sexta-feira, 14 de junho de 2013

VOTO CONSCIENTE- NÃO SE EXTRAEM PELOS POLITICOS


MENSAGEM PARA OS ELEITORES 2014. VOTO CONSCIENTE É O EXERCÍCIO DA CIDADANIA. VOTEM PARA O BEM DA COMUNIDADE E NÃO PENSANDO APENAS EM VOCÊ, NO SEU UMBIGO. NÃO DESTRUAM AS FAMÍLIAS POR MIGALHAS EXTERNAS













MENSAGEM PARA OS ELEITORES 2012.
VOTO CONSCIENTE É O EXERCÍCIO DA CIDADANIA.
VOTEM PARA O BEM DA COMUNIDADE E NÃO PENSANDO APENAS EM VOCÊ, NO SEU UMBIGO.
NÃO DESTRUAM AS FAMÍLIAS POR MIGALHAS EXTERNAS.


Estive no Sul do Ceará e senti o calor da Campanha Eleitoral entre os populares. Na verdade o que existe é um grupão de três cabeças, cada uma querendo puxar a campanha e os votos para o seu lado, digo um grupão porque os seus componentes fazem parte da mesma corrente, fazem parte dos dois partidos que dirigem a nação- O PT de Lula e Dilma ,o PMDB  do Sarney e PSDB do Aécio e do Serra, para onde os votos forem cairão no mesmo buraco, na mesma caçapa.

Os líderes e os cabeças são politicamente falando amicíssimos , na verdade lutam apenas para saber quem conduzirá a tocha da vitória, não existirá perdedor ou não existirão perdedores no cume da pirâmide , tudo é questão de tempo, mais tarde estarão no mesmo barco, nas mesmas salas , nos mesmos restaurantes compartilhando as rodadas de Escoceses , Italianos e caviar russo.

Todos , todos sem faltar uma só vírgula bem remunerados e detentores de grandes patrimônios, apenas revezam , revezam porque continuar no poder por muito tempo cansa , politicamente é chato e dá muitas margens para desconfiança. O acordo é revezar e que briguem as formigas , que briguem os que estão na raia baixa, que briguem os peixes pequenos, que briguem as piabas.

De sobra e para trás ficarão famílias e seculares amizades estraçalhadas, são piabas que lutam para garantir migalhas para as suas sobrevivências, ferindo escancaradamente até a honra dos seus componentes, famílias que depois do pleito se olharão de soslaio, não mais se tocarão  , ficarão com alguma diferença, tudo pela defesa inconsequente do pão de cada dia e de políticos que só pensam em si . Estes fatos não deveriam ter ligação com o direito da cidadania , que é a liberdade de exercer o ato de votar com o carimbo e a chancela da AUTONOMIA , uma vez que o VOTO É SECRETO.

Famílias deixem os cabeças disputarem o poder e jamais destruam o mais sagrado vínculo que existe entre os seus componentes , a família é para sempre , a posição política depende do interesse de cada componente e muda de safra em safra, os cabeças sempre ganharão e as formigas sempre serão uma incógnita.

Exercitem a cidadania, votem conscientemente e lutem por melhores empregos sem a tutela de seres estranhos à sua pessoa, vençam sem padrinhos emprestados e que mudam de idéias de tempos em tempos.

Eleitores reflitam, pensem e decidam pelo melhor para a comunidade.

Aproveito este meu comentário e publico do grande Bertold Brecht a mais importante e contundente mensagem para o homem civilizado.

MEDITEM.( Se os tubarões fossem homens).
Iderval Reginaldo Tenório
Se os tubarões fossem homens
por Bertold Brecht





Se os tubarões fossem homens, perguntou a filha de sua senhoria ao senhor K., seriam eles mais amáveis para com os peixinhos?

Certamente, respondeu o Sr. K. Se os tubarões fossem homens, construiriam no mar grandes gaiolas para os peixes pequenos, com todo tipo de alimento, tanto animal quanto vegetal. Cuidariam para que as gaiolas tivessem sempre água fresca e adoptariam todas as medidas sanitárias adequadas. Se, por exemplo, um peixinho ferisse a barbatana, ser-lhe-ia imediatamente aplicado um curativo para que não morresse antes do tempo.

Para que os peixinhos não ficassem melancólicos haveria grandes festas aquáticas de vez em quando, pois os peixinhos alegres têm melhor sabor do que os tristes. Naturalmente haveria também escolas nas gaiolas. Nessas escolas os peixinhos aprenderiam como nadar alegremente em direcção à goela dos tubarões. Precisariam saber geografia, por exemplo, para localizar os grandes tubarões que vagueiam descansadamente pelo mar.

O mais importante seria, naturalmente, a formação moral dos peixinhos. Eles seriam informados de que nada existe de mais belo e mais sublime do que um peixinho que se sacrifica contente, e que todos deveriam crer nos tubarões, sobretudo quando dissessem que cuidam de sua felicidade futura. Os peixinhos saberiam que este futuro só estaria assegurado se estudassem docilmente. Acima de tudo, os peixinhos deveriam rejeitar toda tendência baixa, materialista, egoísta e marxista, e denunciar imediatamente aos tubarões aqueles que apresentassem tais tendências.

Se os tubarões fossem homens, naturalmente fariam guerras entre si, para conquistar gaiolas e peixinhos estrangeiros. Nessas guerras eles fariam lutar os seus peixinhos, e lhes ensinariam que há uma enorme diferença entre eles e os peixinhos dos outros tubarões. Os peixinhos, proclamariam, são notoriamente mudos, mas silenciam em línguas diferentes, e por isso não se podem entender entre si. Cada peixinho que matasse alguns outros na guerra, os inimigos que silenciam em outra língua, seria condecorado com uma pequena medalha de sargaço e receberia uma comenda de herói.

Se os tubarões fossem homens também haveria arte entre eles, naturalmente. Haveria belos quadros, representando os dentes dos tubarões em cores magníficas, e as suas goelas como jardins onde se brinca deliciosamente. Os teatros do fundo do mar mostrariam valorosos peixinhos a nadarem com entusiasmo rumo às gargantas dos tubarões. E a música seria tão bela que, sob os seus acordes, todos os peixinhos, como orquestra afinada, a sonhar, embalados nos pensamentos mais sublimes, precipitar-se-iam nas goelas dos tubarões.

Também não faltaria uma religião, se os tubarões fossem homens. Ela ensinaria que a verdadeira vida dos peixinhos começa no paraíso, ou seja, na barriga dos tubarões.

Se os tubarões fossem homens também acabaria a ideia de que todos os peixinhos são iguais entre si. Alguns deles se tornariam funcionários e seriam colocados acima dos outros. Aqueles ligeiramente maiores até poderiam comer os menores. Isso seria agradável para os tubarões, pois eles, mais frequentemente, teriam bocados maiores para comer. E os peixinhos maiores detentores de cargos, cuidariam da ordem interna entre os peixinhos, tornando-se professores, oficiais, polícias, construtores de gaiolas, etc.

Em suma, se os tubarões fossem homens haveria uma civilização no mar.


COMENTE ESTA MATÉRIA ,É MUITO IMPORTANTE A SUA OPINIÃO

IDERVAL REGINALDO TENÓRIO









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Tubarões contra o cardume de Atuns, Austrália Selvagem - Parte 2

de Coongo3 anos atrás 23590 views
Austrália Selvagem - Parte 2. Tubarão Baleia, Baia dos Tubarões e oscardumes de Atuns e sardinhas se proteg







quarta-feira, 12 de junho de 2013

nunca teve tantos médicos como hoje Presidente do Conselho Federal de Medicina comenta declarações do ministro da Saúde, Alexandre Padilha

Roberto Luiz d´Avila 

Presidente do Conselho Federal de Medicina comenta declarações do ministro da Saúde, Alexandre Padilha

12/06/2013 às 11h09
Atualizado em 12/06/2013 às 11h09












CLICAR NA VINHETA DO JÔ. 
                                           

No Programa do Jô desta terça-feira, Jô Soares conversou com o cardiologista e presidente do Conselho Federal de  Medicina, Roberto Luiz d´Avila, que revelou: “Eu não ganho salário para ser presidente. Hoje, eu vivo de duas aposentadorias.
Durante o programa, Roberto Luiz d´Avila comentou as recentes afirmações feitas pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, de que faltam médicos no Brasil. “Nunca tivemos tantos médicos, mas nós temos um problema, porque a maioria está concentrada no Sul e Sudeste”, declarou.
O presidente do Conselho Federal de  Medicina também comentou porque alguns médicos recusam trabalho no interior. “O calote é uma das coisas mais freqüentes e a outra é que eles ficam reféns dos prefeitos”, explicou.
Roberto Luiz d´Avila participa do Programa do Jô desta terça-feira (Foto: TV Globo/Programa do Jô)
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Roberto Luiz d´Avila participa do Programa do Jô desta terça-feira (Foto: TV Globo/Programa do Jô)

terça-feira, 11 de junho de 2013

BOLSA FAMILIA ENFRAQUECE O CORONELISMO, PRINCIPALMENTE NO NORDESTE-VEJA O QUE A SOCIOLOGA WALQUIRIA L REGO

Socióloga Walquiria Leão Rego, uma das autoras do livro sobre o Bolsa Família, que será lançado hoje, às 19h, na Livraria da Vila, em SP
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Walquiria Leão Rego, uma das autoras do livro sobre o Bolsa Família, que será lançado hoje, às 19h, na Livraria da Vila, em SP
Folha - Como explicar o pânico recente no Bolsa Família? Qual o impacto do programa nas regiões onde a sra. pesquisou?
Walquiria Leão Rego - Enorme. Basta ver que um boato fez correr um milhão de pessoas. Isso se espalha pelos radialistas de interior. Elas [as pessoas] são muito frágeis. Certamente entraram em absoluto desespero. Poderia ter gerado coisas até mais violentas. Foi de uma crueldade desmesurada. Foi espalhado o pânico entre pessoas que não têm defesa. Uma coisa foi a medida administrativa da CEF (Caixa Econômica Federal). Outra coisa é o que a policia tem que descobrir: onde começou o boato. Fiquei estupefata. Quem fez isso não tem nem compaixão. Nossa elite é muito cruel. Não estou dizendo que foi a elite, porque seria uma leviandade.
Como assim?
Tem uma crueldade no modo como as pessoas falam dos pobres. Daí aparecem os adolescentes que esfaqueiam mendigos e queimam índios. Há uma crueldade social, uma sociedade com desigualdades tão profundas e tão antigas. Não se olha o outro como um concidadão, mas como se fosse uma espécie de sub-humanidade. Certamente essa crueldade vem da escravidão. Nenhum país tem mais de três séculos de escravidão impunemente.
Qual o impacto do Bolsa Família nas relações familiares?
Ocorreram transformações nelas mesmas. De repente se ganha uma certa dignidade na vida, algo que nunca se teve, que é a regularidade de uma renda. Se ganha uma segurança maior e respeitabilidade. Houve também um impacto econômico e comercial muito grande. Elas são boas pagadoras e aprenderam a gerir o dinheiro após dez anos de experiência. Não acho que resolveu o problema. Mas é o início de uma democratização real, da democratização da democracia brasileira. É inaceitável uma pessoa se considerar um democrata e achar que não tenha nada a ver com um concidadão que esteja ali caído na rua. Essa é uma questão pública da maior importância.
O Bolsa Família deveria entrar na Constituição?
A constitucionalização do Bolsa Família precisava ser feita urgentemente. E a renda tem que ser maior. Esse é um programa barato, 0,5% do PIB. Acho, também, que as pessoas têm direito à renda básica. Tem que ser uma política de Estado, que nenhum governo possa dizer que não tem mais recurso. Mas qualquer política distributiva mexe com interesses poderosos.
A sra. poderia explicar melhor?
Isso é histórico. A elite brasileira acha que o Estado é para ela, que não pode ter esse negócio de dar dinheiro para pobre. Além de o Bolsa Família entrar na Constituição, é preciso ter outras políticas complementares, políticas culturais específicas. É preciso ter uma escola pensada para aquela população. É preciso ter outra televisão, pois essa é a pior possível, não ajuda a desfazer preconceitos. É preciso organizar um conjunto de políticas articuladas para formar cidadãos.
A sra. quer dizer que a ascensão é só de consumidores?
As pessoas quando saem desse nível de pobreza não se transformam só em consumidores. A gente se engana. Uma pesquisadora sobre o programa Luz para Todos, no Vale do Jequitinhonha, perguntou para um senhor o que mais o tinha impactado com a chegada da luz. A pesquisadora, com seu preconceito de classe média, já estava pronta para escrever: fui comprar uma televisão. Mas o senhor disse: 'A coisa que mais me impactou foi ver pela primeira vez o rosto dos meus filhos dormindo; eu nunca tinha visto'. Essa delicadeza... a gente se surpreende muito.
O que a surpreendeu na sua pesquisa?
Quando vi a alegria que sentiam de poder partilhar uma comida que era deles, que não tinha sido pedida. Não tinham passado pela humilhação de pedi-la; foram lá e compraram. Crianças que comeram macarrão com salsicha pela primeira vez. É muito preconceituoso dizer que só querem consumir. A distância entre nós é tão grande que a gente não pode imaginar. A carência lá é tão absurda. Aprendi que pode ser uma grande experiência tomar água gelada.
Li que a sra. teria apurado que o Bolsa Família, ao tornar as mulheres mais independentes, estava provocando separações, uma revolução feminina. Mas não encontrei isso no livro. O que é fato?
É só conhecer um pouco o país para saber que não poderia haver entre essas mulheres uma revolução feminista. É difícil para elas mudar as relações conjugais. Elas são mais autônomas com a Bolsa? São. Elas nunca tiveram dinheiro e passaram a ter, são titulares do cartão, têm a senha. Elas têm uma moralidade muito forte: compram primeiro a comida para as crianças. Depois, se sobrar, compram colchão, televisão. É ainda muito difícil falar da vida pessoal. Uma ou outra me disse que tinha vontade de se separar. Há o problema de alcoolismo. Esses processos no Brasil são muito longos. Em São Paulo é comum a separação; no sertão é incomum. A família em muitos lugares é ampliada, com sogra, mãe, cunhado vivendo muito próximos. Essa realidade não se desfaz.
Mas há indícios de mudança?
Indícios, sim. Certamente elas estão falando mais nesse assunto. Em 2006, não queriam falar de sentimentos privados. Em 2011, num povoado no sertão de Alagoas, me disseram que tinha havido cinco casos de separação. Perguntei as razões. Uma me disse: 'Aquela se apaixonou pelo marido da vizinha'. Perguntei para outra. Ela disse: 'Pensando bem, acho que a bolsa nos dá mais coragem'. Disso daí deduzir que há um movimento feminista, meu deus do céu, é quase cruel. Não sei se dá para fazer essa relação tão automática do Bolsa com a transformação delas em mulheres mais independentes. Certamente são mais independentes, como qualquer pessoa que não tinha nada e passa a ter uma renda. Um homem também. Mas há censuras internas, tem a religião. As coisas são muito mais espessas do que a gente imagina.
O machismo é muito forte?
Sim. E também dentro delas. Se o machismo é muito percebido em São Paulo, imagina quando no chamado Brasil profundo. Lá, os padrões familiares são muito rígidos. É comum se ouvir que a mulher saiu da escola porque o pai disse que ela não precisava aprender. Elas se casam muito cedo. Agora, como prevê a sociologia do dinheiro, elas estão muito contentes pela regularidade, pela estabilidade, pelo fato de poderem planejar minimamente a vida. Mas eu não avançaria numa hipótese de revolução sexual.
O Bolsa Família mexeu com o coronelismo?
Sim, enfraqueceu o coronelismo. O dinheiro vem no nome dela, com uma senha dela e é ela que vai ao banco; não tem que pedir para ninguém. É muito diferente se o governo entregasse o dinheiro ao prefeito. Num programa que envolve 54 milhões de pessoas, alguma coisa de vez em quando [acontece]. Mas a fraude é quase zero. O cadastro único é muito bem feito. Foi uma ação de Estado que enfraqueceu o coronelismo. Elas aprenderam a usar o 0800 e vão para o telefone público ligar para reclamar. Essa ideia de que é uma massa passiva de imbecis que não reagem é preconceito puro.
E a questão eleitoral?
O coronel perdeu peso porque ela adquiriu uma liberdade que não tinha. Não precisa ir ao prefeito. Pode pedir uma rua melhor, mas não comida, que era por ai que o coronelismo funcionava. Há resíduos culturais. Ela pode votar no prefeito da família tal, mas para presidente da República, não.
Esses votos são do Lula?
São. Até 2011, quando terminei a pesquisa, eram. Quando me perguntam por que Lula tem essa força, respondo: nunca paramos para estudar o peso da fala testemunhal. Todos sabem que ele passou fome, que é um homem do povo e que sabe o que é pobreza. A figura dele é muito forte. O lado ruim é que seja muito personalizado. Mas, também, existe uma identidade partidária, uma capilaridade do PT.
Há um argumento que diz que o Bolsa Família é como uma droga que torna o lulismo imbatível nas urnas. O que a sra. acha?
Isso é preconceito. A elite brasileira ignora o seu país e vai ficando dura, insensível. Sente aquele povo como sendo uma sub-humanidade. Imaginam que essas pessoas são idiotas. Por R$ 5 por mês eles compram uma parabólica usada. Cheguei uma vez numa casa e eles estavam vendo TV Senado. Perguntei o motivo. A resposta: 'A gente gosta porque tem alguma coisa para aprender'.
No livro a sra. cita muitos casos de mulheres que fizeram laqueadura. Como é isso?
O SUS (Sistema Único de Saúde) está fazendo a pedido delas. É o sonho maior. Aliás, outro preconceito é dizer que elas vão se encher de filhos para aumentar o Bolsa Família. É supor que sejam imbecis. O grande sonho é tomar a pílula ou fazer laqueadura.
A sra. afirma que é preconceito dizer que as pessoas vão para o Bolsa Família para não trabalhar. Por quê?
Nessas regiões não há emprego. Eles são chamados ocasionalmente para, por exemplo, colher feijão. É um trabalho sem nenhum direito e ganham menos que no Bolsa Família. Não há fábricas; só se vê terra cercada, com muitos eucaliptos. Os homens do Vale do Jequitinhonha vêm trabalhar aqui por salários aviltantes. Um fazendeiro disse para o meu marido que não conseguia mais homens para trabalhar por causa do Bolsa Família. Mas ele pagava R$ 20 por semana! O cara quer escravo. Paga uma miséria por um trabalho duro de 12, 16 horas, não assina carteira, é autoritário, e acha que as pessoas têm que se submeter a isso. E dizem que receber dinheiro do Estado é uma vergonha.
Há vontade de deixar o Bolsa Família?
Elas gostariam de ter emprego, salário, carteira assinada, férias, direitos. Há também uma pressão social. Ouvem dizer que estão acomodadas. Uma pesquisa feita em Itaboraí, no Rio de Janeiro, diz que lá elas têm vergonha de ter o cartão. São vistas como pobres coitadas que dependem do governo para viver, que são incapazes, vagabundas. Como em "Ralé", de Máximo Gorki, os pobres repetem a ideologia da elite. A miséria é muito dura.
A sra. escreve que o Bolsa Família é o inicio da superação da cultura de resignação? Será?
A cultura da resignação foi muito estudada e é tema da literatura: Graciliano Ramos, João Cabral de Melo Neto, José Lins do Rego. Ela tem componente religioso: 'Deus quis assim'. E mescla elementos culturais: a espera da chuva, as promessas. Essa cultura da resignação foi rompida pelo Bolsa Família: a vida pode ser diferente, não é uma repetição. É a hipótese que eu levanto. Aparece uma coisa nova: é possível e é bom ter uma renda regular. É possível ter outra vida, não preciso ver meus filhos morrerem de fome, como minha mãe e minha vó viam. Esse sentimento de que o Brasil está vivendo uma coisa nova é muito real. Hoje se encontram negras médicas, dentistas, por causa do ProUni (Universidade para Todos). Depois de dez anos, o Bolsa Família tem mostrado que é possível melhorar de vida, aprender coisas novas. Não tem mais o 'Fabiano' [personagem de "Vidas Secas"], a vida não é tão seca mais.
"VOZES DO BOLSA FAMÍLIA"
AUTOR Walquiria Leão Rego e Alessandro Pinzani
EDITORA Editora Unesp
QUANTO R$ 36 (248 págs.)
LANÇAMENTO hoje, às 19h, na Livraria da Vila - Shopping Higienópolis (av. Higienópolis, 618; tel. 0/xx/11/3660-0230)

ESTÓRIAS DE SEU LUNGA




ESTÓRIAS DE SEU LUNGA

LUNGA É UM PRIMO QUE TENHO EM JUAZEIRO DO NORTE, SUL DO CEARÁ A CIDADE QUE NASCI.. O SEU NOME VERADEIRO É JOAQUIM RODRIGUES DOS SANTOS TENÓRIO, NÃO SABE DIZER PORQUE PERDEU O TENÓRIO, MORA NA CIDADE E É UM COMERCIANTE  DE SUCATAS. 
HOMEM EDUCADO, INTELGENTE ALÉM DA CONTA, PERSPICAZ E QUE NÃO GOSTA DE PERGUNTAS BESTAS OU PERGUNTAS SEM LÓGICA, NÃO É BRUTALIDADE SUA, EU APRENDO MUITO COM O COMPADRE LUNGA COMO O CHAMO, HOJE COM 84 ANOS, VIRIL , VIRGIL  E MUITO SIMPÁTICO. 
ESTAS ESTÓRIAS  SÃO ATRIBUÍDAS AO MESTRE LUNGA DEVIDO O SEU SUCESSO, MUITAS NÃO TEM CABIMENTO, VEJAM A DO PAPEL HIGIÊNICO SE TEM LÓGICA, NEM LÓGICA CRONOLÓGICA., POIS NA ÉPOCA NÃO SE CONHECIA NO CARIRI ESTE UTILITÁRIO.
ACHO QUE LUNGA DEVERIA DOCUMENTAR  E EXIGIR DIREITOS SOBRE A EXPLORAÇÃO DO SEU NOME.
                                                                                            Iderval Reginaldo Tenório

No fim do POST colocarei um vídeo com Lunga e dois com o grande Cego Oliveira que acompanhei na minha cidade de Juazeiro do Norte.












                                       1- A SOPA
Outro dia Carmelita minha prima que é a esposa de Lunga,no horário do jantar, lá da  cozinha pergunta em voz alta a Lunga que já se encontrava sentado na cabeceira da longa mesa.:

___Lunga estou levando a sopa,levo no prato ou na tigela?

Diante da inusitada pergunta e sem lógica para o menestrel este responde na bucha.

___Bota no chão e traz com um rodo diabo,que pergunta .

                                          2- A COÇADA DE CABEÇA

Lunga um dia sai de sua loja na rua Santa Luzia em Juazeiro do Norte e vai até o mercado Muncipal comprar Fumo Arapiraca na loja do seu irmão . Ao chegar na loja quem está lá é a sua cunhada.

Chega,compra três ou quatro pacotes de  cigarros de fumo e despreocupadamente coça a cabeça sem retirar o seu belo chapéu de massa. A sua cunhada de imediato indaga:

___Oxente cumpadi Lunga,o cumpadi num tira o chapéu pra coçar a cabeça não?

O mestre de chofre devolve a sua resposta.

___Cumadi , a senhora tira a calça pra coçar a bunda?


                                          3- A CABEÇA DE PORCO
Meu pai sempre foi um homem preocupado com a família e nos fins de semana matava um animal e distribuía com os vizinhos e parentes partes do avantajado suíno. Num fim de semana prolongado mandou matar um porcoo de seus 150 kilogramas.Além de sua parte de direito,meu pai presenteou Lunga com a bela cabeça para o mesmo fazer um saboroso cozido. Lunga passa a corda de croá na cabeça do bicho,dá um nó arrochado,coloca  a correia  nos quatros dedos da mão direita passando pela palma da grande mão e sai às pressas para Carmelita preparar o almoço.Ao passar na frente da casa de uma vizinha a mesma pergunta.

____SEU LUNGA ESTA CABEÇA É PARA O SENHOR COMER.?

Lunga olha para a inocente madame,joga a cabeça do porco no chão  e exclama a dizer.

___NÃO MINHA SENHORA,NÃO MINHA SENHORA, É PRA CRIAR ,CUUUUCHI,CUUUUUCHI,CUUUUCHI. ANDA BICHO.
               
                                      4-  A  ABERTURA DA LOJA
Era 6:30 da manhã,segunda-feira Lunga chega pela manhã na sua loja, pára a sua bicicleta freio contra pedal na calçada da loja,pega um feixe de  meio quilo de chaves da cintura,abre meia dúzia de cadeados e quando está elevando o grande portão de aço de enrolar na altura de 1,0 metro, um sujeito passa e pergunta em alta voz:

___ABRINDO A LOJA SEU LUNGA?

 E mais uma vez o mestre Lunga num tom mais alto responde:

___NÃO FIE DA PESTE ,TOU FECHANDO.

Baixa o portão e volta pra casa.
                     
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                                         5-O PAPEL HIGIÊNICO
No Cariri era comum os donos de mercearias criarem um tipo de venda a prazo que eram quitadas nos sábados, dia que saia o pagamento do peão,cada cliente  possuia uma caderneta para anotar a dívida. Refere que Lunga ainda criança foi chamado às pressas  pelo seu genitor que o ordenou que fosse na bodega de seu ZEZÉ comprar papel higiênico e que fosse num pé e voltasse noutro feito uma bala devido o desarranjo intestinal agudo que o velho apresentou. Lunga mais do que depressa corre até a bodega,pede o um pacote de papel higiênico e volta correndo, seu ZEZÈ do balcão pergunta aos gritos ao apressado garoto:

____LUNGA É PRA BOTAR NA CADERNETA?

E Lunga do alto dos seus 08 anos ,dá uma paradinha,eleva a cabeça e responde num tom alto e agudo.

___NÃO SEU ZEZÉ,É PRA PAI LIMPAR  A BUNDA.

Vejam se tem cabimento, agora tenho que publicar porque já faz parte do anedotário popular do meu primo LUNGA.

                                                      Iderval Reginaldo Tenório
                                                              o blog é cultural


Assista o filme realizado por Gabriel Tenório em Juazeiro do Norte com Lunga,Odilio,Iderval.


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A verdade sobre Seu Lunga HD

Realizado na casa do Dr Iderval Reginaldo Tenório por Gabriel Ribeiro Tenório
Seu Lunga (Joaquim dos Santos Rodrigues) (Juazeiro do Norte, 18 de agosto, 1927). É um vendedor de sucata residente em Juazeiro do Norte o qual ...
  1. s - YouTube

    www.youtube.com/watch?v=wRsFRTjwd7s26 out. 2007 - 2 min - Vídeo enviado por cafemoura
    Trecho do documentário "Nordeste: Cordel, Repente E Canção (produção de Tânia Quaresma, 1975)" onde ...
  2. Cego Oliveira - Minha Rabequinha - YouTube

    www.youtube.com/watch?v=hdA9lvKUF6E26 out. 2007 - 1 min - Vídeo enviado por cafemoura

    Trecho do documentário "Nordeste: Cordel, Repente E Canção (produção de Tânia Quaresma, 1975)" onde 


    ...

Após ver esse vídeo, fico envergonhado com a Copa no Brasil... Veja o massacre que é feito para "limpar" as áreas próximas aos estádios da copa de 2014. Sugestão de Rubens Tomita

Veja o massacre que é feito para "limpar" as áreas próximas aos estádios da copa de 2014.

Sugestão de Rubens Tomita
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