha de Ouro no Futebol Olímpico
Quando se fala em Jogos Olímpicos , de imediato se reporta a Jogos Amadores , se reporta a amor à camisa, a educação, a saúde, a coração na ponta da chuteira, ao amor à Pátria e á confraternização entre povos diferentes independente de credos religiosos, posição social, idéias políticas ou preferência sexual, estas são as diretrizes dos Jogos Olímpicos.
Os Jogos Olímpicos na sua essência têm ligação direta com a Universidade , com o civismo, com a cultura, com o humanismo e com a superação de metas, está aí a sua importância para a humanidade.
Como imaginar o pódio no futebol se os atletas convocados só preenchem o critério idade, como esperar uma medalha se os atletas são meras peças de uma engrenagem, custam uma verdadeira fortuna e são propriedades de clubes , muitos estrangeiros, são peças de máquinas que atuam nos países desenvolvidos e obrigatoriamente obedecem aos seus patrões, são alertados dos seus valores pecuniários, são orientados a se pouparem para não sofrerem avarias.
Qual seria o prejuízo para cada atleta de 100 milhões de reais para o seu clube , de quanto seria a perda financeira para o atleta tanto dentro como fora dos gramados , atuando na bola ou propagando produtos , então amigos, o sonho do ouro olímpico no futebol jamais será realidade, pois só sendo insano para trocar a grande fatia financeira do Futebol não Esporte que é o profissional , pelo Futebol Esporte que é o amador e o olímpico.
Atletas Profissionais e consagrados não dividirão bolas, não darão sangue, não se arriscarão a distensão muscular e nem colocarão a Pátria no primeiro plano, uma vez que são propriedades de terceiros e obedecem cordeiramente aos seus patrões, são peças caras de suma importância para os seus detentores, uma pausa para recuperação ou uma lesão definitiva seria um desastre financeiro para toda a cadeia ligada àquele atleta.
Um atleta de grande valor disputaria com todo o afinco uma bola com um mero desconhecido? correria desesperadamente para não perder uma dividida? fica a interrogação.
Lembra um velho ditado consagrado em todos os meios:
"Manda quem pode, obedece quem tem juízo".
Os Jogos Olímpicos estão se profissionalizando , estão sendo realizados simples e puramente para tocarem as grandes Empresas patrocinadoras em todos os seguimentos do mercado.
O Espírito de Confraternização entre as nações , o Espírito amador e educacional foram sepultados em todas as suas modalidades.
Que os Jogos Olímpicos voltem a serem Olímpicos, talvez o sonho do ouro no futebol se torne realidade, veja que os jogos são mais suaves, mais educados, com menos faltas e mais respeitos entre os atletas, estes são os ensinamentos passados aos atletas pelos organizadores.
As Olimpíadas fazem parte do mundo civilizado.
Cada jogador Profissional do Futebol selecionado para as olimpíadas só entra em campo após a assinatura de um seguro especial, seguro muito alto e pago com o dinheiro do contribuinte.
Nenhuma equipe libera o seu atleta sem esta condição, inclusive com as ressalvas que explanei no texto..
Um atleta profissional quebrado vai direto para o estaleiro, prejuízos de milhões para os seus proprietários e para ele também, pode ser o fim de uma carreira.
Queer ganhar uma OLIMPIADA EM FUTEBOL? então vamos escalar grandes jogadores jovens que atuam no Brasil , jogadores sem nome e que atuem em todo o país, estes jovens seriam mesclados com duas ou tres estrelas apenas para temperar e identificar o Brasil .
Estes jovens arão tudo para vencer os jogos, partirão para a luta com todo o gás e força.
Quero a sua opinião.
Iderval Reginaldo Tenório


BASTA CLICAR NESTE LINK ABAIXO

Matuto no Futebol - YouTube

 

ESCUTEM ESTA GRANDE PAGINA DO AMIGO WILSON ARAGÃO

https://www.youtube.com/watch?v=e_zbUva6130
11 de jul de 2011 - Vídeo enviado por Marcos Buccini
Causos: "Matuto no Futebol" por José Laurentino. ... essa música é uma obra prima de Wilson Aragão de


AGORA COM O PROPRIO WILSON ARAGÃO .

Wilson Aragão - Matuto no Fitibó (1999 Ao vivo) - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=GrkbWLxA8tM
25 de nov de 2011 - Vídeo enviado por Wilson Aragão
Wilson Aragão - Matuto no Fitibó (1999 Ao vivo). Wilson Aragão ... Um jogo de fitibó ... Sei qui o jogo ...
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domingo, 7 de agosto de 2016

O SUICIDIO COLETIVO DA JUVENTUDE-Anvisa retira 20 lotes de suplemento de proteína usado por atletas

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Anvisa retira 20 lotes de suplemento de proteína usado por atletas


Das 25 marcas analisadas, apenas uma apresentou quantidade de carboidrato e proteínas igual à estampada no rótulo


25 de fevereiro de 2014 | 17h 46
Lígia Formenti - O Estado de S. Paulo
BRASÍLIA - A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a retirada do mercado de 20 lotes de suplementos usados por atletas, por apresentarem quantidade de carboidrato e proteínas diferente do que é estampado nos rótulos. Das 25 marcas analisadas, apenas uma foi considerada adequada.
 
"É uma marca impressionante. Algo que deixa claro a necessidade de manter a médio e longo prazo um monitoramento nesse setor", afirmou a gerente substituta de inspeção e controle de alimentos da agência, Thalita Antony.
 
A partir de sexta-feira, 28, os produtos não poderão ser vendidos. A Anvisa recomenda que pessoas que já adquiriram o produto entrem em contato com a empresa fabricante.
Thalita afirma que a diferença no teor de proteína e carboidratos não traz um risco ao consumidor. "Trata-se de fraude. Em caso de atletas, que precisam adquirir ou perder peso, essa diferença entre a composição real e o rótulo pode afetar de forma significativa o desempenho", observa.
 
Mas a Anvisa identificou ainda que, na amostra analisada, 11 produtos apresentavam traços de ingredientes como amido, milho, soja ou fécula de mandioca que não estavam informados no rótulo. "Esse é um dado que preocupa. Principalmente no caso da soja, que é um produto causador de alergias para um número significativo de pessoas."
 
A lei brasileira permite uma variação de até 20% nas quantidades de nutrientes declaradas no rótulo. Dos 20 marcas que serão retiradas do mercado, 19 apresentaram valores de carboidratos superiores aos declarados. Apenas o lote 08303 do produto Muscle Whey Proto NO2 da empresa Neo Nutri Suplementos Nutricionais Ltda) apresentou uma quantidade inferior ao que informado na embalagem.
 
Produtos. A maiores variação foi identificada com Whey NO2 Pro - Pro Corps (aroma idêntico ao natural de milho), com teor de carboidrato por porção 1.104% a mais do que o declarado no rótulo. Em seguida, vem Fisio Whey Concentrado NO2, que apresentou a 869% a mais do que o valor de 0,98g declarado na rotulagem. No Ultra Whey - Ultratech Supplements, foram detectados 25,51g de carboidratos na porção: 750 % a mais do que o valor declarado.
 
Entre os produtos analisados, apenas um foi aprovado: 100% Pure Whey, da empresa Probiótica Laboratórios Ltda. Já as marcas 100% Whey Protein e 3 Whey Proto NO² da empresa Neo Nutri Suplementos Nutricionais Ltda apresentaram resultados insatisfatórios apenas para a rotulagem. Por isso, permanecem no mercado. Do conjunto analisado, há ainda dois com destino ainda não definido. Eles foram reprovados na primeira análise mas, agora a Anvisa aguarda os resultados da contraprova.
 
A decisão da Anvisa será publicada amanhã no Diário Oficial. Se o produto foi encontrado no comércio a partir de então, o estabelecimento poderá receber uma multa que varia entre R$ 2 mil e R$ 1,5 milhão, além de advertência, apreensão e inutilização do produto.

MÉDICOS QUE FIZERAM HISTÓRIA - Dra. Maria Theresa De Medeiros Pacheco -

Dra. Maria Theresa De Medeiros Pacheco

       

Nasceu na cidade de Atalaia, Alagoas, dia 2 de setembro de 1928, sendo seus pais o “Coronel Pacheco” e D. Morena, fazendeiros da região.

Realizou os estudos iniciais na cidade de Penedo e Maceió.

Chegou em Salvador no ano de 1945, onde cumpriu a última etapa de seus preparatórios e ingressou na Faculdade de Medicina, pela qual foi diplomada em 1953.

Foram seus colegas de turma, Adilson Sampaio, Angelina Pelosi, Carlos Kruchevsky, Guilherme Rodrigues da Silva, João Targino de Araújo, Lipe Goldenstein, Luiz Moreira da Silva, Raimundo Perazzo, Sebastião Dias Pereira.

Recém-formada, especializou-se em ginecologia e obstetrícia e trabalhou na Maternidade Nita Costa e no Hospital Santa Izabel.

Em 1954, foi convidada pelo Prof. Estácio de Lima para atender crianças, mulheres e adolescentes vítimas de violência sexual no Instituto Médico Legal Nina Rodrigues.

Graças a sua atuação nas maternidades Nita Costa, Tsylla Balbino e Climério de Oliveira, e nos hospitais Aristides Maltez, Português e Espanhol, ganhou notoriedade.

Tornou-se legista de grande conceito.

Concluído o mandato de Presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Legal, seguiu para a Europa, onde realizou cursos de pós-graduação em Lisboa, Madrid e Paris.

Regressando a Salvador, candidatou-se à Livre Docência na Universidade Federal da Bahia, tornando-se a primeira médica legista do Brasil.

Aprovada, por concurso, para professora titular de Medicina Legal na Escola Baiana de Medicina e Saúde Pública, empreendeu viagens de estudo a várias universidades e centros de polícia científica da Itália, França, Suíça, Holanda, Alemanha e África.

Concorreu à sucessão do Prof. Estácio de Lima, tornando-se a primeira mulher a ocupar uma cátedra de medicina legal.

Continuando sua trajetória, foi diretora do Instituto Nina Rodrigues e professora de medicina legal da Faculdade de Direito da UFBa, do Curso de Formação de Oficiais de Academia de Polícia Militar, da Faculdade de Direito da Universidade Católica do Salvador, e dos cursos de medicina e de direito das demais instituições de ensino superior da capital.

Ocupou, durante muitos anos, os cargos de diretora do Instituto Nina Rodrigues e do Departamento de Polícia Técnica da Secretaria de Segurança Pública, funções exercidas pela primeira vez, por um membro do sexo feminino.

Participou de concursos para livre docência, e professor titular de várias faculdades de medicina e abrilhantou com sua presença inúmeros congressos médicos no Brasil e no exterior.

Fez parte de várias instituições científicas e culturais, destacando-se dentre estas a Academia de Medicina da Bahia, a Fundação José Silveira e o Instituto Baiano de História da Medicina e Ciências Afins, ocupando a presidência das duas primeiras.

Publicou artigos científicos em periódicos de grande relevância, recebendo prémios e condecorações.

Professora Emérita da UFBa, cidadã baiana e cidadã da cidade do Salvador, amou a vetusta Faculdade de Medicina, lutando, na qualidade de Presidente da Comissão, para a sua completa restauração.

Por todos os títulos e qualidades, é considerada uma figura luminar da medicina brasileira.

Faleceu no dia 12 de maio de 2010, sendo seu corpo velado no Salão Nobre da Faculdade de Medicina que lhe serviu de berço.,

Em sua homenagem foi criado o prêmio Professora Maria Theresa Medeiros Pacheco:
 O Prêmio Profa. Maria Theresa Pacheco foi promovido pela Fundação José Silveira, o Instituto Geraldo Leite e o Instituto Médico Legal Nina Rodrigues com a finalidade de homenagear a memória de tão expressiva mestra que teve sua vida integralmente dedicada à ciência.
O Prêmio tem por objetivo estimular o desenvolvimento científico entre profissionais das áreas médica e jurídica, e a estudantes do último semestre do curso de medicina ou de direito.
Sendo de âmbito nacional, neste primeiro ano da sua implantação, serão selecionados artigos científicos na especialidade de medicina legal com abrangência nas áreas de tanatologia, traumatologia, psiquiatria, antropologia e sexologia forenses, além de infortunística (medicina do trabalho – perícia médica).

 
DEPOIMENTO DE LAMARTINE LIMA
(Disponível em http://www.cremeb.org.br/cremeb.php?m=site.item&item=463&idioma=br)


“No pós-guerra imediato a segunda grande conflagração global, passadas as angústias dos torpedeamentos, a bordo do navio "Itaimbé", desatracado do porto de Maceió, chegou a Salvador u´a moça loira e esbelta, bonita e inteligente, plena da determinação para ser médica pela histórica Faculdade de Medicina do Terreiro de Jesus.
Nascida em Atalaia, Alagoas, em 2 de setembro de 1928, crescera em São Miguel dos Campos, no mesmo estado, entre duas irmãs e três irmãos, na fazenda dos pais, Coronel Pacheco e D. Morena, fizera os estudos ginasiais na cidade alagoana de Penedo, à beira do rio São Francisco, terra que fora importante fortaleza no Brasil Holandês, e terminara o curso secundário na capital da "terra dos marechais".
Trazia apresentação e recomendação escrita por um parente do seu conterrâneo alagoano e catedrático daquela escola superior, Professor Estácio de Lima, que se tornaria o seu orientador.
Submeteu-se ao exame vestibular, com as tradicionais provas escrita, oral e prática, pela exigente banca presidida pelo Professor Magalhães Neto, e ingressou no curso médico decidida a escolher como especialidade a gineco-tocologia.
Através do convívio vinculou-se profundamente à família do Professor José Olímpio, marcadamente o hoje falecido Doutor Cícero Adolfo, cultivando ligação fraternal com a colega Carminha Moreira; estreitou amizade com as colegas conterrânea Lair Ribeiro e baianas Terezinha Parada e Angelina Pelozzi, entre muitas e mais aquelas tão suas queridas que já partiram deste mundo dos vivos, como a piauiense Abigail Feitosa e a sergipana Anita Franco, assim também os colegas e amigos Carlos Maltez, Anníbal Silvany, Luís Neves e Alexinaldo Portela, e tantas outras suas saudades.
Rigorosamente católica e sem beatices, extremamente prestante como boa cristã e severa no cumprimento do dever, tanto tinha de séria como de bem humorada.
Cultora da nordestinidade, foi sempre queridíssima por todos os colegas e admirada por todos os amigos, no Brasil e no Exterior.
Sua têmpera bem forjada consolidava um baluarte de solidariedade diante do infortúnio que por desventura viesse a pesar sobre qualquer das pessoas de suas relações sociais.
Destacou-se pelos estudos teóricos e dedicação aos trabalhos práticos, especialmente depois de diplomada e trabalhando junto ás pacientes das maternidades "Nita Costa", "Tsylla Balbino" e "Climério de Oliveira" e aos clientes dos hospitais "Aristides Maltez", "Português" e "Espanhol". Mais tarde, fundaria a sua "Clínica de Senhoras", na qual manteve grande clientela particular e de convênios.
Um dia, o Professor Estácio de Lima convidou-a para lecionar, em sua cadeira, a parte referente à ginecologia e à obstetrícia forenses. Então, aconteceu o começo de sua vida professoral, que a cada ano cresceu de intensidade e expandiu-se para todo o amplo âmbito da medicina judiciária, pela qual desenvolveu um verdadeiro fascínio.
Logo se tornou médica legista de grande competência, conhecida nos congressos da categoria em nosso País e todas as nações lusófonas. Depois, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Legal, quando, durante a sua gestão, realizou um ótimo congresso em Salvador.
Instada pelo seu orientador, fez cursos de pós-graduação em Lisboa, em Madrid e em Paris, preparou-se e prestou vitorioso concurso para livre docência. Tornou-se professora doutora e passou a oficialmente ensinar na Faculdade de Medicina da Bahia, na Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, na Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia, no Curso de Formação de Oficiais da Academia de Polícia Militar do Estado da Bahia e, depois, na Faculdade de Direito da Universidade Católica do Salvador.
Com o Professor Estácio de Lima, visitou universidades e centros de polícia científica na Itália, França, Suíça, Holanda e Alemanha e esteve na África Ocidental.
Na sucessão do mestre Estácio de Lima, disputou com outro candidato, também alagoano, catedrático de odontologia legal, e ganhou em concurso a titularidade da disciplina que sempre a encantou, na Escola Bahiana e na Universidade Federal da Bahia, tornando-se, no mundo, a primeira catedrática de medicina legal.
Participou, como examinadora, de várias bancas em concursos públicos para titulação de mestres, doutores, docentes livres e titulares de disciplinas universitárias. Ficou conhecida por suas aulas instigantes, que conduziram muitos de seus alunos a escolher a especialidade médico-judiciária ou tomar os caminhos do direito penal.
Muitas vezes foi homenageada por seus discípulos nos quadros de turmas de doutorandos, e em diversas ocasiões foi eleita paraninfa de médicos e de bacharéis em direito.
Exerceu por largos anos os cargos de diretora do Instituto Médico-Legal "Nina Rodrigues" e diretora-geral do Departamento de Polícia Técnica da Secretaria da Segurança do Estado da Bahia - funções também pela primeira vez exercidas por u`a mulher - , absolutamente estimada e respeitada por todos os funcionários daquelas repartições, que se constituíram seus amigos.
A Assembléia Legislativa, em reconhecimento, fê-la cidadã baiana. A Câmara Municipal a fez cidadã soteropolitana e comendadora da medalha "Maria Quitéria".
Durante muitos anos prestou sua importantíssima colaboração como membro e presidente de Câmara do Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia. Foi titular e presidente da Academia de Medicina da Bahia. Também na qualidade de membro titular, participou ativamente dos trabalhos do Instituto Bahiano de História da Medicina e Ciências Afins. E tornou-se sócia efetiva da mais antiga instituição cultural não oficial baiana, o centenário Instituto Geográfico e Histórico da Bahia.
Designada através de portaria do reitor da Universidade Federal da Bahia, presidiu ininterrupta e empenhadamente, pelo período de doze anos, a Comissão de Acompanhamento das Obras de Restauração do Complexo Arquitetônico da Faculdade de Medicina da Bahia no Terreiro de Jesus, em atividades preparatórias do bicentenário dessa primeira escola superior nacional.
Aposentada compulsoriamente, por motivo de idade, das lides universitárias, foi eleita presidente de instituição de reconhecido mérito científico e grande ação social, criada por seu grande amigo, já falecido, a Fundação "José Silveira".
Depois de um quarto de século da perda do mestre Estácio de Lima, por quem desenvolvera deslumbramento e dedicação inexcedíveis, ultrapassou a oitava década da vida bastante louçã, bonita, elegante e agradabilíssima.
Assim recebeu da Congregação da Faculdade de Medicina da Bahia o título de Professora Emérita.
Certamente ao desembarcar no porto de Salvador, há doze lustros, não pensava que aqui passaria toda a sua tão útil existência.
No ano passado, operada havia cerca de dois meses, no dia de Santo André ela esteve assistindo a "missa do ângelus" na Basílica de Nosso Senhor do Bonfim. Depois, participou de solenes eventos acadêmicos na Universidade Católica.
Nos últimos meses não mais foi vista em acontecimentos sociais, culturais, científicos ou religiosos.
Eis que, agora, somos atingidos pela notícia fúnebre sobre a Professora Doutora Maria Theresa de Medeiros Pacheco, baiana das Alagoas, benemérita da Bahia.
É uma enorme perda para a sua família, amigos, colegas, alunos e para a cultura da sua tão querida Salvador.
Desde então, ela está junto Àquele em Quem sempre confiou, na glória a que faz jus, ao lado de Deus. "

Edição: Phablo Monteiro
Fonte: Homenagem Póstuma do Mural da Ucsal representado pelos ex alunos e colegas professores e funcionários da Universidade Católica de Salvador(UCSAL); Professor Carlos Abreu

  Participe, envie o material histórico cultural de Atalaia para o e-mail: atalaiapop2@hotmail.com

ZÉ PIANCÓ -UM RACIONAL

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ZÉ PIANCÓ 
ZÉ PIANCÓ -UM   RACIONAL 

          Zé Piancó nascera sem coração, vivera apenas por viver, a sua sina era trabalhar, labutar, brigar, cansar o corpo moído. Da boca para o bucho e desta para o mundo para alimentar outras bocas, o Piancó nascera  para ser bicho, para quebrar  ossos e queimar o mundo , para maltratar a  terra sem ferir a natureza, era um selvagem, um bruto, era um animal.

          O coração seco, a vida dura , tão dura como o normal é o morrer, o Piancó não era pouco esforço, era exagero, era o sol ardente sem piedade a sapecar as costas da terra, era a poeira, a ventania, o redemoinho a destronar os invasores, o tronco grosso que resiste e o graveto inflamável das   capoeiras  .

          O Zé era pau de bater em bicho, corda de amarrar doido, era o amargo do jiló, às vezes  o doce da cana caiana, o mormaço da evaporação e do calor, o assobio da cobra, o Zé era a  trama, o trauma  e a lama. O sujeito era duro, era escuro como as noites de trevas, era o miolo da dura madeira, era o fundo lá dos fundos dos profundos mares, o cabra era a fronde da moita, era o oco do pau, era o manto do monte, era o centro da terra, era o ferro do núcleo. Era pedra, gás, água, era o incandescente, Piancó era tudo e ao mesmo tempo não era nada.

         O Zé era o Zé e nada mais, nascera sem pai, sem mãe, sem nada, sem beira e talvez sem eira, o Piancó nascera sozinho, sem rumo, sem prumo e vivera na solidão, na defesa da vida e na defesa do pão. O Zé da Silva Piancó era um piancó e nada mais, apenas um piancó, um Corema, um Cariri. 
           O Zé era um CARIRI, um Corema, um animal, era apenas um sinciente.

          Iderval Reginaldo Tenório


Este texto faz parte de uma coletânea de minha autoria escrita na minha fase de descoberta do Nordeste. Evolui na escala da idade e  dos conhecimentos, ao ler me encontrei com este belo personagem e fiz questão de passar ao conhecimento dos meus amigos.

Muitos de nós não passamos de um PIANCÓ.

 Boa Leitura
  1. Luiz Gonzaga e Benito di Paula - Viva meu padim (João Silva, Luiz Gonzaga) - YouTube

  2. www.youtube.com/watch?v=nBgyB6Jb2_Y
  3. 21/05/2011 - Vídeo enviado por vitrolanoberro
  4. Luiz Gonzaga - Disco "Forró de cabo a rabo" (1986) "Viva meu padim". Participação: Benito di Paula.








    1. Juazeiro do Norte - Luiz Gonzaga - Viva meu padim com incerts - YouTube

    2. www.youtube.com/watch?v=Xri-xELA-Pg
    3. 14/10/2012 - Vídeo enviado por Júlio Popó
    4. Minha homenagem a colina do Horto em Juazeiro do Norte, um lugar que desde a primeira vez em que ...






    1. 08- Viva meu padim - Luiz Gonzaga - Forró de cabo a rabo - YouTube

  • ZÉ PIANCÓ -UM HOMEM RACIONAL

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    ZÉ PIANCÓ 
    ZÉ PIANCÓ -UM HOMEM  RACIONAL 

              Zé Piancó nascera sem coração, vivera apenas por viver, a sua sina era trabalhar, labutar, brigar, cansar o corpo moído. Da boca para o bucho e desta para o mundo para alimentar outras bocas, o Piancó nascera  para ser bicho, para quebrar  ossos e queimar o mundo , para maltratar a  terra sem ferir a natureza, era um selvagem, um bruto, era um animal.

              O coração seco, a vida dura , tão dura como o normal é o morrer, o Piancó não era pouco esforço, era exagero, era o sol ardente sem piedade a sapecar as costas da terra, era a poeira, a ventania, o redemoinho a destronar os invasores, o tronco grosso que resiste e o graveto inflamável das   capoeiras  .

              O Zé era pau de bater em bicho, corda de amarrar doido, era o amargo do jiló, às vezes  o doce da cana caiana, o mormaço da evaporação e do calor, o assobio da cobra, o Zé era a  trama, o trauma  e a lama. O sujeito era duro, era escuro como as noites de trevas, era o miolo da dura madeira, era o fundo lá dos fundos dos profundos mares, o cabra era a fronde da moita, era o oco do pau, era o manto do monte, era o centro da terra, era o ferro do núcleo. Era pedra, gás, água, era o incandescente, Piancó era tudo e ao mesmo tempo não era nada.

             O Zé era o Zé e nada mais, nascera sem pai, sem mãe, sem nada, sem beira e talvez sem eira, o Piancó nascera sozinho, sem rumo, sem prumo e vivera na solidão, na defesa da vida e na defesa do pão. O Zé da Silva Piancó era um piancó e nada mais, apenas um piancó, um Corema, um Cariri. 
               O Zé era um CARIRI, um Corema, um animal, era apenas um sinciente.

              Iderval Reginaldo Tenório


    Este texto faz parte de uma coletânea de minha autoria escrita na minha fase de descoberta do Nordeste. Evolui na escala da idade e  dos conhecimentos, ao ler me encontrei com este belo personagem e fiz questão de passar ao conhecimento dos meus amigos.

    Muitos de nós não passamos de um PIANCÓ.

     Boa Leitura
    1. Luiz Gonzaga e Benito di Paula - Viva meu padim (João Silva, Luiz Gonzaga) - YouTube

    2. www.youtube.com/watch?v=nBgyB6Jb2_Y
    3. 21/05/2011 - Vídeo enviado por vitrolanoberro
    4. Luiz Gonzaga - Disco "Forró de cabo a rabo" (1986) "Viva meu padim". Participação: Benito di Paula.






    1. Juazeiro do Norte - Luiz Gonzaga - Viva meu padim com incerts - YouTube

    2. www.youtube.com/watch?v=Xri-xELA-Pg
    3. 14/10/2012 - Vídeo enviado por Júlio Popó
    4. Minha homenagem a colina do Horto em Juazeiro do Norte, um lugar que desde a primeira vez em que ...




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