sábado, 8 de fevereiro de 2014

NOVO SISTEMA PENITENCIARIO


                                                                
                               NOVO SISTEMA PENITENCIÁRIO

              Há muito tempo que os contribuintes sustentam os que estão  cumprindo pena por delitos cometidos contra estes mesmos contribuintes, isto quer dizer : o indivíduo comete um crime contra um determinado   cidadão e é este mesmo cidadão quando não morre, quem paga as suas despesas, a sua estada, a sua alimentação, os seus advogados e ainda indeniza a sua família com um salário superior ao mínimo, o salário reclusão, para que não fique desamparada.

             Muitas pessoas e até mesmo autoridades, baseados nos conhecimentos religiosos e nos direitos humanos enxergam  como solução o emprego dos detentos fora dos presídios ou a abertura de industrias nas penitenciárias com o intuito de ocupar a  ociosidade, com estas medidas os detentos teriam trabalhos e poderiam diminuir as suas penas  além de receber o salário, que é de direito como trabalhador. 

           De imediato, qualquer cidadão que não concorde com estas medidas, seria chamado de louco ou até mesmo de imbecil  para não taxá-lo de desumano, pois o argumento é que, estas medidas seriam uma das maneiras de recuperá-los.

            Fazendo uma reflexão minuciosa do quadro, estas medidas tidas como importantes o que poderiam gerar? o que de bom trariam e o que de ruim poderia acontecer?

                                             Ao assunto:

           1-Ao priorizar os detentos nas vagas das indústrias, do comércio e dos serviços inclusive dando incentivos aos empregadores, onde iriam trabalhar os operários honestos, os cidadãos que não cometeram crimes contra a sociedade  se as fábricas seriam transferidas para os presídios ? Uma vez que   os empregos seriam gerados dentro dos presídios e exclusivamente para os presos, onde trabalhariam os pais de família? ficariam propositalmente desempregados  e vulneráveis à delinquências?
           2- Ao abrir indústrias dentro dos presídios para o emprego dos detentos , não seria um prêmio a quem cometeu delitos em desfavor dos que não cometeram  e que honestamente andam à procura de uma ocupação? estas vagas que deveriam surgir para os que precisam e estão fora do sistema presidiário não seriam um incentivo ao delito? uma vez que lá dentro seria mais fácil uma ocupação?

         3-Não seria uma afronta à sociedade a geração de múltiplos empregos dentro dos presídios, quando fora existe um batalhão de desempregados precisando destes mesmos empregos? , estes cardumes de homens  livres  e desempregados não seriam presas fáceis para ingressarem na marginalidade?  

           Farei alguns comentários, darei algumas sugestões e acredito que trariam bons resultados.

           Existem varias atividades que ocupariam os detentos sem prejudicar a sociedade, sem trazer prejuízo e gerando riqueza para a nação. Das principais atividades e de suma importância, lembro duas de magnífica necessidade:
 A produção de energia elétrica e a captação da água. 

         Estas atividades seriam desempenhadas pelos detentos utilizando a força dos seus músculos em diversos equipamentos manuais, em vez de serem gastas em atividades supérfluas como práticas esportivas  nas academias das penitenciárias ou acumuladas  na forma de gorduras devido o sedentarismo da grande maioria. Os detentos seriam geradoras de riquezas para a nação e uma bela ocupação humana  para os presidiários

            Os presídios seriam verdadeiras usinas para a produção de energia elétrica e grandes bombas para a retirada de água do subsolo. 

             Caberia ao Governo tornar públicas estas medidas para o bem da nação, como também tornar público para a população e principalmente aos jovens como é a vida dentro de um presídio, mostrando que é mais vantajoso o estudo,  mais proveitoso ser honesto, como mais valioso a conquista com o seu suor do que a vida fácil . Estaria dignamente valorizando a cidadania e desmotivando a delinquência . Com esta atitude poderia se criar um sistema penitenciário mais humano e mais justo para todos.

                                   Veja o que proponho:

           1-Que todos os cidadãos tomem conhecimento através de cartilhas, jornais e a mídia em geral como é valiosa a vida em liberdade e como é triste a vida dentro de um presídio, para quando se um dia forem presos, não tomarem como novidades os tratamentos recebidos e as suas tarefas como detentos .
            Antes do indivíduo ser preso , que seja lembrado ao mesmo  e à sua família como funciona uma penitenciária, quais serão os seus afazeres,  os seus direitos e as suas obrigações.

           2-Os aposentos serão os mais simples possíveis, desde quando não provoquem rebeldias entre os detentos, iguais aos aposentos  da maioria esmagadora dos trabalhadores que vivem na honestidade em suas casas.

           3-A alimentação apenas o básico, puramente para alimentar, sem variedades, sem mudanças de cardápios, não se oferecendo regalias ou quaisquer outros agrados, a carne, o feijão ,o arroz e farinha seriam garantidos.

            4-Visitas íntimas, apenas  anualmente, não privando de visitas familiares mensais, pais e filhos semanalmente.

           5-Assistência Médica e Odontológica o básico, a mesma  que a sociedade recebe, nada de tratamento médico-odontológico sofisticados ou privilégios, seria feito uma proporcionalidade nos mesmos padrões que recebem os cidadãos que trabalham honestamente, um cidadão livre tem dificuldades destes serviços, os presos tem prioridades. Atenção maior para as pragas do século, prioridades para a AIDS , as doenças infecto-contagiosas e as drogas.

           6-As custas seriam pagas pelos familiares dos detentos de acordo com o padrão de cada um e complementado pelos serviços prestados dentro das penitenciárias pelos detentos.

          7-Terminantemente proibido qualquer meio de comunicação com o exterior da casa, seria criado um serviço de auto-falante interno que funcionaria durante 24 horas por dia com músicas, cultos religiosos de todas as correntes e ensinamentos de boas maneiras, tal qual as grandes fábricas do mundo , que não param.

          8-Proibida qualquer prática de esporte, salvo dirigido para a saúde do detento, com prescrição médica,  pois seria um privilégio e um desperdício de energia muscular, uma vez que esta energia deveria puramente ser utilizada no trabalho braçal nas suas ocupações deliberada pela direção, na produção da energia e no bombeamento da água , nos mesmos moldes de como ganham a vida os homens do campo, os agricultores, os verdadeiros trabalhadores.  

       Detalhe, além das oito horas normais, seriam acrescentadas mais  quatro, as horas extras funcionariam  como condutas para recuperação do indivíduo, não se configurando castigo, pois quase todos os profissionais livres trabalham mais do que isso.

         9-Não se faz necessárias surras e nem castigos desumanos, como também não é cabível nenhuma mordomia, basta que sejam tratados como seres humanos, basta que o trabalho exaustivo, o custeio de suas despesas e a perda da liberdade sejam os principais castigos.

                                            Ocupação:

            A)Toda a energia elétrica utilizada no presídio, seria produzida pelos detentos através de grandes geradores movido à  força humana como era gerada tempos atrás, cada bloco ou grupo  cuidaria deste setor movimentando moinhos conectados a múltiplos geradores, o excedente seria jogado na rede, com esta medida seriam ocupados milhares de homens produzindo a tão sonhada e necessária energia para a nação. Com esta conduta, seria criada mais uma importante fonte de energia, tal qual  a hidrelétrica, a eólica , a  nuclear e a termelétrica .

           B)A água consumida seria produzida por diversas bombas manuais, estas seriam  movidas pelos detentos tal qual era 30 anos atrás e ainda é em diversas localidades desta nação, o excedente que seria muito, seria jogado na rede para o consumo das cidades.

           C)Cada presidiário receberia uma compensação pecuniária, um salário ,que seria proporcional à sua carga de trabalho  depois de retirados os custos dos equipamentos, do imóvel e das suas despesas, tal qual os contribuintes fora dos presídios que pagam tudo que consomem.

            D)Dentre os presidiários,  existem aqueles que não são periculosos, estes trabalhariam no ensino, na catequese e nas diversas atividades que dominam. Seriam criadas escolas de todos os  tipos, como também o incentivo às artes(poesia, música,  teatro, leituras, treinamento na escrita e na produção literária ) todas as atividades encabeçadas por detentos de melhor padrão educacional.

           E) Os detentos de alta periculosidade seja intelectual, financeira , desvio de erário público  ou por desumanidade, seriam tratados com mais severidade e com rigoroso isolamento social, sendo as custas destes presidiários de sua total responsabilidade e dos seus familiares linearmente, um custodiaria o outro sem nenhum centavo do erário público, seriam considerados da mesma família,  como são, fora das penitenciarias.

          Ao ser transportado um presidiário de alta periculosidade de um presídio para outro, seria comunicado ao departamento de direitos humanos que acompanharia este transporte, seria sem informação à mídia, não seria destacado diversos veículos fazendo alarde, seria uma transferência silenciosa e só algumas autoridades e uma  comissão tutelar saberiam para onde o mesmo foi transferido.

          Todo o exposto neste artigo, teria que ser amplamente debatido com a sociedade , divulgada nos veículos de comunicação . Seriam alertados  os jovens, os pais, os professores, as autoridades de uma maneira em geral  e a sociedade como um todo.  O importante  é que ficassem cientes do que vai passar aquele que cometer um delito contra a sociedade.  

         O dinheiro empregado na construção de penitenciarias, seria aplicado em escolas básicas, escolas técnicas e no preparo de professores para ocupar as milhares de vagas tão sonhadas pela sociedade, dando condições para que o cidadão que atinge a idade adulta encontre um mercado de trabalho que absorva a  mão de obra que domina, com estas medidas  seriam cortadas os desníveis que alimentam o caminho da marginalidade em todos os níveis da sociedade . 

Outro fator de relevante importância, seria a liberação de   todos os cidadãos que ocupam parte do seu tempo  na luta incessante pelos direitos humanos, em ongs,  igrejas e noutras instituições, seriam ocupados sim  , na recuperação dos descamisados, dos doentes pelo uso de drogas,  dos desdentados,  dos desapadrinhados , dos enfermos e abandonados que apesar da extrema honestidade vivem  pendurados nos morros, nos lixões , nas sarjetas e nos becos deste mundão afora . 

Que a Sociedade seja mais justa com os justos.
d
                               Salvador, 20 de Março de 2001
                            

                                Iderval Reginaldo Tenório

UM COMENTARIO, DO AUTOR.

Almira bom dia, Era assim que nós enchíamos a caixa dagua lá das casas em todo o nordeste brasileiro, era assim que bombeávamos água para  a lavoura em todo o Brasil .  

Eu pessoalmente já fiz muito isso, era normal a força humana nestas tarefas até 1970 até chegar a energia elétrica de Paulo Afonso.

 Para sevar a mandioca havia na Serra do Araripe um moinho no qual dois homens rodavam a prensa, onde dois homens geravam a energia por intermédio de correias e a bola funcionava para ralar a massa da mandioca. Não disse nada demais, apenas propus um serviço manual, propus a criação de empregos sem prejudicar os que não estão presos.

Nas capitais a construção civil era tocada pela força humana, subiam os blocos, a massa , os ferros  com a tração motora dos humanos e não era desumano , era o seu trabalho.

 Apenas voltei 30 anos, o texto é exatamente para ajudar os que estão presos e não fiquem na ociosidade, com estas condutas seriam respeitados e até exigiriam pois estariam  trabalhando num regime fechado sem prejudicar os homens que não cumprem pena,  nada de violência.

Agora para que fique claro para os algozes, nada de raiva, nada de rancor e nada de retaliação uma vez que os presos são mais vitimas do sistema do que causa. Para que isto aconteça o país teria que investir em ESCOLAS, na FAMILIA  e nos nossos dirigentes.

 OS PRESOS MERECEM RESPEITO E O TRABALHO É UMA DAS FORMAS DE RESPEITAR UM HOMEM.

 O trabalho braçal é comum hoje em muitas regiões do BRASIL. Já viram os catadores de lixo e de papelão por este Brasil afora, é um trabalho duro, o homem faz o papel de um animal irracional ao carregar uma carroça nas costas, isto madrugada a dentro, foi este a fulcro do texto, acredito que esta proposta seria bem estudada e discutida traria bons resultados para as vitimas do sistema carcerário brasileiro. Iderval ReginaldoTenório

MARTINHO DA VILA O PEQUENO BURGUES - YouTube

www.youtube.com/watch?v=Y9zEfDU6zoQ
09/02/2008 - Vídeo enviado por ANDRÉ luiz
MARTINHO DA VILA O PEQUENO BURGUES. ANDRÉ luiz·22 videos ... Buy "Menina Moça - Casa De ...


  • O Pequeno Burguês - Martinho da Vila (Lp Mono 1969).wmv - YouTube

    www.youtube.com/watch?v=7EW-u-O190g
    06/12/2009 - Vídeo enviado por Leandro6715
    Um dos grandes sucessos de Martinho da Vila no seu primeiro Lp de 1969 pela RCA.
  • HISTÓRIAS DE MINHA CIDADE- OX E MARIA


    Maria era pau de bater em doido e era a verdadeira dona da casa, os circos e  parques que vinham para Juazeiro do Norte eram montados na pracinha defronte a minha casa, hoje o Memorial do Padre Cícero.
     
    No serviço de som tocava-se de tudo, de Luiz Gonzaga a Nelson Gonçalves. 

    Maria a funcionaria lá de casa começou a paquerar o motorista da carreta do  grande parque.

    Todas as noites pedia músicas ao locutor e oferecia ao motorista.


    Neste dia o locutor era Alcely Sobreira e Maria pediu a música de Francisco Petrônio (VOU FAZER UMA SERESTA) e pediu para oferecer ao seu amado que recebia o nome de OX, isto para ninguém saber para quem era a  música , só ela e ele sabiam quem era o tal OX.

    Alcely com o seu vozeirão anunciou;



    Atenção, Atenção OX, atenção OX um alguém muito especial , que lhe ama muito e que se encontra de vestido azul, lhe oferece esta linda pagina musical-  
    vou fazer uma seresta(Boêmio Demodê) 
     com :Francisco Petrônio.



    A LETRA
    “Vou fazer uma seresta, bonitinha como o quê, misturando os tratamento, juntado o tu com você, só não quero que me chamem um boêmio demodê”.
    O  locutor Alcely Sobreira   já cheio de tantos oferecimentos e repleto de  curiosidades,  chamou  Maria e perguntou:

    Dona Maria ,  quem é este tal de OX que a senhora tanto homenageia com esta música ? 

    Maria na bucha respondeu.
    OXENTE SEU OXELY , OX  É ONTÕE XOFÉ, ONTÕE XOFÉ  SEU OXELÍ, ONTÕE XOFÉ  OXENTE.  .


    Foi uma  gargalhada só.
    Iderval Reginaldo Tenório
    Escutem a Música com novos arranjos.

    BOEMIO DEMODE PAULO VINICIUS - YouTube

    www.youtube.com/watch?v=dFmFpWWLp8I
    23/02/2011 - Vídeo enviado por dagmar romana morais barbosa
    UM BELISSIMO SAMBA INTERPRETADO POR PAULO VINICIUS.

  • Boêmio Demodê Cyro Aguiar - YouTube

    www.youtube.com/watch?v=iMf22noH0hY
    31/05/2009 - Vídeo enviado por Luciano Mendes de Aguiar
    Cyro Aguiar canta Boêmio Demodê de autoria de Adelino Moreira. Faixa do LP Volume 9.

  • A VIDA

    A VIDA , APENAS ESCUTEM E VEJAM SE NÃO EXISTE A MÃO DE DEUS























    Vivam o silêncio do princípio,a vida do clímax  e a  profundidade do fechamento.

    Aqui tem as mãos do Criador.
    Que tem, tem.
    Iderval Reginaldo Tenório
    QUERO A SUA OPINIÃO

    Hoje levantei cedo pensando no que tenho a fazer antes que o relógio marque meia noite. É minha função escolher que tipo de dia vou ter hoje.
    Posso reclamar porque está chovendo ou agradecer às águas por lavarem a poluição. Posso ficar triste por não ter dinheiro ou me sentir encorajado para administrar minhas finanças, evitando o desperdício.
     Posso reclamar sobre minha saúde ou dar graças por estar vivo.
     Posso me queixar dos meus pais por não terem me dado tudo o que eu queria ou posso ser grato por ter nascido.
     Posso reclamar por ter que ir trabalhar ou agradecer por ter trabalho.
     Posso sentir tédio com o trabalho doméstico ou agradecer a Deus.
     Posso lamentar decepções com amigos ou me entusiasmar com a possibilidade de fazer novas amizades.
     Se as coisas não saíram como planejei posso ficar feliz por ter hoje para recomeçar.
    O dia está na minha frente esperando para ser o que eu quiser. E aqui estou eu, o escultor que pode dar forma.
    Tudo depende só de mim.

    Miniatura

     Charles Chaplin

       ESCUTEM E VEJAM
    Musica: Greensleaves e Canção da India

    quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

    Proposta favorável a maconha já tem 11 mil assinaturas

     



    O Brasil rumo ao primeiro mundo na legalização da maconha, fiquem antenados e participem dos debates, o assunto é sério e tem que ir à exaustão para o país tomar uma direção.

    De olho no Congresso nacional, decisão importante, não será liberada para uso como droga alucinógena e sim como medicamento, recreativo e fonte de riqueza. A alegação que gerará emprego, pagará impostos e enriquecerá  alguns oficialmente será o álibi dos interessados.
    Segundo os especialistas no assunto a CANABIS  não é tão nociva.
    Iderval Reginaldo Tenório
                                                    drogas

    Proposta favorável a maconha já tem 11 mil assinaturas

    A proposta popular de projeto de lei para descriminalizar a maconha já ultrapassou a marca de 11 mil assinaturas no site do Senado federal. Como deu hoje na coluna de Ancelmo Gois, se alcançar 20 mil "votos de apoio", a proposta será apreciada pela Comissão de Direitos Humanos da casa. A proposta ficará aberta até 30 de maio deste ano.
    A proposta quer regular os usos recreativo, medicinal e industrial da maconha. Ainda de acordo com a proposta popular, cuja autoria não é informada no site, "a maconha deve ser regularizada como as bebidas alcoólicas e cigarros. A lei deve permitir o cultivo caseiro, o registro de clubes de auto cultivadores, licenciamento de estabelecimentos de cultivo e de venda de maconha no atacado e no varejo e,regularizar o uso medicinal."

    Maconha faz mal?
    Taí uma pergunta que vem sendo feita faz tempo. Depois de mais de um século de pesquisas, a resposta mais honesta é: faz, mas muito pouco e só para casos extremos. O uso moderado não faz mal. A preocupação da ciência com esse assunto começou em 1894, quando a Índia fazia parte do Império Britânico. Havia, então, a desconfiança de que o bhang, uma bebida à base de maconha muito comum na Índia, causava demência. Grupos religiosos britânicos reivindicavam sua proibição. Formou-se a Comissão Indiana de Drogas da Cannabis, que passou dois anos investigando o tema. O relatório final desaconselhou a proibição: “O bhang é quase sempre inofensivo quando usado com moderação e, em alguns casos, é benéfico. O abuso do bhang é menos prejudicial que o abuso do álcool”.
    Em 1944, um dos mais populares prefeitos de Nova York, Fiorello La Guardia, encomendou outra pesquisa. Em meio à histeria antimaconha de Anslinger, La Guardia resolveu conferir quais os reais riscos da tal droga assassina. Os cientistas escolhidos por ele fizeram testes com presidiários (algo comum na época) e concluíram: “O uso prolongado da droga não leva à degeneração física, mental ou moral”. O trabalho passou despercebido no meio da barulheira proibicionista de Anslinger.
    A partir dos anos 60, várias pesquisas parecidas foram encomendadas por outros governos. Relatórios produzidos na Inglaterra, no Canadá e nos Estados Unidos aconselharam um afrouxamento nas leis. Nenhuma dessas pesquisas foi suficiente para forçar uma mudança. Mas a experiência mais reveladora sobre a maconha e suas conseqüências foi realizada fora do laboratório. Em 1976, a Holanda decidiu parar de prender usuários de maconha desde que eles comprassem a droga em cafés autorizados. Resultado: o índice de usuários continua comparável aos de outros países da Europa. O de jovens dependentes de heroína caiu – estima-se que, ao tirar a maconha da mão dos traficantes, os holandeses separaram essa droga das mais pesadas e, assim, dificultaram o acesso a elas.
    Nos últimos anos, os possíveis males da maconha foram cuidadosamente escrutinados – às vezes por pesquisadores competentes, às vezes por gente mais interessada em convencer os outros da sua opinião. Veja abaixo um resumo do que se sabe:
    Câncer
    Não se provou nenhuma relação direta entre fumar maconha e câncer de pulmão, traquéia, boca e outros associados ao cigarro. Isso não quer dizer que não haja. Por muito tempo, os riscos do cigarro foram negligenciados e só nas últimas duas décadas ficou claro que havia uma bomba-relógio armada – porque os danos só se manifestam depois de décadas de uso contínuo. Há o temor de que uma bomba semelhante esteja para explodir no caso da maconha, cujo uso se popularizou a partir dos anos 60. O que se sabe é que o cigarro de maconha tem praticamente a mesma composição de um cigarro comum – a única diferença significativa é o princípio ativo. No cigarro é a nicotina, na maconha o tetrahidrocanabinol, ou THC. Também é verdade que o fumante de maconha tem comportamentos mais arriscados que o de cigarro: traga mais profundamente, não usa filtro e segura a fumaça por mais tempo no pulmão (o que, aliás, segundo os cientistas, não aumenta os efeitos da droga).
    Em compensação, boa parte dos maconheiros fuma muito menos e pára ou reduz o consumo depois dos 30 anos (parar cedo é sabidamente uma forma de diminuir drasticamente o risco de câncer). Em resumo: o usuário eventual de maconha, que é o mais comum, não precisa se preocupar com um aumento grande do risco de câncer. Quem fuma mais de um baseado por dia há mais de 15 anos deve pensar em parar.
    Dependência
    Algo entre 6% e 12% dos usuários, dependendo da pesquisa, desenvolve um uso compulsivo da maconha (menos que a metade das taxas para álcool e tabaco). A questão é: será que a maconha é a causa da dependência ou apenas uma válvula de escape. “Dependência de maconha não é problema da substância, mas da pessoa”, afirma o psiquiatra Dartiu Xavier, coordenador do Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes da Escola Paulista de Medicina. Segundo Dartiu, há um perfil claro do dependente de maconha: em geral, ele é jovem, quase sempre ansioso e eventualmente depressivo. Pessoas que não se encaixam nisso não desenvolvem o vício. “E as que se encaixam podem tanto ficar dependentes de maconha quanto de sexo, de jogo, de internet”, diz.
    Muitos especialistas apontam para o fato de que a maconha está ficando mais perigosa – na medida em que fica mais potente. Ao longo dos últimos 40 anos, foi feito um melhoramento genético, cruzando plantas com alto teor de THC. Surgiram variedades como o skunk. No último ano, foram apreendidos carregamentos de maconha alterada geneticamente no Leste europeu – a engenharia genética é usada para aumentar a potência, o que poderia aumentar o potencial de dependência. Segundo o farmacólogo Leslie Iversen, autor do ótimo The Science of Marijuana (A ciência da maconha, sem tradução para o português) e consultor para esse tema da Câmara dos Lordes (o Senado inglês), esses temores são exagerados e o aumento da concentração de THC não foi tão grande assim.
    Para além dessa discussão, o fato é que, para quem é dependente, maconha faz muito mal. Isso é especialmente verdade para crianças e adolescentes. “O sujeito com 15 anos não está com a personalidade formada. O uso exagerado de maconha pode ser muito danoso a ele”, diz Dartiu. O maior risco para adolescentes que fumam maconha é a síndrome amotivacional, nome que se dá à completa perda de interesse que a droga causa em algumas pessoas. A síndrome amotivacional é muito mais freqüente em jovens e realmente atrapalha a vida – é quase certeza de bomba na escola e de crise na família.
    Danos cerebrais
    “Maconha mata neurônios.” Essa frase, repetida há décadas, não passa de mito. Bilhões de dólares foram investidos para comprovar que o THC destrói tecido cerebral – às vezes com pesquisas que ministravam doses de elefante em ratinhos –, mas nada foi encontrado.
    Muitas experiências foram feitas em busca de danos nas capacidades cognitivas do usuário de maconha. A maior preocupação é com a memória. Sabe-se que o usuário de maconha, quando fuma, fica com a memória de curto prazo prejudicada. São bem comuns os relatos de pessoas que têm idéias que parecem geniais durante o “barato”, mas não conseguem lembrar-se de nada no momento seguinte. Isso acontece porque a memória de curto prazo funciona mal sob o efeito de maconha e, sem ela, as memórias de longo prazo não são fixadas (é por causa desse “desligamento” da memória que o usuário perde a noção do tempo). Mas esse dano não é permanente. Basta ficar sem fumar que tudo volta a funcionar normalmente. O mesmo vale para o raciocínio, que fica mais lento quando o usuário fuma muito freqüentemente.
    Há pesquisas com usuários “pesados” e antigos, aqueles que fumam vários baseados por dia há mais de 15 anos, que mostraram que eles se saem um pouco pior em alguns testes, principalmente nos de memória e de atenção. As diferenças, no entanto, são sutis. Na comparação com o álcool, a maconha leva grande vantagem: beber muito provoca danos cerebrais irreparáveis e destrói a memória.
    Coração
    O uso de maconha dilata os vasos sangüíneos e, para compensar, acelera os batimentos cardíacos. Isso não oferece risco para a maioria dos usuários, mas a droga deve ser evitada por quem sofre do coração.
    Infertilidade
    Pesquisas mostraram que o usuário freqüente tem o número de espermatozóides reduzido. Ninguém conseguiu provar que isso possa causar infertilidade, muito menos impotência. Também está claro que os espermatozóides voltam ao normal quando se pára de fumar.
    Depressão imunológica
    Nos anos 70, descobriu-se que o THC afeta os glóbulos brancos, células de defesa do corpo. No entanto, nenhuma pesquisa encontrou relação entre o uso de maconha e a incidência de infecções.
    Loucura
    No passado, acreditava-se que maconha causava demência. Isso não se confirmou, mas sabe-se que a droga pode precipitar crises em quem já tem doenças psiquiátricas.
    Gravidez
    Algumas pesquisas apontaram uma tendência de filhos de mães que usaram muita maconha durante a gravidez de nascer com menor peso. Outras não confirmaram a suspeita. De qualquer maneira, é melhor evitar qualquer droga psicoativa durante a gestação. Sem dúvida, a mais perigosa delas é o álcool.
    Maconha faz bem?
    No geral, não. A maioria das pessoas não gosta dos efeitos e as afirmações de que a erva, por ser “natural”, faz bem, não passam de besteira. Outros adoram e relatam que ela ajuda a aumentar a criatividade, a relaxar, a melhorar o humor, a diminuir a ansiedade. É inevitável: cada um é um.
    O uso medicinal da maconha é tão antigo quanto a maconha. Hoje há muitas pesquisas com a cannabis para usá-la como remédio. Segundo o farmacólogo inglês Iversen, não há dúvidas de que ela seja um remédio útil para muitos e fundamental para alguns, mas há um certo exagero sobre seus potenciais. Em outras palavras: a maconha não é a salvação da humanidade. Um dos maiores desafios dos laboratórios é tentar separar o efeito medicinal da droga do efeito psicoativo – ou seja, criar uma maconha que não dê “barato”. Muitos pesquisadores estão chegando à conclusão de que isso é impossível: aparentemente, as mesmas propriedades químicas que alteram a percepção do cérebro são responsáveis pelo caráter curativo. Esse fato é uma das limitações da maconha como medicamento, já que muitas pessoas não gostam do efeito mental. No Brasil, assim como em boa parte do mundo, o uso médico da cannabis é proibido e milhares de pessoas usam o remédio ilegalmente. Conheça alguns dos usos:
    Câncer
    Pessoas tratadas com quimioterapia muitas vezes têm enjôos terríveis, eventualmente tão terríveis que elas preferem a doença ao remédio. Há medicamentos para reduzir esse enjôo e eles são eficientes. No entanto, alguns pacientes não respondem a nenhum remédio legal e respondem maravilhosamente à maconha. Era o caso do brilhante escritor e paleontólogo Stephen Jay Gould, que, no mês passado, finalmente, perdeu uma batalha de 20 anos contra o câncer (veja mais sobre ele na página 23). Gould nunca tinha usado drogas psicoativas – ele detestava a idéia de que interferissem no funcionamento do cérebro. Veja o que ele disse: “A maconha funcionou como uma mágica. Eu não gostava do ‘efeito colateral’ que era o borrão mental. Mas a alegria cristalina de não ter náusea – e de não experimentar o pavor nos dias que antecediam o tratamento – foi o maior incentivo em todos os meus anos de quimioterapia”.
    Aids
    Maconha dá fome. Qualquer um que fuma sabe disso (aliás, esse é um de seus inconvenientes: ela engorda). Nenhum remédio é tão eficiente para restaurar o peso de portadores do HIV quanto a maconha. E isso pode prolongar muito a vida: acredita-se que manter o peso seja o principal requisito para que um soropositivo não desenvolva a doença. O problema: a cannabis tem uma ação ainda pouco compreendida no sistema imunológico. Sabe-se que isso não representa perigo para pessoas saudáveis, mas pode ser um risco para doentes de Aids.
    Esclerose múltipla
    Essa doença degenerativa do sistema nervoso é terrivelmente incômoda e fatal. Os doentes sentem fortes espasmos musculares, muita dor e suas bexigas e intestinos funcionam muito mal. Acredita-se que ela seja causada por uma má função do sistema imunológico, que faz com que as células de defesa ataquem os neurônios. A maconha alivia todos os sintomas. Ninguém entende bem por que ela é tão eficiente, mas especula-se que tenha a ver com seu pouco compreendido efeito no sistema imunológico.
    Dor
    A cannabis é um analgésico usado em várias ocasiões. Os relatos de alívio das cólicas menstruais são os mais promissores.
    Glaucoma
    Essa doença caracteriza-se pelo aumento da pressão do líquido dentro do olho e pode levar à cegueira. Maconha baixa a pressão intraocular. O problema é que, para ser um remédio eficiente, a pessoa tem que fumar a cada três ou quatro horas, o que não é prático e, com certeza, é nocivo (essa dose de maconha deixaria o paciente eternamente “chapado”). Há estudos promissores com colírios feitos à base de maconha, que agiriam diretamente no olho, sem afetar o cérebro.
    Ansiedade
    Maconha é um remédio leve e pouco agressivo contra a ansiedade. Isso, no entanto, depende do paciente. Algumas pessoas melhoram após fumar; outras, principalmente as pouco habituadas à droga, têm o efeito oposto. Também há relatos de sucesso no tratamento de depressão e insônia, casos em que os remédios disponíveis no mercado, embora sejam mais eficientes, são também bem mais agressivos e têm maior potencial de dependência.
    Dependência
    Dois psiquiatras brasileiros, Dartiu Xavier e Eliseu Labigalini, fizeram uma experiência interessante. Incentivaram dependentes de crack a fumar maconha no processo de largar o vício. Resultado: 68% deles abandonaram o crack e, depois, pararam espontaneamente com a maconha, um índice altíssimo. Segundo eles, a maconha é um remédio feito sob medida para combater a dependência de crack e cocaína, porque estimula o apetite e combate a ansiedade, dois problemas sérios para cocainômanos. Dartiu e Eliseu pretendem continuar as pesquisas, mas estão com problemas para conseguir financiamento – dificilmente um órgão público investirá num trabalho que aposte nos benefícios da maconha.

    PRESO COM PÉ DE MACONHA EM CASA - BEZERRA DA SILVA - A SEMENTE - YouTube

    www.youtube.com/watch?v=u-ufyV5iK4k
    21/06/2010 - Vídeo enviado por pestana2007
    Cidadão é detido com um pé de maconha em casa. Ele alega "desconhecer" a origem da semente ...

  • Bezerra da Silva & Marcelo D2 - Erva proibida - YouTube

    www.youtube.com/watch?v=A-3FWPeqEvY
    22/07/2008 - Vídeo enviado por redlinghc
    "O negócio é o seguinte: Se Leonardo dá vinte Porque que o Marcelo Não pode dá dois? -E eu tô aqui prá

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